Os Avaradores escrita por Yennefer de V


Capítulo 8
O Três Vassouras




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O Três Vassouras era uma minúscula estalagem e geralmente estava cheia, barulhenta e quente. Pertencia à Amelie Sophie Olaf, a gêmea idêntica de Aimée.  Amelie tinha os cabelos lisos e loiros como os da irmã, mas possuía mechas rosa em um dos lados. Os olhos eram verdes e mais juvenis. Havia sempre um sorriso em seus lábios, muito diferente de Aimée.

O bar, antigamente, atraía todo o tipo de clientela, mas agora atraía mais os jovens. Porque estava ao lado da Gemialidades Weasley em Hogsmeade e porque Amelie fizera mudanças.

Havia uma espécie de pousada no segundo andar. Amelie e Aimée moravam ali, além de alguns aventureiros de passagem e o ajudante de Amelie, Max. No andar de baixo, havia um longo balcão com banquinhos bem no centro do bar, algumas mesas com quatro cadeiras cada e no fundo havia um palco baixo com aparelhagem, que a primeira vista lembrava o utilizado por uma banda qualquer de rock trouxa.  Era onde a banda Os Sereianos se apresentava. Também havia um anexo, uma espécie de casinha esquecida com um quarto, um banheiro e uma cozinha minúsculos na parte dos fundos.

Amelie colocara espelhos por todo o bar. Para onde se virasse, a pessoa se deparava com seu próprio reflexo distorcido pelos vitrais nos espelhos, com desenhos abstratos. Eram desenhos de diversas cores, que deixavam o bar abafado e colorido na penumbra da noite. A luz era fraca quando o sol se punha. De dia, no entanto, reluzia dos espelhos a iluminação lá de fora, deixando o bar claro e arejado. Também havia grandes janelas circulares, só na parede da porta de entrada.

Do teto pendiam globos de festas trouxas, mas esse detalhe não era de Amelie. Era de Max, seu ajudante. Max viera de uma família trouxa e não tinha muito bom gosto. Ele concluíra os estudos em Hogwarts no último período letivo, na Casa Sonserina.

— MAX! – gritou Amelie enquanto descia as escadas, procurando pelo garoto. Sua cabeça bateu em um dos globos e ela desceu xingando. – MAX! – Amelie tornou a chamar no pé da escada.

Maximilian Scott White era um garoto de ombros largos, cara amarrada, careca, olhos verdes e um nariz fora de sintonia com o rosto branco. Estava com a varinha em punhos organizando o hidromel no fundo do bar. Uma a uma as garrafas se empilhavam. Ele sentiu Amelie bufando às suas costas, ainda agachado.

— O que foi Melie? – Max virou o rosto e suspirou. Provavelmente Amelie queria importunar por causa de alguma coisa no bar. E não estava errado.

Quando levantou para falar com Amelie, deixou as garrafas baterem no chão com precisão. Amelie olhou para as garrafas achando que iam se quebrar. Max girou os olhos.

— Eu sei o que estou fazendo.

— Eu sei que você sabe, Max. – Amelie replicou paciente antes de perguntar – Mas o que são aquelas bolas penduradas no meu teto?!

— São globos. São muito usados em festas trouxas. Usamos na última festa da minha irmã. – respondeu Max sem nenhum tom de desculpa na voz.

Amelie suspirou profundamente.

— Aqui não é um bar trouxa, Max. E pelo que sei, não vamos dar nenhuma festa com o tema “venha fantasiado de trouxa”. Hoje nem abrimos! Mas se te lembra sua irmã, pode deixar. – Amelie pareceu ter finalizado.

Max abriu a boca para argumentar, mas Amelie não parou de tagarelar:

 – Eu acho que Aimée chegará num horário decente hoje, então separe um hidromel para ela, você sabe como ela chega do serviço, parecendo uma pilha... Beren também vem passar a noite, então pode pegar uma folga e...

 Amelie mal sabia que Max já tinha se antecipado. Ela nunca lembrava que ele tinha tudo sob controle.

— Eu sei. Valen também virá hoje.  – Max anunciou um tanto vermelho.

Amelie parou de tagarelar. Pegou uma vassoura com o aspecto muito velho e a fez dançar para lá e para cá pelo bar, juntando poeira. Depois olhou para Max, dando uma reprimenda:

— Valen não vai dormir aqui.

— Eu sei, eu sei... – Max tornou a resmungar.

Annabelle Valentine Olaf era a irmã mais nova de Aimée e Amelie. Estava no sétimo ano, na casa Grifinória e namorava Max. Ela adorava quebrar algumas regras, mas ninguém percebia quando ela o fazia. E preferia ser chamada de Valen. Estava na casa dos pais, na França, naquele momento, mas sempre escapulia para o bar, onde Amelie não dava descanso para seu namorado. Valen e Max tinham um relacionamento conturbado e que dava boas histórias para rirem. Porque Valen era vaidosa, independente e não demonstrava a afeição que sentia por ninguém.  Max conseguia colocar a menina na linha, mesmo que acabasse em uma tremenda discussão.

Os vitrais começaram a refletir menos a claridade lá fora. Os globos de Max eram tirados um a um pelo próprio garoto, mas Amelie mudou de ideia (“eu já disse que podem ficar Max!”).  O bar se tornava mais escuro porque o dia já cessava.

O hidromel de Aimée a esperava atrás do balcão. Max e Amelie deram um intervalo que durou duas horas. A barriga de ambos doía de tanto que riam. Nem perceberam o sininho da porta tocar, anunciando que alguém entrara.

— Então ela me diz que Dom a pediu em casamento no meio de um beijo romântico e sabe o que Aimée fez? Aquela louca? – contava Amelie.

— Continuou a beijar? Saiu correndo? – opinou Max, gargalhando, já que conhecia bem Aimée.

— Quase isso! Riu na cara dele, achou que ele estava brincando! Continuou a dar uns amassos. E depois me disse “eu não sei por que ele ficou bravo, Melie” toda indignada! Agora estão sem se falar...

Max ainda ria da história de Aimée quando viu por cima do balcão Beren parado na porta. Ele não parecia feliz muito menos satisfeito.

Amelie, sentada em uma das cadeiras altas do balcão, acompanhou o olhar de Max e sorriu pela chegada do noivo.

— Nem ouvi o sino tocar! – disse afoita, descendo da cadeira – Ainda é muito cedo, achei que viria...

— Boa noite, Max. – cumprimentou Beren sem olhar para Amelie.

Beren achou que se entregaria se olhasse para a noiva. Max deu um aceno de cabeça e percebeu que era hora de parar de rir e, quem sabe, escapulir.

— Valen deve chegar a qualquer momento, vou para... – Max deixou a frase morrer, subindo as escadas depressa.

Era mentira. Valen só conseguiria entrar pela lareira muito mais tarde, não no pôr-do-sol. Mas Max subiu para o quarto maior, onde dormiam Aimée e Amelie (o único que tinha uma lareira) para deixá-los resolver o que fosse (pela cara de Beren não era nada muito agradável).

Beren fez um esforço maior do que precisava para colocar a capa de viagem pendurada em uma cadeira. Não olhou diretamente para Amelie.

— Não me cumprimenta, chega mais cedo. O que é? – Amelie colocou as mãos na cintura.

— Amelie... – murmurou Beren ficando de frente para ela. Mexeu em suas mechas rosa como de costume. Então encontrou seus olhos verdes.

— Você está... – começou Amelie.

— Eu beijei outra pessoa.

Amelie viu em seus olhos que não era mentira. E algo em seu estômago, em seu coração e em todo seu corpo despencou em uma raiva e um nojo que não eram seus. Sua mão se levantou no ar e virou um tapa que tinha como alvo o rosto do noivo. Beren parou sua mão no ar bruscamente.

Amelie tremia de nervoso e puxou seu braço mecanicamente das mãos dele. Ainda com impulso de batê-lo até tirar sangue, ela perguntou em uma voz formal que não parecia sua:

— Quem? Por quê?

Beren suspirou. Ainda olhava em seus olhos. Amelie sustentava o olhar com zanga.

— Abigail Potere. E eu não sei... por quê...

Ele começou a balançar a cabeça como se quisesse se livrar de algo. Até Amelie se surpreendeu por um instante.

— Você não a odeia?!

— Por isso eu disse que não sei por quê, Melie.

— Não venha com “Melie” agora, Beren.

Ele insistiu em segurá-la pelo braço e mexer em suas mechas. Amelie puxou os cabelos para longe dele.

— Melie, eu...

— VOCÊ O QUÊ, BEREN? SENTIU VONTADE DE DORMIR NA CAMA DA VICE-DIRETORA DE HOGWARTS DE REPENTE? JÁ TEM UM APELIDO CARINHOSO PARA ELA TAMBÉM? OU ELA TE CHUTOU E VOCÊ VEIO VER SE NÃO PERDERIA A ESTÚPIDA AQUI?

— Melie, não é nada disso, se ao menos eu pudesse explicar! – Beren parecia irritado consigo mesmo.

Amelie foi para a ponta da escada, entre sumir e bater a porta do quarto na cara dele, furiosa, ou gritar até que sua voz se esgotasse.

Beren não andou até ela.

— Foi como se eu não tivesse opção. – Beren estava sendo sincero. Também pôde ver nos seus olhos.

— O DIA QUE ALGUÉM NÃO TIVER OPÇÃO DE BEIJAR OUTRA PESSOA SEM A POÇÃO DO AMOR SERÁ O FIM DO MUNDO, MAS OLHE, O PROFESSOR DE POÇÕES É VOCÊ, VOCÊ RECONHECERIA UMA POÇÃO DO AMOR!

— Melie, se acalme. – Beren se adiantou até ela. – Foi um simples beijo. Eu já contei tudo sobre ele. Foi a primeira coisa que fiz depois de acontecer. Eu poderia esconder. Será que você pode parar de gritar?!

Amelie suspirou fundo. Beren se aproximou devagar, com medo que algo voasse em sua cabeça. Talvez um daqueles globos ridículos.

— Eu realmente não entendo. Aquela mulher é uma perversa. Eu fui até a sala do diretor brigar com ele por causa das regalias que estava dando à Abigail. E a encontrei lá. Quando estávamos saindo...

— Beijou a “Srtª Abby”? – completou Amelie, amarga.

— Sim. E ela disse algo como “não é a mesma coisa”. E do mesmo modo que a vontade veio também se foi.

— Você pode ir embora? – pediu Amelie bruscamente.

— O quê?

— Eu não quero mais olhar para sua cara agora.

Beren pareceu indeciso por um instante. Depois murchou e pegou a capa de viagem, colocando sob os ombros. Ao chegar à porta, chamou a noiva:

— Melie?

— O que é? – ela perguntou sem modos.

— Há um cargo de professora de Feitiços. Por causa do ataque. Eu sei que você era a melhor aluna de sua turma. Preciso indicar alguém. Quero que você fique por perto, por favor.

O rosto de Amelie se suavizou, mas ela não queria transparecer piedade.

— Vou pensar. Vá embora.

E o globo de Max mais próximo, ao pé da escada, voou na direção da porta, se quebrando em mil pedaços quando Beren a fechou com rapidez. Ele ainda ouviu um soluço da noiva antes de chegar à rua principal de Hogsmeade.

***

Valen chegou pela lareira fazendo cara feia para a poeira em sua roupa. Tinha os cabelos castanho-escuros até os ombros, que faziam uma curva para dentro ao chegar às pontas, os lábios muito cheios e olhos idênticos aos de Amelie e Aimée. Tinha cílios chamativos, bochechas rosadas e um ar de impaciência extrema.

— Eu odeio essas malditas lareiras! – praguejou para Max.

Max estava deitado na cama que era de Aimée, mais próxima da lareira, lendo um livro. A cama de Aimée era uma zona pela correria que a moça fazia sempre de manhã, saindo sem arrumar nada nem comer direito. Amelie às vezes arrumava, mas naquele dia não tivera vontade.

Max estava deitado em amontoados de roupas e uma colcha jogada de qualquer jeito. Jogou o livro na bagunça e se virou para a namorada.

— Por que não aparatou? – perguntou ele.

— Porque sair de casa sem que meus pais vejam é mais difícil. – respondeu Valen, sentando na cama. – Por que raios você está trancado aqui?

— Sua irmã deu uns gritos com Beren mais cedo e quebrou alguma coisa lá embaixo. Não quis que sobrasse pra mim. – disse Max puxando Valen para si. Deu um beijo rápido nela.

Valen se desvencilhou de seus braços e enrolou alguns fios de cabelo nos dedos. Sentou na cama e olhou para a porta sem interesse.

— Minha irmã sempre infantil. Quebrando coisas em uma discussão? Aimée pelo menos não namora.

Max se sentou na beirada da cama ao lado dela. Ele puxou do bolso da calça vários envelopes encardidos e lacrados, ansioso por compartilhar com Valen aquela angústia.

— A coruja devolveu todas elas. – confidenciou com olhar triste.

Valen mordeu um lábio. Já sabia de quem eram, mas quis se certificar.

— Eram para Mackenzie? Ela parou de responder?

Max olhou para a lareira propositalmente.

— Eu não sei o que aconteceu. Não sei por que a coruja não a encontrou em casa. Talvez meus pais tenham proibido ela de falar comigo.

Valen se levantou, indignada.

— Eles não fariam isso!

Max ainda tinha o olhar triste, porém mais animado pela indignação da namorada.

— Claro que fariam. Ficaram muito bravos quando saí de casa e vim “ser ajudante de bar”. Mas era só desculpa para se virarem contra mim de qualquer forma.

Valen colocou as mãos na cintura exatamente como Amelie fazia.

— Sua irmã vai dar um jeito! Se ela quer falar com você, quem pode impedir?!

— Ela tem treze anos. Ela não sabe magia. Não tem nada que ela possa fazer.

Valen suspirou e sentou ao lado de Max novamente, enlaçando suas mãos.

— Se Mackenzie quiser ela vai te encontrar. Ninguém pode impedir as pessoas de fazerem o que elas querem nem dizer o que devem fazer.

— Esse é o mundo da sua cabeça, Valen. – disse Max, triste.

— Não é. Esse é o mundo justo. – respondeu Valen de um jeito categórico e o puxou para a cama.

Então ela mordeu os lábios do namorado, provocando algumas sensações que só ela conseguia arrancar de Max. Max podia ficar ali a vida toda, mas com um barulho de algo sendo sugado, Valen puxou seus lábios da boca dele e disse repentinamente:

— Podemos ir até lá.

— Ir aonde? – perguntou Max.

— Até a casa dos seus pais trouxas. Vamos falar com Mackenzie. Vamos azarar todos eles se nos impedirem.

Max ainda estava girando nas sensações que Valen lhe causava e abriu a boca para argumentar que era uma ideia louca para começarem a brigar imediatamente, como sempre, mas as chamas da lareira os salvaram.Ficaram verdes e flamejaram um pouco antes de Aimée sair delas torcendo o nariz.

— Quero só ver o que Amelie vai dizer quando pegar você dois dando amassos na minha cama. – ela avisou irritada, tirando a capa de viagem e jogando em cima da bagunça na própria cama.

— Não estávamos... – começou Max, mas Valen o interrompeu.

— Como se isso fosse da conta de alguma das duas.

— Eu sei que você está aqui sem a permissão dos nossos pais, Valen. E Amelie é a dona desse bar, então você vai descobrir que é da nossa conta.

Valen sorriu zombeteira para ela.

— Como se você se importasse.

— Não me importo, mas não quer dizer que não é da minha conta. – Aimée resmungou. – Vou me trocar, posso usar meu quarto?

Max ficou vermelho e saiu falando baixinho algo que nenhuma das duas escutou, depois de pegar as cartas. Fechou a porta silenciosamente e ambas ouviram passos descendo as escadas.

— É por isso que você não namora. Você assusta todos eles. – disse Valen, se espreguiçando. – E que maldito mau humor é esse?

Aimée jogou a blusa em cima da cama e meteu a cara no guarda-roupa, procurando o pijama.

— Também não é da sua conta. – ela tornou a resmungar.

— Vamos, Aimée, sou sua irmã querida, se lembra? – riu Valen na beira da cama. – Soube que Amelie quebrou o maior pau com o Beren hoje.

Aimée enfiou a cabeça no pijama e arregalou os olhos.

— Por quê?

— Não sei. Max que me contou. Então, você também brigou com Dominic hoje? Porque você o viu.

— Não me fale em Dominic e... como você sabe que eu o vi?

Valen fez um gesto de impaciência.

— Você está colocando pijama sem tomar banho. Onde mais teria ido? Você não sai de casa.

Aimée se deu por vencida. Colocou as calças do pijama e sentou na cama, fazendo Valen balançar ao seu lado.

— Aquele lobisomem desgraçado. – Aimée disse só por dizer.

— Não tinham acabado? – perguntou Valen.

Alguém bateu na porta e entrou sem esperar convite. Amelie estava com os olhos inchados de tanto chorar. Fez uma careta pela presença de Valen, mas não a enxotou precocemente para casa. Sentou junto das irmãs na cama que já se perdia de vista pela bagunça. Anunciou sem pestanejar:

— Vou dar aulas em Hogwarts.

— O quê? – Valen perguntou indignada.

— Vou dar aulas de Feitiços. Beren me convidou.

— Você gritou com ele e jogou alguma coisa em sua cabeça porque ele te chamou para ser professora em Hogwarts?! – perguntou Valen.

— Ele me traiu. – soltou Amelie cheia de rancor.

Valen abriu um sorriso besta e já ia perguntar como tinha sido isso, mas Aimée soltou lá do outro canto:

— Estou grávida. Dominic quer se casar.

Valen olhou de uma para a outra sem saber de qual ria primeiro. Então Aimée se levantou:

— Onde está meu Hidromel?

— Você quer beber grávida? Sua louca! – disse Amelie se levantando também.

— Oras, eu descobri hoje...

— Você não vai beber, Aimée, não importa se não come direito, agora não pode pensar mais só em você, onde já se viu ...

Annabelle desatou a rir. Amelie e Aimée olharam para ela com fúria de quem vai atacar.

— Onde está a graça? – perguntou Aimée mal-humorada, enquanto Amelie fechava a passagem entre ela e a porta.

— Eu não sei.  Vocês duas são um mau agouro juntas. Veja pelo lado bom, Aimée. Você não sempre disse que Amelie precisava de um emprego decente? E tem um lado bom pra você, também, Amelie! Você sempre encheu a Aimée para ela se aproximar mais das pessoas...

Aimée e Amelie se olharam e começaram a rir também, só que de nervoso. Max passou pela porta do outro lado, ouvindo a zona, e se perguntou qual das três irmãs era a mais desajuizada.


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