Resident Evil: Esquadrão Alfa escrita por Rossini


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o capítulo 3.

Espero que gostem.



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Na sala de reunião do QG, Dave analisava o mapa de Raccoon, projetado na grande tela branca.

As luzes apagadas e o som ritmado da caneta batendo na mesa faziam com que a pequena sala adquirisse uma atmosfera de mistério. A mão esquerda do agente repousava sob seu queixo. Os olhos focados só enxergavam o mapa.

Dave já não sabia há quanto tempo estava olhando para aquela imagem. Minutos? Horas? Não importava. Algo estranho estava acontecendo naquela cidade e ele queria saber o que era.

O tênue ranger da porta sendo aberta despertou o agente do transe em que se encontrava.

Assustado, Dave olhou para a porta e viu uma mulher jovem, de cabelos ruivos, encarando-o. Mesmo com a vista um pouco embaçada, ele reconheceu sua assistente, Samanta:

— Sr. White. – a voz da garota ecoou pela sala. Doce, porém receosa – Desculpe incomodar...

— Não se preocupe. Pode falar. – só neste momento Dave percebeu o quão rígido e sério estava o seu semblante. Ele relaxou um pouco os músculos do rosto e continuou – Aconteceu alguma coisa?

— Estão chamando pelo senhor na sala de controle. – ela pareceu ficar mais calma assim que a expressão de Dave tornou-se mais serena.

— Certo. – disse enquanto se levantava e guardava a caneta no bolso interno de seu terno – Já estou à caminho. Muito obrigado, Samanta.

A garota sorriu encabulada e se retirou silenciosamente.

Dave olhou para seu relógio e sorriu. Eles certamente já haviam chegado à cidade. – “Logo saberemos os segredo que essa cidade tem para nos contar.”

A luz do corredor agrediu os olhos desacostumados do homem, fazendo-os arder levemente. Ele piscou repetidamente para recobrar o foco da visão.

“Por quanto tempo eu fiquei naquela sala escura?”

Dave seguiu pelos corredores sem pensar, como se tivesse ligado o piloto automático. Ele já havia andado tanto pela pequena base de operações que tinha um mapa extremamente preciso formado em sua mente.

Parou assim que chegou à uma porta na qual se lia “Sala de Controle. Somente pessoal autorizado”. O agente inseriu seu cartão de acesso na pequena caixa cinza ao lado da porta. Uma luz verde acendeu, seguida pelo som das travas sendo desativadas.

A sala de controle era pouco iluminada. Haviam alguns computadores ligados, mas nenhum deles estava sendo usado. À direita, ao longo da parede, se estendia uma grande mesa com inúmeros botões, luzes e microfones, usada para manter contato com agentes durante as missões. Nessa mesa, estava sentado um homem de cabelos brancos e olhar austero. Ele se levantou assim que Dave entrou na sala:

— Boa tarde, Sr. White. – cumprimentou, mantendo a expressão de poucos amigos.

— Olá, Michael. – Dave conduziu seus olhos pela sala com um sorriso amigável – Ficou sozinho hoje?

O homem deu um sorriso quase imperceptível – Alguém tem que trabalhar.

— Isso é verdade. Samanta disse que você queria me ver. – o sorriso se transformou em um olhar sério e profissional – Qual o problema?

— Nenhum problema, senhor. – ele voltou a se sentar e indicou uma luz verde que piscava no grande painel – o Sr. Newman pediu para falar com o senhor.

Anthony Newman era o piloto que havia levado o esquadrão para Raccoon. Uma sensação incômoda percorreu o corpo do agente. O que poderia ter acontecido?

Ele se sentou ao lado de Michael e apertou o botão do microfone:

— Newman? – chamou pelo rádio – Aqui é o Dave. Queria falar comigo? Câmbio.

— Mas que demora, White! – o tom zombeteiro da voz se misturava ao ruído do rádio – Achei que não queria falar comigo. Câmbio.

Dave sorriu, aliviado ao ouvir a brincadeira do piloto, mas manteve a voz séria – Houve algum problema com o esquadrão? Câmbio.

— Eu deixei o esquadrão no topo do prédio, conforme planejado. Não tivemos nenhum imprevisto na viagem. – Anthony permaneceu em silêncio por um segundo, então continuou – Quando eu estava saindo da cidade, à caminho da base, vi uma aeronave sobrevoando a cidade. Câmbio.

Dave estava intrigado – Não acredito que o governo tenha autorizado o envio de uma segunda equipe. Como era a aeronave? Câmbio.

— Era completamente preta, sem identificações. – a voz de Anthony parecia um pouco tensa – Impossível que seja do governo. Mas quem quer que sejam, eles deixaram alguma coisa na cidade. – mais uma pausa, como se lembrasse do que viu – Do avião caiu algo que parecia um contêiner e uma grande cápsula, ou algo do gênero. Primeiro, pensei que fossem bombas. Mas não houve explosão. Não sei o que pode ser. Câmbio.

Dave estava estático na cadeira. O olhar congelado, sem expressão.– “Uma aeronave, sem identificação...”

— White? – Anthony chamou pelo rádio, após alguns segundos – Você ainda está aí? Câmbio.

Michael olhou para o pequeno homem engravatado, que parecia perdido em seus próprios pensamentos. Ele se aproximou e pôs a mão sobre o ombro do outro – Sr. White? Sr. White? – chamou, mas não adiantava. Sem paciência, ele chamou de maneira mais agressiva, quase gritando – Dave! Acorda!

Dave piscou e esfregou o rosto, como se tivesse acabado de acordar.  Puxou o microfone para mais perto e apertou novamente o botão:

— Você conseguiu ver mais alguma coisa? – perguntou ao piloto, em um tom sério – Câmbio.

— Nada... – a voz era receosa – O que você acha que pode ser? Câmbio.

— Não sei, Newman. – ele estava tenso - Mas coisa boa não deve ser. Câmbio desligo.

Dave afastou o microfone. Estava confuso e nervoso.

“O que está acontecendo naquela cidade?”


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Notas finais do capítulo

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