A fada dos contos de fada escrita por Dreamer


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Peter gato lindo perfeito.



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— Você... você é realmente... digo...o personagem das histórias que eu contava!
— Sua mãe fez questão que nossa história fosse contada, claro que os detalhes foram diminuindo- ele sorriu para o nada- E eu pensando que ela me esqueceria rapidamente.
— Isso é muito estranho!- peguei nos meus cabelos.
— Você deveria dormir.
— Está brincando? Eu acabei de acordar.
Peter tinha os olhos atentos. Ele usava uma roupa velha, quase como se fosse medieval, uma calça e uma blusa solta e grande.
— Ele te machucou?
— Não- suspirei me sentando no chão e abraçando meus joelhos- Ele pensou que eu fosse a Wendy.
— Eu imaginei.
Ele sentou do lado oposto de onde eu estava, mas a cabana era tão pequena que ele não ficava longe de mim.
— Vem cá, você não devia ser alguns anos mais novo?- perguntei curiosa.
— Muitas coisas aconteceram- ele foi misterioso- Tive que tomar algumas decisões difíceis.
Logo vi que ele não queria falar sobre esse assunto.
— Eu realmente dormi por dois dias?- Peter assentiu com a cabeça- Meus pais devem estar loucos.
— Vou pedir para Tinker Bell contar para sua mãe sobre o que aconteceu.
— Tinker Bell? Você quer dizer a sininho? A fada?- ele assentiu novamente- Minha cabeça vai explodir- falei com voz de choro.
— Você se parece demais com sua mãe.
Era estranho pensar que Peter já teve um caso com minha mãe, tudo bem que eles eram crianças, mas era estranho do mesmo jeito.
— É o que todos dizem.
— Não é a toa que te confundiram com ela.
— Quando eu vou pra casa?
A pergunta tinha pegado ele de surpresa.
— Preciso resolver algumas coisas por aqui, mas vamos em breve.
Suspirei sem saber o que fazer. Minha mente estava bagunçada, eu tinha que pedir uma explicação para minha mãe e pedir desculpas por nunca ter acredita em Sinny.
— Sinny vai triunfar quando descobrir que eu sei que tudo o que ela me falou é verdade.
— Sua irmã é uma garota incrível.
— Como ela sabia de tudo?- perguntei mais para mim mesma.
— Uma certa fada tinha uma obsessão por sua irmã.
— Está explicado, sininho contou tudo para ela.
Ficamos sentados apenas olhando um para o outro, até que Peter levantou de repente.
— Vou buscar algo para você comer.
Hook tinha me dado alguma coisa para me alimentar, mas quando Peter disse a palavra "comer", meu estômago deu sinal de vida.
— Não tem problema eu ficar sozinh?- perguntei.
— Contando que não saia da casa... problema nenhum.
Falando isso, ele fechou a porta e sumiu rapidamente.
Minha cabeça ficou tentando me lembrar sobre a história que Sinny contava para mim, mais detalhada, mais violenta.
Piratas, índios, meninos perdidos, não conseguia lembrar de todos os detalhes.
Depois de algum tempo, Peter voltou para a cabana com algumas frutas na mãe e uma garrafa de água.
— Droga como eu senti falta desse lugar.
— Você costumava vir aqui?
— Dificilmente, mas sim, cuidar do meu irmão tem sido mais trabalhoso do que eu pensei.
Peguei algumas uvas e comecei a come-las, depois tomei um generoso gole de água.
— Obrigada Peter- sorri- Por ter me salvado.
— Disponha Jenny- ele abaixou o olhar- Você nem devia saber da minha existência.
— Você parece um velho no corpo de um adolescente.
Aquilo pareceu assustar Peter, pois ele arregalou os olhos e apertou o punho com força.
— Um velho? Isso não esta nem perto de ser quem eu sou.
— Desculpe- me apressei em dizer.
Peter veio na minha direção e se agachou muito perto do meu rosto, fiquei vermelha.
— Você tem um beijo.
— O que?- ele era maluco.
— Tem um beijo bem aqui- ele apontou para minha bochecha.
— É apenas uma covinha.
Peter sorriu abertamente para mim, mostrando seus sorriso branco e grande.
— Claro que é- ele abaixou o olhar rindo.
— Você é bem estranho, sabia disso?
—Aposto que tem o cabelo do seu pai.
Assenti com a cabeça, eu era exatamente como minha mãe, tirando o cabelo. Minha mãe era loira e meu pai tinha os cabelos negros como a noite, assim como os meus.
A blusa de Peter estava um pouco aberta e mostrava um pouco do seu tórax.
— Bela espada- apontei para a arma que ele tinha na cintura.
— Obrigado- ele sorriu- Vou me deitar.
Ele mencionou sair.
— Aonde você vai?
— Vou dormir do lado de fora, assim você fica mais confortável.
— Mas... aqui é melhor de se dormir..,
— Estou bem.
— Pode dormir aqui se quiser- corei com o assunto da conversa.
— Acho que precisa de um tempo sozinha.
— Aonde vai dormir.
— Não longe de você.
— Você é todo misterioso, não é?
— Fique a vontade e não se preocupe comigo- ele ignorou minha última fala comprovando minha teoria.
Falando isso, ele saiu e fechou a porta atrás de si.
Decidi que tentaria dormir, mesmo sem um pingo de sono. Passei algum tempo tentando dormir, pois além de não ter sono, eu estava dormindo no chão de uma caverna.
Acordei com a luz do sol entrando pela janela. Abri a porta da cabana e não encontrei ninguém do lado de fora.
— Peter?
Nenhuma resposta, ao invés disso escutei um tinindo vindo de cima da casa.
Havia uma luz na ponta do telhado que brilhava muito. Apertei os olhos e me estiquei.
Era uma garota! Ou melhor, era uma fada sentada, com asas, com uma roupa verde e com cabelos loiros.
— Que diabos...?
Ela voou para mim e eu caí para trás de bundo no chão. A fada começou a gritar coisas que eu não entendia.
— Tenho certeza que ela não te achou feia Tinker- Peter falou aparecendo do meio da floresta.
A fada olhou para ele e gritou outras coisas enquanto me mandava olhares furiosos.
— Bem, se ela se assustou é porque não está acostumada com você.
— Acostumada? Eu nunca vi uma fada na minha vida.
Peter estendeu a mão para mim e me ajudou a levantar.
— Onde você estava?- perguntei me limpando.
— Nenhum lugar importante- ele deu de ombros- Vamos, precisamos encontrar os garotos.
— Perdidos?
Peter sorriu para mim e depois olhou para o chão.
— Parece que você me conhece um pouco, não?
— O suficiente- cortei seu barato.
— Vamos!
Peter, eu e sininho andamos por bastante tempo pela floresta.
— Hook pode nos encontrar aqui?- perguntei.
— Hook não pode me encontrar nunca- ele piscou para mim- Chegamos.
Ainda estávamos no meio da floresta, então não entendi quando Peter disse que chegamos. Ele soltou um assobio baixo e sincronizado.
— É você Peter?- uma voz masculina veio debaixo de nós.
— Em carne e osso.
Uma porta secreta se abriu no chão e de dentro dela, saiu um menino novo sorrindo.
— Entre.
— Temos companhia Coren.
O menino olhou para mim e eu soltei um sorriso simpático.
— Uma garota- Coren sorriu- Entrem.
Sininho entrou como um raio. Peter esperou que eu entrasse. O chão estava longe, então me segurei da borda da porta e soltei com cuidado, caindo de pé. Dois segundos depois, Peter estava do meu lado e tinha fechado a porta.
— Pan? É você?
Olhei para o lado e vi uma garota mais ou menos da minha idade.
— Oi Suriah- Peter recebeu um abraço caloroso da garota.
— E você? Caiu do carrinho?- ela perguntou rindo.
— Sou Jenny.
— A garota que eu disse que salvei hoje de manhã- Peter completou.
— Você também caiu do carrinho desse tamanho?- brinquei.
— Meninas são muito espertas para caírem de seus carrinhos- Peter disse sorrindo.
— Sou a única garota dos meninos perdidos- ela disse orgulhosa- Eu nasci aqui, sou filha de um dos piratas que servia Gancho.


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Notas finais do capítulo

preciso que vcs comentemmm



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