Laura: Maria está grávida!

Vivian: Você só pode estar brincando com a minha cara!

Laura: Claro que não, eu não brincaria com uma coisa tão séria!

Vivian: (emocionada) Ah meu Deus, eu não acredito que a minha amiga está grávida! Laura, você vai ganhar um irmãozinho, ou uma irmãzinha!

***

Laura: Eu sei, todos ficamos muito felizes com essa notícia. Agora é só orarmos pra que Maria se recupere logo, e eu não vejo a hora que isso aconteça!

Vivian: Eu fico muito feliz por ver que você está aceitando Maria, ou melhor, a sua mãe.

Laura: Eu também me sinto feliz. Depois de tudo isso que aconteceu, eu dei conta de que estava sendo injusta, pena que foi um pouco tarde. Agora espero que eu tenha chance de abraçar Maria novamente, e dessa vez tendo a certeza de que ela é a minha mãe.

Vivian: Pode ter toda a certeza que é isso o que ela mais quer. Eu acompanhei todo o sofrimento que ela passou, quando tudo isso aconteceu. Todos a veem como uma mulher de ferro, mas na verdade só os próximos sabiam o quanto ela sofria com a sua ausência. Agora entendo o porquê dela ter se apegado tanto a você, mesmo sem saber quem você era de verdade, o sangue falou mais alto.

Laura: Eu também sempre me senti bem ao lado dela, mesmo no início, quando ela me tratava com tanta indiferença. (rindo)

Vivian: Ela te tratava assim no início, mas gostava de você, só não queria dar o braço a torcer, sabe como ela é meio orgulhosa.

Laura: (rindo) Claro que sei, puxei esse gênio forte dela.

Vivian: Sim. Bom o papo está ótimo, mas deixa eu ir resolver esses assuntos aqui pendentes logo, porque eu quero ir ao hospital pra ver como ela está.

Laura: Claro. Eu pedi ao meu pai me mantivesse informada de tudo, então se ele me ligar pra falar algo, te aviso.

Vivian: Tudo bem. (se retira)

As horas passam, e acaba anoitecendo, sem nenhuma melhora de Maria, o que fazia com que todos se mostrassem apreensivos, e angustiados.

Carmen: (acaba de chegar) Oi Estêvão! Tem alguma notícia de Maria?

Estêvão: Não, os médicos disseram que ela está na mesma, mas não se preocupe, porque ele disse que está tudo dentro da normalidade.

Fabíola: Como você quer que não nos preocupemos? É a minha irmã que está naquele quarto!

Estêvão: Eu sei, mas ficar aqui no corredor gritando como uma maluca, não vai adiantar muita coisa!

Bruno: Estêvão tem razão Fabíola.

Fabíola: Ah claro, agora ele virou o senhor da razão!

Bruno: (a ignora) Estêvão, vá pra casa descansar um pouco, que nós ficaremos aqui, e qualquer coisa te mantermos informado.

 Estêvão: Tudo bem, eu realmente preciso descansar um pouco. E vou aproveitar e ver o que resolveram com Ana Rosa.

Carmen: Até onde eu sei, ela ainda está no sanatório.

Estêvão: Eu vou ligar pra Sophia, sua mãe, e pedir que a transfiram pra sua cidade, onde ela vai ser melhor cuidada por sua mãe.

Bruno: Sim, faça isso.

Estêvão: Até mais! Não deixem de me ligar, por favor.

Carmen: Claro, vá com Deus!

Estêvão sai.

***Casa dos San Roman***

Estêvão: Oi, boa noite!

Alba: Meu filho, que cara de acabado!

Daniela: Nossa, minha mãe tem razão. E como está Maria?

Estêvão: Nossa como vocês duas são gentis! Maria está na mesma, ainda não reagiu.

Alba: Ainda não acredito que Ana Rosa foi capaz de um sandice dessas.

Estêvão: É, o que uma paixão desenfreada, ou o interesse não faz.

Daniela: E cadê a Laura?

Estêvão: Deve estar na casa da mais nova família dela, acho que nem vem pra casa hoje.

Daniela: Tô sentindo uma pontinha de ciúmes nas suas palavras.

Estêvão: Ai Daniela, claro que não!

Alba: E o Leonel, passou por lá?

Estêvão: Sim, ele ficou lá toda a noite, e foi pra casa à tarde, precisavam ver como ele estava atencioso com os Fernandez.

Daniela: Ah, agora sim senti ciúmes nas suas palavras. Eu sei que o Leonel sempre foi apaixonado por Maria, e você se incomodou com a sua presença no hospital, não é?

Estêvão: Ah por favor Daniela! Eu não sou obrigado a ficar ouvindo as suas besteiras. Me deem licença, vou tomar um banho e descansar um pouco. (sai)

Alba: Você e essa sua língua.

Daniela: Só disse verdades.

As semanas passam, sem nenhuma resposta ou melhora de Maria. Todos estavam cansados de esperar , mas infelizmente não podiam fazer nada, naquele momento, só dependia mesmo da própria Maria.

***Hospital San Lourenzo***

Laura: Ai Greco, não aguento mais essa espera. Já fazem duas semanas que Maria está nesse hospital, sem dar nenhum sinal de vida.

Greco: Calma meu amor, ninguém mais quer continuar esperando, mas infelizmente é o que nos resta.

Laura: Ai que ódio que eu sinto daquela Ana vaca. Por que ela não pegou aquela arma e atirou em sua própria cabeça?

Greco: Laura, não diga essas coisas, por favor.

Laura: Mas é verdade. Eu sempre disse ao meu pai que essa mulherzinha não prestava, e só estava com ele por puro interesse, mas, como sempre, ele não quis me dar ouvido, olha aí o resultado.

Aparece o doutor Natan.

Laura: Doutor, doutor, como é que está Maria?

Dr. Natan: (analisa a ficha de Maria) Bom, ela ainda está na mesma, o que está me deixando um pouco preocupado, pois já era pra ela ter dado algum sinal.

Greco: E isso pode ser algo mais grave doutor?

Dr. Natan: Na verdade não, porque ela passou por uma situação que não é muito simples, mas já era pra ela ter tido uma reação,  já que já fazem duas semanas.

Laura: Doutor, deixa eu entrar para vê-la, por favor!

Dr. Natan: Estou vendo que você está bastante preocupada com ela. Vocês tem alguma ligação?

Laura: (seus olhos lacrimejam ao falar) Ela é a minha mãe!

Dr. Natan: (se comove ao ouvir Laura falar) Eu não sabia que você era filha de Maria. Vem comigo, só você poderá entrar.

Laura: Tudo bem. (fala com Greco) Me espera aqui tá, se alguém chegar você avisa onde estou.

Greco: Vai lá, pode deixar que eu aviso. (se beijam, e ela acompanha o doutor)

***LEITO de Maria***

Dr. Natan: Não demora muito, não é apropriado para os pacientes recebetem visitas nesse estado.

Laura: Pode deixar doutor.

Doutor Natan se retira, deixando Maria e Laura a sós.

Laura: Oi Maria,  sou eu, Laura, de novo (dá uma pequena risada), você deve estar se perguntando porque só eu consigo entrar né,  acho que puxei a sua teimosia e insistência. Escuta, você não acha que já esta na hora de você voltar, não? Todos estamos preocupados com você. Volta logo, você não sabe o quanto você faz falta, até os funcionários do Studio estão sentindo falta da suas ordens. (começa a chorar segurando a mão de Maria) Acorda logo... Por favor... Mamãe... (cai uma lágrima do olhar de Laura, no rosto de Maria)

Apesar de Laura pensar que Maria não estava ouvindo-a, no momento em que Maria escuta Laura chamá-la de "mamãe", todos os equipamentos começam a dar algum tipo de sinal, fazendo com que Laura se assutasse.

Nesse momento entra o doutor Natan e sua equipe, para ver o que estava acontecendo com Maria.

Dr. Laura: Por favor mocinha, aguarde lá fora.

Laura: Mas, mas...  Como ela vai ficar?

Dr. Natan: Não sei, vou descobrir isso agora, mas você não vai poder ficar aqui dentro.

Laura acaba saindo, mesmo contra a sua vontade, e vai para a sala de espera, onde estavam Greco, Carmen e Fabíola. Enquanto o doutor Natan permanecia no quarto de Maria, tentando descobrir o que estava acontecendo.

***Sala de Espera***

Laura aparece toda esbaforida.

Carmen: O que foi meu amor, que cara é essa?

Laura: Não sei vó. Eu estava no quarto falando com Maria, e de repente todos os aparelhos começaram a fazer um barulho estranho, aí eu me assustei, então o doutor Natan entrou, e pediu que eu me retirasse.

Fabíola: Ai meu Deus! Será que aconteceu alguma coisa?

Greco: Ai mãe, vira essa boca pra lá. Vocês vão ver, aposto que não é nada grave.

***Leito de Maria***

O doutor Natan estava fazendo tudo que estava em seu alcance para que Maria reajisse. Nesse momento ela abre os olhos, fazendo com que o doutor se enchesse de esperanças.

Dr. Natan: (falando com os enfermeiros) Podem se retirar por favor, eu assume daqui. (falando com Maria) Maria, se você estiver me escutando, aperte a minha mão.

Lentamente Maria aperta a mão do doutor, fazendo com que ele sorrisse.

Dr. Natan: Perfeito! Maria se você estiver me vendo, aperte a minha mão novamente.

Maria aperta sua mão novamente.

Ele mexe em suas pernas para ter certeza de que estava tudo ok.

Dr. Natan: Você sente  que eu estou mexendo em suas pernas?

Mara mexe a cabeça como sinal de sim.

Dr. Natan: Muito bem! Agora vou tirar esse equipamento de sua boca, pra ver se você pode falar, tudo bem?

O doutor faz tudo com muito cuidado, pois ele conhecia a família de Maria há anos, então era um prazer para ele servir os Fernandez.

Dr. Natan: Você acha que é capaz de dizer alguma coisa?

Maria: O que eu estou fazendo aqui?

Dr. Natan: Você foi baleada há umas duas semanas, por isso veio parar aqui, você esteve entre a vida e a morte. Ah sua família está lá fora, ansiosos por uma reação sua!

Maria: Ai, minha cabeça doi um pouco! Será que eles podem entrar pra me ver?

Dr. Natan: Calma, essa dor de cabeça é normal. Eu vou pedir que façam uns exams em você, e logo em seguida vou te tranferir para um quarto, não tem mais porque você permanecer na UTI, e depois você já pode receber visitas. Se eu soubesse que aquela menina iria fazer você acordar, teria deixado ela entrar mais vezes.

Maria: Que menina?

Dr. Natan: Acho que ela se chama Laura.

Maria: Laura! Agora me lembro que ela esteve aqui. Minha filhinha!!

O doutor pede para os enfermeiros que realizem os exams, enquanto o mesmo vai dar a boa notícia a família, que o aguaradava ansiosos.

***Sala de Espera***

Aparece doutor Natan.

Carmen: Natan, como está a minha filha?

Fabíola: Fala logo Natan, não nos deixe mais angustiados!

Dr. Natan: Calma minhas senhoras, trago boas notícias para vocês! Maria finalmente acordou!

Laura: Ah meu Deus! Sério? E como ela está agora? Podemos vê-la?

Dr. Natan: Aparentemente está tudo em ordem, mas pedi para fazer uns exames para me certificar que está tudo bem com ela.

Greco: E quando ela vai poder receber visitas?

Dr. Natan: Bom, os exams ficarão prontos em aproximadamente uma hora, e depois provavelmente ela já vai sair da UTI, e vocês poderão entrar para vê-la.

Carmen: Natan, obrigada por salvar a minha filha!

Dr. Natan: Não me agradeça, eu só fiz o meu trabalho, nada mais. Vocês devem agradecer a essa mocinha, que de certa forma colaborou para que Maria acordasse.

Laura: Eu?!

Dr. Natan: Sim, você. Mas enfim, só aguardem um momentinho, assim que tiver algo de concreto aviso vocês.

Fabíola: Claro doutor!

Assim que o doutor se retira da presence deles, eles começam a se abraçar muito felizes com a notícia de qua Maria tinha acordado, agora só contavam os minutos para poderem vê-la.

Àquela hora parecia não acabar nunca, aquela espera já estava insuportável, eles queriam ver Maria, abraçá-la, e dizer o quando eles estavam sintido falta daquela senhora tão mandona.

Enfim a espera acaba.

Dr. Natan: Bom, tudo já foi feito. Maria já está pronta pra outra (brinca). Agora vocês já podem vê-la, um por um, para não causar tumult.

Laura: Até que enfim, pensei que esses exames nao ficariam prontos nunca!

Greco: Laura!

Dr. Natan: Tudo bem, já estou acostumado com esses tratamentos “vips”. Bom, então que vai entrar?

Laura: Vó, vai a senhora primeiro, depois nós entramos. Enquanto isso eu cuido de comunicar aos outros.

Carmen: Então eu entro.

Carmen acompanha o doutor até o quarto onde Maria estava.

Dr. Natan: Vou deixar vocês a sós.

Carmen: Obrigada doutor.

Doutor sai.

Maria: Mãe!

Carmen: Filha, como eu estava preocupada com você! Por qu você entrar na frente daquela bala?

Maria: Ainda não entendi porque. Vem cá me dá um abraço.

As duas se abraçam, e Carmen não resiste e acaba chorando.

Conversa vai, conversa vem, e Carmen sai do quarto de Maria, dando a vez para o próximo.

Laura abre a porta do quarto, e fica parade olhando para Maria, sorrindo, e pequenas lágrimas rolam dos seus olhos.

Maria: O que foi? Vai ficar aí parade, ou vai entrar?

Laura: (entra e fecha a porta) Me perdoa, por eu ter sido tão infantil…

Maria: (a interrompe) Ei, para de se martirizar, até parece que eu iria guarder algum rancor de você meu amor, vem cá, me da´um abraço. Você é a última pessoa de quem eu guardaria magoas. Eu é que te peço perdão por não ter te digo logo quem eu era.

Laura: Não precisa pedir perdão. Maria, como ficamos preocupados contigo, por um momneto pensei que você não iria acordar mais.

Maria: (rindo) Ai, vira essa boca pra lá! Você acha que eu iria morrer sem aproveitar a minha filhota?

Laura: É verdade. Mas não só uma filhota, mas dois filhotes!

Maria: (sem entender) Hãm? Como assim dois filhotes?

Laura: Vai me dizer que você não sabe?

Maria: Não sei o que Laura?

Laura: Maria você está gravida!

Maria: Não, você só pode estar brincando comigo! Eu não posso estar grávida! Meu Deus, como isso aconteceu?

Laura: Não estou brincando, estou falando muito sério! Bom, e como isso aconteceu, acho que você e meu pai fizeram amor, e não usaram preservatives.

Maria: Laura, você tem certeza do que está falando?

Laura: Claro que sim! Foi o doutor Natan que nos disse, nós também ficamos muito surpresos.

Maria: Eu estou em choque com essa notícia. Meu Deus, eu vou ser mãe novamente!

Leonel entra no quarto, com um buquê de flores, as preferidas de Maria.

Leonel: Como está a paciente mais linda deste hospital!?

Maria: Leonel! (o abraça) Que bom que está aqui!

Laura: Bom, me deem licença, vou deixá-los a sós. (sai)

Leonel: Então, como está se sentindo?

Maria: Bem, só quero ir logo pra casa, não suporto hospitais.

Leonel: Calma, em breve você vai sair daqui. Não s esqueça que você passou por um choque, e tem que ser tratada com cuidado.

Maria: Ah meu Deus, você sempre cuidando de mim.

Leonel: Sempre, esse é meu dever na terra, cuidar de você. (os dois riem)

Maria: Vem cá, que história é essa que Laura disse que eu estou gravida?

Leonel: Não é nenhuma história, é a mais pura verdade!

Maria: Meu Deus! Onde eu estava com a cabeça?

Leonel: Bom, você eu não sei, mas o Estêvão eu sei bem onde estav com  a dele. (brinca)

Maria: Ai Leonel, deixa de ser sujo.

Leonel: Brincadeirinha. Bom, então deixa e user o primeiro a dar um beijo nessa sua barriguinha linda, que daqui a pouco vai estar enorme.

Leonel abaixa-se para beijar a a barriga de Maria, só não esperava que Estêvão entrasse no quarto nesse momento, e vise tudo.

Estêvão: (morrendo de ciúmes) Atrapalho alguma coisa?

Continua…