Funeral escrita por Arthur Araujo


Capítulo 5
V




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Isaac estava na mesa com a Violet, Aaron e a Jenny, duas décadas atrás ele tinha beijado o Thomas se sentia estranho agora pensando que havia beijado um cara morto. Era tão... Não sabia explicar, se preocupou em achar algo engraçado pra dizer, mas sabia que ninguém riria de uma piada agora.

Ouviu-se o barulho de duas taças de chocando, Isaac percebeu que todos estavam olhando para sua mesa, Aaron estava de pé. Respirou fundo e pôs-se a falar:

         ⁃ Olá, meu nome é Aaron, - ele riu pensou que aquilo parecia uma reunião dos alcoólicos anônimos - Eu era amigo do Thomas - Thomas sorriu e pensou "porque não disse antes?" - E ele me pediu para tocar uma música aqui, então é isso.

Aaron pôs o violino no ombro, com os dedos posicionados sobre as cortas, começou a movimentar o arco sobre elas, saia um som ofegante. Thomas se sentiu como um gelo fino finalmente rachado, ele olhou para todos aqui, todos que ele amava tanto, todos que com poucas vírgulas ou até sem nenhuma o fariam querer viver até a eternidade.

Ele percebeu que não se sentia mais cansado. Levantou-se, seus amigos vieram com ele, ele fechou os olhos e começou a caminhas entre as cadeiras, conseguirá ouvir o silêncio e as notas que ressoaram entre as palmas quando o Aaron parou de tocar. Então Thomas se inclinou e beijou os lábios do Asa como poderia ter feito antes, beijos os lábios dos Mark como ele gostaria de ter feito em vida, beijo suavemente os lábios de Jack como sabia que ele nunca deixaria ser feito em momento algum, mas aquele gesto não significava paixão, significava que ele comprimiria a promessa de sempre estar com ele.

Então o abraçou tão apertado que achou que podia senti-lo escorregar entre seus dedos

"Jack,” sussurrou, “não se sinta mal por mim, eu estarei aqui, não se sinta sozinho, estou feliz por ir, mas  sempre que precisar, pense em mim, e ficarei contigo até que você consiga adormecer" antes de ir lembrou-se e se virou “Antes eu pensava que tudo ia ficar bem, eu sabia que ia, só precisava de um sinal, só precisava que você me abraçasse e eu saberia, mas então, você não fazia, então nunca ficava bem”

Aproximou-se Jenny, e sabia que ela ouviria de alguma maneira “Obrigado por não estar ocupada para mim nesse momento”

Estava pronto, Thomas correu até Aaron, e o tocou tão selvagem como já havia imaginado, afastou assim que pode sentir seu coração bater, o coração de um garoto que nunca o amaria, antes essa idéia machucava o Thomas, não ser amado, mas mesmo que não demonstrassem antes agora ele sabia que de alguma forma era, então, Thomas se despediu, sentiria falta de todos, tanta, mas precisava partir, a porta estava aberta e entre um pensamento e outro ele se foi.


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