Sem Compromisso escrita por British


Capítulo 7
O dia da agressão


Notas iniciais do capítulo

Olá :D Toda vez que eu entro aqui e vejo comentários sobre a história fico muito, muito, muito feliz!
O capítulo de hoje é um flashback! Decidi escrever para explicar melhor a situação da Sakura com o Sasori. Afinal, ele é o motivo pelo qual ela não quer se envolver com ninguém. Até mesmo com o fofo lindo maravilhoso do Sasuke!

Enfim, eu espero que gostem, comentem, acompanhem, favoritem! To de olho em vocês haha



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Quatro meses atrás...

Após o fim do plantão no hospital, Sakura arrumou sua bolsa para ir para casa e descansar. Quando pegou no celular, que estava no silencioso, reparou que haviam 67 ligações perdidas de Sasori. Certamente, havia acontecido alguma coisa para que seu namorado estivesse tão perturbado. O relacionamento dos dois não andava bem nos últimos meses. A verdade é que Sakura estava sempre ocupada com o hospital e Sasori tinha inventado de produzir uma banda em outro estado. Resultado: os dois mal se viam ou se falavam.

Para piorar as coisas, Sasori tinha ficado enciumado ao ver Sakura conversando com Sai alguns dias antes. Armou um escândalo quando viu os dois de papo e sorrisinhos na porta do hospital, enquanto esperavam Ino (noiva de Sai). De nada adiantou Sakura explicar que ele não era nada demais, que só estavam esperando Ino, porque Sasori já havia interpretado de sua forma a cena. O ruivo era teatral em todas as suas reações. Naquele dia, havia apertado o braço de Sakura, dito que resolveriam as coisas em casa. Ino e Sai se assustaram, mas Sakura pediu calma e preferiu acompanhar o namorado.

O dia do bate-boca na frente do hospital foi a primeira vez que Sasori levantou a mão para a rosada. Mas, mesmo cego de ciúme, o produtor não teve coragem de bater na namorada. Após uma longa briga, os dois se acertaram. Sasori jurou que tal situação não se repetiria e Sakura acreditou. Ela deu seu voto de confiança para aquele que amava verdadeiramente. Mas de nada adiantou... Lá estavam estaca a zero.

A médica sabia dessa vez que as 67 ligações não atendidas lhe renderiam uma baita dor de cabeça. Prevendo aborrecimentos, a rosada resolveu que só ligaria para o namorado quando chegasse em casa. No entanto, ela não esperava encontrá-lo em seu apartamento. Quando Sakura abriu a porta de seu apartamento e acendeu as luzes, viu que tudo estava bagunçado. Alguém tinha tido um ataque de fúria. Nada estava quebrado, mas estava tudo fora do lugar, como se alguém estivesse procurando alguma coisa.

Quando chegou em seu quarto, Sakura encontrou Sasori sentado em sua cama e cabisbaixo. Ao ver a médica em sua frente, Sasori levantou o rosto para encará-la. Os olhos estavam vermelhos, lágrimas insistiam em cair e Sakura ficou assustada.

— O que aconteceu, meu amor? – Perguntou preocupada e se ajoelhou na frente do amado.

— Amor? – A voz de Sasori era grave, pesarosa. Algo definitivamente havia acontecido.

— Sasori, por que você está assim? Por que meu apartamento está revirado desse jeito?

— Você ainda pergunta, amor? – Ele a encarava completamente transtornado.

— O que eu fiz?

— Você não atendeu nenhuma das minhas ligações, amor.

— Eu estava trabalhando. Estava no hospital. No plantão. Esqueceu? – Sakura se explicava.

— E não podia ter atendido uma ligação?

— Esse plantão foi complicado. Mas já acabou. Agora me diz, por que você tá assim? Não pode ser só por que eu não atendi o celular! – Sakura era dura, exigia alguma resposta. Estava sem entender a reação do namorado.

— Quando eu cheguei, o porteiro me deu um pacote que chegou pra você. Era do Gaara. – Ao dizer isso mais uma lágrima caiu.

— Você não caiu em mais uma pilha do Gaara né? Nós já conversamos sobre isso.. Seu primo é inconveniente. Só está querendo te provocar.

— Ele te mandou um colar de diamante e uma carta.... quer que eu leia? – Tirou a carta do bolso.

— Por favor! – Pediu, sentando-se ao lado do namorado.

— “Querida Sakura,

A noite passada foi maravilhosa! Não se sinta culpada por Sasori. Ele entenderá sua decisão de ficar comigo. Voltarei em uma semana. Se sentir saudades, procure pelo seu apartamento uma lembrança minha.

Beijos,

Gaara

— Seu primo é doente!

—  Ele até pode ser um doente, mas Sakura... Eu achei a lembrancinha dele pra você.

— O que ele deixou? – Sakura ficou preocupada. Sabia que Gaara não tinha limites. Ele já havia tentado separá-la de Sasori umas três vezes. Um capricho que o ruivo não desistia de tentar realizar.

— Umas fotos dele nu e um vídeo de vocês... – Sasori estava furioso. Então jogou as fotos na cara de Sakura e apertou o play no dvd da rosada.

— Não pode ser! – Sakura gritou. Ela não sabia o que a deixava mais chocada, o fato de Gaara ter a audácia de deixar fotos dele nu ali ou o vídeo... um vídeo que Sakura não queria que Sasori visse jamais. No vídeo, Sakura e Gaara estavam se beijando.

— Vai falar que o meu ciúme doentio inventou esse vídeo também? – Sasori a encarou.

— Sasori, eu posso explicar... – mas Sakura não teve tempo de dizer mais nada. Sasori pegou a médica pelo pescoço, começou a estrangulá-la. Vendo as lágrimas da mulher que amava ele também chorava. Cogitou matá-la, mas aí parou. Sakura caiu chorando. Ele então abaixou e a levantou a força sacudindo-a pelos braços.

— POR QUE VOCÊ FEZ ISSO COMIGO?

— Eu não fiz. – Disse num gemido baixinho, mas Sasori a bateu. Um tapa.

— EU VI SAKURA! – Gritou.

— Ele me beijou, mas...

— NÃO TEM MAS! VOCÊ RETRIBUIU!

— Não retribuí não! Mas o que adianta eu falar se você não acredita em mim?

SABIA QUE VOCÊ E O GAARA TINHAM TIDO ALGO ENQUANTO EU VIAJAVA! ELE NÃO IA DESISTIR DE VOCÊ!

— Eu não tenho nada com ele Sasori! Nunca tive! Esse beijo foi forçado... E ele gravou pra me chantagear, só pode ser!

— E COMO ELE CONSEGUIU ENTRAR NA SUA CASA E ESCONDER ESSE VÍDEO?

— EU NÃO SEI! – gritou Sakura chorando. Sasori então se aproximou da rosada e a segurou pelo cabelo com força.

— O que e faço com você? – Perguntou sério, mas ainda transtornado.

— Me larga, Sasori! Não faz nenhuma besteira! Daqui a pouco aparece algum vizinho por causa da gritaria. – Sakura suplicava.

— NÃO VAI APARECER NINGUÉM, SAKURA! TÁ TODO MUNDO OCUPADO COM AS SUAS PRÓPRIAS VIDAS PARA SE METEREM EM BRIGA DE MARIDO E MULHER.

— Eu não sou sua mulher. – Disse Sakura e aquelas palavras atingiram Sasori. Embora ele já tivesse pedido a mão de Sakura, ela ainda não era formalmente sua mulher.

— MAS VAI SER DAQUI A ALGUNS MESES... – Disse ainda em um alto tom de voz.

— Não vou mais! – Sakura então conseguiu se soltar de Sasori.

— VOCÊ ME TRAI E AINDA DIZ QUE VAI SE SEPARAR DE MIM?

— Eu não traí você, caramba! Foi armação do Gaara! Quando você vai entender que ele só faz isso pra te afrontar? Ele nem gosta de mim! Eu também não to nem aí pra ele! Procure o seu primo e tire essa história a limpo se quiser! Mas não volte a encostar um dedo em mim, Sasori! Eu não vou permitir! – Sakura ainda chorava, mas procurava por forças para se defender do ruivo.

— Você tá terminando comigo? – Sasori abaixou o tom de voz.

— Você me acusou, revirou a minha casa toda, gritou comigo, me bateu e ainda quer que eu case com você?

— Sakura, eu te amo. Eu só fiquei com raiva. Queria explicações... – Sasori parecia voltar a normalidade.

— Sai daqui, Sasori! Peça suas explicações pro seu primo! – Sakura pediu.

— Sakura... – Sasori tentou se aproxima, mas a médica se afastou.

— Vá embora! Por favor!

— Tudo bem, eu vou... Desculpa por ter te machucado. Eu me excedi.

— Tchau, Sasori!

— Sakura, eu posso pelo menos te levar até o hospital? – Menos nervoso, ele tentava se redimir.

— Eu posso ir sozinha.

— Você vai me denunciar, não vai?

— Não sei, Sasori. Preciso pensar. Sai daqui.... – Implorava.

— Ok. – Sasori já mais calmo saiu do apartamento de Sakura.

Sozinha e sentindo dor, Sakura ligou pra Ino que ao ouvir toda a história voou até a casa da amiga para levá-la até o hospital. De lá, seguiram para uma delegacia. Sakura resistiu inicialmente a denunciar o namorado por agressão, mas Ino a convenceu de que deveria fazer isso. Resultado: Sasori foi preso.

No dia do julgamento, Sakura e Sasori ficaram novamente cara a cara. Mas, ao invés de continuar preso, o juiz determinou o comparecimento obrigatório de Sasori a um programa de recuperação e reeducação para que ele não voltasse a bater em uma mulher novamente. Apesar de condenar Sasori pelo que tinha feito a ela, Sakura ficou aliviada por não vê-lo preso.

— Eu to sentindo tanta vergonha, Sakura. – Disse Sasori.

— Agora você vai poder repensar melhor os seus atos. – Disse Sakura ao final da audiência.

— A gente pode conversar a sós em outro dia?

— Não, sasori. Eu não me sinto segura com você. – Confessou. As marcas dos dedos de Sasori ainda estavam na pele da médica.

— Eu me arrependi. Aquele dia... Eu só bati em você porque tava fora de mim...

— Eu sei, mas nada me garante que você não vá ficar fora de si de novo.

— Eu procurei o Gaara...

— Ele te contou a verdade?

— Contou...

— Então é isso... Acabou. – Sakura virou as costas.

— Acabou por enquanto, Sakura... Nós ainda nos amamos. Vamos conseguir superar isso. – Sonhava Sasori. Mas sakura não respondeu nada.

 

[...]

 

Após ter perdido a paciência e batido em Sakura, Sasori foi preso, mas conseguiu, com auxílio de um advogado, esperar a pena do juiz em liberdade. Solto, Sasori foi atrás de Gaara para saber o que realmente tinha acontecido entre seu primo e Sakura.

— Que cara é essa Sasori? – Perguntou Gaara ao ver o primo entrando em sua casa.

— Cara de quem tá louco pra arrebentar a sua cara! – rosnou.

— O que eu fiz? Ah... Já sei... A Sakura te mostrou o vídeo...

— Na verdade, eu achei o seu presentinho primeiro que ela...

— E ela te mandou até aqui pra tirar satisfações comigo?

— Na verdade, eu vim porque precisava ouvir da sua boca a verdade. Aquele beijo entre vocês... Vocês tinham um caso?

— Tinhamos! – Afirmou Gaara.

— NÃO MINTA!

— Ok, tudo bem... eu a beijei a força, mas pelo visto você percebeu que ela gostou não foi? – Sasori então deu um soco no primo que depois ficou rindo.

— Lavou sua honra agora? Mais feliz por saber que é corno?

— Eu não sou corno! Por que essa insistência em querer me separar da Sakura?

— Ela não quis ficar comigo, então ela também não ficará com você. Só isso.

— Você é um monstro! Como foi capaz de usar o meu ponto fraco pra me separar da Sakura?

— Numa guerra, Sasori, cada um usa as armas que tem! Sei do seu temperamento explosivo e do ciúme doentio que sente daquela mulher, então usei isso a meu favor. Aposto que brigaram por causa do meu presentinho e ela certamente terminou com você.

— Acertou! Mas ela não vai ficar com você!

— Eu sei disso! Sinceramente?  Não me importo! Só dela não ficar com você já me satisfaz!

— Você sabia que eu ia perder a cabeça e bater na Sakura?

— Você bateu na rosada? – Gaara ria. Estava surpreso. – Ora Sasori, eu não imaginava que você fosse capaz de fazer isso... Mas creio eu que tapinha de amor não dói, não é isso?

— VOCÊ É UM DOENTE! – Sasori partiu pra cima de Gaara, mas o primo se defendeu.

— Acho melhor você não encostar em mim! Eu não sou a Sakura e vou revidar se você ousar me bater! – Sasori então se afastou.

— Eu já ouvi tudo que tinha pra ouvir. Só espero que a Sakura me perdoe por ter desconfiado dela. – Sasori disse se recompondo.

— Conhecendo a médica do jeito que conheço, aposto toda a minha fortuna que ela não vai mais nem olhar na sua cara!

— Da minha namorada cuido eu!

— Sua ex, querido! EX! – Ria Gaara.

Seu plano tinha saído melhor do que esperava. Sabia que Sasori ficaria descompensado com o vídeo, mas não esperava que ele agredisse sakura. Sasori morria de ciúmes daquela mulher. Desde que foi apresentado a Sakura, Gaara havia tentado manter um caso com a médica. No entanto, Sakura nunca cedeu ás suas investidas, sempre fiel ao amado, mas Sasori não conseguia perceber que a namorada não tinha nenhuma parcela de culpa no interesse do primo.

Então, ao perceber que o namoro estava entrando em uma crise, Sasori achou aquele vídeo e tudo pareceu claro. Para o ruivo, Sakura estava estranha porque o traía. Mas agora sabia que não era isso. A relação enfrentava problemas, mas nada tinha a ver com traição. Sasori se sentiu culpado, mas ao esclarecer a história resolveu cumprir a pena do juiz e ficou afastado da rosada por um tempo, mas em um mês voltou a procurá-la e se surpreendeu com a atitude da rosada.

 

[...]

 

Sasori tentava falar com Sakura todos os dias, mas não conseguia. Ela não o atendia no telefone, não deixava que ele subisse até seu apartamento, tinha trocado a fechadura da casa para que ele não entrasse quando ela não estivesse lá, não visitava mais sua tia Tsunade porque o ruivo era vizinho dela, sempre ia e voltava do hospital escoltada por Ino. Estava inacessível.

Desesperado, Sasori montou acampamento em frente ao prédio da amada. Sakura, ao vê-lo lá de cima de sua varanda ligou para Ino e pediu um conselho. Sakura sentia-se acuada, com medo. Por ela, não veria Sasori nunca mais.

— Sakura, ele está te perseguindo! Não é seguro pra você isso... Melhor entrar na justiça contra ele.

— Mas isso pode prejudicá-lo caso a mídia descubra que o sócio majoritário da Akasuna Records bateu na namorada. Conseguimos abafar o caso da agressão, mas se eu for de novo na delegacia...

— Olha, o Sai é advogado e ele me disse que você pode pedir uma medida protetiva de urgência, afinal ele está perseguindo você, coagindo-a a falar com ele.

— Pode pedir pro Sai cuidar disso então? Vou querer a medida protetiva. Tenho medo do que o Sasori possa fazer. Ele é muito esquentado e eu não sei como ele resolveu as coisas com o Gaara.

— Claro, amiga! O Sai cuidará disso e não se preocupe, pois ele vai evitar ao máximo que a mídia descubra. Não gostaria de proteger a imagem do Sasori, mas sei que se a imprensa descobrisse eles iam infernizar você com essa história também.

— Eu só quero voltar a minha rotina normal.

— Você vai conseguir! Conseguimos abafar essa história, nem no hospital sabem que foi o Sasori que bateu em você.

— Melhor assim. – Depois disso conversaram mais um pouco e desligaram o telefone.

Sai conseguiu a medida protetiva, uma vez que Sakura sentia-se acuada com a vigilância de Sasori em frente ao seu prédio e as ligações telefônicas.  Sendo assim, o juiz proibiu o agressor de se aproximar da vítima, de seus familiares e de testemunhas, fixando a distância mínima entre Sakura e Sasori.

Também ficou proibido de comunicar-se por qualquer meio com Sakura, seus parentes e as testemunhas e proibido de frequentar a rua da residência da médica e o hospital onde ela trabalhava, assim buscando evitar confrontos, confusões, constrangimentos e escândalos públicos. Sakura respirou aliviada quando soube que Sai havia conseguido, mas Sasori ficou revoltado e só não armou um escândalo porque não queria que a imprensa descobrisse. Afinal, isso poderia prejudicá-lo profissionalmente.

Impedido de falar ou se aproximar de Sakura, Sasori mandou entregar na portaria do prédio da médica buquê de flores com um cartão em que continha um trecho de uma música e um pedido.

Skrillex & Diplo - To Ü ft AlunaGeorge – para ouvir

Believe me, I could live without you

But I really don't want to

Believe me, I could love without you

But I really don't need to

 

'cause leavin' is the hardest thing to do

But being left is hard, oh yes, it's true

But you're coming back

How do I get back to you?

 

To You

I'm gonna get back to you

 

Sakura, meu amor, me perdoa por favor?

Sasori

 

Ao receber o buquê e ler o cartão, Sakura amassou o cartão e o jogou no lixo juntos com as flores. Apesar de ainda amar Sasori, ela nunca mais permitiria que ele invadisse sua vida. Ver que Sasori tinha coragem de machucá-la era o sinal de que precisava continuar afastada dela.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acham do Sasori? Vocês o perdoariam? Ou ficariam temerosos como a Sakura está? Até o próximo capítulo!



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