"As pessoas acham que eu me mudaria para a casa do meu pai por vontade própria. Elas estavam erradas."

Quando eu entrei no avião, relembrei tudo o que havia acontecido.

 A festa estava perfeita: tudo estava ocorrendo impressionantemente bem, e já era quase a hora do parabéns (que minha mãe me obrigou a fazer,  e que eu acho muito brega!) quando Sarah perguntou para mim se podia ir para o meu quarto retocar a maquiagem, disse a ela que não tinha problema.

            E fui conversar com uma das convidadas, a Carolyn que estuda na mesma escola que eu desde a 3º série. Ela estava me contando do seu namorado, um tal de Patrick, mas admito que eu não prestei muita atenção na história dela, fiquei apenas fingindo por uns quinze minutos. Eu não tinha muita paciência, então falei para ela que ia procurar a Sarah, que alias estava demorando muito.

Então fui procurá-la, eu a procurei na festa inteira, e ninguém a havia visto, então pensei em falar com Alex, o garoto lindo que eu estava apaixonada gostava, mas a única que sabia disso era Sarah, que tinha me prometido ajudar a ficar com ele ( que era tudo o que eu mais queria).Mas eu não o encontrei, também.

Então fui procurá-la no meu quarto, só que quando eu entrei lá eu queria desmaiar! Mais do que isso, eu queria morrer! Naquele momento tentava me concentrar em acordar, pois aquilo só podia ser um sonho, um pesadelo para dizer a verdade! Mas eu não desmaiei, nem morri e muito menos acordei. Apenas fiquei ali parada na porta enquanto via minha melhor amiga Sarah beijando Alex, na minha cama. E eu queria matá-la, ou  melhor eu iria.

Peguei um porta retrato de vidro, onde tinha uma foto de nos duas,  e joguei contra a parede e comecei a falar, e todo o momento ela dizia “Annie não é o que você esta pensando”. Mas é claro que não era, era pior, muito pior, então despejei um monte de palavras, e Alex não estava entendendo nada, também ele não tinha culpa que eu gostava dele,  e também não tinha nem ideia que eu estava apaixonada gostava dele.

Então acabei com a festa,arrumei minhas malas, comprei uma passagem da Flórida para Nova York, liguei para o meu pai e fui na manhã seguinte.

Era aquilo que havia acontecido comigo, como Sarah pode fazer isso comigo? Eu gostava muito dela, ela era minha melhor amiga, então não havia mais o que fazer se não morar com Papa Nikols e Madrawitch.Mesmo que isso fosse tudo que eu menos queria.

Até que eu adormeci, e é claro que dormi no mínimo algumas horas, pois quando a aeromoça me acordou o avião já havia pousado.

Ao desembarcar fui buscar minha mala na estera, então eu relembrei de uma vez, há muito tempo atrás, quando eu fui para a Disney World , e então resolvi subir na estera e começar a correr, e é claro todo mundo estava olhando para mim, e eu penso no lado positivo disto, eu já era uma criança feliz. Então já haviam acabado as malas e a minha não havia chego, por isso resolvi ir ao balcão pedir informações, e ao eu me virar lá estava ele segurando minha mala verde cheia de chaveiros.

-Pai.

Disse, ainda surpresa com a sua aparição do aquém do além.

-Filha.

Só não entendo por que ele falou filha, ele poderia ter  falado “oi” ou “olá”, ou qualquer coisa do tipo, mas não aquilo: deveria parecer um final feliz de um filme, e bem pelo contrário era só o começo de um filme de terror, ou um drama.

-Olá .

-Como foi a viagem?

É claro que menti, ele não precisava saber da desgraça da minha vida.

- Foi ótima!

-E por que mudou de idéia a respeito de vir morar comigo?

É a solução era mentir mesmo. Não vou dizer que é por causa da minha amiga traidora, que eu odeio.

- Só decidi mudar de vida papai.

Jura que ele acreditaria...

-Filha você está mentindo.

Como ele é observador. Mudar de assunto sempre é uma alternativa.

- Pai, eu estou morrendo de fome!

É e eu estava, e muito.

-Aonde você quer ir jantar?

Isso era óbvio, Mcdonalds, mas já sabia a resposta do meu pai, que ele não gosta dessas coisas e blá, blá,blá.

- Você sabe pai.

Agora vem o sermão.

- EU ACHO MC...

E isso que eu nem disse. Achei melhor o interromper antes que ele começasse um  barraco aqui mesmo.

 -Pai comemos onde você quiser.

-Está bem filha.

Fomos comer em um restaurante italiano de massas, e a comida até que estava boa. Ok, estava ótima.