Um último Adeus! escrita por Lucylara


Capítulo 7
Cap. 07. Para sempre sua.


Notas iniciais do capítulo

Capítulo final!
Por ser o final entao o capítulo ficou grande.
Boa leitura.



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Eu ainda não conseguia acreditar. Minha Nicolle... Eu havia perdido minha Nicolle.

Passei o resto daquele dia inerte em minha dor. Não senti o tempo passar, não vi quem ou para onde me levaram, não ouvi nada do que me diziam. Apenas fique lá, quieto e me sentindo totalmente sozinho, sozinho como nunca estive.

Em alguma hora, parecia ser noite, Tom e Rebecca vieram até mim. Finalmente reconheci onde eu estava, no meu quarto, e na minha casa. Provavelmente Tom havia me trazido para nossa casa, em vez do hotel.

– Bill? Bill pode me ouvir agora? – Tom perguntou e sua voz era preocupada e urgente.

– Sim... – sussurrei.

– Como está se sentindo agora? – Rebecca perguntou.

– Como poderia estar me sentindo? Perdi uma das minhas únicas razões de viver... – eu disse sem olhar para ela e então percebi meu erro, Rebecca provavelmente estava sofrendo tanto quanto eu e não pude deixar de me sentir culpado. – Desculpe Bec, eu não devia...

– Shiii... Não tem problema Bill, eu entendo. – disse ela sentando-se na cama ao meu lado. – Eu também estou destruída. – por mais que me fosse difícil não pude deixar de encará-la.

Ficamos os três quietos por um tempo, apenas olhando um para o outro, mas havia uma pergunta que eu não podia mais evitar.

– O que De’Blass disse? – perguntei temendo a resposta.

– Ele também não consegue dizer ao certo o que houve... – começou Tom. – Apesar de os exames de Nicolle terem dado normal, ela teve uma crise de bradicardia seguida de uma parada cardíaca.

Meu rosto se contraiu ao imaginar a dor que Nicolle deve ter sentido, mas Rebecca apertou levemente meu braço e sorrindo sussurrou.

– Ela estava dormindo quando aconteceu... Provavelmente não sentiu nada.

– Quero acreditar nisso. – eu lhe sussurrei de volta.

– E pode acreditar. – disse Tom, sentando-se a minha direita e me abraçando.

Vi Rebecca sorrindo para mim e depois se levantando saiu do quarto.

– Agora, vá tomar um banho por que precisa comer algo, e não pense em discutir. – disse ele levantando-se e depois me puxando e empurrando-me para o banheiro.

Depois de um quente banho, comi um sanduíche e fui para o quarto, novamente sob supervisão de Tom. Finalmente tive uma noção da hora... Eram

Nove horas da noite quando meu celular tocou. Foi Tom quem atendeu.

– Sim... Não, é o irmão dele... Sim Sr. Campbell... Mas já... Entendo... Sim, sim... Eu aviso a ele... Não tenho certeza... Não se preocupe, eu a levo... Boa noite então. – disse ele por fim e desligou o telefone.

– O pai de Nic? – perguntei apenas para confirmar, e ele assentiu com a cabeça. – O que ele queria?

– O corpo de Nicolle foi liberado há uma hora, e, Karlisley acha que vai ser mais fácil para todos que o velório de Nic aconteça o quanto antes. – ele disse por fim, mas eu nada respondi, e quando o silencio se tornou longo demais ele o quebrou. – Você pretende ir?

– Não! – eu disse em um sussurro, e depois completei mais alto. – Quero levar comigo a ultima imagem de Nicolle viva.

– Entendo. – ele disse. – Vou levar Rebecca agora, tudo bem?

– Claro. Esta tarde para ela andar sozinha. – eu disse.

– Certo. – ele disse, mas antes de se levantar, ele beijou minha testa e apertou levemente sua própria testa contra minha dizendo. – Eu sinto muito Bill, sinto muito mesmo que esteja passando por isso.

Então ele levantou-se e saiu do quarto, e assim que ouvi a porta de para garagem sendo fechada me permiti afundar em meus travesseiros e chorar... Logo depois cai agradecido em minha inconsciência.

Acordei as nove do dia seguinte. Dormi por quase doze horas seguidas, então sentia meu corpo estranho e pesado. Tomei então uma ducha rápida e me arrumei para ficar em casa. Surpreendi-me ao ver Katte conversando com Tom assim que cheguei à sala.

– Katte? O que faz aqui? – eu estava realmente surpreso por vê-la aqui.

– Bill, meu filho, como você está? – perguntou ela vindo me abraçar, e percebi que Tom levantou-se e foi para cozinha, deixando-nos a sós.

– Acho que estou bem Katte. – eu disse meio que relutante. – Mas e você, não esperava vê-la hoje.

– Bill, ontem quando Tom foi levar Rebecca em casa ele me disse que você não pretendia ir ao velório de Nicolle. – disse ela e contraindo o rosto ao dizer aquilo em voz alta.

– Katte eu... – tentei lhe explicar, mas ela me interrompeu.

– Eu sei como você se sente Bill, e não o culpo por não querer estar lá, mas eu queria mesmo que você estivesse. – falou Katte olhando em meus olhos, com os seus já transbordando. – Não posso me despedir dela sozinha, Bill.

Eu a abracei. Perto dos meus 1,90 Katte era como uma menina, com seu 1,55, assim como Nicolle era. Depois de controlada ela finalmente disse algo que me convenceu.

– Nicolle ficaria tão feliz Bill. Ela te amava tanto. – Katte disse isso com mais uma nova onde de lágrimas, e então eu concordei em ir.

 

O velório, realizado no jardim da casa dos pais de Nicolle, foi apenas para a família e para os amigos mais íntimos. Tom, Georg e Gustav estavam lá comigo. Fiquei quase todo o tempo afastado do caixão, perto de um carvalho, até que Katte veio e pegou minha mão, guiando-me para mais perto de Nic. Meu irmão e meus amigos, ficando apenas a poucos passos mais afastados. Acho que me fez bem vê-la uma última vez. Ela estava tão tranquila, tão serena. E surpreendentemente linda. Seus cabelos estavam soltos, fazendo uma moldura perfeita para seu rosto branco e seus lábios rosáceos. Rebecca era maquiadora, então deveria se ela a responsável pela leve camada de pó de arroz e a leve sombra no rosto de Nic. Ela estava perfeita. Tão linda quanto à morte a podia ter deixado. Eu não sabia ao certo se era minha vontade de saber que ela estava bem, onde quer que esteja, ou se era real, mas eu tinha quase certeza que Nicolle estava sorrindo. Dei-lhe um ultimo beijo de despedida, um abraço em Katte e sai dali, apoiado por Tom, seguido por Georg e Gustav.

 

Uma semana depois...

 

Hoje faz uma semana que Nicolle morreu e eu estou neste momento em frente a seu apartamento. Já fazia quase duas semanas que eu não entrava nele.

Katte havia me ligado na noite passada e perguntado se eu poderia vistoriar a equipe de mudança do apartamento de Nicolle, já que ela não tinha coragem de fazê-lo. Talvez a surpresa do pedido seja que tenha me feito dizer sim sem ao menos pensar na hora, só que agora, parado aqui, eu não tinha tanta certeza se eu poderia conseguir fazer isso.

Depois de estar perdido por um tempo em meus pensamentos senti o leve aperto de duas mãos diferentes em meus ombros e uma em meu braço.

– Tem certeza disso Bill? – perguntou-me Gustav.

– Podemos tentar fazer isso no seu lugar Bill. – disse Georg.

Já estava me perguntando por quanto tempo Tom e meus amigos me suportariam em meu estado de estupor. Estive tão isolado em mim mesmo que mal percebia a presença deles, e era muito importante saber que mesmo estando preso aquele estado eles estavam comigo. Levantei os olhos e olhei pelo retrovisor, de onde Georg e Gustav me olhavam, tentando passar-me alguma força, e depois olhei para Tom. Ele não tinha dito nada, mas só de olhar em seus olhos eu já sabia. Era muito importante ter eles ali comigo, e não tenho certeza de que continuaria se estivesse sozinho.

– Obrigado! Mas isso eu mesmo tenho que fazer. – eu disse com um suspiro.

Eu não tinha pressa para terminar aquela tarefa, então sai com calma do carro e caminhei em direção ao prédio. Poderia muito bem ter dito para Tom estacionar na garagem, mas sinceramente não me sentia mais tão bem ali para fazer isso. Sam veio imediatamente a nosso encontro assim que entramos no prédio.

– Senhor Kaulitz, eu... – ele não se sentia confortável, pelo que pude perceber.  – Eu realmente sinto muito. Eu tinha muita consideração pela senhorita Campbell.

– Eu sei Sam, e agradeço por isso. – falei tentando esboçar um sorriso, triste, mas ainda sim um sorriso.

Fui pego de surpresa quando ele me deu um meio abraço. Eu não podia culpá-lo. Sam tinha apenas dezenove anos e não tinha visto muitas coisas, alem do mais, Nicolle sempre criou sentimentos estranhos nas pessoas.

– D-Desculpe senhor Kaulitz. – ele disse envergonhado por seu impulso.

– Sem problemas Sam. Nós vamos subir agora, e assim que a equipe de mudança chegar você pode pedir para eles subir, tudo bem?

– Claro.

Novamente fiz o caminho até o elevador, apertei o botão para o décimo andar e esperei. Assim que entramos no apartamento reparei que estava do mesmo jeito que o havia deixado há alguns dias, as pesadas cortinas balançando ao forte vento que entrava pela janela. Vi-me novamente preso a ato automático quando fui até o som e o liguei. Dessa vez tocando “Dark side Of The Sun”. Em cima da mesinha de centro havia uma lista de quatro paginas. Pelo que entendi, Katte havia estado ali e feito uma lista das coisas de Nicolle e pra onde seriam enviadas. Notei também que o papel estava marcado por espaços fundos, e que as letras estavam borradas. Ela chorava enquanto fazia a lista. Antes que pudesse dizer qualquer coisa Tom pegou a lista da minha mão.

– Nós vamos te ajudar nessa parte. – disse ele separando as páginas. – E não diga nada.

– Tudo bem. – respondi, e então o interfone tocou e quem o atendeu foi Georg.

– Sim?... Ah sim... Tudo bem Sam, pode os mandareles subir. – ele conversou rapidamente com Sam e depois disse para mim. – Bill, Sam pediu para avisar que a equipe de mudança já esta subindo.

– Ok! Vamos terminar logo com isso. – eu disse com um suspiro.

Antes de mais nada, Katte deixou claro que apesar da lista feita, eu poderia modificá-la como bem entendesse, já que ela não tinha certeza quanto aos meus sentimentos com a vida que partilhei com Nicolle ali, e o que aquelas coisas poderiam me trazer como lembranças.

Tom ficou com a sala, onde havia todos os CDs, DVDs e fotos de Nicolle. Estes, Katte separou para que fossem entregues em sua casa, segundo ela, ela pretendia experimentar aquilo que a filha sempre quis compartilhar mas nunca teve a chance. Gustav ficou com os moveis, onde tudo ali seria repassado a alguma loja de moveis usados. Georg ficou com as obras de arte, que seriam leiloadas a alguns ateliês famosos e o dinheiro seria repassado para uma instituição de caridade que Karlisley pretendia criar com o nome de Nicolle. Assim igualmente seria feito com o apartamento. E eu fiquei com o nosso quarto.

Estava quase como na noite em que encontrei Nicolle desmaiada. Na ultima semana apenas entrei ali duas vezes, e não me preocupei em arrumar nada. Segundo a lista de Katte, as roupas de Nicolle seriam dadas a Rebecca e a uma prima muito próxima a elas. Resolvi ficar com muita das jóias que eu havia lhe dado, inclusive coloquei o anel de noivado que eu lhe dera em uma das suas correntes preferidas e agora o usava no pescoço. Quanto ao resto das jóias, roupas quase nunca usadas, roupas de cama e coisas assim, Katte decidiu que colocaria no antigo quarto de Nicolle, para assim ter o perfume e a lembrança de Nicolle sempre que quisesse.

– Podemos entrar? – ouvi Tom, perguntando depois de um tempo.

– Claro. – respondi de dentro do closet, terminando de arrumar as ultimas malas de Nicolle.

– Bill já terminamos no resto do apartamento. A equipe de mudança esta terminando o que já arrumamos, e o quarto de Nic é o ultimo. – falou Tom, entrando seguido de Georg e Gustav.

– Precisa de ajuda por aqui? – perguntou Georg.

– Não, acho que já terminei tudo. – disse, e depois me lembrei. – Mas será que poderiam retirar os lençóis da cama pra mim?

– Claro. – disse Georg.

Continuei a esvaziar o closet, e cinco minutos depois reparei que o quarto estava calado demais. Sabia que eles não teriam saído sem avisar. Fechei duas malas que estavam do meu lado, e sai, para então ver que algo estranho estava acontecendo.

Tom estava sentado na cama com um papel na mão, Georg em pé a sua frente com um envelope e Gustav sentado em um a poltrona que ficava no canto da parede perto da cama. Ambos tinham uma expressão de preocupação e tristeza nos olhos.

– O que foi? Que papel é esse Tom?

– Acho que você precisa ver isso. – disse ele.

– É da Nicolle. – disse Georg.

Tom então me estendeu o papel e eu me aproximei para pega-lo. Imaginei que era um dos poemas que ela costumava fazer sobre nós dois, e fiquei feliz por ter algo mais para me lembrar dela, porém o começo da carta me fez sentar bruscamente na cama, pasmo.

 

“Bill se esta lendo esta carta é por que provavelmente não estou mais com você.”

 

Minhas mãos agora tremiam e eu apertei firme a carta e meus olhos se encheram de lagrimas. Gustav, que eu não havia visto saindo, entrou no quarto com um copo de água e me entregou.

– Quer que eu leia para você Bill? – perguntou-me Tom sentando-se ao meu lado.

Eu sabia que eles já haviam lido, então simplesmente balancei a cabeça negativamente e depois de respirar fundo voltei os olhos para aquelas hipnotizantes e sombrias palavras.

 

“Desculpe por qualquer sofrimento que eu esteja causando, mas eu precisava fazer alguma coisa. Bill eu disse pra você que as coisas seriam do meu jeito, e que eu iria fazer com que você e Tom se reaproximassem então não me arrependo do que fiz.”

 

Olhei para Tom. Ele estava visivelmente magoado com aquelas palavras, e como o conhecia bem, provavelmente se sentia culpado, tanto quanto eu, pela morte de Nicolle.

 

“Naquela noite em que eu disse que faria algo, não consegui dormir pensando no que faria para aproximá-los, e uma dor no peito me deu a resposta. Era tão simples quanto clara que eu não tinha duvidas de que ia funcionar. Você e Tom sempre foram tão unidos que era impossível que Tom não viesse te apoiar caso você estivesse passando por alguma situação difícil. Resolvi então não tomar os remédios na hora marcada. Eu sei que pode ser loucura agora, mas loucura para mim foi ver vocês dois se afastando por causa de uma garota. Bill, a vida de uma garota não vale o amor que você tem pelo seu irmão. Minha vida não valia a pena para que você se afastasse dele.”

 

As lagrimas agora corriam livres por meu rosto, e reparei que Tom lutava para segurar as suas. Eu nunca imaginei que o veria chorar na frente de Gustav e Georg. Voltei minha atenção para carta, sem ter certeza de que ainda suportaria mais.

 

“Não digo isso para que você ou Tom se culpem, mas por que nunca menti para você, e não o consegui fazê-lo agora. Eu também não poderia partir sem um ultimo adeus. Quero que saiba a verdade por mim, por mais que seja difícil ou dura de aceitar. Não quero que de maneira nenhuma se culpem pelo que aconteceu. Também não quero que pense que nada disso teria acontecido se você tivesse me dado ouvidos antes. Tudo tem um motivo e uma hora certa para acontecer. Acho que fui uma pessoa boa, então tenho certeza de que pude vê-los juntos e unidos antes de partir.”

 

Nicolle se enganou nessa parte. Ela não foi uma pessoa boa, ela simplesmente foi um anjo colocado em minha vida, e que agora havia partido depois de completar sua missão.

 

“Saiba que se realmente tivesse essa oportunidade, eu estou muito feliz agora, onde quer que eu esteja. Sei que pude ver um sorriso radiante em seu rosto. Tenho até o pressentimento de que consegui pegar o Tom de surpresa, assim como foi quando nos conhecemos.”

 

Involuntariamente sorri com essa lembrança. Eu quase podia sentir Nicolle sorrindo abertamente com essa possibilidade.

 

“Bill, quero que você e Tom me façam uma promessa, e sei que vão cumpri-la.”

 

Eu e Tom nos olhamos nessa parte da carta. Obviamente estávamos no mesmo ritmo de leitura.

 

“Eu escolhi me sacrificar pelo amor de vocês, mas não posso dizer que outra pessoa faria igual. Então, por favor, me prometam que nunca mais deixaram alguém se pôr entre vocês, talvez se isso acontecer de novo, é capaz de gostarem de alguém egoísta o suficiente para tentar acabar com o amor que tem um pelo outro e querer separá-los.”

“Também lhe farei uma promessa. Mesmo não estando presente sempre estarei cuidando de você. Peço que não pare sua vida por mim, e que não se entristece pela minha partida. A vida continua, a sua vida deve continuar Bill, por sua família, seus amigos, seus fãs, e principalmente por seu irmão. Prometo que o estarei observando e o ajudarei a encontrar alguém que o entenda, que seja digna da pessoa maravilhosa que você é Bill.”

 

Apesar de ter sofrido com isso me senti feliz por que tinha certeza que Nicolle iria cumprir sua promessa. Ela sempre estaria comigo.

 

“Só queria dizer mais uma coisinha. Os dois últimos anos em que você esteve ao meu lado foram os melhores anos da minha vida. Obrigada por ser essa pessoa tão especial que você sempre foi para mim. Obrigada por me ajudar a finalmente me libertar. Eu te amei como nunca imaginei que amaria outro homem, e fico feliz por saber que fui correspondida. Espero que fique bem Bill.”

“Sou hoje e para sempre serei, sua Nicolle.”

 

Um ano depois.

 

– Olá Nicolle. Olhe, trouxe suas flores preferidas. – disse sentando-me no frio mármore escuro do túmulo de Nicolle, e depositando as frágeis orquídeas no centro.

Fazia um ano que ela havia partido, mas eu ainda a sentia muito próxima a mim. Sempre que podia, eu vinha e lhe contava como estava minha vida, como estava à banda, e como continuava tão próximo a Tom quanto possível. Às vezes ele também vinha comigo. Nós cumprimos nossa parte do trato, e Nicolle também cumpriu a dela. Por mais relutante que estivesse no começo, reconheci quando Nicolle me mostrou a sua escolhida, a garota especial de quem ela me falara. Eu sei que Nic estava por trás disso, então simplesmente me entreguei. Passei mais de uma hora ali, relembrando com Nicolle dos nossos dois anos juntos, e quando ficou muito tarde, levantei-me para ir embora, prometendo-lhe que voltaria logo para falarmos do ultimo ano que se passou. Uma ultima lagrima caiu de meus olhos. Uma leve brisa então passou pelo meu rosto, em uma leve caricia, e então eu sorri, pois sabia que Nic ainda permaneceria comigo. Acariciei levemente o cordão com seu anel que ainda estava em meu pescoço, e virei para partir.

Tom, Georg e Gustav se encontravam parados, ao lado de meu carro e sorriram quando me viram sair. Ela também estava perto, mas em meu carro. Saiu e veio ao meu encontro. Encontrei a pessoa perfeita para dividir minha vida a partir de agora. Ela me entendia, e também entendia que Nicolle ainda ocupava espaço em meu ser, tanto quanto ocupava no seu, e eu a amava por isso.

– Vamos? – ela me perguntou docemente, enquanto me abraçava.

– Sim... Por enquanto sim. – respondi.

Então antes de entrarmos no carro, surpreendi-a com um carinhoso e terno beijo. Rebecca pareceu surpresa com meu impulso, mas entendeu. Ela agora era minha nova inspiração, minha nova força. Afastamos-nos e ela sorriu, e entrou no carro. Dei a volta por trás, e dei uma ultima olhada para onde o corpo de Nicolle descansava.

 

“Até breve Nicolle. Minha Nicolle.”

 

Aquela não era uma despedida definitiva. Eu voltaria para lhe visitar, e algum dia, quando for o momento certo, eu voltarei para Nicolle, que estará me esperando de braços abertos.

 

 

Das Ende!


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Notas finais do capítulo

Quero agradecer primeiramente a minha madrinha por ter me ajudado a conseguir detalhes para esse problema de coração. Depois ao doutor Antônio, o cardiologista da minha madrinha que gentilmente respondeu a todas as minhas perguntas que lhe enviei por e-mail... Mesmo sabendo que ele provavelmente não leu minha historia. E por ultimo, mas não menos importante, a Lana_Rios, que alem de recomendar essa fic, sempre me da o maior apoio com seus lindos reviews em todas as obras que eu faço, te adoro minha flor.

Obrigada a quem me acompanhou e os belos reviews...
Beijlitz e até uma próxima.

Obsimp.: É a Rebecca citada no final é mesma a irmã de Nicolle. (^;^)’

Ps.: Alguém já reparou que eu sempre ponho o nome da fic no meio dela? Estranho, não...