Te Fuíste de Aquí escrita por Maitê Miasi


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

"Agimos certo sem querer
Foi só o tempo que errou
Vai ser difícil sem você
Porque você está comigo
O tempo todo" -Legião Urbana



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Quarto de Maria.

Maria: (falando sozinha) Ai meu Deus, o que estou fazendo da minha vida? Por que eu não te odeio Estêvão? Você me proporcionou um fim de semana mais maravilhoso da minha vida, jamais vou esquecer...

***

Manhã seguinte.

***Casa dos San Roman***

Laura: Bom dia à todos! Paizinho, quanto tempo não vejo o senhor!

Estêvão: Oi meu amor! Não nos vemos desde de sexta, não é?

Laura: Isso, e ontem o senhor chegou muito tarde, e não conseguimos nos ver.

Alba: Como é bom ver vocês assim, com o sorriso de orelha a orelha!

Estêvão: Posso saber o motivo dessa alegria toda filha?

Daniela: Ihh, maninho está por fora. Esse fim de semana aconteceu tudo, inclusive um começo de namoro inesperado.

Estêvão: Não acredito! Você e o sobrinho da Maria?

Laura: Sim!! Mas não sou só eu que estou rindo atoa. O senhor e Maria também. Mas enfim, a conversa está bom, mas já vou. Beijinho meus lindos.

Alba: Tchau meu amor, cuidado na rua tá.

Laura: Tá vó. (sai)

Alba: Fico feliz por você e Maria estarem se acertando, mas você o que vocês vão ter que enfrentar, e não vai ser fácil.

Estêvão: Eu sei. Eu vou falar com a Carmen, com a Fabíola e com o Bruno, vou pedir perdão, eu sei que eles devem me odiar, porque a Maria é a filha querida da Carmen, então qualquer coisa que envolva Maria, é comprar briga com ela.

Daniela: Isso é verdade.

Alba: Mas você está esquecendo de quem realmente importa, a Laura. Não sabemos qual vai ser a reação dela ao saber toda a verdade, é com ela que vocês devem se preocupar.

Estêvão: Eu também sei disso. Já estou me preparando pra dizer toda a verdade pra Laura, não penso em voltar atrás, e não penso em perder Maria outra vez.

No momento em que estavam conversando, Ana Rosa entra sem eles perceberem, mas não os permite vê-la, e fica escondida escutando a conversa dos três.

Daniela: E a Ana Rosa? Já falou com ela?

Estêvão: Ainda não, mas vou chama-la para conversarmos, e terminarmos.

Alba: Ela vai ter um troço.

Estêvão: Vai ser melhor, eu não a amo. Ah, hoje vou chamar Maria pra jantarmos fora, naquele restaurante perto da praia.

Daniela: Hum, aquele restaurante é ótimo. Você vai pegá-la em casa?

Estêvão: Não, vou combinar de encontrar com ela lá umas 19:00, porque vou sair dá empresa em cima da hora, ah, e não sei se volto pra casa.

Alba: Bom, nos poupe dos detalhes. (ri)

Estêvão: Está bem. Agora já vou. Até mais meus amores!

Daniela: Até mais, ou até amanhã.

Eles riem, e Estêvão sai.

Ana Rosa: (falando sozinha, para que não percebam sua presença) Meu caro Estêvão, se você acha que vai me descartar da sua vida assim, sem mais nem meio mais, está muito enganado. Eu não fiquei esse tempo todo contigo pra ser trocada por essa Maria, que apareceu de uma hora pra outra, ah mais não vai mesmo, ou eu não me chamo Ana Rosa.

***Stúdios Fernandéz***

Sala de Maria.

Laura: Maria, posso entrar?

Maria: Claro. Desde quando você pergunta se pode entrar em algum lugar? (ri)

Laura: Estou aprendendo (ri). Chegaram estas flores para uma tal de Maria.

Maria: Nossa, que linda! Bota aí em cima da mesa, e me dá o cartão, por favor.

Laura: Aqui está.

Maria: (lendo para si mesma) Sei que estas são as suas favoritas, mas nenhuma delas é tão bonita quanto você, espero que tenha gostado, te amo!

Laura fica parada olhando para Maria, esperando que a mesma diga alguma coisa.

Maria: Por que você está me olhando assim?

Laura: Estou esperando você me dizer o que está escrito no cartão, e quem foi que mando, aliás, eu já sei quem foi que mando, foi meu pai.

Maria: Eu não vou te dizer o que está escrito, e foi sim seu pai que mandou, sua enxerida.

Laura: Eu fico tão feliz por vocês dois, vocês merecem ser felizes.

Maria: Sério? Você não seria contra se seu pai e eu ficássemos juntos?

Laura: Claro que não! Não sou mais criança pra ficar encrencando com meu pai.

Maria: Mas você não gosta da Ana Rosa, certo?

Laura: Certíssimo. Mas existe uma grande diferença entre Ana Rosa e você. Ela é uma mulher fútil, sem conteúdo, sua vida se resume em shopping, salão, festas e etc. Ela só está com meu pai por causa do seu dinheiro, ela diz que o ama, mas eu tenho certeza que não. E meu pai só está com ela, porque é uma mulher bonita, e satisfaz seus desejos, mas ele não a ama, na verdade a única mulher que eu acho que ele amou, foi a minha mãe.

Maria: Nossa, você é superentendedora desse assunto.

Laura: Só um pouquinho (rindo). Eu pensei que meu pai não ficaria com nenhuma mulher, quero dizer, se sentiria feliz novamente com outra mulher, mas acho que estava errada,  você o fez sorrir novamente.

Maria: Não é ao contrário comigo. Um dia você vai entender o porquê seu pai e eu nos queremos tanto.

Laura: Ai, não aguento mais ouvir essa frase “um dia você vai entender”, esse dia tem que chegar logo.

Maria: Ah, deixa de ser curiosa. Agora vamos trabalhar.

Laura: Está bem chefinha. (sai)

Maria: (falando sozinha) Essa minha filha (ri), como é possível duas pessoas se parecerem tanto? Só espero não ser desprezada por você minha vida, a única coisa que eu quero.

Maria é interrompida quando escuta seu celular tocando.

Maria: Porra, que susto! (pegando o celular) É Estêvão. (atende) Oi meu amor!

Estêvão: Atrapalho?

Maria: Claro que não, você nunca me atrapalha!

Estêvão: Que ótimo então. Gostou das flores que te mandei?

Maria: Claro que sim, amei, elas são lindas!

Estêvão: Sabia que iria gostar. Vamos sair pra jantar hoje? Conheço um restaurante ótimo!

Maria: Claro, por mim tudo bem, mas acho melhor você não me pegar na minha casa, pois o clima com a minha família não é dos melhores.

Estêvão: Entendo, nós podemos nos encontrar lá, se estiver tudo bem pra você, eu te mando uma mensagem com o endereço.

Maria: Perfeito!

Estêvão: Então nos encontramos lá às 19:00. Vou desligar, e deixar você trabalhar, e trabalhar também, muitos beijos meu amor.

Maria: Ok, outros. (desliga)

Mais tarde naquele mesmo dia.

Maria já estava pronta para ir jantar com Estêvão, ela estava deslumbrante. Ela usava um vestido preto, com altura um pouco acima do joelho, um salto, para dar mas beleza ao seu visual. No cabelo, usava um coque, perfeitamente desarrumado, e com um perfume, que enlouquecia qualquer homem.

Carmen: Posso saber onde você vai, ou é invadir demais sua privacidade?

Maria: Vou jantar fora, com o pai da Laura.

Greco: (botando lenha na fogueira) Tia, o pai da Laura não tem nome?

Maria: Você deve saber, afinal, ele é seu sogro agora. Bom me deem licença.

Greco: Toda.

Fabíola: Greco, está acontecendo alguma coisa com a sua tia, e você sabe o que é.

Greco: Sim, eu sei, mas ela mesma disse que não quer ninguém se metendo em sua vida, então não dizer, só que em breve vocês terão um bela surpresa. (sai)

Bruno: Aposto que Estêvão tem a ver com essa mudança repentina de Maria.

Fabíola: Não faz sentido. O que Estêvão teria a ver com isso?

Bruno: Diretamente não sei. Mas ela já estava meio estranha desde a última vez que ela falou de Estêvão, e depois não tocou mais no nome do Estêvão.

Carmen: Mas isso não quer dizer nada.

Fabíola: Será que ela está saindo com o pai da Laura pra fazer ciúmes em Estêvão?

Bruno: Pode ser que seja. Mas tem algo a mais. E a filha dela?  Parece que depois que ela encontrou Estêvão ela deixou um pouco essa história de lado.

Carmen: Pode ser que aos nossos olhos ela deixou de lado, mas  nós não sabemos o que ela faz fora de casa.

Fabíola: E a senhora, como sempre, defendendo a Maria. Mãe, uma coisa nós podemos afirmar sem dúvidas, ela está estranha! E o Greco sabe de tudo.

Bruno: E com certeza ele não vai dizer, eu conheço o meu filho.

Carmen: Uma hora essa história vai vir à tona, enquanto isso vamos deixar Maria em paz.

Fabíola: Claro que a senhora vai deixa-la em paz, ela é sua queridinha.

Os três se olham, e não dizem mais nada.

Estêvão já estava no restaurante esperando Maria, só não contava com a presença de Ana Rosa.

Ana Rosa: Meu amor, não sabia que estava aqui!

Estêvão: Ana Rosa, o que você está fazendo aqui? Você precisa ir embora.

Ana Rosa: Por que? Não estou cometendo nenhum crime, só vou jantar com o meu namorado.

Estêvão: Você não está entendendo, eu estou esperando outra pessoa!

Ana Rosa: Como assim outra pessoa? Você está com outra mulher, Estêvão?

Estêvão: Ana Rosa, eu preciso conversar com vocês sobre nós dois...

Ana Rosa havia visto Maria entrando no restaurante, e interrompe Estêvão com um beijo, fazendo com que Maria veja.

Maria: (se aproximando da mesa) Eu estou atrapalhando alguma coisa?

Maria em nenhum momento saiu do salto, e em nenhum momento fez escândalos, ou gritou, pois acima de tudo ela manteve a classe.

Estêvão: (surpreso ao ver Maria) Maria!!!

Ana Rosa: Maria, querida! Não esperávamos você aqui, mas sente-se e jante conosco. Esse restaurante é ótimo, Estêvão sempre e trás aqui, e depois sempre vamos para um motel maravilhoso, que fica aqui perto.

Estêvão: Cala a boca Ana Rosa! Maria, você não pode acreditar no que ela está dizendo, eu não entendo o que ela está fazendo aqui. (segura seu braço)

Maria: Não encosta em mim!

Ana Rosa: Como não sabe o que estou fazendo aqui? Lembra que combinamos de vir hoje, acho que você se enganou e convidou essazinha também.

Maria: Eu vou embora e deixar vocês a vontade, enquanto a você Estêvão San Roman, não me procure nunca mais!

Estêvão: Maria, espera, não acredite no que ela está dizendo.

Maria deixa Estêvão falando sozinha. Ela vai embora arrasada, pois pensava que podia ser feliz com o homem que amava outra vez.

Estêvão: Por que você fez isso Ana Rosa?

Ana Rosa: Você ainda pergunta? Estêvão você é meu, e não vou permitir que você me descarte como se eu fosse um lixo, por essa mulher.

Estêvão a olha com muita raiva, mas não diz mais nada, e sai do restaurante, deixando-a sozinha.

Ana Rosa: Estêvão, aonde você vai? Estêvão, não me deixe aqui sozinha, Estêvão!! (fala mais baixo) Seu imbecil!

***Casa dos Fernandéz***

Maria tinha segurado ao máximo para não chorar, mas ao chegar em casa desabou, pois não acreditava no que estava acontecendo.

Ela entra em sua casa chorando, mas não fala com ninguém, deixando sua mãe, e os demais preocupados.

Carmen: Maria, minha filha, o que houve? Por que você está chorando desse jeito?

Maria não dá ouvidos ao que sua mãe fala, e vai direto para seu quarto, e tranca a porta. Carmen não satisfeita, vai até lá e tenta arrancar algo de sua filha.

Carmen: (batendo na porta) Maria, abre, deixa eu falar com você! Meu amor, deixa eu te ajudar!

Maria: Vai embora mãe, eu não quero falar com ninguém, me deixa em paz!

Carmen: Mas filha, eu estou preocupada com você.

Maria: Não precisa se preocupar, eu vou ficar bem, e não vou me matar não. Agora me deixa.

Carmen desiste de tentar falar com Maria, ela conhecia a teimosia da filha, e sabia que ela não iria abrir a porta.

Maria: Como eu sou idiota! Como pude acreditar nas palavras daquele desgraçado? Como pude fazer amor com ele? (jogando seus perfumes e outras coisas no chão) Eu te odeio, eu te odeio, seu filho da puta, ordinário, desgraçado...

Continua...

 

 


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Notas finais do capítulo

Aqui está mais um capítulo, espero que gostem. A hora da verdade está chegando, esperamos ansiosos. Beijos!!



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