Onde Mora o Coração escrita por Annie Felicity


Capítulo 12
Epílogo - parte II - Agradecimentos (Final)


Notas iniciais do capítulo

Ah meninas, agradeço por terem esperado pacientemente, mas devido a chikungunya, eu não conseguia digitar nada.

Como eu falei, esse capítulo é só um bônus, mas eu deixei algumas coisas nas entrelinhas para uma futura fanfic que pretendo fazer, iniciando até o mês de junho.

Boa leitura!!



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Quem acolhe um benefício com gratidão, paga a primeira prestação da sua dívida.

(Sêneca)

 

Washington — DC, 26 de Novembro de 2015 (Quinta-feira).

— Wendy me conte logo o que aconteceu — exigiu Hotch — sua mãe deixou o celular em casa e eu liguei para o seu e deu caixa postal.

— É que saímos muito apressada daí — respondeu Wendy — e meu celular descarregou, estou ligando do celular de uma amiga... mas venha logo, pai. Não dar para falar por telefone, aqui a gente te explica tudo.

— Wendy.. é algo grave?

— Por favor, pai, não faça mais perguntas... venha logo.

— Certo. Estou indo agora — concordou Hotch mesmo contrariado.

Hotch desligou o telefone e ficou de pé parado. Reid estava na frente dele.

— Elas estão no hospital — disse Hotch.

— Aconteceu alguma coisa? — perguntou Reid preocupado.

— Wendy não quis dizer por telefone, vamos agora para o hospital.

— Vamos — concordou Reid.

E imediatamente ambos saíram apressados. Hotch dirigia o carro, a vantagem de ser feriado, era que as ruas estavam praticamente vazias, sem engarrafamento. O chefe da BAU dirigia preocupado e pouco interagiu com Reid durante o percurso e o rapaz também respeitou o espaço dele. Não demorou muito chegaram ao hospital. Na recepção pediu informações e foi correndo falar com o médico que atendera sua esposa.

Quando Hotch estava no caminho acompanhado de Reid, ele viu Ravenna Pierce, e a reconheceu, sempre a via quase todos os fins de semana na sua casa. Com ela, estava Vanessa Woods, mas ele não a conhecia. Ela jovem garota, loira, mas com a aparência extremamente nerd, cabelos presos em rabo de cavalo, um vestido até os joelhos floridos, com um casaco de linho branco por cima, óculos “fundo de garrafa”.

— Senhorita Pierce, onde está Wendy e Emily? — perguntou Hotch.

— Elas estão no quarto — respondeu prontamente a garota — o médico que a atendeu é aquele ali — disse apontando para o senhor de aparentemente 40 anos, cabelos grisalhos, estatura mediana e de boa aparência.

Hotch queria fazer mais perguntas e entender o que estava acontecendo, mas ver Emily era sua prioridade naquele momento. Logo ele foi encaminhado para o quarto de Emily. Reid ficou na sala de espera com as duas garotas. Os três sentaram-se lado a lado. Ravena ficou entre os dois.

— Ravena Pierce — disse ela estendendo a mão para ele se apresentando.

— Doutor Spencer Reid — respondeu ele segurando a mão dela.

— Ah... Doutor Spencer Reid, o famoso... — antes que Ravena pudesse completar a frase, Vanessa deu uma cotovelada nela — aiii...

— Famoso? — estranhou Reid.

— É — disse Vanessa nervosa tentando disfarçar — não foi você que salvou Wendy há mais ou menos três meses?

— Na verdade foi um trabalho em equipe que a salvou — respondeu o rapaz firme — todos cooperaram.

— É, mas para Wendy... — mais uma vez Ravena foi interrompida pela cotovelada de Vanessa — aiiii...

— Algum problema? — perguntou Reid desconfiado.

— Não... nada — respondeu Vanessa.

***

Hotch assim que se identificou, logo foi levado para o quarto de Emily. Ela estava deitada e Wendy sentada numa cadeira ao seu lado e de costas para a porta. Apesar de parecer fraca e está com a aparência pálida, o semblante dela era de quem estava feliz.

— Aaron! — disse Emily abrindo um sorriso ao vê-lo.

— Pai — falou Wendy virando-se e em seguida levantando-se para abraçá-lo.

— Alguém pode me explicar o que está acontecendo? — perguntou Hotch preocupado.

— Acho melhor a mamãe dizer — respondeu Wendy desfazendo o abraço e mostrando um sorriso.

Hotch olhou sério para Wendy estranhando a alegria da filha. Ele olhou para esposa que também esboçava um sorriso. Começou a ficar desconfiado e mil e uma possibilidades passavam pela sua cabeça.

— Senta aqui, amor — pediu Emily mostrando o lado da cama oposto ao que Wendy estava. Ele ainda em choque e foi vagarosamente foi sentando ao lado da esposa.

— O que está acontecendo? — perguntou já desconfiado — me falem tudo.

— Bem, eu estava com Wendy já concluindo a preparação do almoço de Ação de Graças e comecei a me sentir mal...

— O que você sentiu? — perguntou Hotch interrompendo a esposa. Ele demonstrava estar preocupado e amo mesmo tempo curioso.

— Eu já estava enjoada o dia todo, mas não imaginava o motivo... até que comecei a me sentir tonta e acabei desmaiando, o resto é Wendy quem sabe.

— Então — disse Wendy como se fizesse um suspense — isso aconteceu bem na hora que Ravena e Vanessa chegaram. Então elas me ajudaram a levar mamãe para o carro. E nós a trouxemos...

— Até agora vocês não me disseram o que houve — disse Hotch preocupado interrompendo a filha.

— Pai... — falou Wendy sorrindo e em seguida olhou para a mãe que a encarou também rindo — diz a senhora, mãe.

— Meu amor... eu estou grávida!

— Que? — indagou Hotch perplexo, a ficha ainda não tinha caído. Então ele ficou de boca aberta tentando tentar assimilar a notícia.

— Diz alguma coisa, meu amor — pediu Emily.

— Um filho? — perguntou ainda em choque.

— Não gostou, meu amor? — perguntou Emily estranhando a reação do marido.

— Eu adorei — disse finalmente deixando transparecer a emoção. Então ele se virou para esposa e a abraçou — que notícia melhor eu poderia ter — falava enquanto acariciava a barriga dela — outro filho da mulher que eu amo.

— Quem bom que ficou feliz — disse Emily emocionada.

— Nada melhor do que uma notícia dessa no dia de Ação de Graças — disse Wendy também emocionada.

— Quando vamos para casa? — perguntou Hotch,

— Somente amanhã — respondeu Wendy — como a gravidez é de três semanas, o médico achou melhor ela ficar em observação. Então nosso dia de ação de graças vai ser aqui no hospital mesmo.

— E suas amigas? — perguntou Hotch — elas vieram para o almoço.

— Bem, eu havia prometido para a mãe que quando o senhor chegasse, eu iria com as meninas em casa pegar aquela comida toda e doar para algum abrigo e depois elas iam para uma festa no campus — a garota já se levantava para sair quando o pai a chamou.

— Wendy, o Reid está lá fora — disse Hotch deixando a garota nervosa só de ouvir o nome do rapaz — leve ele com vocês.

— Spencer? O que ele faz aqui?

— Eu o convidei para que ela não passasse o feriado sozinho.

— Entendo, eu vou levá-lo sim — respondeu ela ainda um pouco nervosa — eu já vou.

Em seguida a garota saiu do quarto.

— O que foi amor? Está querendo juntar os dois?

— Não, isso está efetivamente fora de questão — disse Hotch firme — eu só não queria que ele passasse o dia de Ação de Graças sozinho.

— Eu te conheço, Aaron Hotchner — falou Emily — você gosta do rapaz, sabe que seria ótimo se Wendy ficasse com ele, mas seu ciúmes te cega.

— Eu não me acostumo vê-la tão grande — disse Hotch — para mim ela ainda é a minha criança.

— Não se preocupe tanto com Wendy, ela tem muito juízo... mais do que a gente tinha na idade dela — falou Emily rindo percebendo que o marido já sabia o final da frase — e eu acho que ela gosta desse rapaz.

— Ela te disse alguma coisa?

— Não, mas eu li nas entrelinhas.

— Não sei, ela é tão reservada, parece que esconde alguma coisa — disse Hotch pensativo — tenho medo que alguém a faça sofrer e ela não compartilhe isso com a gente.

— Aaron — falou Emily receosa — eu sei que falhei com minha filha durante toda a vida dela, mas eu não vou mais errar. Eu estou mais atenta e não vou deixar mais que nenhum mal aconteça a ela e nem ao bebê que está vindo.

— Não se cobre tanto, meu amor, você sabe que não dar para controlar tudo, que algumas coisas fogem ao controle da gente. Nós somos pais, mas também somos humanos.

Hotch abraçou a esposa a consolando.

***

Wendy chegava na sala de espera, onde Reid conversava com Ravena e Vanessa. Os três continuavam sentados. Ele apesar de estar um pouco tímido, parecia bem à vontade com elas.

— Spencer — disse Wendy assim que chegou. Ele a olhou sorrindo timidamente — tudo bem? — ela estendeu a mão para ele.

— Wendy — ele levantou-se ficando rente a ela e segurou a mão dela. O coração dos dois batiam aceleradamente. Vanessa e Ravena se entreolhavam, percebendo o clima que havia se instaurado.

— Tudo bem com você? — perguntou novamente ela ainda segurando a mão dele — nunca mais tinha te visto.

— Tenho trabalhado muito — respondeu ele sem jeito.

— Se for o tanto que meu pai trabalha, está desculpado — falou Wendy. Os dois riram, mas continuaram segurando um a mão do outro.

— Wendy, estávamos esperando você voltar para irmos embora — disse Vanessa.

— Mas por que? — quis saber Wendy.

— O Craig me ligou dizendo que vai ter uma festa lá no campus — falou Vanessa pausadamente — eu vou com Ravena, já que você está ocupada com sua mãe.

Wendy estranhou já que elas já sabiam da festa, mas entendeu que talvez as duas quisessem a deixar a sós com Reid.

— Mas vocês vão de que? — perguntou Wendy — se esperarem um pouco, vou deixá-las.

— Não precisa, a gente vai de táxi.

— Ah, meninas... me desculpem — pediu Wendy finalmente soltando a mão de Reid — eu queria que hoje o dia tivesse sido especial para a gente.

— Mas foi — retrucou Vanessa — ver uma família como a sua me deixou encantada... você tem muita sorte de ter um pai e uma mãe tão amorosos, e ainda vai ter um irmãozinho agora. É tudo perfeito.

— Obrigada, Nessa! — disse Wendy a abraçando — feliz dia de Ação de Graças...

— Pra você também — respondeu Vanessa — como hoje é dia de Ação de Graças, eu dou por ter te conhecido e ter você na minha vida. Você não tem noção do que sua amizade significa para mim.

— Eu também — as duas novamente se abraçaram.

— Hey, eu estou aqui! — disse Ravena. Vanessa a puxou para um abraço triplo.

— Tchau, meninas — falou Wendy enquanto as meninas saiam — e mais uma vez desculpa qualquer coisa.

Reid e Wendy ficaram parados lado a lado, calados após as meninas saírem.

— Eu acho que já vou também — disse Spencer.

— Espere — pediu Wendy o encarando — eu pensei que fosse ficar aqui comigo.

— E eu achei que fosse ficar com seus pais...

— É que eu e minha mãe fizemos o almoço, tem muita comida e para não estragar pensei em doar para algum abrigo ou para os sem-teto, mas não queria ir sozinha. E pensei que talvez quisesse ir comigo.

— Certo, eu vou com você.

Ambos saíram do hospital e foram para o estacionamento pegar o carro de Emily. Os dois mal se falavam, não que não quisessem um companhia do outro, mas é que não sabiam direito o que falar. Wendy dirigia o carro, quando resolveu quebrar o silêncio.

— E Philip?

— O que? — perguntou Reid sem entender aonde a garota queria chegar.

— Meu ex-padrasto, Philip... vai ser condenado mesmo?

— Por que tocar neste assunto agora?

— Eu quero muito que ele pague por tudo que fez, mas tenho coragem de tocar no assunto com minha mãe ou meu pai, por isso estou te perguntando. Não sei se terei outra oportunidade de te perguntar.

— Bem, se Jason Cutt depor contra ele, com certeza será condenado a pena máxima, ou seja, a pena de morte.

— Mas se Jason não depor?

— Um bom advogado pode conseguir uma redução considerável da pena... mas acredito na condenação.

— Então, ele ainda pode sair impune? — perguntou Wendy irritada.

— Não diria impune, mas com uma pena menor — Reid a olhou e percebeu a irritação dela — odeia tanto assim Phillip?

— Sim. Ele despertou em mim as piores coisas e os piores sentimentos que alguém pode ter...

— Mas você foi forte, conseguiu se desvencilhar de tudo e hoje está com sua família, você está bem...

— Não, não estou... eu não consigo ter paz comigo mesma. Talvez castigá-lo nem adiante de nada, talvez eu que devesse ser castigada — Wendy falava como se dissesse coisa com coisa, até que fez uma pausa — na verdade, eu nem entendo o porquê de estar compartilhando isso com você, eu não falo essas coisas nem para minha mãe...

Antes que eles pudessem concluir a conversa chegaram na casa dela. Ela usou o controle para abrir o portão da garagem. E logo entraram. Eles colocaram a comida em depósitos, puseram os depósitos em sacolas e depois levaram para o carro. Quando retornaram ao carro, Wendy continuou.

— Eu sou uma pessoa má — disse Wendy respirando fundo enquanto tirava o carro da garagem.

— Má? Você está com sua mãe no hospital e mesmo assim ainda se preocupa com pessoas que não tem o que comer hoje...

— Eu nem sempre fui assim — respondeu ela como se falasse para si mesma.

— O que você esconde? Agora eu vejo uma tristeza nos seus olhos.

— Eu não posso contar, mas eu já cometi muitos erros, erros que eu sinto vergonha, entende?

— Entendo e tudo bem se prefere não falar... não quero te forçar a falar o que não quer. Só que a vida é feita de muitos erros e poucos acertos, e para se chegar aos resultados esperados, haverá muitas tentativas frustradas e isso é da vida. Porém um conselho que posso te dar é: faça o que você acredita ser certo, mesmo que contrarie os outros, siga seu coração e durma certo que se fez algo errado foi uma escolha sua. O que não pode é você viver na mesmice, com medo de errar novamente!

— Eu agradeço. Você é maravilhoso, sempre dizendo palavras doces.

— Eu não sei dizer palavras doces, se estou dizendo, é por que você está as trazendo para fora de mim.

— Espero que isso seja uma coisa boa — falou Wendy mais calma — e sua família?

— O que tem minha família?

— Vixi... respondeu com outra pergunta!!

— Digo... o que quer saber deles?

— Por que não está com eles hoje?

— Eu não tenho família, na verdade eu só tenho a minha mãe em Las Vegas.

— Desculpe se pareço está me intrometendo demais, mas por que não está com ela hoje?

— Ela sofre de esquizofrenia paranoica e nem lembra que tem um filho — respondeu ele tristemente.

— Eu sinto muito por ter tocado no assunto, eu não queria...

— Não tem problema — retrucou Reid a interrompendo.

O silêncio novamente tomou conta do ambiente. Depois de rodarem um pouco a cidade distribuindo a comida, eles voltaram para o hospital.

***

— Já pensou se quer menino ou menina? — perguntou Emily, enquanto Hotch continuava acariciar a barriga dela.

— Eu sempre quis um menino, a vida toda eu sonhei com isso... mas quando Wendy veio, eu vi que pouco importava o sexo do bebê e eu a amei tanto e esse amor só vem crescendo com o decorrer do tempo. Então tanto faz!

Nesse momento Wendy entrou com Reid, que ficou na porta.

— Estamos atrapalhando alguma coisa? — perguntou Wendy.

— Não, filha — respondeu Emily — estávamos falando do sexo do bebê.

— Olha, vou logo dizendo Senhor Hotchner — disse Wendy brincando — se vier outra menina a culpa é sua, quem define o sexo é o homem. Isso é cientificamente comprovado.

— E pensar que antigamente mulheres eram largadas por que o marido colocava a culpa nela por não ter dado a ele o tão esperado filho homem — falou Emily entrando na brincadeira.

— Como foi a ação de graças que vocês fizeram? — perguntou Hotch.

— Foi bom — respondeu Wendy sem muita emoção.

— Não gostou, filha? — quis saber Emily.

— Não é bom ver pessoas passando necessidades...

— Mas você não foi para lá suprir isso? — perguntou Hotch.

— Hoje, não é verdade? E o restante do ano?

— Acredite, o que você fez é muito mais do que o que maioria faz — retrucou Hotch.

— Mas mesmo assim é pouco, não é o suficiente.

Nessa hora o médico entrou.

— Bom já está na hora de deixar a paciente descansar um pouco — falou o médico.

— Hoje é dia de ação de graças, deixa a gente fazer os agradecimentos primeiro — pediu Wendy.

— Tudo bem, mas o façam rápido. Afinal, ela precisa descansar para que fique tudo bem com ela e com o bebê.

O médico saiu, os deixando a sós.

— Se aproxime, querido — pediu Emily vendo Spencer longe. Ele foi se aproximando devagar.

— Eu não quero atrapalhar, Senhora Hotchner — falou o rapaz.

— Você não vai atrapalhar, e pode me chamar de Emily.

Wendy e Reid ficaram sentados do lado esquerdo de Emily e Hotch ficou do lado direito.

— Eu posso começar? — pediu Wendy.

— Claro, filha — disse Emily.

— Bem, eu quero agradecer por esse ano, que apesar de ter começado muito mal, vai terminar muito bem, pois meus pais estão juntos novamente. E vocês não sabem o quanto isso me faz feliz, não somente por querer meus pais juntos, mas por que eu vejo que vocês dois ainda se amam muito, mesmo tendo passado 10 anos separados. E queria dizer que vocês são os melhores pais do mundo. Sou e serei eternamente grata por tudo que vocês dedicaram a mim. Eu tenho muito orgulho de ser filha de vocês e muita admiração pelos pais que tenho. Obrigado por tudo — Wendy respirou fundo e continuou — pai, e eu queria aproveitar a oportunidade e te pedir perdão por todos esses anos não compreender a importância do seu trabalho...

— Não precisa, filha — disse Hotch.

— Por favor, pai — pediu Wendy — depois que passei por aquela situação toda... de ter sido sequestrada, eu entendi o porquê o senhor faz isso. O senhor além de salvar vidas, dar conforto para as famílias que perderam entes queridos, ajudando-as a pôr um ponto final, colocando assassinos na cadeia. E eu queria que me desculpasse por ter sido egoísta todos esses anos. Pois sempre que o senhor se fez presente na minha vida, você foi maravilhoso e tem sido assim até hoje. Desculpa ter demorado 18 anos para entender isso.

Hotch segurou as mãos da filha emocionado e as colocou sobre as de Emily.

— Vocês são as pessoas mais importantes da minha vida, eu quero que saibam disso... — completou Hotch.

— Quer agradecer também? — perguntou Emily para Spencer.

— Pode falar, Spencer — pediu Wendy segurando a mão dele percebendo a timidez do rapaz.

— Eu... é — falava ele como se procurasse as palavras — eu agradeço por estar vivo, pela vida da minha mãe... de cada membro da BAU e de suas respectivas famílias, por estar aqui hoje. Pelo convite que recebi... e que apesar de estar no hospital, estou feliz, por não está sozinho.

Os três olharam para Reid com ternura.

— Bom — começou Emily — eu agradeço pela vida do meu marido, pelo homem bom que ele é e que acima de tudo me ama... pela vida da minha querida filha, que tem sido a razão da meu viver há 18 anos, pela vida do meu bebê que está vindo, que ele venha com saúde e seja recebido com muito amor e pela vida do Reid, que está conosco aqui hoje. E que sempre haja essa harmonia entre a gente.

— Sua vez, papai — pediu Wendy.

— Agradeço pela vida de cada membro da minha equipe, que a gente sempre permaneça unidos. Nosso trabalho não tem sido fácil, mas os resultados tem sido muito satisfatórios. Pela vida das mulheres da minha vida e do meu bebê — Hotch acariciou a barriga da esposa — vocês são o que de mais importante eu tenho, apesar de todos os empecilhos que passamos, estamos aqui hoje, unidos — Hotch ficou por alguns segundos sem palavras — eu queria saber expressar mais o tamanho da minha gratidão pela vida de vocês, mas algumas coisas não podem ser vistas ou faladas, somente sentidas... sentidas dentro do coração. Hoje vocês alegraram meu dia e o fez ser o mais especial da minha vida.

Emily e Wendy choravam emocionadas, enquanto Reid o olhava satisfeito, enquanto Hotch tentava conter as lágrimas.

Nas nossas vidas diárias, devemos ver que não é a felicidade que nos faz agradecidos, mas a gratidão é que nos faz felizes.

(Albert Clarke)


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Notas finais do capítulo

Obrigada mais uma vez a quem acompanhou essa fic, espero que tenham curtido de verdade. Eu recebi comentários lindos e me desculpem se respondi a altura, mas esse últimos dias não foi fácil para mim. E que qualquer coisa estou à disposição no site, no twitter... etc.

Beijão e até a próxima fanfic!!

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Editado em 17/07/2016:

Se leu até aqui e gostou, acompanhe a continuação: https://fanfiction.com.br/historia/700470/Dust_in_the_Wind/



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