POV Steve
Abri os olhos devagar. Pisquei algumas vezes tentando me adaptar ao ambiente iluminado. Percebi que tinha alguém sentado do meu lado, ou melhor, eu estava agarrado a mão dela. Consegui ver Natasha a minha frente. Seus olhos estávam brilhantes, talvez pela quantidade de lágrimas que ela estava segurando.
Sua mão estava sobre meu peito, e eu estava agarrado a ela com as duas mãos. As lágrimas começaram a escorrer de seu rosto descontroladamente. Com uma das mãos, larguei a sua, e coloquei em sua bochecha, o que a fez abaixar a cabeça.
— Tudo bem... - Fiz carinho em seu rosto. - Você está bem? - Ela tentou falar, mas não conseguia. A ruiva desistiu e mostrou a perna engessada. - Quando isso aconteceu?
— Depois de entrarmos de baixo da mesa
— Porque não me disse?
— Você tinha coisa de mais pra se preocupar.
— Do que você? Nunca. O que seria mais importante que minha piscicologa?
— Sua mãe. - Aquelas palavras doeram. É, eu havia acabado de perder minha mãe, mas não era mais importante que ela. -Desculpe...
— Você eu tenho certeza que não vai me abandonar. Né?
— Nunca. - Ela sorriu, e enxugou as lágrimas. O telefone dela tocou. - Hill... - Deu pra ouvir da qui o que Maria falava desesperada.
— Natasha, Graças a Deus! Estávamos desesperados! Passou na TV.... Vocês estão bem?
— Sim Hill vamos pra casa da qui a pouco.
— Passa pro Steve. - Natasha me deu o celular.
— Filho, eu sinto muito pela sua mãe. - A voz ecoou pelo telefone. Fiquei em silêncio.
— Ta.
— Você está bem?
— Sim.
— Que bom querido. Bucky estava chorando aqui... - eu ri.
— Tava nada! - Ouvi a voz fraca do meu amigo ao fundo.
— Finjo que acredito. Tudo bem, Tchau. - Segurei o telefone de Natasha por um tempo, pensando.
— Tudo bem?
— Sim. - Eu sorri. - Ele se preocupou.
— É, todos nós. E a propósito, obrigada. Por me salvar...
— Faria de novo mil vezes. Mas queria ter salvo ela também. Ela me abandonou? Sim, mas era minha mãe... - Lágrimas começaram a rolar de seus olhos desesperadamente, junto aos soluços. - Nat
— Teria salvado ela se eu não tivesse ido! Eu preferia ter morrido do que viver com essa culpa!
— Não diga isso! - Eu gritei. - Natasha pare de repetir essa porcaria de frase! - Sacudi ela, o que piorou a situação. - Nat, ela fez as escolha dela! E você não vai me abandonar, ela, iria ter ido em bora no dia seguinte! Você ficou comigo! Natasha, passaria por tudo de novo por você! Pare de chorar e repetir isso, por favor... - Ela abaixou as cabeça, e enxugou as lágrimas. - Venha cá pequena. - ela se deitou em cima de mim, e eu as abracei com toda força. - Eu te amo tanto, que você não faz idéia.
— Faço sim, é o que sinto. - Ela disse. - Só você mesmo Rogers.
(...)
POV Natasha
Estava dormindo com a cabeça nas pernas de Steve, enquanto ele fazia carinho em meus cabelos.
"- Sejam felizes.
— Mãe! - Steve gritou desesperado. - Natasha, se não tivesse vindo ela estaria viva! Você deixou minha mãe morrer! Eu te odeio!" Levantei a cabeça do colo de Steve assustada.
— Ei, tudo bem... - Ele colocou as mãos na minha bochecha. - Pesadelo? - acenti. - Tudo bem, acabou. Estou aqui. - Ele beijou minha testa. - Chegamos. - Paguei o taxista e Steve me ajudou a descer do carro. - Posso te carregar?
— Não, eu consig... - Ele me pegou no colo, carregando as muletas. - Está treinando pro casamento? - Eu ri.
— Com certeza. - ele sorriu. Bati na porta, e uma Hill abriu.
— Deus. - Hill começou a chorar. Steve me colocou no chão e Hill me abraçou, me esmagando. Logo, ela puxou Steve também.
— Hill, aí Hill! - eu disse.
— Vocês estão vivos! Eles tão aqui! - Uma manada de gente começou a brotar.
— Esperem! - Steve me pegou no colo de novo, e deu as muletas pra Hill. Steve me colocou no sofá, e sorriu.
— Filho! - Seu pai o abraçou. Steve Retribuiu, para mimha surpresa.
— Cara, eu quase morri de preocupação! - Bucky disse abraçando Steve.
— Nat, não me mata nunca mais! - Skye se jogou em cima de mim. Eu dei um berro, que fez todos pararem.
— SKYE SUA FILHA DA
— Ruiva! - Fury me apertou num abraço.
(...)
Os Abraços continuaram, as conversas também. A mãe de Bucky parece ser legal, tanto é que ela fez amizade com Hill.
— O que aconteceu lá? - Skye perguntou. Lágrimas começaram a surgir em meus olhos. Todos ficaram em silêncio.
— Steve me leva pro quarto por favor? - Ele acentiu e me pegou no colo.
— Desculpa. - Skye se desculpou.
— Tudo bem, é só cansaço. - Steve me pegou no colo, e começou a subir as escadas. Chegando lá, abri a porta e ele me colocou na cama, e se agaixou do meu lado.
— Fica bem sem mim?
— O que? dormir? Claro, quer dizer, desde quando preciso de alguém pra dormir comigo, porque estou com medo? É madrugada só três longas horas de sono, aliás, amanhã é feriado, então só seis longas horas de sono sozinha, eu consigo. Não tenho medo de nada. - Me convenceu a ficar.
— Não precisa, sério, eu sobrevivo.
— Steve, você vem?! - Bucky gritou. Steve foi até a porta, para mimha tristeza.
— Não. Natasha não sobrevive sem mim.
— Hm, se comportem...
— Se foder Barnes.
— Ok Tchau!
Ele voltou pra mim sorrindo.
— Vou dormir aqui, tudo bem?
— Se quiser pra mim não é incomodo nem um.
(...)

Just Give me a reason (ouça)

( https://m.youtube.com/watch?v=OpQFFLBMEPI )

POV Steve
Natasha estava deitada sobre meu peito, como sempre fazia, e eu estava agarrado a ela. Ela começou a se mecher, me acordando.
—Nat? Tudo bem? - Ela se levantou bruscamente.
— Sim eu tô bem...
—Pesadelo?
— Não.
— Não minta pra mim.
— Não estou mentindo...
— Natasha a mim, você não engana.
— É, foi pesadelo.
— Porque mentiu?
— Porque você ia ficar se preocupando a toa, com um pesadelozinho de nada! Como fez agora, isso é irritante.
— Só queria te protejer. - Deitei a cabeça virado pra ela.
— Desculpa Steve. - Senti ela se virar contra mim também. - Sabe que eu amo que me proteja. Mas você não faz idéia de como é lidar com tudo. E imaginar que você larga o mundo que carrega, pra se preocupar comigo da um desespero, que acho que estou fazendo a coisa errada. - Ela colocou as mãos na cabeça. Virei pra ela devagar.
— Largar o mundo pra ficar com você não é esforço nem um. - Ela sorriu e se aconchegou em mim novamente.
— Qual a melhor coisa que conheceu com você?
— Você, sem dúvida nem uma.
— Ta bom, vou finjir que acredito.
— É sério, eu juro! - Me sentei e dei o dedo mindinho a ela.
— Hm, vou ver se acredito. - eu ri.
— E você? - Ela pensou um pouco.
— Me apaixonar por você. - Ela colocou a mão na minha bochecha, me levando pra perto. Sorri, sentindo a respiração dela na minha. - Promete que não vai me deixar? Todos que eu amo acabam indo em bora, então eu já me acostumei.
— Eu te amo com todas as minhas forças Natasha, e estarei com você pro resto da minha vida. Nunca vou te deixar, nunca mesmo! Você me entendeu? Vamos formar uma família enorme, cheia de pessoinhas ruivas correndo pela casa, vamos morar em Nova York numa casa em frente a praia, você vai ser piscicologa e eu vou ser jogador de futebol e vamos viver juntos pro resto da vida. E se você não falar nada, só ficar sorrindo assim igual a uma boba apaixonada, eu vou acabar surtando.— Ela começou a rir. -Poxa, acabei de fazer a declaração mais longa da história, e você ri? Noss... - ela me puxou mais pra perto e me beijou. Era um beijo calmo, longo e apaixonado.- Isso é um aceito?
— Isso é um pedido de casamento?
— Hm, ainda não.
—Você planejou nossa vida inteira?
— Não. - eu disse rindo.
— Sim planejou, e eu adorei. - ela sorriu de orelha a orelha. - Я люблю тебя до конца моей жизни - Ela disse com os olhinhos brilhando.
— Que isso?
— Eu te amarei pelo resto da minha vida.— Sorri.
— Você fica fofa com vergonha.
— Não fico com vergonha. - Eu a abracei, querendo deixar claro que ela é minha, e que nada vai machuca-la nunca mais.