I'm here escrita por Romanoff Rogers


Capítulo 17
Medo


Notas iniciais do capítulo

Bem, esse capítulo ficou Dark e triste :(



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/686286/chapter/17

POV Steve
— Natasha? - Entrei de vagar na casa. - Natasha sei que está aqui... - Olhei em volta. Ela realmente não estava aqui. Sai até a varanda. Minha ruiva estava sentada no topo da árvore. Comecei a escala-la.
— Oi.
— Oi. Você está bem?
— Tô. Só precisava pensar. Porque mentiram pra mim?
— Natasha, é difícil admitir a filha que não pode protege-la de tudo. 
— Eu estou com medo Steve - Lágrimas começaram a rolar de seus olhos.
—Não vou deixá-lo te levar em bora. - eu a abracei. - Não vai se livrar de mim tão fácil. - Ficamos em silêncio por um tempo - Se não quiser ir no jantar eu entendo totalmente.
— Não, quero conhecer minha sogra. - ela riu limpando as lágrimas. Ficamos abraçados observando o céu passar de azul, pra várias cores maravilhosas. Logo, estrelas começaram a brotar, junto da lua cheia que iluminava tudo a seu dispor. O morro que decia pelas tumbas de mortos, deixava as lápides pequenas até a porta do cemitério que passou de grande para um borrão entre as árvores.
— Vamos descer? Já estou bem.
— Vamos pequena. - ela me olhou incrédula.
— Me chamou de pequena?
— Sim pequena.
— Melhor que piscicologa - ela sorriu de orelha a orelha.
(...)
O restaurante estava cheio. Fiquei na recepção esperando minha querida mãe, que me abandonou. E pelo visto, iria me abandonar de novo. Eram 21:03, Natasha chegaria em meia hora e nem sinal da minha mãe. Peguei o celular pra discar o número de Natasha e ir em bora quando uma mulher loira me chamou pelo nome.
— Steve? - Era minha mãe. me virei de onde o som vinha. A mulher com um casaco grosso, legging, saltos 15 e um cachecol e um quilo de rimel sorriu.
— Mãe. - ela me abraçou forte. Demorei alguns segundos, mas retribui. Até os 11 anos esperei por isso. Depois aceitei na boa o fato de que ela não me queria mais.
— Filho, olha pra você, tão crescido! Está bonito, forte... E nem lembrava dos seus olhos que parecem com os do...
— Meu pai, é. - Olhei triste pra ela.
— Você me perdoa?
— Sim, só não garanto que vou ser o mesmo garoto de sete anos.
— Me desculpa pelo atraso.
— Tudo bem. Natasha sempre se atrasa, estou acostumado.
— Quem é Natasha?
— Minha namorada.
— Meu Deus, claro que um cara como você não ficaria sozinho por muito tempo! - Eu ri.- Qualquer dia desses quero conhece-la.
— Vamos estrar? tô com fome.
— Sim. - Fomos entrando acompanhando a recepcionista que nos mostrou nossa mesa.
— Me conta sobre você querido.
— Ah, eu jogo futebol americano... Bem...
— e seu pai como tá?
— Bem.
— Como é sua relação com ele?
— Graças a Natasha está melhor. ela me incentivou a falar com ele. Porque ele não ligava pra mim.
— Como fazia comigo. Me perdoa filho, devia ter te levado comigo, não poderia ter te deixado com seu pai!
— Não mãe. Mas eu sempre fui tão feliz aqui, superei você, meu pai, conquistei meu espaço na escola, amigos... É fico orgulhoso de você ter conseguido realizar seu sonho, de verdade. Agora meu pai tem uma esposa que tem um filho que mora com a gente, então ele é muito meu amigo, um dos meus melhores.
— Que bom. E seu pai se casou?
— Desculpa...
— Não, tudo bem. Pelo menos ele desencanou. - Um garçom perguntou o que queríamos. Natasha me enviou uma mensagem há meia hora pedindo salmão.
— Eu quero Estrogonoff Irlandês, e meio quilo de salmão.
— Nossa que fome - Minha mãe riu. - Eu quero batata frita mesmo. Um vinho caro aí... Vai beber isso?
— Pode ser. - eu ri.
— Como Natasha é? - Ela perguntou. Meu celular vibrou, era uma mensagem de Natasha dizendo que chegou.
— Já volto. - Fui até ela.
POV Sarah
Steve se levantou, e voltou até a recepção, e uma garota ruiva o abraçou. Ele pegou a mão dela, e a trouxe pra cá de volta. É a Natasha!
— Mãe, essa é Natasha, minha namorada. - Me levantei sorrindo. Bem, meu filhão se deu bem!
— Sou Sarah mãe dele. - Continuei balançando a mão dela, a olhando fixo. Ela arregalou os olhos meio assustada com minha atitude e olhou pra Steve dizendo: "Como faço isso parar?"
— Mãe tá bom. - Continuei balançando sua mão, e focando os olhos nas esmeraldas verdes da garota. - Mãe para que tá feio!
— Estou vendo a verdade em seus olhos. - Ela arqueou uma sobrancelha. - Ah, esquece. Você é muito bonita!
— Obrigada
— Se magoar meu filho vai se ver comigo. - Apoiei a mão na mesa em pé. Ela não pareceu intimidada, e se levantou também.
— Se abandona-lo de novo vai se ver comigo.
— Essa foi boa. Bem, gostei de você, essa é pra casar! quero uma nora descidida a proteger meu filho!
— Mãe... Para. - ela se sentou ao Lado de Steve e ele na frente.
— Então, como se conheceram?
— Ah... Eu atropelei ela, praticamente.
— Deus Steve, você não toma cuidado? - perguntei rindo. - Um jeito estranho de conhecer a futura namorada.
— É. - O garçom nos entregou o pedido.
— Pode trazer vodka pra mim? Aqui tem isso né? - Abri a boca, o que fez Steve rir. O homem vestido de pingum disse que tinha  vodka, e que iria trazer.
— Seus pais são o que Natasha?
— Mortos. - ela disse.
—Sinto muito. E tem outros parentes?
— Tenho. Mortos.
— Oh, sinto muito de novo. Mora com quem?
— Com Maria e Fury, eles me adotaram na Irlanda.
— Você é Irlandesa?
— Rússa.
— Nossa, que legal! Achei que russos não tinham coração.
— Mãe!
— Desculpe!
— Tudo bem, amo ele com o cérebro mesmo. - Ela deu de ombros. Steve começou a rir, assim como eu. - É sério, há a parte do cérebro que ama; em momento nem um dizia que se ama com o coração!
(...)
POV Steve
Acabamos de comer, e estávamos na sobremesa, quando começou a ventar intensamente. Natasha começou a esfregar os braços em sinal de frio. Dei meu casaco a ela, que retribuiu com um sorriso. Minha mãe observava maravilhada, a cena a sua frente. Voltamos a conversar. Por uns minutos, até que o barulho de fora nos fez parar e encarar o céu preto. Vimos o ar em movimento ganhar forma e formar um tornando, que foi ganhando força e começou a sugar tudo. Os papéis das bancas começaram a voar, assim como os carros, e as poucas pessoas que passavam nessa parte isolada da cidade. O vidro se rachou e Natasha começou a gritar. Agarrei a mão de Natasha, em seguida a da minha mãe, sendo que as duas congelaram ao ver as pessoas gritando, os carros se erguendo do chão e sendo arremessados longe, junto com pedaços e concreto e outras coisas.
— Steve! - Minha mãe disse.
— Vamos em bora! - eu gritei, afim de lavar as duas para o fim do restaurante.
O vidro da janela a nosso lado se quebrou por inteiro. O vento foi tão forte, que minha mãe e Natasha, que estavam pertíssimo da janela, começaram a voar na direção do tornado que simplesmente parou a nosso lado, apenas querendo se alimentar. Enrrosquei a perna nos pés da cadeira, desesperado pra puxar minha mãe e Natasha pra dentro.
—Steve! - Natasha gritou.
— Vai ficar tudo bem! - Eu tentei tranquilizar ela. Os cabelos das duas esvoaçavam, em quanto as pessoas de dentro do restaurante que não conseguiram se segurar foram arremessadas pra dentro do tornado, e sumiam nas curvas do grande tornado a nossa frente, que tomava mais forma e ventos mais fortes. Minha perna foi escorregando, desfazendo aos poucos o envoltório que havia criado sobre a cadeira fixa no chão.
— Não vou aguentar por muito tempo! - Disse usando toda minha força pra puxar as duas e ao mesmo tempo, desesperado por ter a ameaça de perde-las.
— Sejam felizes. - Minha mãe largou minha mão, e começou a voar em duração ao tornado.
— MÃE! - Eu berrei começando a sentir lágrimas rolando do meu rosto. Puxei Natasha com as duas mãos de volta pra dentro do restaurante. A abracei, e me joguei pra trás, nos fazendo agarrar a mesa que também era fixa.
— Foi minha culpa! - ela disse fechando os olhos com força. - Eu... Sinto muito! - Ela começou a chorar, se agarrando mais a mim.
— Não diga isso, pelo amor de Deus! Eu te amo pequena!
— Também te amo! - Natasha cravou uma mão envolta da minha cintura, e a outra na mesa. Passaram uns minutos, e sentimos o barulho passar, até se tornar nada, apenas estrondos de corpos, carros, concreto e tudo que voou no meio da tempestade, cair no chão; mais o choro desesperado de Natasha.
— Tudo bem, tudo bem, não chore, vão todos ficar bem! - Eu beijei sua cabeça, remoendo a dor da perda da minha mãe.
Os barulhos cessaram. Permaneceu apenas o silêncio torturante, da calmaria depois da tempestade. O restaurante a nossa volta, começou a desabar. Mas essa mesa era mais forte do que pensávamos, e nos protegeu parcialmente do impacto.
— Deus... - Natasha murmurou mais pra si.
— Tudo bem, estamos bem. - Sirenes foram ouvidas. Natasha continuou imóvel, tensa, agarrada aquela mesa. - Pode largar, estamos bem. - Natasha negou com a cabeça.
— Não, vai começar de novo, tudo que é ruim volta... - Senti que ela se referia aos incessantes tapas e chicotadas do tio.
— Não, não dessa vez, dessa vez estou com você. - Senti suas unhas relaxarem, e ela começar a largar aquela porcaria de mesa. Acariciei seu cabelo.
Nessa hora percebi a respiração de Natasha relaxar, e ela ficar imóvel. Ela havia dormido, ou desmaiado de alívio sei lá. Acho que a tensão foi tanta, que desmaiei também.
POV Skye
Nick estava vendo jogo ao lado do meu pai, Hill lia uma revista e eu mexia no celular. A TV começou a ficar interesse, quando aconteceu quele milagre bom das séries, quando o jogo é interrompido pelo jornalista desesperado.
— Interrompemos nossa programação normal para dar lugar a notícias urgentes.
— Ah! - Fury gritou.
UM TORNADO ACABOU DE PASSAR AQUI EM WASHINGTON!— Uma mulher em meio a destruição da rua que havíamos visitado há alguns dias. - ATÉ AGORA OS BOMBEIROS NÃO LOCALIZARAM SOBREVIVENTES. O restaurante Hoosigal, estava totalmente lotado, e agora se encontra totalmente vazio. Apenas destruição, e choro de parentes que chegaram ao local. Um prédio de 58 andares desabou, esmagando metade do famoso restaurante. O tornado se desfez a meia hora, e os bombeiros buscam sobreviventes.
— Onde Natasha está?
— Saiu com Steve.
— Tomara que não estejam lá. - A campainha tocou.
— Eu atendo. - Disse indo a porta. Tocaram de novo. - Já vai! - Desci as escadas até o andar da família Fury. Tocaram de novo. - JÁ VAI CARALHO! - Abri as porta. O pai de Steve, mais sua mãe e irmãos postiços, deram as caras!
— Steve está aí? - Bucky perguntou.
—Não. Nem Natasha. - Eleanor começou a chorar freneticamente.
—Entrem por favor. - Eu disse estranhando. Os acompanhei até o andar de cima.
— Senhora Rogers, o que foi? - Nick levantou.
— Deus, Steve e Natasha não estão aqui mesmo?! - Bucky se sentou.
— Não, o que foi?! - Hill disse nervosa.
— Steve, Natasha e Sarah, a mãe biológica de Steve foram jantar no Hoosigal - Ele começou a conter as lágrimas com as mãos. O desespero tomou conta da sala. Hill se ajoelhou e começou a chorar, Fury chutou a estante da televisão a fazendo cair, o irmão de Steve começou a soar com os olhos no meu ombro, e meio que usei seu longo cabelo como lencinho, porque lágrimas corriam descontroladamente do meu rosto.
Esperem!— A jornalista na TV disse. - Os bombeiros acharam os dois únicos sobreviventes até agora!— Lágrimas seçaram, e encaramos a mulher.- Eles foram identificados como Steve Rogers, e Natasha Romanoff! O corpo identificado foi o da Atriz de Hollywood, Sarah Grant.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "I'm here" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.