Um último Adeus! escrita por Lucylara


Capítulo 6
Cap. 06. Viradas de 360º.


Notas iniciais do capítulo

Espero que não fiquem brabas comigo com o final desse capítulo.
Peço desculpas a Lana_Rios. Eu te adoro muito Lana, e desculpe não ter dado a devida atenção
a você por ter recomendado a fic. Foi muito importante para mim suas palavras.
Te adoro mesmo. Beijos.
Boa leitura.



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Eu estava muito nervoso para dirigir, mas totalmente ansioso para esperar por alguém ou por um táxi. Com isso às 7h 45min eu já estava chegando a clínica. Antes disso eu havia acordado Tom que queria ter vindo comigo, porém eu insisti para que ele avisasse também Gustav e Georg de que Nicolle havia acordado.

Depois que Nicolle começou a chorar, Rebecca, a irmã de Nicolle, pegou o telefone e disse que ela havia acordado normalmente esta manhã, como se estivesse ido dormir na noite anterior. Contou-me também Nic havia feito questão de me ligar. E que agora De'Blass a levaria para exames para saber se tudo estava mesmo bem. Eu agradeci a Rebecca e me aprontei o mais rápido que pude para ir para a clínica.

Quando cheguei lá Rebecca me esperava na sala de espera do andar do quarto de Nicolle. Eu estava tão feliz, que mesmo a vendo poucas vezes, abracei-a o mais forte que pude. Ela também retribui com a mesma alegria.

– Oi pra você também Bill. – ela disse com a voz abafada, então eu percebi que a estava quase esmagando. Soltei-a ruborizado por causa disso.

– Desculpe, eu não consegui me controlar. – respondi, com um suspiro de alívio.

– Tudo bem, eu também não estou acreditando que Nic acordou. – ela disse feliz, fazendo sinal para que eu me sentasse. – Sabe, seu nome foi o primeiro que ela chamou assim que ela acordou. – disse ela sorrindo para mim, e aquilo me alegrou ainda mais do que eu pudesse imaginar.

– E onde ela está? – perguntei ansioso novamente.

– De'Blass ainda não terminou os exames. Ele queria ter certeza de que estava mesmo tudo bem. – ela falou.

Rebecca era tão bonita quanto Nicolle. Ela só não tinha aquele jeito angelical de Nic, não ela parecia ser mais... Madura. Não sei se era bem essa a palavra, mas era a única na qual eu conseguia pensar.

– Onde estão Karlisley e Katte? – perguntei, já que pra mim era óbvio que Katte já deveria ter chegado.

– Eles estão vindo. Parece que mamãe desmaiou ao ouvir a voz de Nicolle no telefone. – disse ela rindo. – Papai disse que eles viriam assim que ela acordasse.

– Entendo. Katte é uma figura e tanto. – eu disse rindo também. Katte era uma mulher muito sensível.

– Vocês dois se parecem, pelo menos no que diz respeito a Nicolle. – ela disse e eu concordei com a cabeça.

Continuamos conversando por mais uns minutos até que Tom, Georg e Gustav apareceram.

– Então? – perguntou Tom assim que me viu.

– Ela está fazendo uns exames. – eu respondi com um enorme sorriso, e Tom me abraçou.

– Isso é ótimo Bill.

– Mas você já a viu? – perguntou Georg.

– Não, quando cheguei ela já havia saído para os exames. – disse, e só então me lembrei que eles não conheciam Rebecca. – Nossa como eu sou distraído. Pessoal essa é Rebecca, a irmã mais velha de Nicolle. Rebecca esses são Tom, meu irmão, Georg e Gustav. – eu disse os apresentando. Rebecca, assim como seus pais, era um pouco mais conservadora, então não tinha a mesma forma de cumprimento que Nicolle.

– É um prazer conhecê-los. – disse ela e eles retribuíram com sorrisos.

– Oh! Novamente é um prazer vê-los todos reunidos. – nós ouvimos De'Blass dizendo enquanto se aproximava.

– De'Blass. – disse Rebecca indo até o médico e o abraçando, e depois perguntando. – E como está Nicolle?

– Perfeitamente bem. Se eu não tivesse visto com meus próprios olhos o estado em que ela chegou eu diria que foi um erro deixá-la internada todo esse tempo. – disse ele sorrindo para nós e me fazendo ter uma péssima lembrança daquela noite. – Olá Bill, Georg, Gustav, Tom! – ele nos cumprimentou, mas olhou para os lados. – Mas onde está Katte ou Karlisley?

– Mamãe desmaiou assim que eu contei a novidade, então papai me disse que eles viriam assim que ela acordasse. – disse Rebecca fazendo De'Blass rir.

– Katte, Katte, Katte. Ela e seus nervos sensíveis. – ele falou rindo mais um pouco e depois olhou para nós. – Bom, mas eu vou parar de enrolar vocês. Venham comigo.

– Por quê? Nicolle não vai mais ficar nesse quarto? – perguntei ficando lado a lado com o médico que já ia para o final do corredor, onde estavam os elevadores.

– Na verdade não. Ela só estava aqui por causa do coma e precisava de uma atenção maior, mas agora que ela já está consciente preferi transferi-la para um quarto no terceiro andar, assim vai ficar mais perto do meu escritório. – ele me explicou, e assim que estávamos todos no elevador ele apertou o botão do terceiro andar. – Quero ficar perto para qualquer alteração do estado dela, por pelo menos estas vinte quatro horas.

– Obrigado. – era bom saber que ela estava realmente em boas mãos.

Entramos no elevador e seguimos, com De'Blass e Rebecca discutindo as novidades. Tom, Gustav, Georg e eu ficamos calados até chegar o terceiro andar. Assim de saímos do elevador Georg fez uma observação no mínimo assustadora para mim.

– Espere anh, Nicolle esta totalmente recuperada? – ele perguntou ao médico.

– Bom, os exames dela só deram algumas alterações, nada grave, mas preciso de um tempo para ter certeza. – De'Blass respondeu, e perguntou – Mas porque?

– Acho que pode ser um pouco demais para ela ver todos nós entrando assim, de uma vez. – ele disse e concluiu. – Principalmente você e o Tom, Bill.

– Acho que ele tem razão. – disse Rebecca, que era mais do que testemunha dos problemas que Tom tivera com Nicolle. – Acho que devíamos entrar De'Blass, Bill e eu primeiro.  – ela continuava a dizer isso tanto para mim quanto para os outros. – De qualquer forma, a maior emoção dela vai ser ao ver o Bill, então superado isso, o resto e mais fácil. – disse ela, com esse final olhando para mim.

– Certo então. – disse Tom e sorriu para mim, assentindo que estava tudo bem para ele assim.

– Tudo bem. Vamos entrar. – falou De'Blass abrindo a porta e deixando que Rebecca e eu entrássemos primeiro.

Por precaução fiquei mais atrás, enquanto Rebecca e De'Blass se aproximavam mais da cama dela. Mesmo estando mais atrás, pude ver que Nicolle estava muito melhor do que quando deu entrada na clínica, apesar de alguns aparelhos ainda continuarem ligados a ela. De fato como De'Blass havia dito, era como se ele simplesmente tivesse dormido todo esse tempo, e que a internação havia sido um engano. Apesar de ter acabado de chegar ao quarto, Nicolle parecia dormir. Ela estava tão linda quanto um anjo.

– Nicolle? Nic? – chamou Rebecca bem baixo e próximo a cama de Nicolle.

– Bec? – sussurrou Nicolle, chamando a irmã pelo apelido.

– Sou eu Nic, como você está se sentindo? – perguntou Rebecca alisando os cabelos de Nicolle.

– Acho que melhor. Estou com um pouco de sono, mas acordada. – respondeu Nic piscando algumas vezes para espantar o sono. Eu ainda estava com medo de chegar perto da cama e assustá-la.

– É efeito dos remédios que aplicamos em você para os exames. A sensação de sono deve passar em meia hora. – falou De'Blass, sorrindo para Nic.

– Isso é bom. – ela sorriu. Eu sentia falta disso. – Onde estão mamãe e papai?

– Sabe como mamãe é. Ela desmaiou quando você ligou, e papai disse que esperaria ela acordar e se acalmar para vir. – falou Rebecca, rindo.

– Eu adoro isso nela. – ela disse, e depois sussurrou. – E onde...? – ela não terminou. Eu sabia o que ela perguntaria a seguir, então me aproximei da cama, entrando no campo de visão de Nicolle.

É inexplicável o que se passou entre nós dois, tudo o que consigo dizer é que não houve palavras pra serem ditas. Tudo o que sentimos naquele momento foi expresso com um desesperado e terno beijo. Há muito que eu não me sentia assim, incompleto, e agora, com seus lábios nos meus eu me senti completo novamente. Eu queria que ela sentisse o quanto eu estava feliz por ela ter melhorado. Nossas lágrimas se misturavam sobre o seu rosto, e o calor do nosso contato nós aceleravam os corações. Nós afastamos um pouco quando a falta de ar se tornou incomoda, mas não o suficiente para que Nicolle tivesse uma crise de riso. Comecei a rir logo em seguida, quando percebi que os seus batimentos estavam super acelerados, o que ficava evidente através das máquinas ligadas a ela.

– É incrível como eu consigo ser pagar tantos micos sem ao menos procurar. – disse ela, enquanto eu continuava rindo.

– Bom, pelo menos temos uma ideia de que seu coração esta bem forte, né De'Blass? – falou Rebecca rindo de nós dois.

– Verdade. Acho que não há remédio melhor que o beijo de duas pessoas que se amam. – ele disse e eu tive que concordar.

– David, pode me fazer um favor? – disse Nicolle.

– Sim Nic, o que quer? – perguntou ele com seu ar de médico novamente.

– Quer tirar esses aparelhos de mim, acho que já paguei mico demais por hoje. – ela falou e caímos na risada novamente.

– Ok! – ele respondeu e começou a retirar umas fitas que estavam presas perto do pescoço de Nic.

– Está bem mesmo Nic? – eu perguntei enquanto ele e Rebecca empurravam os aparelhos para uma sala ao lado.

– Sim. Acho que bem melhor agora. – ela disse sorrindo para mim.

– Você não sabe a falta que me fez Nicolle. Eu não sei mais viver sem você. – eu disse enquanto acariciava seu rosto, e traçava com os dedos o seu sorriso.

– Eu sinto muito Bill, eu... – ela começou dizendo isso, mas eu não a deixei que terminasse, afinal, não era culpa dela de ter estado internada.

– Shiii. Não se desculpe Nicolle, foi um acidente. – eu a abracei, sentando-me cuidadosamente ao lado dela. – Esta tudo bem agora.

– Nos poucos momentos em que estive consciente, e eu ouvia sua voz, era tão importante para mim. – ela disse, se aninhando mais nos meus braços. – Eu me sentia melhor, segura.

Continuamos daquele jeito, ela se aninhando em meus braços e eu acariciando seus cabelos. Tinha até me esquecido que não éramos os únicos no quarto até Rebecca se manifestar.

– Bill, acho que De’Blass e eu já vamos sair para os outros entrarem. – disse ela e eu concordei, saindo de cima da cama de Nicolle, então Rebecca se aproximou. – Nic eu vou, mas volto logo ta, acho que papai vai precisar de mais ajuda com mamãe.

Ela disse e as duas riram. Com um forte abraço e um selinho Rebecca se despediu de Nicolle, e apenas sorrindo para mim e saiu seguida de De’Blass. Ela era uma pessoa totalmente diferente com a irmã.

– Quem mais está ai Bill? – Nic me perguntou.

– Anh, o Georg, o Gustav e... – é pensando bem agora no que o Georg tinha falado, eu não sabia muito bem como Nicolle reagiria com o fato de eu e Tom ter feito as pazes. Feliz? É claro que ela ficaria, mas e se isso prejudicasse, uma forte emoção poderia acelerar seu coração. Mas infelizmente essa era um risco que tínhamos que correr.

Porém quando eu a ia preparar para surpresa Georg, Tom e Gustav entraram no quarto. Devo dizer que tudo correu melhor do que eu esperava. Nic olhou para os três, mas especialmente para Tom, totalmente surpresa, o que não durou muito já que depois disso ela abriu um enorme sorriso, e deu uma risada curta. Uma coisa que ela fazia sempre que estava muito feliz.

– Você parece bem melhor agora Nicolle. – disse Georg abraçando-a.

– Estou sim Ge, obrigada.

– Que bom que você esta melhor Nic. – disse Gustav lhe dando um beijo no rosto.

– Obrigada Gust. – ela respondeu.

Foi engraçado o que aconteceu a seguir. Tom se manteve um pouco mais distante enquanto os G's falavam com Nic, observando-os e eu o observava. Ele parecia desconfortável por estar ali, e feliz por estar ali. Depois que Nicolle falou com os G's ela olhou para ele com um sorriso radiante, que deve tê-lo feito se lembrar de como a tinha tratado, já que ele ficou sem graça. Devo dizer que nunca havia visto Tom sem graça com alguma coisa. Nicolle, como sempre, foi quem resolveu a situação.

– A Tom, eu não acredito que você esta com vergonha de mim. Eu não posso estar tão mal apresentável assim? – disse ela olhando com uma fingida preocupação pra si mesma.

E realmente ela não estava, pelo contrario Nic estava linda, mas essa brincadeira dela tinha um alvo: Tom. Todos nos começamos a rir e principalmente ele, deixando-o mais confortável. Eu nunca tinha realmente dito isso, mas Tom e Nicolle eram muito parecidos, tanto naquilo que gostavam quanto nas atitudes. A única diferença era que Nicolle era mais sensível que ele.

– Nicolle eu realmente sinto muito pelos conflitos que eu causei, eu... – ele começou, mais ela não o deixou terminar.

– Que conflitos? Eu não me lembro de conflitos. – disse ela se fazendo de desentendida. – Desculpe Tom, mas acho que devo ter perdido parte da memória. – disse ela sorrindo para ele, que captou a mensagem. O que passou, passou. Esse era um dos lemas de Nicolle.

– Tudo bem. – ele concordou sorrindo.

– Agora vem cá, por que eu quero te cumprimentar direito. – disse ela, me fazendo lembrar ate aquele momento que Tom não sabia do cumprimento especial dela.

Tom então a abraçou com cuidado, mas do que precisava devo dizer. E no momento em que ele se afastava, ela o puxou um pouco e lhe deu um selinho, assim como também havia feito comigo, Georg e Gustav. Foi divertido a surpresa de Tom com esse ato dela, que olhou para mim sem entender nada. E Georg, que ria muito resolveu explicar.

Passamos a manha toda por lá. Katte, Rebecca e Karlisley chegaram por volta de dez horas. Por mais calma que Katte estivesse isso não a impediu de cair em prantos novamente ao ver Nicolle acordada. A manha foi divertida. De'Blass conseguiu permissão para que nós sete permanecêssemos no quarto com Nicolle, assim nesse mesmo dia Tom, Karlisley e Katte também fizeram as pazes. Foi uma manha estranhamente gostosa. Acho que eu já tinha me esquecido de quando tinha estado tão feliz assim.

 

David apareceu por volta de uma hora da tarde pra fazer uma visitinha para Nicolle.

– Oi. Como você está Nic? – ele perguntou enquanto lhe dava um beijo no rosto.

– Bem melhor agora Dav. – ela disse sorrindo. – Anh, e acho que te devo desculpas pelos atrasos.

– Do que você está falando querida? – ele perguntou, chamando minha atenção também.

– Ah, a Bec me contou que os rapazes têm diminuído as horas de gravação por minha causa, e bem, eu não queria ter incomodado dessa forma. – ela disse me fazendo olhar para Rebecca que ficou vermelha na hora.

– Ela perguntou as novidades, e eu não sei mentir. – ela falou olhando pra mim, mas eu simplesmente sorri e ela relaxou.

– Deixe disso Nicolle. Todos estavam muito preocupados com você, então não foi nada demais. – ele falou, e chegando mais perto dela completou. – Além do mais, você sabe muito bem que a banda não é muito conhecida por sua pontualidade.

– David, nós ainda estamos aqui. – disse Gustav, que odiava atrasos, e nós fazendo rir.

Tivemos que ir embora assim que o horário de visitas acabou. De'Blass fez questão de lembrar que Nicolle só ficaria mais uma noite internada para que ele tivesse certeza do estado de Nicolle. Saímos, e eu prometi que eu estaria de volta bem cedinho para levá-la embora assim que ela tivesse alta.

 

Na manha seguinte Tom, Rebecca e eu estávamos prontos para levar Nicolle para casa quando De'Blass nós disse que ela precisaria ficar mais um dia. Parece que ela teve algumas reações a noite que não eram esperadas, uma recaída. Entre febre alta e dor de cabeça, Nicolle também ficou pálida e com as batidas do coração fraco. Uma pontada atingiu meu peito quando ele disse isso, mas afirmou que ela já estava melhor e que eu poderia vê-la. E assim que entrei pude ver que ela estava mesmo bem. Sinceramente eu esperava que tivesse sido apenas uma breve recaída, como De'Blass mesmo dissera. No fim da tarde De'Blass afirmou que Nicolle poderia mesmo retornar para casa no dia seguinte, que seus exames tinha todos dado normais.

 

Acordei muito animado com a possibilidade de Nicolle voltar para casa. Desde que ela fora internada eu tinha voltado para o hotel. Seria bom voltar para nossa vida. Me arrumei mais cuidadosamente dessa vez, fazendo questão de vestir as peças que Nicolle mais gostava em mim. Dessa vez, além de Rebecca, Katte, Georg e Gustav também iriam. Iríamos primeiro para casa dos pais de Nicolle comemorar sua saída da clínica. Por volta de dez minutos pras nove horas saímos os quatro. Georg e Gustav iam no carro de Georg e eu ia no de Tom. Assim que chagamos ao hospital pedi que eles entrassem primeiro e se encontrasse com Katte e Rebecca, pois eu pretendia comprar um novo buque e um novo ursinho pra Nicolle.

Não levei muito tempo na loja perto da clínica, já que eles não tinham ursinhos maiores do que eu estivera comprando antes, mas pelo menos com o buque a atendente fez um arranjo especial para mim. Eu agradeci e fui para a clínica.

Mas teve algo estranho. Assim que desci do elevador, vi Tom vindo em direção ao mesmo, com uma expressão triste. Nicolle havia tido outra recaída, eu tinha certeza.

– Onde esta Nicolle? – eu perguntei logo, a preocupação na minha voz se mostrando evidente.

– Bill, Nicolle teve complicações e... – Tom começou a falar, porém eu não quis ouvir.

Tinha pressa em ver como Nicolle estava, então deixei o buque e o ursinho em cima da recepção e corri para o quarto de dela com Tom correndo atrás de mim. Quando cheguei lá fui tomado pelo choque. Katte chorava descontroladamente, apoiada em Rebecca que também chorava, e elas eram consoladas por Gustav e Georg. Eu não conseguia entender. Será que Nic havia entrado em coma novamente? Comecei a caminhar em direção a eles quando de repente De'Blass saiu do quarto, seguido de um enfermeiro que puxava uma maca com uma pessoa coberta inteiramente por um lençol. Era Nicolle. Meu choque inicial então se transformou em desespero e dor.

– O que vocês estão fazendo? Para onde a estão levando? E por que ela esta coberta assim? – comecei a perguntar e ir em direção ao medico, mas antes que eu continuasse Tom me puxou e ficou a minha frente.

– Tom, o que eles estão fazendo com ela? – eu disse com minha voz já fraca.

– Bill eu sinto muito, mas... – foi De'Blass quem disse olhando para mim, com seus olhos pesarosos, e depois eu não ouvi mais nada.

Pela expressão dele entendi o que queria dizer. Entendi mas não quis aceitar. Eu não podia aceitar.

– NÃO. Largue ela, já. – eu comecei a gritar e tentar passar por Tom, mas ele simplesmente segurou meu braço mais forte e me abraçou, segurando minha cabeça apoiada em seu ombro. Eu estava chorando agora.

– Tom, eles estão enganados. – me debati desesperado. – DIGA QUE ELES ESTÃO ENGANADOS.

– Eu queria muito dizer isso Bill. – ele disse sussurrando, e percebi que lágrimas também caiam em seus olhos. – Mas não posso. Eu sinto muito Bill... Mas Nicolle está morta.

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

Eu sei que pode ser triste, mas tive mesmo que fazer isso.
Juro que explico o porquê no próximo ultimo capítulo.
Olha, não foi fácil pra mim fazer isso com Nicolle. Eu também
Adoro-a, mais foi preciso. Também chorei a morte dela.