Visão: Sora

Decidimos procurar uma cabana ou algo parecido, enquanto fazíamos isso, eu estava com a câmera ligada e gravando pra ver se tinha interferência ou algo parecido, então achamos a cabana e entramos lá.

Lá dava pra passar um tempo seguro, lá dentro também tinha um machado e um taco de baseball de ferro. Eu peguei aquele taco e testei, era bom, balançava bem.

Eu dei a minha katana pro Sunky e fiquei com o taco mesmo, eu tinha mais força física do que aparenta.

O Sunky não tinha entendido o porque eu tinha dado a katana pra ele, então perguntou:

—ué? A katana não era sua? Por que está dando ela pra mim?

Eu respondi:

—sei lá, acho que uma hora você vai precisar dela. Além do mas, eu gostei desse taco.

Ele quase soltou uma risada e disse:

—serio? Não prefere dar o taco pra mim? Com esses seus braços só no osso, acho melhor você ficar com algo cortante.

Eu olhei torto pra ele e perguntei:

—você já viu meus braços sem o casaco?

Eu tirei o casaco, meus braços eram sem músculos mesmo, mas eu ainda falei:

—sente só

Eu botei força e ele ficou parecendo o braço de um fisiculturista, todo mundo arregalou os olhos.

Eu coloquei o casaco de volta e continuei:

—meus músculos não aparecem não sei porque, mas no passado, eu já tive que fazer muitas coisas que usam muita força.

Eu sai da cabana e fui em uma arvore do lado, segurei o taco com força e bati na árvore, mas nem arranhou, apenas deu o barulho de dois metais se chocando.

Visão: Mira

O Sora estava agindo muito diferente do normal, ele sempre foi mais gentil e nunca foi de mostrar nada pra ninguém, mas agora, com tudo isso, ele está ficando mais arrogante e orgulhoso. Eu estou começando a duvidar se realmente estou apaixonada por ele. Ele matou aqueles humanos meio zumbis de uma maneira tão fria, tudo bem que um deles quase mordeu a Ametista, mas mesmo assim, nunca vi o Sora fazer algo daquele jeito. Antes de vir pra esse acampamento, eu encontrava ele sempre ajudando alguém, teve uma vez que uma idosa estava tentando atravessar uma rua com as compras, mas estava muito movimentado e ela parecia estar com muita pressa.

*flashback*
visão: Sora

Eu tinha visto uma idosa que estava muito preocupada tentando atravessar a rua, mas nenhum carro parava.

Eu cheguei mais perto e perguntei:

—senhora, você parece nervosa e está suando, tudo bem?

Ela respondeu:

—sim, mas minha filha está prestes a ter um filho e eu não consigo chegar lá por causa de todo esse transito. Eu não acredito que vou perder o momento mais importante da minha filha por causa de alguns carros.

O hospital mais próximo ficava ainda muito longe, então tomei uma atitude: levantei uma caveira em baixo dos nossos pés e fiz ela flutuar pela cidade.

A idosa se assustou de começo, já eu estava tranquilo, então disse:

—com isso vamos chegar no hospital mais rápido.

Ela se acalmou e olhou pra mim com um sorriso dizendo:

—obrigada, meu bom jovem. Não sabia que você tinha uma individualidade, mas obrigada mesmo. aqui, eu tenho algum dinheiro sobrando e...

Eu interrompi ela falando:

—não, não, eu não quero dinheiro. Só estou te ajudando a não perder o momento mais importante da sua filha.

Mas sabe como idoso é, ela pegou uma balinha de menta e disse:

—mas pelo menos aceite essa balinha como forma de gratidão.

Eu olhei pra balinha e respondi:

—tá, eu aceito a balinha.

Eu deixei a idosa na frente do hospital e continuei voltando pra onde eu estava indo inicialmente.

*final do flashback*

Visão: Mira

Eu tinha seguido aqueles dois, e quando conversei com a senhora, entendi o porque que o Sora tinha criado uma caveira no meio da cidade. Acho que foi esse um dos motivos que me fez gostar dele, mas agora, ele aprece bem diferente. Acho que é a pressão que ele está colocando em si mesmo, ele está assumindo toda a responsabilidade como se ele fosse o culpado.

Comentário do narrador: na verdade, ele está realmente se achando o culpado, até porque, ele que achou aquela cabana e fodeu com todo mundo pra inicio de conversa.

Visão: Jake

O Sora tinha separado os grupos, então saímos a procura das paginas.

Todos nós do grupo estávamos andando juntos e um cuidando as costas do outro pra ninguém ser pego por trás *aquela carinha*.

Enquanto estávamos andando, eu vi uns containers ao longe, chamei a atenção de todo mundo e fomos até lá procurar a primeira pagina.

Visão: Sunky

Enquanto eu procurava iluminado com a lanterna, a lanterna começou a pifar, eu olhei pra trás e vi o Slender mó tipo: olá Marilene

Eu sai correndo de lá, mas cada vez que eu olhava pra trás, eu via ele chegando mais perto.

Enquanto eu corria, eu vi a Emi, eu não pensei duas vezes, peguei ela pela mão e continuei correndo arrastando ela.

Quando eu peguei a mão dela, ela se assustou e perguntou:

—Sunky! O que diabos você está fazendo?! Temos que procurar as paginas e...

Ela olhou pra trás e viu o bicho vindo, então começou a correr também e disse:

—esquece as paginas, só vamos sair daqui logo!

Antes que eu percebesse, eu e a Emi acabamos em uma cabaninha bem pequena, lá tinha uma pagina, eu peguei e olhei como ela era, parecia um pedaço de mapa ou coisa parecida.

Eu dobrei e guardei no bolso, depois sentei no chão mesmo e disse sozinho:

—de jeito nenhum que eu deixo aquele osso de cachorro com tentáculos hentai me deixar a delicia.

A Emi começou a rir do que eu falei, mas não sei porque, aquilo foi uma bosta. Mas pensando bem, estamos sozinhos agora em uma cabana minúscula.

A Emi começou a olhar os cantos e procurar por algo, eu levantei e perguntei:

—o que você está procurando?

Ela respondeu:

—sei lá, qualquer coisa.

Eu olhei pra ela com um jeito meio sacana e falei:

—e o que você acha que vai encontrar em um fim de mundo como esse?

Ela realmente achou alguma coisa, parecia um pedestal pra uma katana ou coisa parecida.

Eu olhei aquilo e disse:

—pera, isso realmente vai virar um clichê desse nível?

Eu encaixei a katana que o Sora me deu e abriu uma passagem secreta no chão. Eu fiquei olhando aquilo, então disse:

—que bosta, tá parecendo aqueles contos de fadas que o herói coloca sua espada e abre a passagem secreta que leva ao novo mundo.

Eu e a Emi descemos as escadas e vimos um pedestal numerado com os números de 1 a 8, eu peguei aquela pagina que eu tinha pego antes, abri e virei de costas, nela tinha o número 3, então eu coloquei ela no respectivo lugar.

Parecia mais um quebra cabeça que teríamos que fazer com as paginas. Mas eu tirei aquela pagina daquele lugar e coloquei no bolso de novo.

A Emi viu e disse:

—Sunky, deixa a pagina lá. Já facilita o trabalho.

Eu olhei pra ela e respondi:

—não. E se aquele miserável vir aqui e pegar? Eu prefiro carregar ela comigo.

Ela sacou o que eu estava pensando, ela ia dizer algo, mas um barulho de vidro quebrando nos fez olhar pra trás e ver um monte de “zumbis” entrando na cabana. Estávamos cercados e eu tinha deixado a katana lá em cima.