Maria: Estêvão...

Estêvão: Não diga mais nada, nós já perdemos tempo demais...

E sem pensar em mais nada, os dois se entregam a um beijo apaixonado, esquecendo de todos os problemas, de todas as palavras, e de todo o rancor, das magoas, ressentimentos. Tudo que estavam sentindo naquele momento, era a necessidade um do outro...

***

Mais tarde.

***Stúdios Fernandez***

Laura: (entrando na sala de Maria) Oi Vivian! Cadê Maria?

Vivian: Ela saiu já tem um tempinho, e ainda não voltou, e acho que nem vai mais voltar hoje, por isso já estou encerrando umas coisas aqui.

Laura: Ata, então já vou.

Em um momento, Vivian para e fica olhando Laura, e não diz absolutamente nada.

Laura: O que foi? Por que está me olhando assim?

Vivian: Nada. Sabe quando você olha pra uma pessoa, e parece que já a viu a muito tempo atrás?

Laura: Não, isso nunca aconteceu comigo. Mas você disse isso pensando em mim?

Vivian: Isso. Mas esquece o que eu disse. Escuta, eu ouvi a conversa que você e Maria tiveram à tarde, suas palavras mexeram muito com ela, sabia?

Laura: Sério? Será que fiz mal em expor minha opinião pra Maria?

Vivian: Não Laurinha, você não fez mal, eu sei que a história de vocês são parecidas, então sua opinião conta muito pra ela, entende.

Laura: Entendo, mas eu não consigo não falar o que eu acho, e eu acho que acabei magoando ela com as minhas palavras.

Vivian: Você não fez por mal. Eu lido com isso há tempos, Maria também é assim, fala o que pensa, e muitas vezes não faz por mal.

Laura: Como nós somos parecidas! (ri) Bom, eu vou até a casa dela, e vou falar com ela.

Vivian: Faça isso. Laura, cada palavra que você disser, significa muito pra Maria.

Laura: Eu só queria entender o porquê.

Vivian: Um dia você vai entender meu amor. Agora vá logo, senão vai ficar muito tarde.

Laura: Tudo bem, então até amanhã, Vivian.

Vivian: Até...

Laura sai do Stúdio e vai direto para casa de Maria.

***Casa dos Fernandez***

Carmen: Laurinha, meu amor, que bom ver você!

Laura: Oi vó Carmen (a abraça) também fiquei muito feliz em ver a senhora, e a Fabíola!

Fabíola: Oi Laurinha, já faz um tempinho que você não vem aqui, não é.

Laura: Não faz tanto tempo assim.

Carmen: Mas é que nós sentimos sua falta, então um dia já é muito tempo. Mas o que a trouxe aqui?

Laura: Vim fala com  Maria. Ela se encontra?

Fabíola: Achei que ela estivesse no Stúdio. Ela não está em casa.

Laura: Vivian disse que ela saiu, e não voltou mais pra lá.

Carmen: Então, enquanto ela não chega, vamos comer alguma coisa. Você está muito magra mocinha!

Fabíola: Iiih Laura, acho que você arrumou uma vó mesmo.

Elas riem.

As três ficam entretidas numa conversa, até que Maria chega em casa.

Maria: Cadê o povo desta casa?

Fabíola: Estamos na cozinha, vem até aqui!

Maria: Oi mãe, oi Fabíola. (se assusta ao ver Laura) Laura, o que você está fazendo aqui?!

Carmen: Maria, foi essa educação que eu te dei? É assim que se fala com as visitas?

Maria: Ah mãezinha, que drama, é porque eu não esperava vê-la aqui, foi isso.

Laura: Desculpa vir sem avisar, é que eu preciso falar uma coisa com você.

Maria: Aconteceu alguma coisa com você?

Laura: Não, não é nada sério, é sobre a conversa que tivermos à tarde.

Maria: Ah sim. Deixa só eu roubar um pedacinho desse bolo, que está com um cheiro maravilhoso, que vamos até meu quarto conversar.

Carmen: Maria, olha os modos! Você nem lavou a mão quando chegou da rua.

Maria: Vamos Laura, e ignore as palavras da minha mãe, ela acha que ainda sou uma criancinha.

Laura ri.

Quarto de Maria.

Maria: (sentando na cama) Então, o que você quer me dizer?

Laura: Na verdade queria pedir desculpas pelas minhas palavras, sei que fui um pouco grosseira.

Maria: Laura, você acha mesmo que eu vou ficar chateada com você por isso? Essa é sua opinião, eu seria muito injusta com você se fizesse isso.

Laura: Mas Vivian disse que minhas palavras causam um grande impacto em você, e que você ficou triste com o que eu disse.

Maria: Sim, ela não mentiu. Mas tenta pensar no meu lado, suas palavras me fazem perder toda a coragem de me aproximar da minha filha.

Laura: Mas Maria...

Maria: Eu esperei por esse momento a vida toda, eu não suportaria nesse estágio da minha vida, a dor da rejeição, (acaricia a face dela) não tenta entender, só o amor de mãe é capaz disso.

Laura: Pode parecer maluquice minha, mas às vezes sinto, que, tudo que você diz está destinado a mim.

Maria: (ri e tenta mudar o assunto) Pode parecer maluquice minha, mas em você eu encontro forças pra continuar.

Laura: Em mim, logo em mim? Não faça isso, porque senão você para rapidinho. (elas riem)

Maria: Não diga isso de você. Quem você acha que ainda mantêm a sua casa unida? Por quem seu pai se mata de trabalhar? Você é a coluna dos San Roman, mesmo que não acredite, você é a força, a alegria daquela casa.

Laura: Nossa! Eu sou isso tudo? Nunca imaginaria.

Maria: Mas você é. E eu só tenho que agradecer por você ter sido meio chata lá no inicio, quando nós nos conhecemos, se não fosse você, hoje não estaríamos aqui conversando, como duas boas amigas.

Laura: É verdade. Mas se não fosse você, eu não teria conhecido o Greco, e teria me casado com o Carlos. Então estamos kits.

As duas caem na gargalhada, e ficam ali, conversando e brincando. Um momento tão aguardado por Maria, de poder estar com sua filha, mesmo que ela ainda não soubesse, mas estava valendo a pena.

Maria: Já está tarde, não é?

Laura: Acho que conversamos demais. Acho melhor eu ir indo.

Maria: Eu levo você, aliás, o motorista nos leva, porque meu carro ainda está na sua casa, então eu aproveito e pego ele.

Laura: Então tudo bem. Vamos!

Laura se despede da família de Maria, que também era a sua família. As duas vão conversando no carro, e chegam na casa dos San Roman.

***Casa dos San Roman***

Laura: Boa noite vó, boa noite tia! Cadê meu pai?

As duas: Boa noite!

Daniela: Ainda não chegou. Ele deve estar com Ana Rosa.

Maria ao ouvir aquilo, morre de ciúmes.

Maria: Boa noite Alba e Daniela!

Alba: Maria não tinha visto você aí! Tudo bem?

Laura: Eu vou deixar vocês aí tricotando, e vou para o meu quarto. (sai)

Maria: Então quer dizer que o Estêvão está com Ana Rosa?

Daniela: Eu não disse isso com certeza, foi uma suposição.

Alba: Mas acho que tem alguém aqui com ciúmes.

Maria: Eu não estou com ciúmes. O Estêvão é adulto, e é livre pra fazer o que ele bem entender.

Alba: Sabe Maria, ainda não tivemos a oportunidade de conversar, mas sabia que eu fiquei muito feliz coma sua volta.

Maria: Eu não acredito que estou ouvindo isso!

Alba: É sério. Eu nunca devia ter concordado com o Estêvão em ter saído de casa, você não sabe o quanto Laura sofreu com a sua ausência.

Maria: A que não teve culpa de nada, foi a que mais sofreu. Mas eu estou disposta a recuperar o amor da minha filha.

Daniela: Mas você já tem o amor da Laura, antes mesmo dela trabalhar com você.

Maria: Mas o que ela sente por mim, não é amor de filha, é algo diferente. Ela gosta de mim, como, sendo, a grande estilista Maria Fernandez, e não como a sua mãe Maria, que é o que mais importa pra mim.

Alba: Mas quando ela descobrir vai ser diferente, você vai ver só.

Maria: Aí é que você se engana Alba, ela já me disse que não vai aceitar sua mãe, quando ela voltar.

Estêvão chega, interrompendo a conversa delas.

Estêvão: Boa noite senhoras! Maria, que surpresa ver você aqui!

Maria: Está sorridente, aposto que estava com a sua namoradinha.

Estêvão: Você está com ciúmes, Maria? Pois apostou errado, eu fiquei até mais tarde numa reunião do conselho. E cadê Laura?

Alba: Está no quarto.

Maria: Bom, já fiz meu papel de mãe, e já trouxe minha filha pra casa. Até mais!

Estêvão: Só esperou que eu chegasse pra ir embora?

Maria: Querido Estêvão, minha vida não é movida pelos seus passos, eu faço o que eu quero, e quando eu quero.

Estêvão: Nossa, quanta delicadeza! Impressionante como Laura e você se parecem, impressionante.

Maria: Fico muito feliz por suas palavras, ainda bem que ela puxou a mim, e não ao pai! Bom, boa noite à todos, até mais!

Estêvão: Espera! Deixa que eu te levo em casa.

Maria: Não precisa, eu sei o caminho, e além do mais, meu carro já está aqui e eu preciso leva-lo pra casa.

Estêvão: Não seja teimosa Maria. Eu me troco num instante, e saímos.

Maria aceita que Estêvão a leve, mesmo contra sua vontade, só que no meio do caminho ela tem uma surpresa ao perceber que Estêvão não estava no caminho de sua casa.

Maria: Seu maníaco, pra onde você está me levando?

Estêvão:  Eu não sou nenhum maníaco. Pode ficar calma, eu não estou te sequestrando, só aguarde mais um pouquinho.

Estêvão não diz nada a Maria sobre o lugar onde ele estava levando-a , fazendo com que Maria se corroesse de tanta curiosidade, mas como era orgulhosa, não quis dizer mais nada.

Estêvão: Chegamos!

Maria: Como assim Estêvão? Por que você me trouxe a esse lugar?

Estêvão: Porque foi aqui que eu te trouxe no nosso primeiro aniversário de casamento, lembra?

Maria: Claro que eu me lembro! Como poderia esquecer?

Estêvão: Pedi tudo que você mais gosta, aquele risoto de frutos do mar que você adora, com direito a dançarmos ao som da sua música preferida, e terminamos a noite onde você quiser.

Maria: (solta um risinho) Estêvão...

Os dois comem, e conversam como dois velhos amigos. Eles se permitem esquecer  tudo que havia os separado, e se dão a chance de ser feliz novamente, mesmo que seja por uma só noite.

Estêvão: Me dá a honra dessa dança?

Maria: Claro!

Estava tocando a música que Maria mais gostava, que ela dizia que era a música dos dois.

 Ya no importa cada noche que esperé
Cada calle o laberinto que crucé
Porque el cielo ha conspirado a mi favor
Y a un segundo de rendirme te encontré

Piel con piel
El corazón se me desarma
Me haces bien
Enciendes luces en mi alma

Creo en ti
Y en este amor
Que me ha vuelto indestructible
Que detuvo mi caída libre
Creo en ti
Y mi dolor se quedo kilómetros atrás
Mis fantasmas hoy por fin están en paz

El pasado es un mal sueño que acabó
Un incendio que en tus brazos se apagó
Cuando estaba a medio paso de caer
Mis silencios se encontraron con tu voz

Te seguí y rescribiste mi futuro
Es aquí mi único lugar seguro

Creo en ti
Y en este amor
Que me ha vuelto indestructible
Que detuvo mi caída libre
Creo en ti
Y mi dolor se quedo km atrás
Mis fantasmas hoy por fin están en paz.

Maria: Estêvão, a nossa música!

Estêvão: Sim Maria, a nossa música!

Sem conseguir esperar nem mais um instante, os dois se entregam a um beijo apaixonado, como se fosse o último, esquecendo de tudo e de todos.

Maria: Acho que o tempo não foi capaz de destruir o amor que eu sinto por você. Eu queria te odiar, mas não consigo. Eu te amo Estêvão!

Estêvão: Eu também te amo meu amor!

Se beijam novamente.

Maria: Esta noite está mais do que perfeita.

Estêvão: Mas ainda pode melhorar. Você confia em mim?

Maria: (rindo) Não deveria, mas confio. Me leve pra onde você quiser, já não tenho mais comando sobre meu corpo.

Estêvão leva Maria para um motel, onde se encontravam no passado.

Maria: Esse lugar ainda existe?

Estêvão: Claro que existe! Ela ficou aqui esperando por nós dois.

Estêvão foi se aproximando de Maria, ficando cada vez mais perto, ele cheirava seus cabelos negros, Maria permanecia de costas para ele, vibrando em seus braços. Estêvão a vira para frente, beijando-a com muita paixão.

Maria: Cansei de fingir que não sinto nada por você.

Estêvão: Então não finja meu amor.

Os dois se beijavam com loucura. Estêvão vai levando Maria até a cama, e tirando vagamente a sua roupa, e Maria fazia o mesmo com Estêvão.

Ele passava a mão sobre o corpo de Maria, que gemia de prazer, e Maria fazia o mesmo com ele. Ambos gemiam, a cada toque, deliravam, seus corpos sentiam a necessidade um do outro. Estêvão distribuía beijos pelo corpo de Maria, a mesma se agarrava no lençol.

Estêvão chupava seus seios, e foi descendo lentamente até chegar a intimidade de Maria, e ali fez o que sabia fazer de melhor, levando Maria a loucura, e fazendo com que ela tenha seus primeiro orgasmo.

Maria: Estêvão...

Estêvão: Ah meu amor, como eu sonhei com esse dia...

Maria gemia como louca, estava matando a saudade do único homem para quem se entregara de verdade.

Estêvão foi encaixando seu membro em Maria lentamente, e logo fazia movimentos de vai e vai, deixando Maria louca. Logo ela fica por cima dele e começa a cavalgar. Ela subia e descia e seu amado a ajudava segurando em seu quadril, eles gemiam em cada movimento.

Estêvão passava suas mãos pelo corpo de Maria, acariciava seus seios com os lábios, e com a mão acariciava seu clitóris, levando-a a loucura. Logo ela a bota de quatro e a penetra com força, fazendo seus corpos se chocarem, e enfim, ambos chagam a um orgasmo perfeito.

Ambos deitados, um do lado do outro.

Estêvão: Eu tinha me esquecido o quanto você é boa na cama.

Maria: (ri) Pois eu nunca me esqueci. Eu te amo Estêvão!

Estêvão: Eu também te amo Maria, e não vou permitir te perder de novo. (se beijam)

Continua...