Thomas observava e ouvia tudo, Ametista, DiDi, Agnes, Tummus, Atlas, Grande R e Aris estavam todos ali, sentados com ele, quando Thomas morreu a primeira coisa que viu foi que era amado.

E foi lembrado disso.

Thomas se lembrou de uma vez que escrevera uma carta suicida, ele provavelmente não morreria ali, segundo ele haviam três tipo de níveis de vontade de morrer, um descontentamento, pedindo por mudança, com esperança de que as coisas melhores, "eu quero morrer" seria facilmente traduzido como "Me ajude a mudar as coisas", também havia o fardo, o Cansaço, a vontade de não existir, "eu quero morrer" seria "eu não queria estar aqui" se aqui não fosse aqui estaria tranquilo, e por último o morrer de morte mesmo quando a pessoa passa a imaginar seu funeral e como seriam a reação de cada um à sua morte.

Thomas não lembrava o quão rápido tinha passado do nível um para o nível três, um dia tinha esperança de que fossem legais com ele, todas vezes que só queria ouvir "eu te amo" de algumas pessoas, abraços de outras, ou das mesmas, só queria que entendessem, queria que lhe dessem motivos mais fortes que uma promessa pra que ele quisesse ficar ali, queria se sentir feliz, sentir que não seria trocado, sentir que seria lembrado mesmo que por alguns segundos, queria tanto pouco e não ganhou nada, apenas dor e ilusão até o dia que foi resgatado deixando o corpo mortal cheio de flores e esperanças de que algo o fizesse sentir importante.

         ⁃ Você é egoísta. - Disse a Didi lendo os pensamentos do Thomas.

         ⁃ Eu sei, antes além de tudo, eu ainda era louco.

         ⁃ Porque louco? - Tummus perguntou. Thomas olhou e sorriu, continuou contemplando seu funeral.