Dança Comigo? escrita por Ryusth Lunyia


Capítulo 3
Capítulo 3 - Descobertas


Notas iniciais do capítulo

AVISO! : A escrita em negrito indica, neste capítulo, o sonho de Lyra!
Boa leitura! :)



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    No dia seguinte uma busca foi ordenada para achar a garota desconhecida. Por onde se olhava guardas do palácio eram avistados fazendo uma varredura. Claro que de maneira mais sutil e educada.

   Dois guardas passavam pelas irmãs que seguiam para o trabalho. As duas logo cedo, caminhavam lentamente rumo ao local de costume.

   - O que há com os guardas? – indagava Nami apreensiva

   - Não tenho certeza, mas creio que estão procurando uma moça sob ordens do príncipe primogênito. – explicava Lyra ainda com suas dúvidas.

   Quando chegaram ao seu destino fizeram o de costume. Cumprimentaram todos, colocaram os aventais e seguiram para suas devidas tarefas diárias. A morena estava mais contente neste dia, todos seus pensamentos estavam mais claros, já que sua meia irmã decidira revelar seus segredos...

   Sim, Lyra sabia de absolutamente tudo o que havia acontecido entre ela e o príncipe Trafalgar.

   Como era bem cedo e a festa havia acabado apenas há dois dias, Lyra limpava outros cômodos antes seguir para seu mais novo destino. No salão, mais ao fundo do palco, um piano negro estava aberto. A garota se aproxima dele e toca em suas teclas levemente. Ela aperta algumas teclas e um som agudo sai.

   Uma rápida olhada para a porta e ao constatar que não havia ninguém no corredor, Lyra se senta ao banquinho do piano e começa a toca-lo. O salão já estava praticamente que limpo, faltava apenas pegar o esfregão em um armário atrás do palco, junto dos “bastidores” que era escondido por uma enorme cortina avermelhada.

   Aos poucos a melodia corre pelo corredor, e nesse exato momento Eustass ouve a música. Um sorriso terno abre em seus lábios e ele se recosta na parede ao lado da entrada no salão, fechando seus olhos aos poucos e se deliciando com cada nota que o piano soltava...

   Ao fim da música o ruivo abre seus olhos e se endireita, para logo entrar no imenso cômodo. Não via ninguém lá. Sua feição de espanto se misturava com a de confusão, mas ela é desfeita rapidamente quando vê Lyra saindo de trás das cortinas com um balde numa das mãos e um esfregão na outra.

   - Vossa Majestade? – pergunta um pouco surpresa – Deseja algo?

   - Já lhe disse para que me chame de Kid! – sua cara de descontentamento era evidente, mas era possível perceber um pequeno tom de brincadeira em sua voz.

   - Sinto muito Majestade, contudo não tenho permissão para chama-lo assim...

   Novamente em sua face a confusão era evidente. Fixando seus olhos no rosto de sua criada percebe que ela mexe seus olhos discretamente para o rumo da porta, e não demorou muito para o ruivo entendesse a situação.

   - Tudo bem, então... – disfarçou. – Estava entediado em meu quarto por isso vim para o salão de festas... – comentou e observava Lyra concordando com a cabeça enquanto esfregava o chão.

   Shanks estava à porta observando tudo do local. Assim que Eustass se senta na cadeira e faz o comentário de tédio, o rei se retira.

   - Não quero ser intrometida... – Lyra hesitava. Não queria ser grossa com Kid ou passar uma má impressão. Tinha medo de estar se tornado muito amiga de um príncipe e isso acabar trazendo problemas para ambos – Mas... Ainda não conversara com o rei sobre o casamento?

   Era evidente o leve suspiro que o ruivo soltava quando não estava na presença de seu pai. E mesmo que não fosse um assunto para uma reles criada, a preocupação de Lyra era grande.

   - Ele sequer consegue me encarar nos olhos sem sentir alguma raiva...

   - Ah... - soltou em um tom de voz baixo. Não sabia o que dizer e o clima no lugar estava começando a ficar pesado.

   - Bem... Mudando de assunto... Por algum acaso era você quem tocava o piano? – perguntava o ruivo parecendo muito interessado.

   - Sim. – respondia com convicção ao mesmo tempo em que suas bochechas coravam de vergonha. – Eu não podia tocar o piano?

   - Não, claro que podia. - ria debochando pela preocupação da garota com algo tão simples. – Apenas achei bonita a melodia que ouvi.

   O ruivo anda devagar até o piano e se senta no banquinho. Com um olhar calmo ele começa a tocar o piano. Uma música clássica soava pelo salão. E a garota guardava os instrumentos de limpeza no armário nos bastidores. Assim que volta, se senta ao lado do rapaz que ainda tocava o piano, e na mesma música a morena começa a tocar o piano do lado oposto que as mãos dele se encontravam.

   Um piano, e ambos o tacavam. Um dueto lindo da música se formava e ambos pareciam se entreter com a harmonia formada. Em certa parte da música as mãos dos dois se encontram, e o som do piano é repentinamente parado.

   - Sinto muito. – se desculpa a garota com um sorriso sincero no rosto e suas bochechas rosadas.

   - Não foi nada. – replica sorrindo da mesma forma.

   Depois de alguns segundos de silêncio parecendo eternos, Law aparece a porta do salão e cumprimenta Lyra educadamente, para logo chamar Kid. A morena se levanta e o cumprimenta da mesma forma educada.

   - Kid, nosso pai nos chama. – seu olhar era sério e de certo modo preocupante. Logo que avisou Kid, Law se retirou do cômodo.

   - Tente não estressar o rei, não quero que seja culpado por algo... – disse a morena com a cabeça baixa.

   - Vou tentar! – o ruivo disse com um enorme sorriso. Ele levanta o rosto da garota e beija sua bochecha como despedida e sai em direção à conversa com seu pai.

 

 

   (...)

 

 

   Shanks ia viajar para a Espanha e tentar fazer alguma negociação com o Rei “Barba Branca”. E pelo que demonstrara nos dias anteriores, esta negociação não seria rápida...

 

 

   (...)

 

 

   Uns dias depois que o rei partira para sua viagem, Eustass que estava entediado, decidiu sair do castelo e ir finalmente conhecer sua cidade por completo.

   Quando saiu na rua muitos sussurros era percebidos. Alguns olhavam para o primogênito com gentileza e respeito, já outros o ódio e a cólera faziam os olhos arderem em chamas, enquanto em suas mentes maneiras de assassinatos eram repassadas e analisadas uma de cada vez.

    Indo mais para a periferia da cidade, Eustass repara em cada canto das lojas e casa pelo qual passava, e notava uma drástica mudança de cenário. Casas e lojas arrumadas, finas e limpas rapidamente passaram a se tornar pura madeira, algumas caindo de tão podres que estavam. O chão que antes era de pedras lisas, limpas e macias para andar, agora se tornavam pedras soltas ou fora de “padrão” para o chão ficar reto, dificultando a passagem para as carruagens e carroças. A poeira era evidente e o vento quente se tornava fresco por causa da grande quantidade de arvores e gramíneas que ali havia.

   Apesar de ser mais bonita e atraente, o centro da cidade era quente e desaconchegante. As casas na periferia da cidade eram simples e seus estados eram deploráveis, todavia as pessoas ali passavam uma sensação de aconchego.

   A situação de Florence apenas parecia boa, já que os visitantes da cidade nunca iam muito além da parte central. Mas o ruivo conseguia ver a situação horrível em que as pessoas mais pobres estavam passando todos os dias. Fome, impostos altos, e preços altos que os empregos não conseguiam pagar o suficiente para a sustentação do povo. O olhar das pessoas era de tristeza, já que a situação financeira era ruim, contudo todos eram gentis...

   Era uma situação extremamente contraditória... Todos viviam em um lugar ruim, casas que poderiam cair a qualquer momento, alimentos estragados ou nem mesmo conseguiam comer o suficiente para pararem em pé. E as pessoas ainda sim tinham esperanças de que suas vidas mudariam.

   Um pouco mais ao longe um som podia ser ouvido, e uma pequena quantidade de pessoas se reunia em volta de algo. Eustass se aproxima e percebe uma mulher dançando alegremente, enquanto as pessoas a sua volta batem palmas no ritmo da música.

   O instrumental era tocado por um homem em um violino. A moça tinha seus cabelos soltos e uma flor vermelha prendia algumas mechas de cabelo no alto de sua cabeça. O vestido que ela usava possuía vários panos e tinha apenas uma alça em seu ombro direito, e os tons iam do violeta para o branco. Conforme mais pessoas passavam, mais moedas iam sendo colocadas na caneca que estava em frente a apresentação.

   Não demorou um instante para que o ruivo reconhecesse a dançarina a sua frente. Era Lyra. E como ela dançava... Seus movimentos eram agitados e ao mesmo tempo gentis. Seu corpo ditava um ritmo próprio que entrava em harmonia com o soar do violino. Seus movimentos eram tão graciosos que pareciam hipnotiza-lo.

   Ao fim, Lyra se curvou agradecendo e recolhendo o dinheiro que estava dentro da caneca de metal. Lyra mira seu olhar no ruivo que parecia contente e maravilhado.

   - Vossa Majestade? O que fazes fora do castelo? – perguntava sem conseguir acreditar, ela estava vendo um príncipe fora do castelo e nas áreas mais pobres da cidade.

   - O castelo estava ficando sem graça, e já que meu pai está fora eu decidi andar, mas não esperava lhe encontrar aqui... – comentou olhando ao redor, mais uma vez observando cada detalhe da cidade.

   - Bom, já que está aqui, passemos em minha casa, irei guardar o dinheiro que ganhei e podemos seguir para o castelo. – a garota ria enquanto falava. Dividiu igualmente o dinheiro com o rapaz que tocava o violino e guardou o resto no bolso, e começou a caminhar. Eustass a observava e a seguia rumo a sua casa.

   Quando chegaram lá, Lyra o advertiu, um pouco envergonhada e desconfortável pela situação atual:

   - Entre e fique a vontade. Minha residência é simples... Espero que seja de teu agrado.

   - Não se preocupe, não vim aqui para te julgar. – respondeu sorrindo.

   A casa era de madeira, limpa e bem arrumada, não aparentava ser antiga ou acabada. Os móveis eram bons e bonitos, todos se adequavam à casa de maneira aconchegante. O que mais chamara a atenção do ruivo fora o relógio. Era um relógio de madeira escura, e possuía detalhes em ouro. E em seu interior havia o nome Bellemere escrito em prata. Enquanto Lyra guardava o dinheiro, o ruivo tomava uma bebida escura como a noite, e bastante amarga.

   - Lyra, o que é isso? – dizia apontando para a bebida

   - O que? Você nunca bebera café?

   - Não, nem mesmo sabia que isto existia. E apesar de um pouco amargo é ótimo. De onde veio?

   - Bom... Veio de um país mais recente, o Brasil. Custou todo o dinheiro da morte de Bellemere, mas valeu a pena pagar caro pelas 5 sacas de café... – respondendo a pergunta e comentando um pouco mais a garota colocava a mão no queixo pensativa.

   - Como assim “todo o dinheiro da morte de Bellemere”? – replicou confuso.

   - Bellemere era minha mãe adotiva, e ela faleceu em combate na guerra contra a Holanda, alguns anos atrás... E como Nami e eu éramos muito novas não podíamos trabalhar, então seu pai nos deu certa quantia em dinheiro para sobrevivermos até podermos trabalhar no palácio. – ela explicava com lágrimas nos olhos.

   O ruivo se sentia desconfortável por vê-la com ressentimentos... Não sabia o que dizer ou o que fazer... Sabia exatamente como era perder alguém... Mas ele era péssimo em confortar as pessoas!

   - Bom... Então vamos para o castelo agora? – perguntou tentando esquecer o clima tenso que se instalava no lugar.

   - Claro! – a garota respondia com um sorriso enquanto enxugava as lágrimas.

 

 

(...)

 

 

   No dia seguinte, Lyra acorda atrasada e com as bochechas rosadas. Sua pele estava pálida.

   - Lyra! – chamou Nami assustada. – Você está bem? Está tão pálida...

   - Não dormi direito, assim como nos dias anteriores... Não tem com o que se preocupar! Eu estou bem Nami. – afirmava a morena mal conseguindo ficar em pé.

   - Não deveria ir trabalhar hoje... Nos últimos dias as doenças se espalharam rápido. Tome cuidado para não ter pegado uma delas... - a ruiva advertia, contudo era ignorada pela irmã que já ia em direção a porta.

   Nas horas que não conseguira dormir, Lyra ficara pensando nas conversas que teve com Eustass. Não tinham um assunto em particular, e toda hora mudavam por acharem coisas mais interessantes para conversarem. Nunca havia passado mais do que alguns minutos conversando com ele, e há algumas semanas eles andavam conversando muito.

   No caminho a morena abre um pequeno sorriso no rosto e uma interrogação enorme aparece na face de Nami.

   Quando chegaram a morena apenas cumprimentou a todas e seguiu para suas tarefas. Mal conseguia se manter em pé, e lá estava ela esfregando o chão.

   Na hora do café Kid desce para a sala de jantar e observa as criadas como sempre faz. Elas colocavam a mesa de forma rápida e eficiente, todos os pratos e talheres sempre organizados e limpos. Mas havia reparado em Lyra, estava contente por conversar com alguém livremente, sem ter de ser como uma obrigação, e o ruivo não tinha deixado passar o fato de ela estar diferente.

   A garota estava mais calada e com os gestos mais lentos. Parecia pálida e cansada. Todos sabem que o trabalho no palácio é cansativo, mas todas as criadas apesar de tudo sempre estavam dispostas e animadas para tentarem fazer o seu melhor. As bochechas da garota estavam rosadas, ela suava frio.

   Mais ao fim da tarde, Lyra estava limpando a biblioteca. Sua visão estava ficando turva, suas pernas estavam enfraquecendo e seu corpo já não possuía mais forças para ficar de pé. Sua visão escureceu completamente em questão de segundos.

 

 

(...)

 

 

   A cidade estava em chamas. A madeira das casas agora não passavam de cinzas. O vento quente soprava as chamas junto com a poeira para uma única direção.

 

   O céu negro agora estava vermelho, o chão molhado e com a cor rubra. E até onde as vistas alcançavam corpos manchados de sangue estavam jogados. Uns poucos que sobreviviam estavam machucados, e outros eram tão graves que sequer conseguiriam sair daquele inferno.

 

   Gritos eram ouvidos em todos os cantos, e os sons dos aviões holandeses ainda estavam perto. Em poucas horas tudo o que as pessoas conheciam sumira. Inocentes foram mortos.

 

   Alguns soldados de outro reino tentavam ajudar, resgatavam pessoas feridas e espantavam soldados holandeses. O choro dessa criança mal podia ser ouvido com tanto barulho de destruição, mas uma mulher o escutou.

 

   A criança de cabelos pretos curtos, e pele branca chorava apavorada e triste, havia acabado de perder seus pais, sem sequer conseguir entender a situação, agora estava sozinha. Havia sangue em seu rosto, mas não estava machucado, e seus braços e pernas estavam apenas com queimaduras leves junto de alguns arranhões. 

 

   No meio da fumaça uma silhueta aparecia em uma velocidade maior. A garota assustada começa a chorar ainda mais e ao mesmo tempo soluçar. A mulher que surge de dentro da fumaça e de todo aquele alvoroço limpa suas lagrimas no rosto, a pega no colo e pergunta:

 

   - Qual o seu nome querida?

 

   - L-Lyra... – responde gaguejando

 

   - Não chore Lyra, eu vou cuidar de você, tudo bem? – com um sorriso reconfortante a mulher leva a criança para um lugar seguro. Porém, tudo pareceu desaparecer em um simples piscar de olhos... A soldada não estava mais lá, os corpos de seus pais estavam a sua frente banhados em sangue, e a pequena sentia o desespero tomar conta de seu corpo...

   Com um grito abafado Lyra acorda. Estava suada, com calor e suas mãos estavam agarradas aos lençóis da cama com extrema força. Seu corpo tremia de nervosismo. Tentou se sentar para raciocinar melhor e quando passou a as mãos no rosto o sentiu molhado. Enquanto dormia chorava.

   Odiava ter sonhos relembrando a guerra no qual sobrevivera. Em meio a tanto terror havia visto seus pais morrerem, não podia fazer nada na época, não entendia nada, e mesmo hoje não pode, já que a guerra era travada apenas pelos fortes de cada reino.

   O ruivo entra na sala um pouco assustado quando ouve o grito abafado da morena. Logo após entrar, ele fecha a porta e pega uma cadeira para se sentar ao lado da cama que a garota estava deitada.

   - Você gritou bastante enquanto dormia... Está tudo bem? – pergunta o rapaz preocupado. Antes mesmo que ela pudesse dizer algo, uma nova pergunta já lhe é lançada – Está chorando?!

   - Não se preocupe estou bem! – ela conseguira responder depois de ter os olhares preocupados do príncipe jogados em si. Limpando as lágrimas ela ajeita a postura e pergunta – O que aconteceu?

   - Você desmaiou. Ouvimos gritos de Perona vindos da biblioteca e quando vimos você estava branca como um fantasma e com os olhos entreabertos e revirados. Parecia que estava a beira da morte...

   - Quanto tempo eu fiquei desacordada? – antes que mais alguma pergunta fosse lançada, a garota já se questiona.

   - Bom... Se contar desde que Perona lhe encontrou eu diria que umas 10 horas, no máximo. O medico lhe examinou e disse que era apenas uma gripe comum por causa de cansaço e falta de sono. – assim que explica Lyra assente com a cabeça.

   Um incomodo silêncio paira no recinto... Ambos estavam perdidos, sem ter o que falar ou fazer... Quando a curiosidade de Eustass fala mais alto e ele se atreve a perguntar:

   - Lyra... – um pouco hesitante continua – Tem algo lhe incomodando?

   - Para ser sincera Kid... Há sim. – com a cabeça abaixada ela começa a contar o que lhe andava atormentando – Ultimamente não tenho dormido bem, tendo pesadelos com o dia em que perdi meus pais, e isso vem me deixando cansada...

   - O dia em que Bellemere morreu ainda lhe atormenta?

   - Não... Não é o dia da morte dela, e sim dos meus pais... Dos meus pais biológicos. – uma careta de duvida e confusão é esboçada pelo ruivo, e isso consegue arrancar uma risada da moça acamada. Mas ela logo volta a ficar séria e continua – Meus pais biológicos morreram em uma guerra contra a Holanda há muitos anos, quando eu possuía apenas 5 anos. Mesmo com vários soldados não puderam prevenir o ataque já que a cidade fora bombardeada. E no meio de tanto caos meus pais faleceram tentando me proteger. E foi nesse dia que Bellemere me encontrou e passou a cuidar de mim como minha nova mãe.

   Lyra não conseguia conter as lágrimas, elas simplesmente rolavam pelo seu rosto o deixando salgado, enquanto seu peito doida pelo sentimento antigo de perda.

   Eustass sabia como era se sentir assim, todavia não sabia reconfortar ninguém, e também não sabia ser reconfortado, por isso sempre guardava suas dores e rancores para si, assim não criaria problemas. Tomado pelo mais simples e puro impulso, ele a abraça com força e se senta ao seu lado na cama. Não sabia se estava fazendo o certo ou algum ato significativo, porém, mal sabia ele que aquele abraço a confortava mais do que milhares de palavras.

   - Sei que começamos a conversar apenas há um mês, mas sempre que precisar de qualquer coisa venha falar comigo. – dizia o ruivo em baixo tom perto do ouvido de Lyra.

   - Então prometa que também irá confiar em mim para me contar qualquer coisa que precisar... – retrucou ela com o rosto abaixado

   - Eu prometo.


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Notas finais do capítulo

Erros de ortografia? Concordância ruim? Sugestões para o rumo da fic? Deixe nos comentários ou me mande um PM! ^.^
Espero que tenham gostado!
Até o próximo capítulo! o/



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