The story of Hope escrita por Sabriie


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Não sei se depois de todo esse tempo essa história ainda possui leitores... Não tenho nada a dizer além de pedir desculpas. Muitas coisas aconteceram e no final fiquei um pouco desmotivada. Mas aqui estou.
Fui ler os outros capítulos e percebi que poderia fazer algumas alterações na escrita e alguns ajustes na história... Mas isso cabe a vocês escolherem.
Peço desculpas por algum erro, mas acabei de escrever e resolvi postar.
Nos vemos lá nas notas finais.
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/685560/chapter/7

Recobrei a consciência escutando vozes, percebi que falavam de mim, aposto que já tinham contando a história da minha vida. Estava deitada em um sofá, e pela forma que meu corpo doía eu estava em uma posição pouco confortável por muito tempo. Quando finalmente perceberam que eu estava consciente de novo todos naquela sala olharam preocupados para mim, pude ver que os gêmeos estavam ao meu lado de prontidão de forma que ninguém pudesse se aproximar. Percebi que havia uma mulher sentada um pouco a minha frente e pela semelhança deveria ser a mãe de Kira.  

Lydia foi a primeira a se manifestar perguntando o que havia acontecido e se eu estava bem, pelo o que ela disse o motivo da gritaria era que eu havia causado tremores na casa e me sacudia quase que em uma convulsão, eles estavam com medo de que eu perdesse o controle e destruísse o bairro com feitiços.  

—Possessão.  

—O que? - Issac perguntou para Noshiko a mãe de Kira.  

—Ela sofreu uma tentativa de possessão, e para não ter sido possuída ou é muito forte para resistir ou já tem algo...  

—Eu sou muito forte! Sou uma Mikaelson e não será uma criatura decrépita que irá mudar isso.  

—Espera aí, você sabe quem era? - Alisson perguntou  

—Sim, eu o vi antes de tudo escurecer, era quase uma pessoa, enrolada em bandanas muito velhas e usava uma jaqueta.  

—Então quer dizer que uma múmia rock'roll está a solta- Stiles disse suspirando  

Noshiko que até então me encarava suspirou e indicou para que todos sentassem.  

—Para vocês entenderem o que vão encarar no futuro, precisam conhecer o passado, mais especificamente o meu passado... O ano era 1943 o rescaldo dos tumultos no campo de invasão de Oak Creek e o subsequente encobrimento do governo das mortes dos internados me deixou muito irritada e então em um momento de fúria pela morte do homem que eu amava eu rezei para meus antepassados de Kitsune para permitir que um poderoso Nogitsune imbuísse meu corpo ferido com poder e me curar para que eu pudesse me vingar dos responsáveis pelas mortes de meus companheiros internados. No entanto, raposas sempre são ardilosas, ainda mais uma raposa negra e  em vez de me possui como eu pretendida, o Nogitsune  possuiu o corpo de meu amante recentemente falecido, o cabo Rhys , que então continuou e matou os campistas e funcionários restantes em Oak Creek antes que eu e Satomi Ito, uma lobisomem o neutralizassem fazendo o Nogitsune ser expulso do corpo de Rhys , fazendo com que ele volte a sua forma de mosca, que foi então preso em um frasco e enterrado nas raízes do Nemeton . O Nogitsune continuaria sendo um prisioneiro neste frasco até o Nemeton entrar em colapso.  

Todos estavam digerindo a história contada e que a mulher a nossa frente não tinha a idade que aparentava.   

—Isso não explica o que são as criaturas mascaradas que nos perseguem e porque elas nos marcaram. - Ainden disse.  

—São os ninjas da minha cauda de Kitsune, eles marcam para identificar que o seu corpo está limpo da criatura que caçam. - Disse Noshiko  

—E o que ele quer? O Nogitsune?-Scott perguntou  

—Morte...  

—Sim, como sabe? - A mãe de Kira perguntou-me  

—Eu vi, vi a neve caindo e corpos no chão, vi pessoas lutando e então nada... O cheiro de sangue invadindo e uma risada, pude sentir o sentimento dele, ele se banqueteava com o sofrimento, com o caos que instalava. - Eu disse me lembrando dos flashes que invadiam a minha mente. 

Hope imaginava que poderiam ser lembranças dele, de quando a tentou possuir, a jovem híbrida não fazia ideia de que aquilo era um presságio. Um aviso. Uma visão. 

— Como nos livramos dele? - Perguntou Derek  

—Precisam destruir a forma carnal em que ele está, ou seja, quem ele está possuindo no momento, a mosca irá deixar o corpo e procurar um outro hospedeiro, precisam capturar ele nessa forma para aprisionar ele em um local sagrado. - Noshiko disse se levantando e indo em direção a uma estante e de lá pegou uma pequena caixa e vindo na minha direção entregou-me. 

Devo ter transparecido minha surpresa pois ela logo disse: 

— Essa caixa pode conter a forma natural dele depois que destruírem a forma humana que ele estiver possuindo. Uma vez há muito tempo atrás, estava de passagem por uma cidade e pessoas morriam de forma desenfreada, alguns Druídas foram tentar deter a criatura que era a culpada e todos foram achados no dia seguinte na praça da pequena cidade mortos. Os corações estavam arrancados do peito e os corpos quase sem sangue. Eu vi o que aconteceu com aqueles que tentaram interferir em seu caminho, depois fui descobrir que o culpado era Elijah Mikaelson. Nessa sala se tem alguém que vai fazer o necessário sem ligar pro que é certo é você. 

Ela me entregou a pequena caixa e eu pude entender o porquê de ela ter dito aquilo. A forma de destruir a forma carnal era matando. Nenhum dos presentes naquela sala teria coragem de matar um inocente, ou alguém que conhecesse e ela sabia disso, mas por eu ser filha de meu pai e pela minha família ela deduziu que eu matava quem ficasse no meu caminho. 

Ela não estava tão errada. 

Parei de olhar a pequena caixa em minhas mãos e levantei o olhar para a mulher.  

— Você deu sorte sabe... Meu tio Elijah é o mais honrado. - Disse dando um sorriso que sabia ser o sorriso exato que meu pai dava. 

  

—_________________________________________________________

Depois da visita que fizemos a casa da Kira cada um de nós resolveu voltar para sua própria casa, estávamos cansados e precisando botas os pensamentos em ordem. 

Assim que entramos em casa pude perceber que meu tio não estava. Os gêmeos subiram para o quarto e pelo estado que se encontravam não demorariam a dormir. 

Apesar de estar esgotada meu corpo pedia por um pouco de ar livre, ainda estava um pouco claro do lado de fora e após tomar um banho rápido resolvi caminhar novamente pela floresta. Como da primeira vez eu estava distraída e não percebi para onde meus pés me levavam, resolvi proferir um feitiço baixinho para ocultar meu cheiro. Criaturas sobrenaturais em sua maioria eram atraídas por ele. Quando dei por mim já estava escuro e estava próxima de o que um dia foi uma casa imponente. Agora o que restava eram cinzas e algumas partes que se mantinham em pé de forma decadente. Estava tão concentrada que percebi tarde de mais um vulto vindo em minha direção, o vulto pulou sobre mim, rolamos pelo chão brigando. O homem ficou por cima de mim. 

— Ah não. Isso deve ser alguma brincadeira- Eu disse revoltada. 

—Hope? O que faz aqui? - Derek perguntou sério. 

— O que você faz aqui pergunto eu, está pensando em comprar a casa caindo aos pedaços pra morar? Combina com você. - Eu disse sarcástica 

Pude sentir que de alguma forma eu o tinha atingido com minhas palavras pela forma que ele endureceu a cima de mim. E por algum motivo desconhecido eu me arrependi de minhas palavras. Ele saiu de cima de mim sentando na grama a baixo de nos encarando a propriedade. Eu fiz o mesmo. 

— A casa é minha... Ou era, não dá pra chamar isso de casa depois do que aconteceu. - Ele disse após alguns minutos. 

— O que aconteceu? - Perguntei me virando para ele. 

Achei que ele não fosse responder quando de repente: 

— Minha mãe era  Talia Hale, uma alfa muito respeitada e poderosa. Todos vinham pedindo conselhos e ajuda quando precisavam e em momentos de uma guerra eminente sabiam escutar seus argumentos para evitá-la. Era uma boa alfa, uma boa mãe. Um dia Kate Argent, tia da Alison, reuniu um grupo de caçadores e de alguma forma a encurralaram dentro da casa. Começaram um incêndio e ela não conseguiu sair, a mataram. Minha irmã mais velha logo depois foi assassinada pelo nosso próprio tio para roubar seus poderes de alpha, e minha irmã mais nova resolveu ir para bem longe. Quem pode culpá-la. Tudo o que restou foi isso. Eu venho aqui de vez em quando para ver que nada é eterno, tudo um dia pode acabar. Essa casa, a nossa matilha, o nosso nome... - Ele disse pensativo 

Fiquei refletindo suas palavras e me lembrei de uma das histórias que meu pai me contava quando era criança.  

“Mesmo que tudo pareça estar repleto de cinzas. Na nossa história sempre há um novo capítulo a ser contado.” 

— Sabe senhor Hale -Eu disse lhe dando um pequeno e tímido sorriso. -Eu entendo bem o peso de um nome e expectativas a serem cumpridas. Pessoas se sacrificando para a sua segurança, outras fazendo de tudo para lhe verem morta. E sei bem o que é ter uma família complicada. Mas melhor do que isso é que até das cinzas nós podemos renascer, e se nos dermos uma chance renasceremos mais fortes do que antes. -  

— Obrigada Hope, até que você não é um serial killer como dizem. - Ele disse me olhando 

Eu ria enquanto me levantava, limpando a grama de minha roupa. 

—Preciso ir, já está tarde- Disse me despedindo o vendo confirmar com a cabeça. 

Antes que eu me afastasse mais entrando na mata me virei e pude vislumbrar ele ainda sentando encarando o que um dia foi o seu lar. 

— Derek... Deveria reconstruir sua casa, seja como uma fênix.- Eu disse divertida para então o encarar nos olhos e disse de forma séria. -Renasça das cinzas. - Eu disse antes de entrar na densa floresta indo em direção ao que eu não poderia de chamar de casa. A minha estava bem longe e eu só pedia que não estivesse destruída e com minha família separada como a que vi a pouco. Separada eu pensei novamente, nunca morta, nós éramos Mikaelson, nós nunca morreríamos. Ou pelo menos era isso que eu dizia para mim mesma. 

—_____________________________________________________________________________ 

Acordei com o sol batendo em meu rosto, deveria estar atrasada para a aula. Não era como se precisasse estudar, educação era algo que minha família fez questão de eu ter a melhor. 

Depois de um banho e me arrumar, desci as escadas indo em direção a cozinha. Vi um bilhete dos meninos dizendo que tinham ido para o colégio e como eu não acordei acharam melhor me deixar dormindo sozinha. 

Comi a primeira coisa que achei e antes que pudesse sair de casa vi que meu tio estava encostado em um carro. Isso significaria que ele estava voltando para casa. 

—Estou voltando, seus pais estão loucos atrás de notícias e Freyra vai querer me rastrear se me demorar mais, seus amiguinhos iriam virar uma pilha de ossos partidos se fizermos uma reuniãozinha nesta cidade. - Ele disse no tom indiferente de sempre, mas eu o conhecia para saber que aquela testa enrugada era de preocupação. 

—Eu vou ficar bem tio, sei me defender e logo estarei em casa de novo. - Eu disse o abraçando 

— Se algo acontecer com você e seu pai souber que eu sequer desconfiava quanto mais sabia onde você estava, saiba que você é minha sobrinha preferida. - Ele disse bagunçando meus cabelos. 

— Sou sua única sobrinha e vou ficar bem, arrancar alguns pescoços não vai ser nada... - Antes que eu pudesse completar a frase ele me cortou 

—Toda noite estarei lhe mandando uma mensagem, senão me responder ou me atualizar como as coisas estão vou trazer todos pra cá. Você precisa se manter segura, mas se precisar não deixe de  mandar aqueles seus betas para cima de quem lhe ameaçar entendeu? - Ele disse sério. 

Com um suspiro ele voltou a falar:

—Você sempre será a melhor coisa que nossa família ja teve ou terá algum dia.

Logo após ele me deu um outro abraço e entrou no carro, sabia que meu tio era muito complicado. Ele sempre se sentiu excluído de toda a família, como se fosse um intruso no trio inquebrável que era meu pai, tio Elijah e tia Bekah. 

— Tio Kol.- Eu disse antes que ele saísse com o carro indo em direção a minha tão amada cidade.

—Sim? - Ele disse pego de surpresa por eu ter me pronunciado depois de nossa curta despedida.

— Amo você- Disse sorrindo 

— Sempre e para sempre. - Ele sorriu dizendo, era sua forma de dizer que me amava também. 

Pude ver o carro sumindo na curva da rua e suspirando fui em direção ao meu próprio e pensado no que ele acabara de dizer.

Sim tio, eu pensei.

Sempre e para sempre.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então o que acharam? Sugestões e critícas são sempre bem vindas!
Gostariam de um cap focado nos Mikaelson? No Derek ou em outro personagem?
Estou escrevendo o próximo capítulo e tentarei postar um capítulo novo toda semana!
Bjs e até a próxima.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The story of Hope" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.