A fada dos contos de fada escrita por Dreamer


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

mais um pra vocês



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Acordei em um quarto pequeno onde nele só havia um lampião. Lampião? E ele balançava para o lado e para o outro.
— Mas que porra...?- falei para mim mesma.
Tentei me levantar mas cai para o lado por causa do balanço. Acho que estava em um barco.
Com muita dificuldade cheguei até a porta que para minha surpresa estava trancada.
— Ei!- bati na porta- Abram isso aqui agora.
Alguns segundos depois a porta se abriu e um homem de mais ou menos vinte anos entrou. Era bonito, cabelos escuros e olhos azuis. Recuei alguns passos.
— Quem é você? -perguntei.
— Meu rosto não lhe é familiar Wendy?
Por que ele me chamava pelo nome da minha mãe? No que será ela tinha se metido?
— Meu nome não é Wendy- falei assustada.
— Não tente brincar comigo, sei que era para você estar velha, mas com certeza Pan te deu alguma coisa.
— E quem é Pan?
— Você realmente acha que pode me enganar? - ele se aproximou e eu não pude mais ir para trás por causa da parede- Não pode. Não depois de ter matado meu pai.
— Eu não matei ninguém- falei devagar e firme.
—Não foi com as próprias mãos mas matou- ele levantou uma sobrancelha- Usou o tic tac.
— Olha eu acho você um louco- eu sai de perto dele- Não faço ideia do que você esteja falando. Para mim é como se estivesse falando grego.
— Onde está Pan?
— Desculpa querido, se você perdeu esse tal de pão... Não posso fazer nada.
— Acha engraçado? - ele pegou meu pescoço e me prendeu na parede- Tenho pinturas suas Wendy, sei que você é você.
— Como pode ter pinturas dela?
— Dela? Estou falando de você, não ouviu?
— Olha garoto- empurrei ele- Meu nome é Jenny. J-e-n-n-y e não Wendy, acho que teve um erro de pronúncia ou algo do tipo.
Na verdade eu tinha medo de falar que Wendy era minha mãe, pois ele me assustava e eu não sabia o que ele podia fazer com ela. Mas não entendia nada do que ele dizia.
Ele se virou e riu.
—Jenny é?- ele pediu e eu assenti- Faz alguma ideia de onde estamos?
— Em algum lugar no mar...?- soou como uma pergunta.
— Você está no meu navio em neverland.
Foi ai que eu explodi em uma gargalhada e eu não conseguia parar de rir. Eu quase acreditei que tinha me sequestrado.
— Olha! Não sabia que Sinny tinha tantos amigos mais velhos, mas eu não gosto dessas coisas cara.
Ele tirou uma espada da cintura e apontou para mim.
— Wendy, você nunca fugiu de uma briga.
— Wendy é a minha mãe- pensei um pouco no que eu falei- Literalmente.
— Mãe?
— Aham- eu ri- Acho que essa pintura ai estava meio velha.
Ele ficou um tempo parada e eu toquei a espada para ver se era de plástico, mas ela me furou.
— Wendy envelheceu? - ele perguntou.
— Olha eu quero muito ir para a aula amanhã. Não gosto disso. Quanto tempo eu dormi?
— Dois dias.
— Ah claro e meus olhos são lentes.
— Qual o nome do seu pai?
— Eu lá vou te dizer seu maluco- passei por ele- Agora chega de cenário e efeitos de mar, vou pra casa.
Subia as escadas do quartinho, mas quando abri a última porta não foi um cenário que eu achei.
Era enorme e tinha vários homens trabalhando nele. Não era um barco, ou uma lancha. Era um navio gigante com vela e ao nosso redor estava plantas e mar. O que indicava que estávamos ancorados em algum canto.
Mas não qualquer canto...
O menino tinha dito a verdade e agora eu estava em um navio. Será que tudo que eu li para Sinny era verdade?
Não! Impossível. Contos de fadas não eram assim. Por que se fosse aquele menino do colégio iria ser Peter... Pan!
E se bem que as histórias que Sinny me dizia não era igual ao livro. Ela me dizia que Wendy fez Gancho morrer e... gancho.
Olhei para trás e lá estava o menino.
— Qual seu nome?
— Hook.
— Você disse que minha mãe tinha matado seu pai não é?- ele assentiu- Você é filho de gancho?
— Com muito orgulho Jenny- ele me olhou- Único filho de James Gancho.
— E o Pan de quem você fala se trata de Peter Pan?
— Você o conhece?
— Claro, no meu mundo essa história faz muito sucesso, porém é velha, a história de Peter Pan tem 100 anos.
Não tem como minha mãe ter participado de uma história que foi contada pela primeira vez a cem anos
— Desde que sua mãe veio para cá o tempo passa diferente para ela- ele me analisou- Não duvido se sua mãe tiver um século de idade.
Minha mãe? Porém ela falava diferente. Tinha um jeito diferente e não tratava ninguém mal. Seu jeito era antigo.
— E o que você vai fazer comigo? - perguntei.
— No momento eu não sei- ele me estendeu uma maçã- Esperava que fosse a Wendy.
— E o que você faria com ela?
— A matava na frente de Peter.
Isso me deu um calafrio na espinha e eu fiquei andando pelo navio atraindo vários olhares.
Quando ficou de noite Hook me jogou em quarto escuro, essa é a palavra certa: jogou!
Me deitei no chão duro e frio enquanto ele balançava de um lado para o outro.
— Eu vou matar você Sinny- falei sozinha- Depois vou matar aquele seu amigo Peter.
—Não faça isso- me virei e vi o verdadeiro Peter atrás de mim.
— O que está acontecendo Pan?- dei ênfase no Pan
— Primeiro vou tirar você daqui e depois eu te conto o que precisa saber.
Ele abriu a porta e subimos para a parte de cima do navio, onde a única luz que existia era a da lua. Ninguém estava lá.
— Me abraça- ele faloi de repente.
— Que?
— Vamos Jenny abraça meu pescoço.
— Pra que?
Ele era uns 15 centímetros mais alto do que eu. Ele me olhou com uma cara feia e então joguei meus braços ao redor de seu pescoço e ele ficou um tempo me olhando.
— O que é?- perguntei irritada.
— Nada não.
Um segundo depois ele deu um pulo e saiu voando. Voando! Eu gritava e gritava muito. Devia ter acordado todos os piratas do navio, mas quanto eles acordarem já estarei longe.
Peter "pousou" depois de alguns minutos voando ao lado de uma casinha toda feita de planta, com um batente e janelas.
Eu não conseguia falar nada, estava em completo estado de choque.
— Eu fiz essa casa para sua mãe quando ela veio para cá.
— Não espere que eu encare isso normalmente!- falei grossa.
Peter abriu a boca algumas vezes para falar, mas desistiu depois de um tempo.
Entrei na droga da casa feita de planta.
— Sinto muito que isso tenha acontecido Jenny.


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Notas finais do capítulo

por favor amores, comentem



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