Para Sempre escrita por Srta Taques


Capítulo 12
Capítulo 12 — Eu preciso de você


Notas iniciais do capítulo

Oláaaa, desculpem a demora, eu espero que gostem, como eu disse essa fase vai falar mais de amizade e etc, boa leitura!1



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Música para acompanhar.

Isabela Junqueira.

Isabela! — Ela gritou o meu nome e pôs e uniu as duas mãos e fez uma expressão de alívio. — Filha! — Ela correu até mim e me envolveu em seu abraço. — Eu estava muito preocupada com você!

— Estava? — Perguntei no automático e me desfiz do abraço. — Foi mal...

— Tudo bem, não tem problema. — Ela sorriu. — Vamos para o quarto? Eu quero conversar com você, e lá a gente fica mais a vontade...

— Aham. — Balancei a cabeça e fomos para o quarto.

Ao entrar, procurei ficar de costas para a Rebeca. Então, fiquei na frente do espelho e na cômoda que havia ali, onde estava apoiado meus braços, tinha um retrato dela e da Manuela, eu peguei e passei os dedos nele.

— Eu percebi que você estava meio afastada, parecia com medo... Depois saiu correndo sem falar nada com ninguém... É alguma coisa comigo?! — A olhei pelo espelho. — Em Isa? — Ela insistia na pergunta.

— Você não ia entender, é uma história muito...

— Triste?! — Ela pôs as mãos em meus ombros e massageou-os.

— Como você sabe?! — Virei-me assustada. — A Manu já te contou né...

— Eu presumi, filha. Ninguém me contou nada! — Ela pegou em minha mão e me levou até a cama, onde sentamos. — Queria ouvir de você...

Baixei a cabeça. Ela pegou em minha mão de novo.

— Eu achava que eu tinha uma vida normal, sabe... Eu era rica, meu pai era empresário, e apesar de tudo, a Regina, que eu achava que era minha mãe, era sei lá... Uma pessoa normal. Só que aí... Eu tive o sonho de ser vocalista de uma banda bem famosa... E aí, minha vida mudou pra sempre... Primeiro veio a tempestade, e depois o arco-íris. Assim que meu pai dizia quando brigava com a Regina.

A Rebeca olhou para mim, e depois pensou um pouco, e por fim, se aproximou de mim e me abraçou.

— Isso ainda é muito novo pra mim, mas eu te amo muito e só desejo a sua felicidade, minha filha! Não guarde as mágoas do passado, isso só vai te fazer mal. — Me deu um beijo no rosto. — Pode confiar em mim, eu vou adorar te ajudar...

Rebeca saiu do quarto e foi para a sorveteria, eu disse que ia mais tarde, enquanto isso fiquei deitada na cama, olhando para o teto, pensando em muitas coisas ao mesmo tempo, quando ouço gritos vindo do lado de fora.

— Ela vai ter que me explicar essa história!

Me levanto assustada, arrumo o cabelo e saio do quarto, quando vejo o Matheus na sala. A Dóris estava na frente dele, tentando evitar que ele fique ainda mais nervoso.

— Matheus, Dóris...

— Não precisa fingir, Isabela! Fala! O que você queria o tempo todo? Hein?

— O que?! — Eu não estava entendendo onde o Matheus queria chegar.

— Ainda pergunta! — Ele me olhava com uma cara de irritado, provavelmente soubera apenas parte da história. Ele empurrou a irmã para o sofá e aproximou-se de mim e apertou meu pulso bem forte. — Você é a culpada disso tudo! Se não tivesse vindo naquele festival, NADA teria acontecido! Por que você não contou nada para mim? A Manuela correndo perigo o tempo todo e você fingindo que nada estivesse acontecendo... Ela é minha amiga! — “ela”.

Ele ainda pressionava o meu braço. A Dóris estava apavorada, nem eu nem ela tínhamos visto o Matheus daquele jeito, então eu fechei os olhos e lembrei quando a Regina me maltratava, então eu gritei:

— ME SOLTA! — Ele soltou meio assustado, não esperava que eu tivesse essa reação.

Então eu ouvi as vozes da Manuela e do Joaquim, eles estavam entrando em casa. Eu queria acabar com aquilo logo, então falei.

— Não fala o que não sabe, eu não tenho culpa de nada! Você não é nada mais que um amigo da Manuela, eu sei que eu devia ter contado, mas vir aqui e jogar na minha cara que eu sou a culpada é um exagero, você não sabe o que eu sofri.

— Mas eu não acredito em você! Se tinha tanto perigo assim, porque veio para cá? Por que fingiu ser uma pessoa que, não é? — Ficamos em silêncio por uns segundos. — Desculpa se eu fui violento com você, mas eu ouvi toda a história na sorveteria e queria entender, eu fiquei nervoso...

Matheus, Dóris, Isa?! — Manuela entrou dentro de casa com um sorriso no rosto. — Que bom que estão aqui!

— Justamente pelo perigo que eu não falei para ninguém que a Manuela estava sequestrada, e quem estava no Vilarejo era eu, a irmã gêmea dela. Eu jamais me perdoaria se eu contasse e alguma coisa acontecesse com vocês. Pode não parecer, mas eu me importo e muito, com você, Matheus, e principalmente com a sua irmã que é uma criança e nem sabe de muita coisa, mas eu sempre sou a ruim da história, não é? — Ignorei completamente a Manuela. — Obrigada por estragar o meu dia, com licença.

— Isab.... — Pude ouvir a Manuela me chamando, mas eu corri sem olhar para trás.

Manuela Agnes.

Isabela correu para fora, sem falar nada para mim.

— Vai atrás dela. — Cochichei com o Joaquim, que assentiu e também correu.

— Me desculpa por isso, eu não.../

— Essa era a única coisa que a Isabela não precisava hoje. — Interrompi-o.

— Mas...

— Mas nada Matheus! A Isabela é a maior vítima de tudo isso, e você vêm colocar a “culpa” toda em cima dela? A minha mãe estava agora a pouco comemorando que conseguiu fazer com que a Isa se abrisse com ela, e você faz isso...

— E o que você quer que eu faça?

— Isso eu não sei, mas alguma coisa você vai fazer! — E saí de casa, atrás dos dois.

Já tinha circulado o Vilarejo inteiro, tentei ligar para o Joaquim, só que ele não atendia então eu resolvi ir até a sorveteria dizer o que estava acontecendo, isso não poderia continuar assim.

— Oi gente... — Falei um pouco tímida, com um sorriso no rosto.

— Filha! — Rebeca levantou e me abraçou, e sorriu. — Onde está a Isabela? Não veio com você?

— Esse é o problema... Ela saiu de casa, e eu não estou encontrando ela.

— DE NOVO?! — Minha mãe se assustou e me olhou.

— É que desta vez. O Matheus meio que brigou com a Isabela, ficou acusando ela e ela se sentiu culpada mais uma vez. Eu tentei evitar, mas ela já estava decidida. — Houve um momento de silêncio na sorveteria. Os pais do Matheus também estavam assustados, O Otávio se levantou e ficou ao lado da Rebeca, o Téo tentou levantar, mas a dona Fiorina cochichou para ele ficar sentado, e ele obedeceu. Minha avó pôs a mão no peito e Helena e Pedro se abraçaram. A Júlia e o André se levantaram, enquanto o Felipe estava muito assustado. — O Joaquim foi atrás dela, mas até agora não me ligou.

— Rê... — Clara se levantou sem jeito. — Não sei nem o que dizer, mas me desculpa em nome do Matheus, por favor.

— Não tem nada, Clara.

Então a conversa é interrompida pelo meu toque do celular. É o Joaquim.

— Joaquim?! — Levanto um sorriso, a minha mãe também, mas o meu logo é desfeito. — Tá bom...

— Ele não encontrou?

— Ele encontrou... Mas ela só quer falar com você. Ele me disse que ela está na igreja católica.

— Na católica?! — Minha avó fez uma expressão de espanto. — Rebeca, você não vai entrar lá!

— Ai mãe... Isso é hora de discutir sobre igreja?

— O Joaquim disse que a Isabela o mandou dizer que ela estava na igreja católica, pois lá seria o local mais improvável que iriam procurá-la. — Disse, mas antes de terminar Rebeca já tinha saído da sorveteria.

Isabela Junqueira.

Eu estava sentada em um dos degraus de dentro da igreja, o Joaquim estava em um dos bancos sentados, mexendo no celular, e de vez em quando olhando pra mim. Eu lembrava todos os momentos ruins que eu vivi com a Regina, eu não conseguiria apagar tudo da memória de um dia para o outro, mas as pessoas não ajudam.

Uns minutos depois, eu vi a Rebeca do meu lado e o Joaquim saindo da igreja, eu olhei para ela e sorri.

— Eu estou te dando trabalho né...

— Claro que não filha, imagina! Mas eu vou pedir para você segurar seus sentimentos, suas dores... Se a cada desentendimento você decidir se isolar em algum lugar, você nunca vai esquecer. Sei que você está se esforçando...

— O Matheus jogou toda a culpa em mim. Desde eu ter vindo naquele festival, até eu fingir ser a Manuela.

— Ele errou, mas se arrependeu.

— Ah...

— Vamos esquecer tudo isso? Você tem uma família, amigos... Um namoradinho... E todos gostam de você, e quem não te conhece, vai gostar!

Respirei fundo, meus olhos estavam cheios de água, então abracei Rebeca bem forte, e deitei minha cabeça em seu ombro, e comecei a chorar. Eu tentei afastar minha cabeça, mas ela disse para eu continuar com o abraço.

— Você é a melhor mãe que Deus poderia ter me dado...

 


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Notas finais do capítulo

E aí gostaram? Vou tentar atualizar a fic mais rápido, mas é que esta bem difícil agora com fechamento de trimestre. Beijossss e até o próximo, não esqueçam de comentar!!



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