Te Fuíste de Aquí escrita por Maitê Miasi


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

"É fácil trocar as palavras,
Difícil é interpretar os silêncios!
É fácil caminhar lado a lado,
Difícil é saber como se encontrar!
É fácil beijar o rosto,
Difícil é chegar ao coração." -Fernando Pessoa



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Ana Rosa: Não, obrigada! Estêvão meu querido diga adeus à vida!

No momento que Ana Rosa aperta o gatilho, e dispara, como se fosse por um impulso, Maria entra na frente de Estêvão, recebendo a bala em seu lugar.

Maria: Estêvãããão nããão...

***

Ana Rosa: (desesperada ao ver o que aconteceu) Ai meu Deus! Essa bala não era para Maria!

Fabíola: (empurra Ana Rosa, e pega a arma) Sua louca, olha o que você fez! Acho melhor você ficar bem quietinha ai, senão é você que vai ganhar um tiro!

Fabíola permanece com a arma apontada para Ana Rosa, enquanto a mesma permanecia jogada no chão repetindo várias vezes “eu não queria atirar nela, eu não queria...”. Maria estava caída no chão, Estêvão a segurava em seus braços, os dois choravam.

Maria: Estêvão, diz a Laura que eu a amo muito, que ela é tudo pra mim...

Estêvão: Não diga mais nada meu amor, você vai sair dessa, poupe suas forças. (falando para a família) Alguém chama uma ambulância, ela está perdendo muito sangue!

Carmen: Já ligaram! Filha, meu amor mantenha a calma, você vai sair dessa meu anjo, você é forte.

Maria: Mãe, me perdoa por as vezes ser ter tão infantil, é que...

Estêvão: (interrompe) Maria, pare se despedir, você vai sair dessa!

Todos estavam nervosos com o que acabara de acontecer, pois Maria estava perdendo muito sangue, e a bala havia pegado em seu peito, então por mais que não quisessem preocupar Maria, a família sabia que o pior poderia acontecer, até que a ambulância chega, pra acabar um pouco com o nervosismo de todos.

Estêvão: (falando com a empregada) Por favor, liga pra esse número (dá o papel a ela), você vai falar com Alba, explica a ela o que aconteceu, e pede pra ela ligar pra minha filha Laura.

Empregada: Sim senhor!

Estêvão: Obrigada! (sai)

Maria é posta com cuidado na ambulância. Carmen vai junto com ela, enquanto Estêvão e Fabíola, seguem o veículo em seu carro. Ana Rosa fica sobre os cuidados de um dos seguranças dos Fernandez, apesar de saberem que ela não faria mas mal a ninguém, pois a mesma estava, digamos, meio louca.

Eles chegam ao hospital, todos com as emoções à flor da pele. Maria se encontrava inconsciente, devido as medicações aplicadas durante a viagem até o hospital.

Dr. Natan:  Desculpem, mas vocês não podem entrar aqui.

Carmen: Natan, salva a minha filha, eu te suplico!

Dr. Natan: Carmen, pode ter certeza que eu vou fazer o possível pra salvar Maria. (sai)

Fabíola: (abraçando a mãe) Calma mãe, vai dar tudo certo, você vai ver. Enquanto a você Estêvão, acho que já pode ir pra casa, você já nos causou problemas demais por hoje.

Estêvão: Eu respeito a dor de vocês, mas eu não vou sair desse hospital enquanto Maria estiver fora de perigo. Eu já perdi Maria uma vez, e não vou ser covarde de perde-la de novo, eu a amo e vou lutar por ela!

Fabíola: (dá um sorriso sarcástico) Engraçado que eu acho que você não a perdeu, simplesmente a abandonou, que são duas coisas diferentes.

Estêvão: Quantas vezes mais você quer que eu peça perdão? (se altera um pouco)

Fabíola: Pra mim? Nenhuma, eu não acredito nas suas palavras, e pra mim você não passa de homem asqueroso.

Carmen: Já chega vocês dois! Vocês não estão em suas casas para ficarem discutindo assim! Respeitem a minha filha pelo menos!

Fabíola: A senhora tem razão mãe, desculpa. Mas também não sou obrigada a ficar olhando pra cara desse aí, vou tomar um café enquanto não dão notícias de Maria. (sai)

Estêvão: Carmen...

Carmen: Estêvão por favor, se você quiser ficar tudo bem, mas não dirija a palavra a mim.

Apesar do amor que Estêvão sentia por Maria, ele sabia que só isso não seria o suficiente para que sua família o perdoasse, ele iria ter que lutar por ela mais uma vez.

***Casa de Magui***

Magui: E aí, quando vai voltar pra casa?

Laura: Não sei. Já se cansou de mim aqui?

Magui: Claro que não, né Laura, mas é que você não pode se esconder dos seus pais  pra sempre.

Laura: (dá um risinho) Meus pais.

Celular de Laura toca.

Magui: Laura, pelo amor de Deus, atende esse celular. Já deve ser a milésima vez que a sua vó liga, deve ser algo importante.

Laura: Claro que não, ela deve implorar pra eu voltar pra casa.

***

Outro lado da linha.

Alba: Ai meu Deus, já liguei várias vezes, e a Laura não atente esse celular.

Daniela: Obviamente ela não quer falar com a senhora depois do acorrido. Mas tenta ligar pra Magui, de repente ela está com ela.

Alba: Boa ideia!

***

 Magui: (olhando para o celular) Olha, sua vó está me ligando!

Laura: (tentando tomar o celular de Magui) Você não vai atender essa ligação!

Magui: (se afasta de Laura) Vou sim, o celular é meu! (atende) Oi tia Alba, tudo bem?

Alba: Oi Magui, minha linda, tudo sim. Escuta, minha neta está aí com você?

Magui: Está sim tia, calma que eu vou botar no viva voz pra senhora falar com ela. (bota o celular no viva voz) Pronto, ela está te escutando!

Alba: Laura, eu sei que você ainda está com raiva da gente, mas aconteceu algo que você precisa saber. Maria, sua mãe, foi baleada, e está no hospital!

Laura: (pega o celular das mãos de Magui, desesperada) Como assim vó, o que foi que aconteceu?

Alba: Eu não sei muito bem como aconteceu, mas sei que a louca da Ana Rosa esteve lá na casa da Maria, com a intenção de matar seu pai, só que Maria entrou na frente da bala, e levou o tiro no lugar do seu pai.

Laura: Desgraçada! Em qual hospital ela está?

Alba: San Lourenzo.

Laura: Ok, estou indo pra lá agora! (desliga) Ai Magui, eu não acredito que isso está acontecendo! (começa a chorar)

Magui: Eu vou pedir para o meu pai te deixar lá. (abraça a amiga) Não fica assim, sua mãe vai sair dessa, e vocês vão ser muito felizes ainda!

Laura: Não precisa pedir ao seu pai, eu vou sozinha. Se acontecer algo com ela, eu não vou me perdoar por tê-la tratado mal, não vou mesmo. Agora deixa eu ir, beijos.

Magui: Beijos! Qualquer coisa me liga!

***Hospital San Lourenzo***

Maria estava sala de cirurgia por volta de umas quatro horas, e todos aguardavam apreensivos por uma notícia sequer dos médicos.

Laura aparece.

Laura: (abraça seu pai chorando) Papai...

Estêvão: Ô meu amor, fica calma, vai ficar tudo bem, você vai ver.

Carmen: Laura!

Laura: (sai dos braços de seu pai, secando as lágrimas) Oi dona Carmen, oi Fabíola!

Carmen: Dona Carmem? Agora que você descobriu que eu sou sua avó você vai me chamar de dona Carmen?

Laura: (ri) Fiquei meio sem jeito.

Carmen: Será que eu posso dar um abraço na minha neta?

 Laura: Claro que sim!

Carmen abraça sua neta, um abraço que a tanto tempo esperava, e que por fim, a tão terrível espera tinha se acabado.

Fabíola: Bom, agora é a minha vez de dar um abraço na minha única sobrinha, vem cá!

Apesar da dor que eles estavam sentindo por Maria, elas estavam felizes por novamente ter Laura em seus braços.

Bruno e Greco chegam ao hospital.

Greco: (abraça Laura) Meu amor!

Bruno: Como está Maria? O segurança nos disse que tinha acontecido!

Fabíola: Ainda não sabemos ao certo. Nesse momento ela está na sala de cirurgia. E a louca da namorada do Estêvão?

Estêvão: Ela não é minha namorada!

Bruno: Quando cheguei em casa, uns médicos e uns policiais estavam a levando para uma clínica psiquiátrica, eles alegaram que ela não estava em seu juízo perfeito.

Fabíola: Pra fazer isso, ela não deveria estar em seu perfeito estado.

Estêvão: Mais tarde vou ligar para a mãe dela, e contar o que está acontecendo.

Fabíola: Por mim essa louca poderia ir pra cadeia, e morrer por lá!

Carmen: Não diga essas coisas minha filha!

Laura: A Fabíola, digo, a minha tia Fabíola tem razão.

No momento em que eles estavam conversando o doutor chega para lhes informar sobre Maria.

Dr. Natan: Familiares de Maria Fernandez?

Todos se aproximam do doutor.

Carmen: Sim doutor! Como está a minha filha?

Laura: Fala logo doutor, como esta a Maria?

Dr. Natan: Bom, a cirurgia foi bastante delicada, pois a bala estava alocada há somente quatro milímetros do coração, mas felizmente conseguimos removê-la com segurança. Agora precisamos esperar que ela reaja, mas o seu estado ainda é bastante delicado, e eu não vou enganar vocês, pode ser que ela reaja, e também pode ser que ela não resista. Mas vamos confiar, porque a Maria é forte, e vai sair dessa.

Laura: Doutor, por favor, salva ela.

Dr. Natan: Estamos fazendo o possível.

O doutor estava saindo, mas lembra de algo, e volta.

Dr. Natan: Ah, esqueci de falar algo. O filho que ela está esperando está bem, ele não sofreu nada com o tiro.

Carmen: Que filho? Maria está grávida?

Dr. Natan: Sim, Maria está grávida de uns dois meses aproximadamente...

Continua...


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Notas finais do capítulo

Mais um capítulo, espero que gostem, beijos!



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