De Corpo e Alma escrita por Regina Rhodes Merlyn


Capítulo 42
Preço de um resgate


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas lindas,voltei!! Gente, meu pc zicou geral! Só tenho,por hora , o do trabalho (ai não dá pra uso pesoal, excerto no horário de almoço) ;(..Já me descabelei até dizer chega. Mas se tudo der certo,hoje a noite resolvo esse pro...
Antes de mais nada,quem foi que avisou a polícia que moa seria suspeita no sequestro do Connor hein???
Acaso não sabeis que sequestro predetermina que haverá um pedido de resgate e sendo esta pessoa aqui a responsável o mesmo não existiria!? Pra que resgate se já tenho.. digo, já teria o que queria!?(isto não é uma declaração de culpa,viram!!!)
Mas deixemos de enrolação que o tempo urge.
Boa leitura...rewiews..Bjinhos flores.



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"Quando não houver saída,

Quando não houver mais solução;

Ainda há de haver  saída;

Nenhuma ideia vale uma vida..."

Enquanto houver sol

Titãs

Silvie e Jimmy 

Foi tudo muito rápido. Quando pensamos em reagir,já havia terminado- escuto Jimmy falando com Roman, prestando seu depoimento.

—Brett?..Brett!! - Lindsay chama, tocando meu ombro,me assustando -Você está bem? -preocupa-se, me entregando um copo com água.

—Humm,humm..sim...não muito,na verdade-balbucio,nervosa - Agente vê noticias todos os dias, vê e ouve histórias...-tomo um gole generoso - Mas quando acontece na sua frente,com alguém que você conhece..-mordo o lábio, tentando conter as lágrimas - Nós ficamos parados. Não fizemos nada para impedir ou ajudá-lo...nós...simplesmente...- sacudo as mãos,agitada - Ficamos assistindo ele ser jogado na mala do carro - digo, a frustração estampada no rosto.

 _Ainda bem que não reagiram - Jay diz, aproximando-se, Jimmy com ele, sentando ao meu lado na parte de trás da ambulância - Ou mais gente poderia ter-se ferido ou mesmo ter sido morta, incluindo o próprio Connor - argumenta.

Na fuga, os homens havia atropelado varias pessoas, algumas mais gravemente, obrigando Jimmy e eu a sairmos da letargia para prestar os primeiros socorros enquanto as ambulâncias que solicitamos não chegavam.

—Isso não faz com que me sinta melhor. Deveria ter feito alguma ciosa.-revolta-se Jimmy - Ter jogado a viatura em cima deles ou...-Lindsay o interrompe.

—E levar um tiro - diz -Você ou Silvie. Sem falar no risco de acertar também o Rhodes no processo- finaliza.

—Mas pelo menos não o teriam levado!- bufa, levantando-se, não querendo dar o braço a torcer.

—Ela está certa Jimmy- digo,segurando seu braço - Poderíamos ter causado mais danos do que ajudado de fato -pondero - Você ou eu, feridos.. ou Rhodes ...Eram três..

—Que vocês viram - me interrompe Jay - Poderia ter algum outro carro ou mesmo alguém a pé dando cobertura. Quem garante que não o estavam seguindo desde o supermercado?- teoriza.

—Se estavam, foram discretos- ouvimos a voz de Ruzek e nos viramos - Nenhum funcionário notou nada de anormal. A caixa onde Rhodes passou também não notou nada diferente. Ninguém se aproximou dele lá- informa - Pelo menos não o suficiente pra levantar suspeitas.

—Então temos que assumir que era só um carro com três, ou quatro, ocupantes, todos possivelmente, armados - racionaliza Jay.

—Alguém já falou com a esposa dele? -Ruzek lembra.

—Vamos fazer isso agora- avisa Jay- Pessoalmente- diz, fazendo um sinal para que Lindsay o siga.

—Seria bom ir até a casa do pai também,averiguar se já houve algum contato- sugere ela, entrando no carro .

—Vou com o All - Ruzek avisa - Voigth vai ficar feliz da vida. Mal chega de viagem e já pega uma bomba dessas!-exclama - Vocês vão ficar bem?- pergunta e tanto eu quanto Jimmy acenamos positivamente - Então até mais- despede-se,indo ao encontro do parceiro,saindo após um minuto.

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Sarah

—Ela não é a coisa mais linda que você já viu Perry?- escuto a senhora Olsen, nossa vizinha, perguntar ao marido - Faz lembrar nossa Susan quando nasceu. Um anjo!

—Todos são  nessa idade. O problema é que crescem!- resmunga o marido, sem tirar os olhos da tv.

—Pai, agradeceria se fosse mais educado. Temos visita lembra?- Susan Olsen ralha, revirando os olhos para mim, um sorriso discreto- Desculpe Sarah. Sabe como é..a idade!- provoca e o ouvimos resmungar algo inteligível - Nem sei como te agradecer. Estava perdidinha aqui!-diz, o sorriso franco aumentando.

—Não foi nada. Sei como é difícil entender estes termos no começo -digo. A filha mais nova do casal acabara de entrar na faculdade medicina e fora até em casa me pedir ajuda- Quando quiser,pode ir lá em casa . Se eu estiver ocupada,Connor te ajudar- sugiro,vendo-a corar violentamente.

—Obrigada, mas prefiro falar com você.- diz - Não que eu esteja interessada no seu marido- apressasse em dizer - Só que ele...Bem...-coça a cabeça,tímida e não posso evitar me comparar a ela -Eu fico mais a vontade com você. Ele meio que...me intimida. De várias maneiras -revela,ficando ainda mais sem graça.

Sorrio lembrando o quanto me sentia desengonçada toda vez que ele se aproximava de mim. Mesmo depois que nos envolvemos. Como gaguejava e me atrapalhava toda por mais simples que fosse o teor da conversa. Se fosse com Connor, pagava mico na hora.

—Durante seu estagio, ou até na faculdade, vai encontrar vários "Connors" Susan. Tem que aprender a lidar com eles, visto que nem todos serão legais com você.."Ou serão "legais" demais!"— aconselho - Por isso, da próxima vez irá até em casa pra ele te ajudar- digo,vendo-a arregalar os, já,grandes olhos castanhos,me fazendo rir - Meu marido não morde, Susan.."A não ser quando peço!", penso e é minha vez de corar fazendo-a franzir a testa - Nada não. Só uma coisa que lembrei - disfarço.

—Mas que mundo é esse em que estamos!- escutamos Perry reclamar - O sujeito não pode mais nem ir ao supermercado sem ser vitima da violência! Está vendo Martha - aponta o aparelho a sua frente - Quando digo que não tem mais segurança em lugar nenhum. Olha só pra isso. Um homem foi sequestrado e os bandidos ainda atropelaram um monte de gente na fuga- anuncia - E foi agora pouco, aqui perto da gente..- ao ouvi-lo mencionar o fato, desvio meus olhos da senhora Olsen, que brincava com Valentina nos braços, para a tela da tv, passando a prestar atenção na reportagem.

—Poderia aumentar o volume um pouco senhor Olsen? - solicito, algo chamando minha atenção, me fazendo levantar, chegando mais perto do aparelho.

'Ainda não temos a confirmação da identidade da vitima. A policia de Chicago não divulgou nada,alegando estar no começo da investigação do caso. O que sabemos, com certeza, é que a vitima é um homem branco, por volta dos trinta anos, que acabara de sair do supermercado, sendo abordado quando se preparava para entra em seu carro..,,'

Não ouço mais nada. Na tela da tv,ampliada, de forma bem nítida, a placa do carro é colocada em destaque.

Sinto um frio tomar conta de todo meu corpo, o ar desaparecendo por completo dos meus pulmões e preciso me apoiar no encosto do sofá para não cair tamanha moleza acomete minha pernas.

—Sarah, está sentindo alguma coisa? Ficou pálida de repente!- ouço a voz de Susan, sentindo sua mão em meu ombro.

Antes que eu responda, uma série de coisas acontecem ao mesmo tempo: meu telefone começa a tocar; ouvimos vozes alteradas no corredor seguido de passos apressados e pessoas agitando-se, elevando as vozes. No momento seguinte, escutamos o barulho de uma porta sendo aberta com violência, alguns gritos e depois silencio. Um silencio aterrorizante durante o qual nenhum de nós naquele apartamento, nem  mesmo minha filha, ousou se mexer, respirando lentamente, temendo fazer qualquer ruido.

—Senhora Rhodes? -escuto chamarem do lado de fora - Senhora Rhodes, está em algum apartamento? Aqui Jay Halstead, irmão do Will. Se estiver me ouvindo,pode sair est..- antes que termine, me lanço sobre a porta, abrindo-a no instante em que passava em frente ao mesmo, fazendo-o virara-se em minha direção - Tudo bem. -diz, estendendo a mão para mim - A senhora está bem? Sua filha está com a senhora?- questiona, me fazendo entrar novamente no comodo, seguindo-me enquanto uma moça loira se aproxima ainda com a arma em punho. Reconheço-a após um momento. Lindsay, noiva de Jay--Senhora Rhodes??- escuto a voz do irmão de Will ao meu lado.

—Estou...Estamos bem- digo,finalmente - Minha filha está aqui,comigo.-informo, pegando Valentina dos braços da senhora Olsen - O que aconteceu? o que estão fazendo aqui? Connor...

—Seu marido foi sequestrado  a cerca de uma hora atrás- começa a dizer, me fazendo sentar - Viemos avisá-la e encontramos seu apartamento aberto - avisa, parando, me dando tempo de absorver as informações - A quanto tempo está aqui?

—Sai junto com Connor. Vim pra cá e ele foi...- paro, sentindo as lágrimas brotarem - Connor foi...ele..- gaguejo

—Fique calma- Lindsay fala, segurando em meu braço- Já começamos a investigar. O importante agora, é garantir sua segurança e de sua filha- continua, a voz mansa, me acalmando -Vamos levá-la a um local seguro. 

—Nosso aparta...- sou interrompida por Jay, que retornara depois de se afastar um pouco.

—Não é seguro. Já falei com meu irmão. Ele e a noiva estão a sua espera. Vamos com a senhora até sua casa para que pegue algumas coisas e a levaremos para lá- anuncia.

Me levanto lentamente, despeço-me da família Olsen, vou com eles até nosso apartamento, encontrando-o completamente revirado, vou ao quarto de nossa filha deixando-a na sala, no carinho , com Jay. Arrumo sua bolsa, com a ajuda de Lindsay, seguindo para nosso quarto.

Lá dentro o cenário é ainda pior do que na sala: roupas espalhadas, cama desforrada, vários vidros quebrados. Lindsay me apressa e,pegando uma mala, começo a jogar algumas peças de roupa dentro sem prestar atenção. 

Apenas quando vou fechá-la percebo ter colocado roupas para Connor também. Nessa hora, toda minha força se esvai. Sento na cama e deixo o choro preso sair livremente.

¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

Sala da inteligencia       madrugada de segunda para terça

Hank  Voight

Subo os degraus de dois em dois. Mal tive tempo de me recuperar de minha viagem a Nova Iorque e já me deparo com o sequestro do filho de Cornelius Rhodes..."Com tanta gente nessa cidade, tinha que ser justamente o filho do Rhodes?! Eu mereço!",resmungo para mim mesmo entrando na sala onde meu pessoal já estava em ação.

—O que temos?- pergunto, chamando a atenção de todos.

—Connor Rhodes, sequestrado por volta das dez e meia da noite, após sair de um supermercado- informa Ruzek, prendendo a foto do rapaz no quadro - Falamos com o pai. Até agora não houve nenhum pedido de resgate.

—Também não achamos indicio de vingança ou de que seja algum inimigo- All fala, sentando na ponta da mesa, me entregando uma pasta com dados do rapaz.

—Levamos a esposa e a filha para um lugar seguro- Jay começa e o olho interrogativamente- Fomos avisá-la e encontramos o apartamento aberto e revirado-  prossegue - Suspeito que o alvo eram as duas. Como não as encontraram,foram atrás dele.

—Por que chegou a essa conclusão?- questiono-o, cruzando os braços.

—Ela e o marido deixaram o apartamento juntos - Lindsay responde - Ela foi para um dos vizinhos enquanto ele saiu. Então pensamos...

—Ou iam pegar a família, o que descartamos, por hora, ou o alvo inicial eram elas. Ele era a segunda opção - Jay conclui.

—Muito bem. vamos trabalhar com todas as hipóteses. Não vamos descartar nada - anuncio - Nem preciso dizer que, a partir do momento que o fato se tornar público, não apenas o comissário mas toda a imprensa vão estar na nossa cola - alerto - Sem contar o fato de que Rhodes, o pai, baita de um pé no saco!- exclamo, fazendo-os rir.

—Hãã, boss!- escuto Mouse me chamar, me virando, sua expressão me desagradando tanto quanto o tom de sua voz - Acho que não vai gostar disso. Na verdade, vai odiar- decreta, desgrudando o rosto da tela do computador, ligando a tv da sala e nos voltamos para o mesmo. Assim que o aparelho acende, a imagem de Cornelius Rhodes surge.

' Ontem a noite, meu filho foi violenta e bruscamente levado, quando voltava para casa, para junto de sua esposa e filha recém nascida, por homens que, até o presente momento, não entraram em contato comigo ou com minha nora, para nos dizerem o que querem..- faz uma pausa dramática, dando enfase a bomba que jogaria a seguir- Sei o quanto a policia de Chicago está se esforçando para descobrir o paradeiro de meu filho e prender estes marginais...'

—Ele é louco???- Ruzek pergunta, apontando-o. 

' Entretanto,não vou ficar parado esperando o telefone tocar. Ele vai tocar. Mas será para entregar estes marginais a policia- nova pausa para que pegue uma valise que lhe é entregue, abrindo-a ao mesmo tempo que recomeça a falar - Ofereço um milhão de dólares por qualquer informação que leve a captura dos homens que sequestraram meu filho!', despeja os pacotes de cédulas sobre a bancada.

—Eu.Vou.Matar.Esse. Miserável. Filho de uma...Arrogante!!!!

 

"...Enquanto houver sol,enquanto houver sol

Ainda haverá..." 

 

 


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Notas finais do capítulo

Espera por mim Hankkk!!!!!
Bjinhos flores.



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