Amanheceu, os homens que chegaram com Dom Diogo foram guiados a uma pequena fortaleza que ficava no centro do forte. Lá todos receberão suas armaduras ,um escudo com o brasão de Portugal, e os que não possuíam espada receberão uma também.
Foram levados a um grande pátio para testarem seus conhecimento com a espada e aos que não sabiam manuseala, fora dada algumas intruçoes.O dia se seguiu assim, com vários treinos.
Ao anoitecer ouvirão historias de homens com mais experiência em combate, em especial a historia de um homem que conseguiu envolver a todos com sua simpatia, era ele Baptista, que contava a todos suas façanhas.
Baptista era padeiro e já estava a serviço das tropas a dois meses, gostava de contar suas historias, não só de batalhas mais de sua vida. Era um homem de 40 anos, tinha poucas façanhas mais conseguia trazer um pouco de alegria aqueles rostos jovens com seu bom humor.
Sétimo estava senta ao redor de uma grande fogueira, conversava com Guilherme, lembravam da ultima confusão que arranjaram e riam descontraidamente.
Miguel conversava com Dom Afonso, ambos estavam receosos com o que haviam de enfrentar, Miguel falava de sua preocupação com Sétimo, queria manter o garoto longe do perigo e sabia que seria difícil, pois via nos olhos do irmão a imensa vontade de se embrenhar em uma nova aventura, ou melhor, em uma nova confusão.
- Não sei se serei capaz de livrado de mais esse problema Dom Afonso, desta vez não será apenas uma briga, não levara apenas uma surra e correra para meus braços para eu o defender, ele pode perder a vida!
- Ora Miguel já esta na hora de teu irmão se consertar, tem que deixalo viver, não poderá protegelo para sempre ó pá!
Miguel sabia que aquelas palavras eram a mais pura verdade, mais depois da morte do pai se sentia responsável pela família, não queria perder mais ninguém.

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-Ora Diogo, achas mesmo que temos tempo a perder treinando essas crianças?- perguntou Manuel com indignação.
-Acalmete Manuel, mesmo que não tenham treinamento, ao menos nos servirão para entreter nosso inimigo enquanto os mais instruídos avançarem.
- Então este é teu plano? usarmos essas crianças como escuro? como pode pensar isso meu amigo? -a cada dia Manuel se surpriendia com a frieza do amigo e general, estava indignado com aquela situação.
-Não tenho tempo para piedade Manuel, temos pouco tempo para treinalos, temos apenas cinco dias, os que forem rápidos no aprendizado hão de se sair bem, os que não conseguirem ter a mesma agilidade.... que Deus os protejão.
Diogo era um homem sofrido, tinha um passado triste, perdera sua mulher por conta da guerra. O vilarejo onde vivia havia sido totalmente destruído, sua mulher estava gravida, os homens que invadirão o lugar violentarão as mulheres, sem respeitar idade ou estado. A maior brutalidade que já havia visto, sua mulher fora violentada e espancada até a morte, morreu ainda com o filho no ventre. Diogo estava a serviço da coroa, nada pode fazer para impedir.
Manuel sabia da historia do amigo, não estranhava sua frieza. Sabia que Diogo perdera o amor a vida e só batalhava por pensar que cada homem que perecia sobre a lâmina de sua espada podia ter sido o desgraçado a ter matado sua amada esposa.
Anoiteceu, todos agora dormiam, sem saber das intenções do general dormiam tranquilos.