Laura: Ai Greco, você não existe. Será que eu estou apaixonada por você? Você não sai da minha cabeça, eu não paro de pensar um segundo em você, e naquele beijo, o mais lindo de todos...

***

Já era outro dia. Todos se preparavam para seus afazeres.

***Stúdios Fernandez***

Magui tinha ido ao Stúdio para falar com Laura, mas sem sucesso, pois Laura ainda não havia chegado.

Maria: Procurando alguma coisa mocinha?

Magui: (como quem leva um susto) Maria Fernandez!? (surpresa por ver pela primeira vez Maria)

Maria: Eu mesma. Posso saber quem é a senhorita, e o faz aqui?

Magui: Desculpa senhora. Meu nome é Magui, sou amiga de Laura e queria falar com algo com ela sobre Carlos.

Maria: Sobre Carlos? Vem comigo, vamos conversar na minha sala.

As duas  vão para sala de Maria, para conversarem.

Maria: Sente-se por favor. O que você tem a dizer sobre Carlos?

Magui: Obrigada! O que eu tenho a dizer não é nada concreto. Na verdade não vou muito com a cara dele, e queria muito que ele não se casasse com Laura.

Maria: Bom, então estamos indo pelo mesmo caminho, porque eu penso como você. Mas então diga o que você tem a dizer.

Magui: Bom, eu acho que o Carlos é um mentiroso, e inventou essa história. Eu andei stalkeando o Carlos pelas redes sociais e não vi nem uma postagem sobre o que aconteceu, e isso é muito estranho, pois qualquer ação dele, ele posta. Tentei procurar o pai, e o irmão, e nenhum deles falou sobre essa morte.

Maria: Magui, isso é interessante. Mas  ele não sabia que Laura pensava em terminar com ele.

Magui: Claro que sabia! Eu contei pra ele, na intenção de zombar dele, mas eu não sabia que Laura ainda não havia falado com ele. Acho que cometi um erro fazendo isso.

Maria: Calma, não foi sua culpa. Se ele sabia, possivelmente ele pode ter inventado essa história, mas não podemos julgá-lo sem ter provas. Mas deixa isso comigo, se essa Carlos estiver aprontando alguma coisa, ele não vai ter sucesso, por que eu não vou permitir. Me fale o que você sabe sobre ele, nome completo, nome do pai e tal.

Magui: O nome dele é Carlos Sanchez, o pai se chama Rufino Sanchéz. A família dele é da Espanha, o nome da mãe e do irmão eu não sei. Mas o que a senhora vai fazer?

Maria: Isso você não ficar sabendo agora. Ah Magui, não conta nada pra Laura isso que você me contou, e nem que você falou comigo, porque ela pode desconfiar de alguma coisa.

Magui: Tudo bem, eu sei como ela é, e como ela pode agir se souber, Olha senhora, se a senhora conseguir fazer  pra impedir esse casamento, eu vou gostar mais ainda da senhora.

Maria: (ri) Estou vendo que você e a Laura são bem parecidas. Laura também era assim quando chegou aqui. Mas eu não quero impedir que ela se case, mas que ela caia na real.

Magui: É verdade. Agora é melhor eu ir porque daqui a pouco ela chega. Mais uma vez, obrigada senhora.

Maria: Você não tem o que me agradecer. Até mais.

Magui: Até... (sai)

Corredores do Stúdio.

Laura: Oi Greco. Obrigada pelas flores, elas são lindas!

Greco: Oi Laura, que bom que você gostou, comprei as que mais combinavam com você, as mais lindas da floricultura. Eu disse que também poderia ser tão cabeça dura quanto você. (segura a mão dela)

Laura: (solta a mão da mão dele) Greco, eu amei as flores, mas isso não quis dizer que eu vou mudar de ideia. Eu já disse e não vou mudar minhas palavras.

Greco: Por que você é assim, hein? Você prefere ficar com um canalha, do que com alguém que só quer o seu bem?

Laura: (se irrita) Você não conhece o Carlos pra dizer que ele é um canalha, agora me dá licença que eu não sou obrigada a ficar ouvindo as merdas que saem da boca.

Laura se irrita pela forma que Greco fala de Carlos, pois já não aguentava mais  como todos o viam.

Quando ela ia sair da presença de Greco, ele a puxa pelo braço, e a beija, no começo ela reluta contra o beijo, mais depois se permite ser beijada. Ela lutava consigo mesma, pois no mesmo momento em que ela odiava Greco pelas suas palavras, por outro lado, seu coração queria que ela continuasse ali.

Laura: Pronto, já teve o que queria, já me beijou. Agora o que quer?

Greco: Eu não entendo o que aconteceu, mas você correspondeu ao meu beijo, senti você tremer em meus braços.

Laura: Que abusado são os homens! O que você acha, só porque me mandou umas flores, pensa que me tem em suas mãos?

Greco: Você está brincando comigo? Uma hora você diz está decidida a se casar, e outra hora você me beija apaixonadamente. Eu juro que não consigo te entender.

Laura: Não fui eu que te beijei, e sim ao contrário. Agora me dá licença. (o olha sem demonstrar emoção, e se retira)

Greco: (pensando) Você pode enganar qualquer um, mas a mim não, eu sei que você me ama, mesmo sem admitir, eu sei...

Sala de Maria.

Vivian:  (entra eufórica) Você não sabe o que eu acabei de ver no corredor!

Maria: Quer dizer que agora você fica no corredor escutando conversas?

Vivian: Estou falando sério, Maria.

Maria: Então me fala, o que você viu no corredor?

Vivian: Greco e Laura se beijando no corredor como um casal apaixonado, e depois acho que tiveram uma pequena discussão, mas não ouvi o que falavam.

Maria: Não acredito! Ai meu Deus, acho que nunca fiquei tão feliz com uma notícia, como agora.

Vivian: Sabia que ia gostar da notícia. Mas que pena que saiu bufando.

Maria: Isso é cena. Eu sei que os dois se gostam, e algo me diz que eles vão ficar juntos.

Vivian: Hum, algo te diz?

Maria: Não sei te explicar, mas tudo que acontece com Laura, me atinge.

Vivian: Coisa da sua cabeça. Você está vendo sua filha na Laura. E você quer no seu coração que a sua filha seja como ela, porque você se apegou a ela de tal forma que é isso que seu coração deseja.

Maria: Você pode estar certa. Mas mudando de assunto, peça para o detetive Ruben vir aqui ainda hoje, preciso muito falar com ele.

Vivian: Posso saber para quê?

Maria: Como você é curiosa. Vou manda-lo investigar Carlos.

Vivian arregala os olhos, mas não diz mais nada, e vai atender ao pedido de Maria.

Maria já estava quase no fim do expediente, só esperava que o detetive chegasse para que ela fosse para casa.

Ruben: Boa noite Maria! Vivian disse que queria falar comigo.

Maria: Boa noite Ruben, quero sim. Tenho um caso para o senhor investigar.

Ruben:  Sobre seu marido?

Maria: Não. Dessa vez não é sobre Estêvão, é sobre outra pessoa. (entrega a foto de Carlos) Quero que investigue esse rapaz. O nome dele é Carlos Sanchez, não é daqui do país. Seu pai se chama Rufino Sanchez, a mãe não sei o nome.

Ruben: Tudo bem. Mas o que exatamente você quer saber?

Maria: Sobre a mãe dele. Se está viva, ou morta, se estiver morta, à quanto tempo morreu, enfim, quanto mais informações melhor.

Ruben: Vou começar investigar amanhã mesmo. Assim que tiver algum avanço, entro em contato com você.

Maria: Ok. Obrigada Ruben. Eu sei que vai conseguir, eu conheço sua eficiência.

Ruben: Eu é que agradeço por depositar sua confiança em mim. Uma boa noite, e até mais.

Maria: Até mais.

Ruben sai.

Maria ainda permanece em sua sala por mais alguns minutos, pensando em tudo que estava acontecendo em sua vida, sobre Laura. Ela não acreditava no que estava fazendo por uma pessoa que nem era do seu sangue, e que tinha entrado em sua vida em tão pouco tempo, e já a mudara por completo.

E em todo esse pensamento ela acaba pensando também em Estêvão.

Maria: Seu desgraçado, mesmo depois de desgraçar a minha vida eu não paro de pensar em você. Nunca mais consegui refazer a minha vida, nem isso você me permitiu fazer. Não Maria, você não pode amar esse homem que só te fez mal, eu não te permito isso...

***Casa dos San Roman***

Todos estavam na mesa do jantar.

Alba: Então meu filho, como foi a negociação com aqueles empresários?

Estêvão: Foi tudo ótimo! Fechamos negócio, e me parece que vai ser um sucesso.  E como foi o dia de vocês?

Daniela: Minha mãe e eu fomos ao shopping e almoçamos fora.

Estêvão: Que ótimo! E você filha?

Laura não o escuta, pois estava distraída.

Estêvão: Laura! (grita)

Laura: Oi pai, desculpa estava distraída.

Alba: Percebemos isso.

Estêvão: E então, como foi seu dia?

Laura: Não quero falar do meu dia, porque foi uma merda.

Daniela: Mas o que houve?

Laura: Nada, e se vocês não quiserem escutar minhas grosserias, então não me perguntem nada.

Estêvão: Nossa Laura, você é um poço de grosserias. Porra, eu não sou assim, não sei com quem você aprende essas coisas.

Laura: Ah não sei, devo ter puxado minha mãe. Porque eu não a conheço, mas o tem características dela em mim.

Daniela: Isso é falta de umas boas palmadas quando você era criança.

Campainha toca.

Laura: Até que enfim chegou alguém pra vocês pararem de me encher o saco.

A empregada vai atender a porta. Era Carlos que  tinha acabado de chegar de viagem.

Carlos: Meu amor...

Continua...