A Dor No Desejo escrita por reginapriestly


Capítulo 12
Cruel Traição.


Notas iniciais do capítulo

Desculpem os erros.



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Quando Regina abriu as portas duplas de seu escritório, ela sabia que a situação que encontraria não seria as das melhores. Mal tinha mostrado certa cortesia com Miss Swan no almoço do dia anterior mas ambas estavam em público e na presença da morena, e isso fora antes da briga que ela e a esposa tiveram.

As duas loiras estavam posicionadas exatamente como Regina imaginara que estariam. Mal sentada em sua cadeira atrás da mesa, em uma clara tentativa de se mostrar superior, a encarando furiosamente assim que entrou na sala. Em- Miss Swan, em contrapartida, estava sentada no sofá em que as duas quase se beijaram, postura rígida e não a olhava nos olhos. Claramente algo havia se passado entre as duas mulheres enquanto estiveram sozinhas.

Regina as fitou.

“Que lindas,” Ela começou sarcástica. “Posso saber quem deu autorização para as duas ficarem em meu escritório?”

Regina estava espumando de raiva, depois de tudo que as duas mulheres a fizeram passar elas tinham coragem de aparecer no lugar que a morena considerava sagrado para sua paz de espiríto.

“Eu-“  Miss Swan se levantou lentamente.

“Eu a abriguei a ficar, Regina” Mal disse revirando os olhos. “Achei que era hora de termos aquela conversa com a sua amante.”

Emma engoliu seco e deu um passo em direção a mulher mais velha ainda sentada. Suas expressões indicavam uma raiva contida. Mal provavelmente a estava provocando desde que chegara e Regina sabia muito o tipo de de indiretas educadas que a esposa podia inventar.

Antes que Miss Swan pudesse falar algo, Regina decidiu intervir.

“E quem te deu o direito de convidar, ou não, alguém para o MEU escritório?” A morena cuspiu enquanto circulava a mesa em direção a mulher. A presença de Emma a deixando mais tranquila para enfrentar Mal.

Não que fosse admitir tal coisa...

“Você está no meu lugar!” Terminou parando ao lado da esposa que a fitava escandalizada.

Alguns segundos de silêncio se passaram, as duas mulheres se encarando. Regina não se atreveu a desviar o olhar em direção a outra loira na sala.

Mal semicerrou seus olhos e lentamente, como uma leoa avalia uma presa, se levantou da grande cadeira que parecia ser o centro do debate.

Com um suspiro, Regina se sentou e encarou mais uma vez as duas mulheres na sua frente. Como ela tinha se metido nessa confusão? No início da semana ela era só mais uma mulher normal, sem problemas e sem complicações. Levantava todos os dias no mesmo horário, tomava o mesmo café, fazia o mesmo caminho para o trabalho... Sua vida era organizada e tudo se encaixava. Ela tinha a vida que muitos consideravam como perfeita...

Seus olhos encontraram os de Miss Swan. Preocupação, timidez  e compreensão brilhavam  no verde dos olhos da mulher que bagunçara sua vida. Uma cascata de cabelos dourados emolduravam seu rosto, uma postura tensa... A mulher claramente estava desconfortável com toda essa situação.

Regina não a culpava.

Ela própria estava desconfortável com essa situação, e fora si mesma quem se metera nisso. Arrastando com isso uma esposa dedicada e uma... Bom, Miss Swan. Era sua bagunça e ela teria de arrumar.

“Emma,” A voz da esposa a tirou de seus pensamentos e Regina a encarou confusa. “Você já pode ir embora.” Suas palavras, embora dirigidas à loira na frente da mesa, foram ditas na direção da morena sentada atrás dela. Os olhos da esposa analisando seu rosto e Regina pensou no que poderia fazer para que Mal pagasse a audácia que esta...

“Eu só saio daqui quando Regina me mandar embora.”

As palavras firmes de Miss Swan ecoaram no silêncio desconfortável do escritório. As duas mulheres a encararam. Mal tinha sangue nos olhos.

“Como você-“ Ela começou mas Emma estava em um rompante.

“Não!” Ela ajeitou sua postura. “Já cansei de ouvir suas bobagens...” Regina arregalou os olhos.

“Olhe para o rosto dela!” Ela disse se aproximando da mulher mais velha. Mal pressionou seus lábios em desgosto. “OLHE.”

As duas loiras então se voltaram em sua direção. Seu rosto queimava de vergonha sabendo que a marca vermelha deixada pela mulher ainda estava visível. Ainda bem que ela tinha aplicado um pouco de pó e corretivo antes de sair de casa ou estaria bem pior.

Regina limpou a garganta e a Mal finalmente pareceu se acalmar o suficiente para entender a gravidade do que fizera.

“Eu-“ Começou suavemente mas Emma ainda não a deixou falar.

“Se você acha que eu vou deixar ela sozinha com você por vontade própria então você está muito enganada.”

‘’E quem você acha que é, Emma Swan?” Mal cuspiu agora se virando totalmente para a loira e Regina se levantou com medo de ter que intervir entre as duas. “Uma prostituta barata que aqueceu a cama da MINHA esposa por uma ou duas noites... Não foi a primeira e não será a última.”

Regina franziu a testa. Isso não era verdade... Ela abriu a boca para contestar mas Mal continuou enquanto Emma bufava.

“Você sabe porque, querida?” Mal e Emma estavam se encarando tão fortemente que Regina se sentiu na obrigação de intervir. “Porque ela sempre volta para mim.” Mal sorriu maldosamente e Emma avançou em sua direção.

Por sorte (ou azar) Regina já estava praticamente no meio das duas, então quando Emma tentou agarrar sua esposa tudo o que conseguiu agarrar fora Regina.

“Emma-“ Regina sussurrou enquanto segurava a loira pela cintura. A morena não sabia o que Mal havia dito para a mulher antes de sua chegada mas devia ter sido algo que claramente mexeu com a loira em seus braços. A última frase da mulher so a fizera explodir.

“Tire as mãos dela.” Mal disse a agarrando pelo braço. À quem ela se dirigiu a morena não conseguiu decifrar mas sentiu a esposa tentando puxá-la para perto de si enquanto Emma a segurou ainda mais forte.

Regina se sentiu como em um cabo de força onde ela era a corda. Emma a segurava pela cintura delicadamente mas ainda assim firme o suficiente para equilibrar os puxões que Mal estava dando em seu braço. Por um segundo, ela estava confusa mas logo sua mente clareou com uma pontada de dor por Emma ter apertado um local em suas costas que ainda estava dolorido da noite passada.

“Parem!” Ela começou. “Vocês estão-“ Bufou “Humpft.”

“Vocês estão me machucando!” Disse firme e Emma, que estava a sua esquerda a soltou imediatamente, seus olhos percorrendo seu corpo em preocupação.

Sem a força de Emma, Mal consiguira puxá-la para si. Também a fitando preocupada.

“Eu-“ Emma começou.

“Oh, Cale a boca.” Mal a cortou a para a surpresa da morena, a loira mais nova não falou nada.

Regina não sabia o porquê das duas mulheres na sua frente a estarem olhando dessa maneira. Confusa, ela desviou o olhar das duas e encarou sua frente, ficando de cara consigo mesma no reflexo da janela. E foi aí que percebeu que, primeiro, sua blusa por dentro do terninho azul estava ao contrário, e segundo que estava chorando.

Franziu a testa para si mesma.

Ela não tinha ideia de que estava chorando, seus olhos a traindo de uma maneira profunda e cruel. E o pior de tudo é que mesmo agora sabendo de sua reação, a morena não conseguia parar.

Talvez ela devesse ter se deixado chorar no hotel quando estava sozinha, ou ter liberado suas emoções na presença de Miss Swan na noite passada. Afinal, ela nunca fora boa em lidar com suas próprias emoções.

Oito ou oitenta, Regina sempre lidara do jeito mais difícil com as coisas. As ignorando até que sumissem... E quando, inevitavelmente não sumiam, Regina já as tinha ignorado por tanto tempo que simplesmente não valiam a pena ser relembradas. Mas ela é- ainda- apenas uma humana, e quando esses sentimentos são ignorados por muito tempo... Bom, vamos dizer que não bonito.

Um choro forte a tirou de seus devaneios, a assustando quando percebeu que a origem era si mesma. As duas mulheres na sua frente também pareceram se mover, Mal agora à sua esquerda e Emma à direita.

A morena sentiu um toque familiar no rosto, um toque cuidadoso e amoroso que a lembrava de tempos antigos. A lembrava de quando ela ainda se importava. Um toque de perdão e de angústia. Seu peito doía e ela chorou mais forte.

Mal a destruía.

Uma pequena sensação à sua direita chamou sua atenção. Uma mão delicada em seus ombros. Respeitosamente carinhosa. Um toque com gosto de esperança, com uma pitada de novo. Ela respirou fundo e engoliu o choro. Levantando a cabeça ela encarou a loira à sua direita primeiro. Um sorriso preocupado a cegou.

Emma tinha potencial para salvá-la.


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Notas finais do capítulo

Então gente bonita, espero que tenham gostado. Estou pensando seriamente em tirar essa história desse site, por motivos de; não tem ninguém lendo... aaaaaaaa
Então, se você estiver lendo e tal, dá um oi, porque se não, não vale a pena pra mim postar aqui e ficarei postando só no ff.net. (Que é em inglês)



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