Te Fuíste de Aquí escrita por Maitê Miasi


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

"Bésame o Mátame..."



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Laura: Eu não posso acreditar no que eu acabei de ouvir! (vai para a sala)

Greco: (indo atrás dela) Laura, Laura...

(sala)

Laura: (surpresa e com um pouco de raiva) Como é que é Maria? O que foi que você acabou de dizer?

***

Maria: Calma Laura, não foi isso que você ouviu! (tocando em seu rosto)

Laura: Tire a mão de mim! Eu não sou burra, eu sei muito bem o que eu ouvi!

Nesse momento Alba e Daniela entram na sala, ao ouvirem a discussão.

Estêvão: Tudo bem, já está na hora de dizermos toda a verdade, filha se tem alguém que você deve odiar, esse alguém sou eu, e não Maria.

Laura: Então é verdade, a Maria é minha mãe? (chorando)

Maria: Laura... Filha...

Laura: Não me chama de filha!

Estêvão: Senta aí que eu vou te contar toda a verdade.

Laura: Mas...

Estêvão: Há muito tempo você queria a verdade, agora você vai me escutar, sem me interromper. O que você ouviu é a mais pura verdade, Maria é a sua verdadeira mãe. Tudo que eu contei pra você sobre ela não passava de mentiras, ela nunca saiu de casa, e nos deixou. A história é a seguinte: Quando me casei com Maria, ela estava no início de sua carreira como estilista, aí se passaram uns dois anos, ela estava crescendo muito, fazendo sucesso, e acabou engravidando de você. Nós realizamos um sonho quando você nasceu, porque era nosso sonho termos um filho. Mas Maria estava crescendo muito, sendo desejadas por muitos homens, e isso me incomodou muito, ela realmente nunca faltou como mãe, mas eu a sentia ausente como minha esposa. Eu comecei a ficar com muito ciúmes dela, foi então que tomei minha decisão de sairmos  de casa. Leonel não concordou com a minha decisão, por isso saiu do país e decidiu não se meter, enquanto minha mãe e minha irmã, foi fácil convencê-las  a fazer o que eu queria. Eu aproveitei que Maria confiava cegamente em mim, e fiz com que ela assinasse o divórcio sem ler, e num belo dia quando ela saiu pra trabalhar, eu também saí de casa, tendo a certeza de que ela iria me odiar pra sempre. Ela não poderia me denunciar por sequestro, pois eu estava com a minha filha. Então destruí tudo o que poderia fazer você descobrir quem era sua mãe, mas você foi crescendo, e acabou que a sua própria mãe virou seu ídolo, para meu azar.

Laura: Como você foi capaz de fazer isso? Você sabia muito bem a falta que ela fez pra mim, e nunca se deu ao trabalho de dizer a verdade!

Maria: Filha...

Laura: (interrompe) Já me disse pra não me chamar de filha! E você, nunca fez nada pra me encontrar. Aposto que você aceitou o que meu pai fez, seria mas conveniente pra você crescer sem uma criança pentelhando!

Maria: Não diga isso Laura! Eu passei a minha vida toda procurando por vocês, mas sem sucesso.

Laura: Ah, coitadinha dela. Não se faça de vítima por favor. (saindo)

Alba: Laura, pelo amor de Deus, onde você vai?

Laura: Eu vou pra qualquer lugar onde eu não precise ver a cara de nenhum de vocês! (sai)

Maria: Laura, minha filha! (chorando)

Greco: Deixa que eu vou atrás dela. Ela não vai querer falar com nenhum de vocês. (abraçando Maria) Desculpa tia, eu tentei tirá-la daqui, pra ela não descobrir dessa forma, mas ela não quis me ouvir.

Maria: A culpa não foi sua meu amor.

Greco dá um beijo na testa de sua tia, e sai atrás de Laura.

Maria: Olha o que você fez, a minha filha me odeia, por sua culpa.

Estêvão: Me desculpa Maria, por favor.

Alba: Agora está feito! Só temos que esperar alguma outra reação de Laura. Eu sinto muito pelo que aconteceu, mas você sabia que isso ia acontecer, meu filho, eu avisei pra você.

Estêvão: Eu sei mãe.

Maria: Eu já estou indo, não quero ficar mais nenhum segundo do seu lado, Estêvão San Roman.

Estêvão: Você pode estar me odiando, mas nem maluco eu vou deixar você dirigir nesse estado.

Daniela: Estêvão tem razão Maria, você está muito alterada pra dirigir.

Maria os olha, e entrega a chave de seu carro, concordando que Estêvão a leve em casa, e sai em direção a garagem, e Estêvão a segue.

Em algum lugar.

Greco: Laura, meu amor, você tem tentar se acalmar. Toma, comprei essa água, bebe um pouco.

Laura: Eu não acredito nisso! Eu não quero acreditar que a sua tia é a minha mãe.

Greco: Laura, eu sei que você está chateada com seu pai, e com a minha tia, mas eu sei o quanto a minha tia sofreu quando seu pai sumiu com você, e eu acho que você está sendo um pouco injusta com ela.

Laura: Eu estou sendo injusta? Eu sou a maior vítima de tudo isso! Eu não quero mais ver o meu pai, ele não tinha o direito de mentir dessa forma pra mim.

Greco: E o que você vai fazer? Pra onde você vai essa noite? Eu nem me atrevo a te chamar pra dormir na minha casa.

 Laura: Claro que não! Não sei pra onde eu vou, só sei que não vou pra casa do meu pai!

***Casa dos Fernandéz***

Maria: Boa noite! (séria)

Fabíola: Boa noi... (é interrompida, quando vê Estêvão) O que esse cretino está fazendo aqui?

Estêvão: Boa noite à todos, Carmen, Fabíola e Bruno.

Carmen: Como você se atreve a botar os pés nessa casa depois de todo a mal que você nos causou?

Maria: Mãe, por favor, se Estêvão está aqui, foi porque eu permiti que ele viesse.

Estêvão: Deixa Maria, sua família tem todo o motivo para me tratar desse forma. Por isso estou aqui, pedindo perdão à vocês por toda a dor que lhes causei.

Fabíola: Ah, e você acha que, porque veio até aqui, com o cú na mão, nós iremos perdoar a covardia que você fez com a minha irmã?

Bruno: (agarrando Estêvão pelo colarinho) Cadê a filha da Maria?

Maria: Pelo amor de Deus Bruno, solta ele. Você não entende que brigando nós não chegaremos a lugar algum.

Bruno: Eu não entendo porque você está defendendo esse canalha!

Maria: Eu não estou defendendo ninguém! Só não quero que hajamos como animais!

Estêvão: Maria, é melhor que ir embora, já esperava que não seria bem vindo aqui!

Maria: Não, você não vai! É claro que você não é bem vindo, mas só permiti que você viesse pra contar toda a verdade pra minha família.

Fabíola: Que verdade?

Estêvão: Você tem certeza disso?

Maria: Claro que sim, não tenho mais nada a perder.

 Carmen: De que verdade você está falando filha? É sobre a minha neta?

Maria: Sim, é sobre a Laura.

Fabíola: Então diga logo Maria. Cadê a minha sobrinha?

Maria: Bom, nesse momento ela deve estar me odiando, mas está em boa companhia, com o namorado, que por acaso é seu filho Fabíola.

Fabíola: Não Maria, você está enganada, o Greco namora a Laura que... (se dá conta que está acontecendo) Não, não pode ser! Você que dizer que... Não quero nem terminar de falar.

Maria: É isso mesmo que vocês estão imaginando. A Laura que vocês adoram, que está sempre aqui em casa, a namorada do Greco, e a minha filha!

Carmen: E desde quando você sabe disso? Meu Deus, a minha neta estava tão pertinho de mim!

Maria: Tem um tempinho, quando fui jantar na casa do Estêvão, sem saber que ele era o pai da Laura.

Fabíola: Espera aí, agora a ficha está caindo. Maria, eu não acredito que você estava saindo com esse canalha! Era por isso que você andava tão estranha.

Maria: Sim, eu estava saindo com Estêvão, mas não comece a me dar lição de moral, porque da minha vida eu faço o que eu quiser!

Carmen: Filha, não seja grossa. Agora me diga onde está a minha neta, eu quero dar um abraço bem apertado nela, e dizer o quanto eu amo!

Maria: Isso não vai ser possível. Laura está me odiando e creio que não vai aparecer aqui tão cedo, e acho que nem no Stúdio. Bom Estêvão, acho que você já pode ir.

Estêvão:  Você tem razão. Boa noite. (sai)

Carmen: Maria filha, como você está? Vem desabafar com a sua mãe.

Maria: Não mãe, eu vou pro meu quarto, estou um pouco enjoada. E me perdoem por não ter dito nada antes. (sai)

Após uma longa conversa com Laura, Greco supõe que o melhor lugar para ela passar a noite seja na casa de sua amiga Magui.

Magui: (surpresa com a história que acaba de ouvir) Caraca Laura, eu não acredito que Maria Fernandéz é sua verdadeira mãe! Você deve estar super feliz!

Laura: Realmente parece que eu estou feliz? Estou odiando essa história, não queria que nada disso estivesse acontecendo.

Magui: Não fica chateada com o que eu vou dizer, mas eu sou sua amiga, e devo sempre te dizer a verdade. Você é muito bipolar, há uns dias atrás você vivia discutindo com seu pai, porque queria saber onde estava sua mãe, agora você descobre a verdade, e fica aí. Se eu fosse você corria atrás da Maria, e pedia perdão por suas palavras grosseiras, e aproveitava a chance que a vida está te dando de ter sua mãe com você de novo. É o que eu acho.

Magui foi verdadeira com Laura, fazendo com que a mesma pensasse nas palavras que ela havia dito.

***Stúdios Fernandéz***

Maria: Bom dia Laura!

Laura: (indiferente) Bom dia senhora! Está precisando de alguma coisa?

Maria: Sim, queria falar com você.

Laura: Se for algo relacionado ao trabalho, sou todo ouvidos, mas se for algo particular, não tenho nada pra falar com a senhora.

Maria: Tudo bem, não vou te obrigar a fazer algo que não queira. Ah, quando Vivian chegar, pede a ela que vá até minha sala, por favor.

Laura: Como queira, senhora.

Maria fica de coração partido ao ver como sua filha estava  tratando-a, mas ela sabia que teria que esperar  tempo de Laura, para enfim ser chamada de mãe. Alguns minutos depois Vivian chega ao Stúdio.

Vivian: Oi Laurinha! Que carinha é essa?

Laura: Não é nada demais. Maria está te esperando, em sua sala.

Vivian: Vou até lá falar com ela, agora vê se muda essa cara, por favor.

Laura: Vivian, espera um minuto. Como foi que Maria agiu, quando seu marido saiu de casa com sua filha?

Vivian: Bom, Maria ficou sem chão quando passou por aquela situação, ela entrou em depressão, e ficou quase um ano sem sair de casa, chorando sem saber onde estava sua filha. Depois de quase um ano que ela voltou ao normal, com a ajuda da sua família. Mas foi tenso pra ela, eu sei o que ela sofreu, porque eu estive presente. Mas porque a pergunta?

Laura: Por nada.

Vivian: Então deixa eu ir falar com Maria. (sai)

Sala de Maria.

Vivian: Queria falar comigo?

Maria: Laura já sabe de toda a verdade!

Vivian: O que, como assim!?

Maria: Isso mesmo que você ouviu.

Vivian: Você devia aprender a contar as coisas para as pessoas. E aí como ela reagiu?

Maria: Pode ir tirando esse sorriso do rosto, ela está me odiando.

Vivian: Sério Maria? E sua família, já sabe?

Maria: Sim, eu contei ontem, assim que saí da casa de Estêvão. E não ficaram muito felizes quando descobriram que eu estava saindo com Estêvão.

Vivian: Imagino que sim. Agora mais que nunca você precisa de forças pra conquistar o amor de sua filha.

Maria: Ela puxou a teimosia de mim, então se ela é teimosa, eu sou mais, e não vou desistir dela!

O dia passa tranquilamente, apesar de Laura não estar falando com Maria.

Após o término do expediente, todos vão para as suas respectivas casas.

***Casa dos Fernandéz***

Ao parar com o carro em frente a sua casa, Maria da de cara com Estêvão.

Maria: O que você está fazendo aqui

Estêvão: Vim falar com você!

Maria: Entra, não quero ficar discutindo com você na rua, pode ter paparazzi aqui me bisbilhotando.

Os dois entram na casa de Maria, só não imaginavam a surpresa que os esperava.

Carmen: Filha, olha só a sua amiga veio nos visitar!

Maria: O que essa mulher está fazendo aqui?

Ana Rosa: Poxa Maria, pensei que ia ficar feliz em me ver na sua casa, que afinal, é muito bonita!

Fabíola: E o que esse canalha está fazendo aqui?

Ana Rosa: Não sabia que os dois tinham feito as pazes.

Maria: O que eu faço, ou deixo de fazer da  minha vida não diz respeito a você!

Ana Rosa: (se levanta do sofá) Maria se eu fosse você não falava assim comigo.

Maria: O que você vai fazer comigo? Eu não tenho medo de você sua vagabunda!

Ana Rosa: Não?

Maria:  Não.

Nesse momento, Ana Rosa tira uma arma que estava em sua cintura, fazendo com que todos se assustassem. Maria e Estêvão estavam próximos um do outro e há uns quatro metros de Ana Rosa. Fabíola e Carmen estavam mais distantes.

Estêvão: Ana Rosa, abaixa essa arma, por favor!

Ana Rosa: Nossa, agora mudaram a forma de falar, muito bem. Mas infelizmente é tarde demais, eu te disse Estêvão, que se você não fosse meu, não seria dessazinha também.

Maria: Ana Rosa, por favor, respeita pelo menos a minha mãe, que não tem mais idade para esse tipo de emoção.

 Ana Rosa: Eu não estou nem aí para a sua mãe, por mim que ela morra. Mas não é ela que eu vim matar,  eu sabia que os dois estariam aqui. Agora será que eu mato só o Estêvão, ou mato a Maria também? (rindo)

Estêvão: Por favor Ana Rosa, deixa de loucura, eu de disse que entre nós não pode ter mais nada, eu amo Maria, e eu já te que temos uma ligação muito forte que nem você e nem ninguém vai poder destruir.

Ana Rosa: Bom agora que estamos pertinho da morte, eu já posso saber que ligação é essa.

Maria: Eu sou a mãe da filha do Estêvão, a Laura! Satisfeita?

Ana Rosa: Ah meu Deus! Então você que deu a vida àquela garota insuportável?

Maria: Olha como você...

Ana Rosa: Se eu fosse você eu ficaria bem quietinha aí, porque você não está em condições de levantar a voz. Aliás, como estamos nos momentos das revelações, eu quero dizer algo a você Maria. O Estêvão nunca me levou àquele restaurante, eu menti, e você acreditou (cai na gargalhada). Agora entendo porque Estêvão te ama tanto, mas acho que você devia confiar mais nele.

Maria e Estêvão se olham.

Ana Rosa: Bom, pena que vocês não terão mais tempo para isso, e infelizmente a fedelha da Laura vai ficar órfã de pai. Estêvão, eu estava disposta a te dar meu amor, mas você me desprezou.

Estêvão: Você está louca! Atira logo e acaba com isso!

Maria: Para de dizer isso Estêvão! Ana Rosa, nos deixa em paz, se você quiser dinheiro, eu te dou o quanto você quiser.

Ana Rosa: Não, obrigada! Estêvão meu querido diga adeus à vida!

No momento que Ana Rosa aperta o gatilho, e dispara, como se fosse por um impulso, Maria entra na frente de Estêvão, recebendo a bala em seu lugar.

Maria: Estêvãããão nããão...

Continua...


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Notas finais do capítulo

Muitas emoções no capítulo de hoje, espero que gostem, beijos!!



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