Um último Adeus! escrita por Lucylara


Capítulo 4
Cap. 04. Uma garota diferente.


Notas iniciais do capítulo

Olá, finalmente o capitulo chave. É eu fiquei um bom tempo trabalhando nele pra que todo mundo pudesse entender... Espero mesmo que vocês gostem. Serio.
O FlashBack do Bill continua... Como se tratam de memorias do Bill as vezes vao conter trechos de dialogos e as vezes ele vai simplesmente narrar. Qualquer observaçã do tipo “fic de dificil compreensão”, por favor me avisem.
Um detalhe, o ano e 2012 tá, dois anos depois da tour, já que eu acho que vai ser mais ou menos o tempo que a banda vai levar pra produzir um novo album. E o FlashBack dele é lá pra junho de 2010. Ok!

Boa leitura.

Ps.: Como vocês estão? Tudo bem?
Como anda a vida de vocês? Lendo muito, escrevendo?
Ps.: Li uma historia uma vez que a menina ficou dez capítulos só no flashback, com cinco paginas cada, onde a personagens lembrou de tudo isso em vinte minutos. Uau!
Mas podem ficar calmas que eu não vou levar isso tudo não, acho que só uns sete capítulos de flash da... Brincadeira.



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Despedi-me de Gabrielle, com quem conversei parte da noite. Eu iria sair pela porta lateral da boate e caminharia ate o ponto de taxi mais próximo, passando pelo estacionamento.

Esse era meu plano quando algo me deteve na saída.

 

– Me solta, eu já disse que não vou sair com você. Eu já tenho companhia. – ouvi uma garota falando com a voz meio forçada.

– E por que não? – perguntou um homem.

– Por que eu já tenho companhia.

– Ah, fala sério Nicolle, eu não vi você com ninguém essa noite. Olha, eu vou pagar muito bem. – o homem respondeu.

– Não obrigada, pode ficar com esse seu dinheiro porco. Agora me solta se não eu vou gritar. – disse novamente a garota.

Eu não agüentei mais ouvir aquilo. Independente de onde aquele cara havia encontrado aquela garota ele não podia falar daquele jeito com ela. Caminhei mais um pouco pelo estacionamento ate avistar um cara um pouco mais baixo que eu segurando o braço de uma garota, muito bonita por sinal. Ela tentava puxar o braço dela das mãos dele mais não estava tendo muito sucesso. Quando percebeu minha presença o cara afrouxou um pouco o aperto, o que deu tempo da garota puxar seu braço e encostar-se ao carro dele para não cair.

Pelo o uniforme percebi que ela devia ser uma das garçonetes da boate.

– Algum problema Nicolle, eu te ouvi gritar. – eu perguntei enfatizando bem o nome dela pra que parecesse que eu a conhecia.

– Quem é você? – perguntou o cara.

– Bill. E a Nic esta me fazendo companhia esta noite. Então algum problema? – eu perguntei novamente olhando para ela.

Por um momento ela apenas me olhou, surpresa com a minha atitude, mais rapidamente recuperou-se e entendeu a cena que eu estava fazendo e conseguiu entrar no jogo.

– Não Bill, eu só estava dizendo a Marc que já tinha companhia pra essa noite e ele já estava de partida, não é mesmo Marc? – disse ela, olhando bem para ele nessa ultima parte.

– Ok! Eu entendi. – falou Marc, que entrou no carro e deu partida sem se importar que Nicolle continuasse encostada no carro, mas ela saiu de perto antes que ele arrancasse.

– Ele não sabe entender um não. – murmurou ela pra si mesma.

– Ahn, você esta bem? – eu perguntei depois que o carro já estava longe.

– Ah, claro! Obrigada, você me fez um grande favor essa noite. Esse cara é um saco e vive dando em cima de todas as garotas. Ele se acha. – ela falou sorrindo, e me encantando muito com isso.

– Bom, acho que já fomos meio que apresentados, mais meu nome é Bill Kaulitz e o seu... – eu falei estendendo minha mão.

– Nicolle Campbell. – ela respondeu não pegando minha mão, mais ficando na ponta dos pés e me dando um selinho e depois explicando. – Eu sou irlandesa, e é assim que nós cumprimentamos.

– Ok! – eu respondi. Ela era maravilhosamente estranha.

– Você já estava indo embora? – ela perguntou olhando em volta.

– Sim. – eu respondi, mais completei. – Alguma ideia?

– Ah, meu turno acabou aqui, por que não entramos e bebemos alguma coisa, por minha conta. – ela disse.

– Claro, por que não. Mas de qualquer forma eu pago. – eu falei, seguindo-a novamente para dentro.

– Depois nós falamos disso. – disse ela rindo.

 

Nicolle me guiou ate a área vip da boate, uma sala enorme no segundo andar, com a parede que dava pra boate feita de vidro, para que os Vips pudessem ficar de olho na festa. Lá pedimos nossas bebidas, que acabaram sendo por conta da casa, e tivemos uma conversa muito interessante.

– Então, exatamente no que você trabalha aqui na boate? – perguntei depois que nossas bebidas chegaram.

– Eu sou garçonete, Barman, e dançarina. – respondeu ela pegando sua bebida, dando um gole e dizendo mais. – E às vezes acompanhante.

– Ahn... – eu disse simplesmente sem achar estranho e olhando para meu copo. É claro que era comum que isso acontecesse com a maioria das dançarinas de boates.

Mas a olhei quando ela começou a rir. Ela era extremamente linda. Pele levemente bronzeada mais sem perder sua cor clara, lábios carnudos, olhos de um cinza profundo e cabelos negros e ondulados. Ela mais parecia uma boneca de porcelana do que uma garota da noite. E seu sorriso era o mais encantador que eu já tinha ouvido. Quando ela conseguiu controlar o riso sorriu abertamente para mim e disse.

– Não me entenda mal. Eu não sou “esse” tipo de acompanhante. Não me vendo por preço algum. – ela tomou mais um gole de seu drink antes de continuar. – Quando os donos criaram essa boate eles pensaram em algo que poderia atrair mais clientes Vips, então ele contratou garotas para serem suas acompanhantes, assim teriam toda a atenção que quisessem sem serem questionados. Se alguma delas quiser algo fora daqui, ai a responsabilidade é unicamente delas.

– Entendi. Mas você disse que dança também. É o poli dance? – perguntei curioso.

– Não. Eu danço livremente em cima do balcão do bar.

– E tem muita diferença?

– Claro. No Poli Dance geralmente as meninas terminam a noite sem saber exatamente onde foram parar suas principais roupas, e muitas delas fazem programas, como você imaginou. Já eu apenas danço enquanto sirvo as bebidas. Sou mais discreta e como disse não vendo meu corpo. – falou ela sorrindo mais ainda.

– Isso é bom. – eu respondi sorrindo para ela.

– E você, o que veio fazer aqui? Esta não parece ser uma boate que Bill Kaulitz freqüentaria.

– Na verdade eu vim por causa de Andreas, Tom está fazendo uma despedida de solteiro para ele, que vai se casar daqui a dois dias. – olhei para baixo e vi que meu irmão e meus amigos ainda se divertiam muito com algumas garotas perto da mesa dos DJs. – Era pra eu lhe dar apoio moral, mas parece que ele não precisa mais disso.

– Hum... Não mesmo. – falou ela também olhando e fazendo um comentário engraçado – Devia ter homens dançando também essa noite... Seu irmão deve ter tratado para que isso não acontecesse.

– Isso é bem a cara dele. – eu falei rindo um pouco.

Conversamos por mais um tempo, mais quando olhei para o relógio vi que estava ficando muito tarde para táxis.

– Nic eu adorei conversar com você mais eu já tava de saída, e vou precisar pegar um taxi, então... – eu comecei a dizer. Eu realmente precisava ir embora. Não queria, mas precisava.

– Quer que eu te leve. Eu estou de carro. – disse ela, pegando as chaves que estavam presas nos cós de sua calça.

– Anh... Não sei bem. – eu não iria deixá-la dirigir depois de ter bebido.

– Se quiser, posso deixá-lo só perto do hotel, sem invasão. – disse ela docemente.

– Não, não é isso. É só que é contra minhas regras dirigir depois de beber.

– Ah! Então não tem problema. Eu to limpa. Só bebo sucos gaseificados. Ajuda a manter a mente alerta. – disse ela e se levantou me dando a mão pra que eu me levantasse também. – Como você pode ver essa noite eu não posso me dar ao luxo de ficar bêbada no trabalho.

– Entendo. Então aceito a carona, se não for atrapalhar é claro?

– Que nada. Eu só vou pegar minha bolsa.

 

Fiquei muito admirado com seu carro, uma BMW preta ultimo modelo. Não sei bem quanto uma dançarina poderia ganhar, mais não imagino que desse pra comprar um carro daqueles. Mesmo assim eu não conseguia acreditar que ela tinha mentido para mim, então uma voz na minha mente dizia que havia uma explicação bem simples e lógica.

Assim que entramos no seu carro e colocamos o cinto ela perguntou se eu queria ouvir algo e eu respondi que sim. Ela remexeu no porta luvas, mais parou de repente com uma expressão engraçada, como se estivesse envergonhada.

– Hummm... Oh Ou! – falou ela depois de revirar o porta luvas e mordendo o lábio inferior.

– O que foi? – eu perguntei curioso. Havia muitos CDs lá, então não entendi sua surpresa.

– Hum, é que eu... Bem... Eu não trouxe os CDs certos. – falou ela corando um pouco.

– Não tem problema, eu sou bastante eclético. – eu disse colocando a mão por cima da dela e pegando os CDs que ela não queria que eu ouvisse.

Quando eu os vi entendi o porquê que ela não queria que eu ouvisse e não pude deixar de sorrir. Era um CD Schrei, um Zimmer 483 e um Humanóide. Era certo que ela não estava querendo me impressionar, senão não teria hesitado em colocar os CDs pra tocar. Era obvio que ela curtia Tokio Hotel, mais eu queria ouvir da sua própria boca.

– Você curte Tokio Hotel? – perguntei sorrindo para ela e deixando-a mais vermelha.

– Anh, na verdade não... Eu sou totalmente alienada por Tokio Hotel. – respondeu ela abaixando um pouco a cabeça e deixando seus cabelos caírem por seu rosto.

– Você é uma fã muito diferente das que eu já encontrei. – eu disse a observando, sentindo algo crescer dentro de mim, acho que curiosidade por aquela garota tão diferente.

– Bom, eu disse pra mim mesma que se algum dia conhecesse algum de vocês pessoalmente eu gostaria de parecer mais do uma simples fã, daquelas que gritam, choram e fazem juras de amor. – ela fitou o volante, seus cabelos ainda cobrindo parte de seu rosto. – Eu queria ser diferente, não apenas mais uma.

– E com certeza você não vai ser. – eu disse passando a mão para tirar os cabelos que cobriam seu belo rosto e fazendo-a olhar para mim. Ela era linda. – Você é muito especial Nicolle. – eu disse e ela sorriu de uma forma tão pura que me admirou.

Eu não sei bem dizer se foi amor a primeira vista, eu só sabia que ela tinha mexido comigo. Eu precisava descobrir o a fazia parecer tão diferente das outras. Sai de meu encanto quando ela colocou o cinto e pediu que eu fizesse o mesmo.

– Vamos então, ou daqui a pouco vão pensar que eu te seqüestrei. – falou ela rindo e dando partida.

– E eu não iria me importar com isso. – falei ao mesmo tempo em que saíamos do estacionamento com Dogs Unleashed tocando e sendo acompanhado por nós.

 

Quando contei para Tom o que tinha se passado na noite anterior ele ficou muito animado, por eu finalmente ter deixado de lado um pouco dos meus “princípios” mais me disse que não me animasse muito com Nicolle.

– Uma garota da noite vai ser sempre uma garota da noite Bill, não importa o que ela lhe diga. – disse ele, mais eu o ignorei totalmente. Nicolle não era assim, eu sabia que não.

 

Depois daquela noite fui mais algumas vezes lá para vê-la. Nos sempre saiamos depois do seu turno, e não precisei de mais de um mês pra ter certeza de que estava completamente apaixonado por ela, mais não disse isso logo de cara, ate por que eu precisava ganhar sua confiança antes, e queria ter certeza que poderia confiar nela também. Nicolle ficava visivelmente feliz quando eu a chamava pra sair, mas ainda não tinha se aberto tanto assim comigo. Ela muito sabia sobre a minha vida e eu pouco sabia da dela.

Quando disse que Nicolle era uma garota diferente me refiro a tudo. Ela mais parecia uma princesa que deveria estar em casa rodeada de pompas e tudo, e não estar dançando em uma boate. Por mais que eu tentasse entender ou tentar descobrir o porquê disso nenhuma ideia coerente se passava pela minha cabeça. Ate que em uma das noites em estávamos no seu apartamento ela me contou toda sua historia.

 

– Toma. Mas cuidado que esta quente! – disse ela me entregando uma xícara fervente.

Nicolle não havia trabalhado naquele dia e eu não tive ensaios, então saímos à tarde para alugar uns três filmes e comprar algumas coisas, em vez de irmos a um restaurante preferimos cozinhar nós mesmo. Agora estávamos sentados na sala vendo um dos filmes preferidos dela, com direito a pipoca e chocolate quente.

Eu mal prestava atenção ao filme. Na verdade ele me deixou pensativo. Amor de Aluguel era esse o nome do filme, e contava a historia de uma jovem que decidiu virar garota de programa após o fim do namoro de cinco anos, e que acaba conhecendo um médico jovem, famoso e bem casado que estava procurando uma fuga para sua vida, já que ele achava sua vida um inferno. Depois de um tempo o médico quis que a garota fosse privada, apenas dele. Ele a tirou da sua vida de programas e lhe deu todo o luxo que ela jamais pode um dia imaginar que teria.

 Mesmo Nicolle tendo me dito que não era garota de programa eu não entendia como ela levava a vida que levava. Apenas o trabalho dela na boate não lhe daria todo esse luxo que ela tinha. Um carro do ano e um apartamento em uma das áreas mais nobres de Hamburgo. Eu estava pensando nisso quando ela percebeu que eu não prestava a menor atenção no filme.

– Bill? – ela tocou meu ombro levemente, me tirando de meus pensamentos.

– Anh, desculpe Nic, você falou comigo?

– Eu ia comentar algo, mas você estava tão distraído. – ela sorriu e se virando mais para mim perguntou. – No que estava pensando?

– Anh, em nada em particular. Só que esse filme me deixou pensativo. – e murmurei.

Ela suspirou e sentou-se ao meu lado no chão. Ficamos sentados por um tempo no carpete felpudo quando ela finalmente deu pausa no filme e olhou para mim.

– Bill, eu sei que você já deve estar imaginando coisas a respeito do meu passado, e eu bem, acho que te devo explicações. – ela disse e eu me virei para que assim ficássemos de frente.

– Nicolle você não me deve nada. Não sei qual é o seu passado, mais se você não se sente bem em me contar, tudo bem.

– Eu sei, mais eu quero contar. Eu... Acho que posso confiar em você para isso. – ela suspirou mais uma vez, parecendo que quanto mais falava, mais leve se sentia.

– Pode falar então, caso você se sinta bem, prometo só ouvir.

– Tudo Bem. – suspirou e continuou – Meu pai é Karlisley Campbell, o dono das empresas de construtora Campbell. Minha mãe se chama Katte e tenho uma irmã chamada Rebecca, eu sou a mais nova. Como pode imaginar eu sempre fui a mais mimada, mesmo que não fizesse questão, tudo o que tenho foi um presente dos meus pais de dezoito anos, isso foi no ano passado, antes de eu resolver mudar. – ela parou para respirar e olhou para alem de mim, encarando a janela aberta. Seu olhar que antes era neutro agora estava triste e aquilo me apertou.

– Quando eu completei dezoito anos, eu meio que me “revoltei”, se é que essa é a palavra certa. Todos sempre esperavam que eu continuasse sendo a menina perfeita, a que fazia tudo certo. “Nicolle não corra por que isso não é para meninas educadas”. “Nicolle você não pode dormir na casa de suas amigas, não queremos que você tenha idéias que não são suas”. “Nicolle você deve se comportar como uma dama” “Nicolle você deve pensar seriamente no seu futuro, diversão e distrações não fazem bem pro seu crescimento”. – ela parou de novo e olhou para mim – Eu já estava cansada de ser tratada como uma princesa. Tudo o que eu fazia tinha que ser cuidadosamente pensado para que eu não passasse vergonha na família. Eu não tinha vida própria, era apenas uma bonequinha de luxo que minha família exibia orgulhosamente para a sociedade. – ela respirou fundo depois desse momento e eu apenas a observava, calado impressionado com tudo que ela me dizia. – Eu sei que meus pais me amam e querem o meu melhor, mais tudo aquilo me cansava, ser perfeita estava me enlouquecendo. Sai de casa uma semana depois do meu aniversário, e fui morar com uma amiga. Ela já era dançarina de Poli Dance e me levou para conhecer o dono da boate em que ela trabalhava. Adorei o trabalho. Tudo aquilo era tão diferente do meio conservador em que eu tinha sido criada. Vi uma oportunidade não só de desafiar minha família, mais também de liberdade. Muitos me disseram que eu fui mal agradecida, que não merecia metade do que meus pais me davam, mas mesmo com minha decisão eles continuaram a me apoiar. Um sonho deles era o de que eu me formasse, seja do que fosse mais eu não quis. Foi por muita insistência da minha mãe que eu resolvi vir morar nesse apartamento e mais ainda para aceitar o carro. Acho que devo isso a eles depois de tudo.

Ela terminou seu relato e deu um longo suspiro. Sua tentativa de sorrir não conseguia esconder sua tristeza. Ela podia ate gostar do que fazia mais eu tinha certeza que ela se sentia culpada por desapontar os pais.

Entrelacei meus dedos com os seus e a puxei para um abraço. Eu não soube o que lhe dizer no momento, mais isso não importou. Ela precisava desabafar e eu soube ouvir. Ela ainda contou que chegou a iniciar a faculdade de relações internacionais mais desistiu no segundo semestre, não queria ficar dependente dos pais a vida toda e só o seu trabalho na boate não dava pra manter o apartamento e a faculdade. Idéias se formaram na minha cabeça depois daquele dia.

 

Definitivamente eu me sentia cada dia mais próximo de Nicolle. Para felicidade minha e desagrado de Tom.

– Hum... Aonde você vai todo arrumado assim? – disse Tom pulando na minha cama.

– Vou sair com Nicolle, nos combinamos um cinema em casa. – eu disse rindo dessa parte, já que era impossível pra mim pegar um cinema como outras pessoas normais fariam.

– Você ainda ta saindo com aquela garota. Sabe que isso não vai funcionar. – falou ele olhando para o teto.

– O que quer dizer com isso? – perguntei me virando para encará-lo, mais por curiosidade pelo que ele tinha pra falar do que por outra coisa.

– O que eu quero dizer é que você não deve acreditar em tudo o que essa Nicolle te diz Bill. Por mais que ela tenha te dito que não faz programas, ela ainda é uma garota da noite, que usa seu corpo para provocar o desejo e a luxuria em outros homens, e assim se dar bem com isso. – ele olhou para mim como se tivesse falado o obvio. – eu conheço as garotas do tipo dela.

– Eu já disse que ela não é assim. – eu falei.

Aquela conversa com Tom já estava me cansando. No começo eu pensei que fosse apenas preocupação mesmo, mais agora já estava irritando.

 – Qual o seu problema, você nem a conhece, então por que é tão contra? – falei voltando minha atenção para o espelho.

– Eu já disse. Não quero ver meu irmão envolvido com uma...

– Não se atreva. – eu disse virando-me novamente para ele, antes que falasse alguma coisa que me fizesse perder o juízo.

– Garota qualquer. – falou reformulando a palavra e se irritando também. – Bill isso é besteira, não devíamos estar brigando por causa daquela garota. Dissemos que ninguém nunca se colocaria entre nós dois.

– Eu me lembro disso Tom, mais não sou eu que estou complicando as coisas. – eu falei olhando para meu irmão através do espelho.

– Então o que você quer que eu faça? – ele perguntou sentando-se e me encarando.

– Queria que você entendesse e me apoiasse Tom. Eu amo a Nicolle, e a menos que ela não me queira, eu não pretendo esquece - lá.

– Desculpe Bill, você sabe que eu sempre te apoiei em tudo, mas dessa vez eu sou completamente contra. – Tom falou isso, levantou-se e saiu do quarto.

– E isso é uma pena, já que tudo seria mais fácil se você estivesse do meu lado. – eu murmurei mesmo sabendo que ele não ouviria.

Terminei de me arrumar e sai para me encontrar com Nicolle.


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Notas finais do capítulo

O filme mencionado “Amor de Aluguel” não é um filme, na verdade ele era uma fic que uma amiga minha tava postando, a aspire5315, mais por motivos pessoais ela teve que parar de escrever essa maravilha. Bom, eu simplesmente tava amando e acho mesmo que era uma fic digna de virar filme.

Alguém ai ta por dentro do premio que TH ganho na China, por maior número de vendas com o álbum Humanoid? Nossa o premio é lindo! E gente, o Bill ficou tão feliz que ele ria a toa. Parabéns rapazes.
Beijlitz e ate o próximo...

Ps.: Ainda não consegui noticias do livro que o TH lançou... Snif’s

PPs.: Aguardem, possível lançamento do DVD da Tour do Tokio Hotel em Junho. Boatos que espero que se confirmem. Então já façam suas economias... Eu já to fazendo as minhas... Rsrsrsrs!!!

Ps.: Ainda não consegui noticias do livro que o TH lançou... Snif’