Onde Mora o Coração escrita por Annie Felicity


Capítulo 11
Epílogo - parte I - Dia de Ação de Graças


Notas iniciais do capítulo

Bom, gente... primeiramente me desculpem o atraso na postagem, mas é que minha internet estava em manutenção e desde terça, ela estava lenta que eu mal conseguia responder os comentários (alguns inclusive tive que responder duas vezes, já que na primeira não foi e eu acabei perdendo o que havia escrito, mas fazer o que?)

O capítulo final eu dividi em duas partes para dar um pouco mais de suspense, vocês verão pelo final.

Amanhã se tudo der certo, estarei postando.

Agradeço a todas as meninas que estão me apoiando.

Boa leitura!



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Washington — DC, 23 de Novembro de 2015 (Segunda-feira).

Era por volta das 5 da manhã e Hotch se arrumava em frente ao espelho do seu quarto da sua casa em Washington para ir para Quantico. Emily dormia profundamente enrolada nos lençóis. Não demorou muito ela deu por falta do marido.

— Mas já, amor? — perguntou ela se desanimando vendo o marido ajeitando a gravata em frente ao espelho.

— Infelizmente sim, eu também não queria ir — respondeu ele também triste indo em direção a ela e sentando-se na cama.

— Mas apareceu algum caso?

— Não... e tomara que não apareça. Quinta-feira é dia de Ação de Graças e eu prometi para Wendy que se não aparecesse caso, nós três passaríamos o dia juntos.

— Continua prometendo a ela o que não depende da sua vontade? — perguntou Emily o encarando.

— Mas eu deixei claro que se só viria caso não aparecesse um caso, ela já está grandinha e entende isso — respondeu Hotch beijando a esposa. Ela aproveitou e o puxou pela gravata para que ele deitasse com ela.

— Eu não posso, meu amor — disse Hotch sem conseguir parar de beijá-la — eu tenho que ir trabalhar.

— Fica só mais um pouquinho, amor.

— Nós acabamos de chegar de uma viagem em que “aproveitamos” bastante.

— É que não sei quanto tempo vamos ficar sem nos ver. Já pensou se aparecer um caso — falava ela abraçando-o o deitando por cima dele.

— Não faz assim que eu não resisto.

Antes que ele pudesse pensar Emily o beijou. Ele sabia que não podia ficar muito tempo, mas quando sentiu os lábios dela no seu, sua vontade foi de ficar ali, pois agora que começara, queria ir até o fim. Emily já estava sem roupa debaixo dos lençóis, então só teve que puxá-los para que fosse revelado o corpo de sua esposa totalmente nu, ele ficou a admirando e em seguida, com a ajuda de Emily, ele tirou toda sua roupa e deitou-se por cima dela.

— Strauss vai me matar hoje — disse ele lembrando-se do trabalho.

— E não vai valer a pena? — perguntou ela segurando na nuca dele e o beijando.

— Vai sim — respondeu ele voltando a beijá-la ardentemente. Ele explorava cada centímetro do corpo dela e ela fazia o mesmo, ambos estavam totalmente entregues aquele momento de amor e prazer. Quando ele finalmente encaixou seu corpo no dela, ambos se sentiram completos, como se fossem um corpo só. Ele se aprofundava dentro dela em um ritmo frenético e descompassado, ela acompanhava o ritmo sentindo-o dentro de si. Os dois gemiam alto de tanta exultação. Logo chegaram ao prazer juntos.

***

Hotch já descia correndo as escadas para pegar a estrada, quando viu a filha dormindo debruçada no tapete com um livro de bioquímica aberto. Ele se aproximou bruscamente para acordá-la.

— Filha, acorda — dizia ele a cutucando de leve.

— Pai — falava ela se despertando.

— Dormiu aqui, filha? No tapete?

— Eu estava estudando e acabei pegando no sono.

— Vai para seu quarto descansar.

— Na verdade, eu vou ter que ir para a Universidade já — falou levantando-se e ficando rente ao pai.

— E eu tenho que ir ao trabalho, já estou atrasado.

— O senhor vem na quinta?

— Se não aparecer nenhum caso, eu virei sim.

— Pai, é Ação de Graças, o senhor tem que passar com a família.

— Mas infelizmente os serial killers não respeitam essa data.

— Tudo bem, então — falou a garota virando-se novamente para pegar o livro que ficou no chão, quando ele percebeu que ela estava com a camisa do time e o nome que estava estampado atrás: W. Hotchner.

— Wendy, estás usando meu sobrenome? — perguntou ele emocionado.

— Sim, pai — respondeu ela — não gostou?

— Eu adorei... desde que você tinha 15 anos deixou de usar meu sobrenome, usava o da sua mãe.

— Foi uma fase de rebeldia — disse sorrindo.

— Fiquei feliz, mas tenho que ir, estou muito atrasado.

Hotch deu um beijo na testa da filha e pode finalmente sair para viajar.

***

Quantico (Virgínia), 23 de Novembro de 2015 (Segunda-feira).

Toda a equipe estava reunida em Quantico, a exceção de Hotch, que não havia chegado e causava estranheza nos demais, já que ele praticamente “morava” no escritório.

— Ele deve está aproveitando a família — disse Elle — só assim justifica esse atraso.

— Falando na família do Hotch — falou Morgan — e o como anda o processo para que a esposa dele retorne para equipe?

— Eu também não sei, mas Strauss está tratando isso como prioridade — respondeu JJ.

— Dizem que ela é uma ótima analista de perfis — disse Elle — poliglota, além de linda e rica.

— Por isso Hotch se apaixonou por ela — falou Morgan — sorte dele que eu não estava na equipe na época, se não hoje ele não estava casado e Reid estava sem namorada.

— Falando em namorada do Reid, como anda as coisas com Wendy, Spence? — perguntou JJ.

— Eu não tenho falado com ela desde aquele dia no banco — respondeu o rapaz rispidamente.

— Sério? Vocês não trocaram nem telefone? — perguntou Morgan.

— Não — respondeu Reid.

— Mas também, Morgan — disse Elle — você viu a pressão que ele pegou do Hotch naquele dia, o coitado não pode nem se aproximar de Wendy.

— Reid, você foi o herói dela — falou Morgan — as mulheres sempre ficam caidinhas por homens que salvam sua vida... ela estava no papo e você não soube aproveitar.

— Temos algum caso? — perguntou Reid mudando de assunto.

— Não e tomara que não apareça nenhum essa semana — disse JJ — quinta-feira é dia de Ação de Graças e quero passar com Will e Henry.

— Savannah também tem planos — falou Morgan — e eu estou dentro.

— Eu também tenho planos — completou Elle.

— Estou sentindo namorado novo no ar — brincou Morgan.

— Mas é claro que tem — retrucou Elle convencida.

— E você Spence? — perguntou JJ — quais seus planos?

— Que a gente tenha um caso para trabalhar — respondeu prontamente ele.

— Vira essa boca pra lá — disse Elle.

— Não vai visitar sua mãe, Reid? — quis saber Morgan.

— É por isso que quero um caso — respondeu Reid — para não ter que ir a Las Vegas vê-la.

— Reid, é sua mãe — disse JJ.

— Mas que nem se lembra que tem um filho — respondeu ele tristemente.

Todos fizeram cara de desconforto, e não souberam o que dizer a ele. Logo Hotch chegou e mudaram de assunto. Como não havia casos novos, Hotch pediu que a equipe analisassem os casos não resolvidos e verificassem se havia novidades ou algum detalhe que não haviam atentado na época.

***

Washington — DC, 26 de Novembro de 2015 (Quinta-feira).

O dia de Ação de Graças finalmente chegara. Emily preparava o almoço com a ajuda de Wendy.

— Mãe, eu convidei duas amigas da universidade que não conseguiram viajar para onde a família nesse feriado — disse Wendy — Ravena Pierce e Vanessa Woods.

— Vanessa Woods? Por que esse nome não me é estranho? — indagou Emily.

— Dever ser por que é o nome da filha de Ryan Woods de Ohio.

— Então ela é a menina que sobreviveu. Nossa o tempo passa rápido — falou Emily — ela estuda na mesma turma que você?

— Sim. Ela estava sofrendo bullying com as colegas de quarto antigas e agora está dividindo o quarto comigo e com Ravenna no campus.

— É muita coincidência você estudar com ela... o caso dela foi o último que eu e seu pai trabalhamos juntos na BAU, o primeiro dele como chefe.

— Então o pai dela é mesmo um psicopata que matou a família dele toda?

— Ao que tudo indica, foi sim... ele matou outras cinco famílias... e tudo dava a entender que o pai matava a esposa e os filhos e depois se matava. Quando ele se sentiu encurralado, fez o mesmo com a família. Foi muita sorte essa garota ter sobrevivido, ela levou um tiro na cabeça.

— Nossa, gosto nem de pensar nessas coisas.

— E eu não quero que pense.

— Mãe, falando em filhos de psicopata. A senhora falou com a Letícia Bello? — perguntou Wendy.

— Eu conversei com ela por telefone, falei o que Ramona pediu. Ela ficou muito triste com tudo, o melhor de tudo é que ela conseguiu perdoar a mãe.

— Parece que essa história mexeu muito com a senhora.

— Mexeu sim, filha... apesar das maldades dela, eu não consigo deixar de ter empatia por ela... por tudo que ela sofreu como mulher, filha e mãe.

— Isso é por que a senhora tem um coração grande e nele não há espaços para mágoas, ódio e nem rancor. Se todas as pessoas fossem assim, com certeza estaríamos num mundo melhor.

Emily ficou calada, pensando nas palavras da filha.

— O pai vem mesmo? — perguntou Wendy mudando de assunto.

— Espero que sim — respondeu Emily.

***

Quantico (Virgínia), 26 de Novembro de 2015 (Quinta-feira).

Aaron trabalhava com sua equipe, quando sentiu a tensão da equipe. Era nítido que todos estavam na expectativa se surgiria ou não um caso.

— Já são 9:00 hs da manhã e não apareceu um caso — disse Hotch — vocês já podem ir. Eu vou ficar mais um pouco.

Todos se levantaram na mesma hora e saíram, a exceção de Reid que continuou trabalhando.

— Não vai viajar? — perguntou Hotch.

— Não.

— Eu pensei que fosse ver sua mãe em Las Vegas.

— Ela nem lembra que tem um filho — disse Reid magoado — eu estive com ela no último fim de semana. Não foi nada agradável.

— E como vai passar o feriado?

— Acho que vou ficar em casa, lendo alguma coisa.

— Não quer ir lá para casa? — perguntou Hotch.

— Não acho que seja uma boa ideia.

— Reid, é dia de Ação de Graças, não é para ficar em casa sozinho. É para ficar com a família e com os amigos... e outra, Wendy vai gostar de te ver.

— Wendy?

— Sim... eu não queria está te falando isso, mas Wendy sempre pergunta por você.

— Verdade?

— Sim, verdade. Claro que ela só pergunta por que é muito agradecida por você ter salvo a vida dela, é só esse o interesse dela. E sei também que ela adoraria te ver no dia de Ação de Graças... para te agradecer, só isso.

Reid ficou pensativo.

— Bem, o convite foi feito...

— Certo, eu vou.

***

Washington — DC, 26 de Novembro de 2015 (Quinta-feira).

Hotch entrou em casa acompanhado por Reid, a casa estava toda arrumada, mas estava vazia. Ele procurou por toda a casa por alguém, só que não tinha ninguém. Ligou para o celular da esposa, porém este estava na bancada na cozinha. Ligou para o celular de Wendy, mas estava desligado. Hotch foi na garagem e viu que o carro de Emily não estava lá.

— O carro não está na garagem — disse Hotch voltando para sala.

— Ele tem GPS? — perguntou Reid.

— Tem sim, eu vou ligar o computador para verificar a localização dele — respondeu Hotch.

Quando Hotch subia às escadas seu celular tocou, era um número desconhecido.

— Agente Hotchner — disse atendendo o celular.

— Pai.

— Wendy, onde vocês estão? Estou preocupado.

— Estou no hospital com a mamãe...

— Aconteceu alguma coisa com sua mãe? — perguntou preocupado.

— Sim, mas acho melhor o senhor vir para cá logo...


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Notas finais do capítulo

O que vocês acham que aconteceu com Emily?

Espero vocês amanhã , se tudo der certo.

Beijão e até mais!



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