De Corpo e Alma escrita por Regina Rhodes Merlyn


Capítulo 43
Cativeiros!


Notas iniciais do capítulo

Gente,oi.Voltei Nossa, nem falo a odisséia que foram os últimos dias por conta da zica que deu no pc!! Ai, ontem, quando finalmente resolvi e começei a postar, ou Nyah ou a internet(não descobri qual dos dois) entou com minha cara: Foram três tentativas pra conseguir postar um capítulo de VT, e quatro, frustradas, de tentar postar aqui!! Fui dormir irritada.
Mas são águas passadas. Hoje tá todo mundo de boa! ( tá né???).
Vamos ao que interessa.
E antes que esqueça, ando sendo muito mal eduacada: muiiiiiiittooooo obrigada pelos rewiews fofos, maravilhosos, ameaçadores ( já falei que não fui eu que sequestrei o Connor! Podem vir vasculhar meu quarto...pensando bem..Podem não!rsrsrsrs)
Boa leitura. Bjinhos flores.



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" Um dia frio,um bom lugar pra ler um livro,e o pensamento lá em você

Eu sem você não vivo!

Um dia triste, toda fragilidade incide, e o pensamento lá em você

E tudo me didvide..."

Um dia frio

Djavan

Dez dias depois

Sarah

Sentada perto da janela, olho o movimento lá fora, o vai e vem das pessoas em sua rotina diária, indo trabalhar, estudar, pais e filhos lado a lado, caminhando ou dentro de seus carros..

—Sarah, posso entrar?- escuto a voz de Nat, após uma leve batida na porta, perguntar.

—Sim - respondo, enxugando uma lágrima teimosa.

Nos últimos dias tenho tentado me manter forte não apenas por mim mas por Valentina. E por Connor também. Quando voltar, sei que vai precisar do meu apoio. Mas não tem sido nada fácil.

Várias vezes ao longo dos dias (que tem sido terrivelmente longos!),como agora, me pego pensando nele, onde pode estar, se está ferido. Sabia, por Silvie , que haviam batido com a arma em sua cabeça, então, pelo menos um ferimento sei que tem e só de pensar que pode estar ainda mais machucado, sinto uma dor imensa me invadir.

—Como está ?- Nat questiona, sentando ao meu lado,um sorriso leve ao olhar Valentina, que dorme tranquila na cama, alheia a tudo -Por que aproveitar que ela dormiu e descansar um pouco você também? - sugere, colocando a mão sobre meu braço - Não anda dormindo bem. Já te ouvi caminhando pela casa, de madrugada, não que isto me perturbe - apressase em dizer - Me preocupo com sua saúde. Não tem se alimentado direito, não dorme. Nesse ritmo vai acabar adoecendo. Sei que é difícil, aliás, nem posso imaginar o quanto deve estar sendo difícil pra você, mas precisa pensar em sua filha - aconselha - Valentina precisa da mãe firme...- a interrompo.

—Fazem dez dias Nat! -exclamo - Dez dias sem nenhuma notícia, nenhum contato comigo ou com o pai dele. Nenhum sinal, pista ou qualquer coisa que me dê esperança de que esse pesadelo vai acabar!-  prossigo, sem conseguir segurar o choro por mais tempo - Sinto tanta falta dele! De sua voz, seu sorriso, seu toque...De ouvi-lo cantar pra nossa filha enquanto caminha pelo apartamento, fazendo-a dormir... E nem....eu..não sei se ele está viv...- encosto a cabeça em seu ombro, soluçando, me deixando ser confortada....

"...Longe da felicidade e todas as suas luzes; Te desejo como o ar, mais que tudo; És manhã na natureza das flores.....Espero com a força do pensamento, recriar a luz que me trará você!.."

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Connor

Encosto na parede do pequeno espaço onde estou, a cabeça voltando a latejar violentamente não apenas pelo ferimento, mas por todas as preocupações que me atormentam dia e noite.

A mais de uma semana fui jogado neste lugar depois de ter sido capturado no meio da rua.

Não era a primeira vez que algo do tipo me acontecia. Enquanto trabalhava com um grupo do Medicina sem fronteiras na Colômbia, nos vimos reféns, eu e mais quatro médicos de diferentes nacionalidades, em meio a uma guerra de cartéis.  Fomos levados de dentro de nossas barracas, no meio da madrugada, para cuidarmos dos feridos de um determinado cartél que disputava o controle de uma área próxima onde trabalhávamos. Sabíamos do risco e o aceitamos.

Diferente de lá, não tenho a miníma ideia do que essas pessoas querem. Não tenho contato com eles nem mesmo quando me trazem água e comida, que me são entregues por uma fresta embaixo da porta. É por lá também que diferencio os dias das noites, visto que o cômodo não tem janelas.

Sei também que estou em uma contrução separada da casa principal, pois sempre que peço para ir ao banheiro, um homem ordena que me afaste da porta e fique de costas com as mãos na parede, colocando capuz e algemas , me fazendo caminhar por cerca de cinco minutos até me colocar dentro do cubículo, algemando sempre uma mão a uma barra, restringindo meus movimentos.

Dentro do quarto, conto apenas com um colchonete e um coberto para dormir. Nada que pudesse me servir, de alguma forma, como arma.

Não sei quantos são exatamente, se algum monta guarda do lado de fora ou se tem alguma câmera aqui visto que parecem saber cada movimento que faço no interior, ameaçando com pancadas na porta cada vez que me aproximo da mesma tentando ouvir o que se passa lá fora.

Aprendi duas coisas com a experiência na Colômbia: nunca tentar fugir sem saber onde está, sem conhecer o terreno, ou quantos são seus captores; E, como está acontecendo agora, se não vê seus rostos, a chance de sair com vida aumenta consideravelmente.

Este tem sido, aliás, meu único alento: saber que tenho chance de voltar a ver Sarah e Valentina.

Pensar nelas é o que tem me dado forças pra aguentar esse tormento. A lembrança do sorriso de Sarah, sua voz, seu cheiro, seu carinho bem como o sorriso de nossa filha, a esperança de reencontrá-las,aquecem meu coração.. Fecho os olhos com a lembrança das duas...

"...Mesmo por toda riqueza dos sheiks árabes, não te esquecerei um dia,nem um dia;  Espero com a força do pensamento, recriar a luz que me trará você..."

Um ruído estranho chama minha atenção e abro os olhos. Sombras passam por baixo da porta, me deixando alerta.

Escuto o som famíliar de tiros sendo disparados, gritos de ordens seguidos por um silêncio quebrado pouco depois pelo barulho da porta sendo arrombada.

—Doutor Rhodes, está ferido?- ouço a pergunta, erguendo a mão para me proteger o foco da lanterna em meus olhos, me cegando - Doutor Rhodes? -o homem se ajoelha a meu lado, tocando meu ombro, retirando a máscara que protegia seu rosto.

—Estou bem - digo, finalmente, aceitando a mão que Ruzek me estendia.

—Estou com ele. Estamos saindo - relata, apertando o fone no ouvido.

Saímos para o lado de fora , meus olhos se acostumando com a claridade do final de tarde, parando perto do local onde os outros membros da equipe se encontravam.

—Boa tarde doutor- Hank Voight me cumprimenta - Vamos levá-lo até sua esposa - anuncia, me indicando a direção - Me lembrem de acertar as contas com um certo empresário mais tarde! - escuto-o pedir, provocando um leve sorriso no rosto de Kyle.

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Apartamento de Will e Nat

Sarah

Ainda estou abraçada a Nat, quando escutamos o som de vozes vindas da sala e nos separamos, olhando a porta alertas.

Após um breve silêncio, ouvimos passos apressados se aproximando e pouco depois a porta é aberta,me fazendo prender a respiração, liberando-a apenas quando ouço a voz e me sentir abraçada por Connor.

—Sarah, meu amor! Que saudade-  diz ,me afastando a fim de olhar meu rosto - Que saudade amor- repete.

—Connor!?! - acaricio seu rosto, desenhando cada traço com as mãos - Connor!!! - envolvo seu pescoço com meus braços, deixando as lágrimas correrem livremente, me afastando para olhá-lo mais uma vez - Connor...amor..eu..- gaguejo,sendo silenciada por seu beijo.

 

"...E tudo nascerá mais belo, o verde faz do azul com o amarelo

O elo com todas as cores pra enfeitar amores gris..."

 


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Notas finais do capítulo

Connor entregue são e salvo!
Bjinhos flores.



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