Para Sempre escrita por Srta Taques


Capítulo 13
Capítulo 13 – Amigos(as)?


Notas iniciais do capítulo

Ooooi gente, antes de vocês lerem o capítulo, queria agradecer de coração todos os comentários, os acompanhamentos e as visualizações! Desculpa não respondê-los, vou tentar fazer tudo hoje... Desculpem o atraso, essa semana eu tive a ideia de uma FIC nova e pra não perder a história em si por causa dessa, tive que escrever sinopse, capa, tudo provisório!
Agora fiquem com o capítulo, prometo que agora (nos próximos capítulos) as coisas vão andar como deviam rsrs. Boa leitura.



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Manuela Agnes.

A Isabela voltou para a sorveteria e todos comemoraram. Ela sentou ao lado do Téo, e os dois ficaram conversando baixinho. O Matheus estava sentado também, mas com uma expressão de envergonhado. Eu de vez em quando olhava para o Joaquim, ele também olhava, mas eu não podia dizer nada.

Eu o amava demais... Só não podia decepcionar quem sempre foi apaixonada por ele.

Eu saí da sorveteria e fiquei do lado de fora, a minha mãe perguntou onde eu iria e disse que iria ali fora tomar um ar, ela concordou com a cabeça e eu saí. Uns minutos depois, o Joaquim apareceu do meu lado.

— A sua mãe é muito bonita. — Ele sentou ao meu lado, colocando o braço por atrás do banco. — Já sei de onde vem tanta beleza sua...

— Joaquim, não começa...

— Começar o que?! Eu só elogiei a sua mãe.

— Hm, sei...

— Você era linda de Isabela, mas com essas roupas... Você é muito mais! — Ele sorriu. — Não desfazendo do estilo da sua irmã, é claro.

— Olha Joaquim...

— Eu sei que eu preciso conversar com a Priscila, só queria que soubesse que eu me apaixonei por você Manu, por esse seu jeitinho, e não pela aparência da Isabela. — Ele beijou meu rosto e saiu.

Já estava ficando tarde, o dia seguinte seria de grandes novidades. A banda já tinha ido embora, o Matheus e a Dóris estavam cansados, mas o Matheus estava bem perto da Isabela, como se quisesse falar alguma coisa, o Téo estava caindo de sono... Então eu e a Isabela fomos para casa, tomamos um banho e comemos um sanduíche.

Minha mãe chegou com o Otávio com um colchão inflável, ele o colocou no chão da sala.

— Para que esse colchão, mãe? — Perguntei.

— Pra alguém dormir, né Manuela... — Isabela respondeu. — Para ser mais específica, para eu dormir!

— Nada disso Isabela, as duas vão dormir no quarto e eu me ajeito aqui na sala.

— Mas... — Isabela estava insistindo.

— Mas nada Isabela, você vai dormir no quarto com a Manuela e eu aqui na sala por um tempo, depois do casamento nós vamos reformar a casa e vai ficar tudo nos conformes. — Ela colocou o travesseiro no sofá e beijou o rosto da Isabela, em seguida o meu. — Agora as duas para a cama, amanhã vocês tem aula!

— Boa noite mãe, boa noite Otávio. — Nós retribuímos o beijo.

— Boa noite, meninas...

Rebeca Agnes.

Elas fecharam a porta, o relógio marcava 21h55, em seguida apagaram a luz, acho que foram dormir, ou estão cochichando...

— Que dia hein... — Otávio riu. — Como está se sentindo?

— Estranha.

 — Não sabia de nenhuma mãe que tivesse gêmeas de um dia para o outro, agora conheço você! — Ele riu e eu cruzei os braços.

— Para, Otávio... Nunca imaginei que eu podia ter tido gêmeas! Eu queria muito, mas quando a Manuela nasceu e não veio a outra criança eu me conformei, naquela época podiam se enganar, o tamanho da barriga variava muito! E hoje eu acordo, ou melhor, durmo com a Isabela aqui...

— Ela é uma criança, treze anos... E passar por tudo o que ela passou em silêncio, não deve ter sido fácil. — Otávio disse, meio sério.

— Tem a Manuela também, que ficou longe de mim, viveu ameaçada por tanto tempo... Essa mulher estragou a vida delas! E agora, me diz? A Manuela aparentemente está bem, mas a Isabela...

— Acho que você não devia se preocupar tanto.

— Elas são minhas filhas, é meu dever...

— Não foi isso que eu quis dizer. A Isabela esteve aqui o tempo inteiro, se passando pela Manuela e acreditando que você a tinha abandonado, acho que você devia dar um tempo a ela. Os medos com o tempo vão passar, você vai ver.

— Não sei, não...

— Confia em mim. Daqui alguns dias elas já estão no meio das confusões de novo! — Me deu um beijo e levantou-se. — Vou indo, senão só chego na cidade amanhã!

— Tchau!

Pus o travesseiro no colchão e estendi a coberta. Abri a porta e observei as duas dormindo, entrei no quarto e beijei a testa da Manuela, e depois a da Isabela, e saí do quarto, fechando a porta.

Deitei no colchão e virei para o lado. Suspirei fundo e fechei os olhos.

Manuela Agnes.

No dia seguinte nós levantamos bem cedinho, umas seis horas da manhã, tomamos banho e comemos o café da manhã. Eu e a Isabela estávamos com o uniforme da escola, ela com as mechas e a fita de cabelo na testa, e eu com a fita no cabelo mesmo, os acessórios dela estavam todos na mansão, que tinha sido “fechada” pela polícia, pois estavam coletando qualquer tipo de prova que encontrassem por lá. O tio Raul disse que só poderíamos entrar lá daqui uns três dias, então não tinha como entrar lá, assim como nada podia sair de lá também.

Nossa mãe sentou na ponta da mesa, colocando sua bolsa atrás da cadeira. Sorriu aos nos ver e se serviu. Nós conversamos, e uns dez minutos depois ela se levanta e diz:

— Vamos, marquei com a diretora cedo e nós já estamos em cima da hora! — Ela disse, colocando a bolsa em seu braço.

Eu e a Isabela pegamos a mochila e saímos.

Dentro da escola, pude lembrar como ela era bonita. Fazia tanto tempo que não pisava nela, já tinha até esquecido como ela era! A diretora nos recepcionou.  Minha mãe já tinha adiantado o assunto pelo telefone, então ela já sabia de nós duas. Nós entramos na sala, eu e a Isabela ficamos de pé, enquanto a minha mãe tirava uns documentos da bolsa.

Ela entregou os nossos documentos para a diretora, a Isabela já estava matriculada e só precisava arrumar os documentos com o nome dos pais, pois estavam com o nome da Regina e do Orlando.

Assim que a conversa terminou, nós saímos da sala e sentamos em um dos bancos do lado de fora da escola, a Isabela parecia bastante tensa. Algumas crianças que passavam ficavam confusas, mas nos cumprimentavam normalmente.

— Duas Manuelas? — Um menino estava na nossa frente. — Não me digam que além de idênticas, tem o mesmo nome.

— Ela é a Isabela, é a que esteve no Vilarejo durante todo esse tempo. — Levantei sem jeito, e ele beijou meu rosto.

— Oi. — Ele sorriu. — Prazer em conhecer você, Manuela. Meu nome é Omar. Filho do dono do haras.

— Sai fora, tenha vergonha na cara! Para de dar em cima da minha irmã!

— Ui, nervosinha... Nem ela e nem você fazem o meu tipo, se liga trouxa.

— Acho bom mesmo, agora vaza daqui! — Isabela o encarou e cruzou os braços, ele riu e entrou para dentro da escola.

— Credo Isa, acho que você exagerou. Ele não estava dando em cima de mim não! Ele só foi gentil.

— Gentil? O Omar nunca teve um toque de delicadeza, não vai ser agora, COM VOCÊ aqui no Vilarejo, que ele vai mudar. — Ela sentou-se, e cruzou os braços. — E sem falar que a senhorita já tem um partido, e vamos combinar que é muito gato, nossa senhora!

— O Joaquim não é meu namorado, e provavelmente nem vai ser.

— Você também, Manuela...

— O que foi?! — Perguntei, sem entender o que ela estava se referindo.

— O Joaquim foi a primeira pessoa a saber de você, ele entrou nessa história maluca por vontade. Desde o primeiro dia que você pisou naquela gravadora, ele só teve olhos pra você. Por que quando eu estava, ele nem entendia muito. O Joaquim tentou te tirar da mansão três vezes, e da última ele levou um tiro e quase morreu. Poxa Manuela, para de pensar nos outros um pouco e pensa em você!

— Mas a Priscila...

— A Priscila sempre te fez mal! Ela sempre quis roubar o seu lugar na banda! E pouco me importa no que ela achava no que ela acreditava!

— A Priscila sofreu muito, não tinha o amor de ninguém, nem da mãe.

— E você Manuela? Ficou trancafiada em um quarto, ia do quarto pra gravadora e da gravadora pro quarto. Ficou dois anos afastada da sua família, sofreu ameaças e o negócio a quatro, e nem por isso prejudicou alguém da banda né. Já a loira...

— Você está sendo injusta!

— Tudo bem, Manuela. Não vou discutir com você, mas não deixa ele escapar, acho que só você sabe o quanto ele te fez feliz né... Com licença.

Ela sorriu, baixou a cabeça e entrou para dentro da escola. Nunca pensei que a Isa fosse falar comigo daquele jeito, e por causa de menino!

Mas o pior era que ela tinha razão...

Isabela Junqueira.

Arrumei meu cabelo, enrolei-o e coloquei para o lado e o segurei com uma mão, e a outra apertou no bebedouro. Tomei um pouco de água e depois puxei duas folhas de papel que tinha ali e sequei a boca, quando alguém toca em meu ombro.

— Isabela. — Virei-me, e ao ver a pessoa, revirei os olhos e caminhei adiante, a pessoa continuava a me cutucar. — Fala!

— Eu queria conversar com você. — Era o Matheus.

— Mas eu não tenho nada para falar com você, fofo.

— Olha Isabela, eu sei que eu errei. — Suspirei fundo e ouvi tudo que ele tinha a dizer. — Na verdade não tinha noção do que tinha acontecido, mas a Manuela sempre foi minha amiga e quando eu soube disso tudo eu estourei, desculpa se eu te machuquei, se eu te feri ou algo do tipo. Eu só queria entender a história direito e acabei fazendo uma burrada.

— Eu te desculpo sim, mas da próxima vez tenta pegar mais leve, você machucou meu braço... — Passei a mão na área que ele tinha machucado e ri.

— Foi mal. — Ele estendeu a mão. — Amigos?

— Aham. — Sorri e o abracei. — Cadê o Téo?

— Lá fora com a Manu.

O sinal tocou e todos entraram na sala. A Manuela estava na nossa turma, a diretora disse que daria uma chance a ela se fosse bem em uma prova que daria a ela na semana que vem, já que ela passou bom tempo sem frequentar a escola.

Manuela Agnes.

Durante toda a aula, eu fiquei pensando no que a Isa tinha me dito, eu não conseguia prestar atenção na aula, que de alguma forma, nem tinham muito conteúdo, pois a turma só queria saber do que tinha acontecido comigo e da onde surgiu a Isabela, e ela explicou tudo, porque quando eu percebi que estavam falando da gente, ela já tinha terminado.

A aula já tinha acabado e eu decidi ir para casa. A imprensa já estava do lado de fora, fazendo perguntas, gravando ao vivo, isso era tudo o que eu não precisava.

— Ei, menina! Manuela... Isabela?!

— Manuela. — Disse com uma voz seca, abrindo o portão de forma delicada para eles não invadirem. — Com licença.

— Manuela, por favor! Dê um depoimento! Como foi se passar pela irmã gêmea? Você tinha contato com ela? Como foi?!

— Olha, eu não estou com cabeça para falar com ninguém. Se quiserem, marquem com o pessoal da gravadora uma entrevista, obrigadinha.

Entrei dentro de casa, e joguei a mochila no sofá. Quando ouço a porta da geladeira fechar, eu olho para trás e vejo a Priscila.

— Priscila?! O que você está fazendo aqui?

— Oi Manu. — Ela sorriu. — Eu queria falar com você...

— Se for sobre o Joaquim, não precisa. Tem o caminho livre!

— Não adianta você ceder, e ele continuar pensando em você. — Priscila sentou-se no sofá e continuou a falar. — Eu que tenho que abrir mão disso. Eu não vou ganhar muita coisa com isso, já você sim.

— Priscila, meninos são meninos! Eles esquecem rápido, o Joaquim vai te amar.... Assim como ele me ama.

— NÃO! — Ela esbravejou. — Você está sofrendo, eu sei disso!

— O que você quer dizer com isso?

— Eu sempre gostei do Joaquim, mas não da maneira como você. Eu considerava ele um grande amigo, apesar dele só ter olhos pra você. Você sempre conseguia tudo de uma maneira super simples! Eu queria ganhar UMA coisa de você, e já que eu gostava do Joaquim... E eu estava conseguindo, aos poucos com a ajuda da Regina, só que quando eu vi onde eu tinha me metido, não sabia como sair, aí você já estava sofrendo demais, não cantava direito, sempre vinha com a voz seca. Eu não amo o Joaquim! Assim como o romance foi, os meus sentimentos por ele também são falsos! — Ela se acalmou. — Por favor, deixa o Joaquim fazer parte da sua vida!

— Você tá falando sério?!

Ela balançou a cabeça e sorriu, eu também. Ela me abraçou e eu fiquei com os braços esticados, só depois que eu a abracei de volta.

— Olha, para esquecer toda essa história... Que tal a gente virar amigas?

— Acho uma ótima ideia!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, até o próximo. Se alguém ficou curioso, a FIC é Manuquim também, é um pouco diferente rs. Não sei se vou postar junto com essa ou terminar essa e depois postar a outra, mas eu não vou abandonar a FIC não!! Até mais, não esqueçam de comentar!



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