Pra que mudar? escrita por Manusinha Mayara


Capítulo 18
CAPÍTULO 17: O dia seguinte


Notas iniciais do capítulo

Gente nem sei como me desculpar por todo este tempo que passou. Tive inspiração para uma nova fic, durante esse tempo que deixei está aqui parada. Mas agora voltei com tudo!
Obrigada pela paciência!
Aproveitem o capítulo!



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Diego me olhou determinado, parecia achar que tinha alguma razão para ser perdoado, já eu não conseguia pensar em nenhuma.

— Alexia, nós podemos conversar em um lugar reservado? – ele pergunta voltando a segurar meu braço.

— Não quero ficar sozinha com você. – respondo e minha voz treme um pouco.

Diego pensa um pouco e abri um sorriso convencido.

— Não conseguiria resistir é? – ele provoca.

— Você é um imbecil! – retruco e começo a marchar para dentro do colégio.

Apesar de não dizer nada, nem me tocar, posso sentir Diego me seguindo de perto. Estou quase alcançado os dormitórios femininos quando ele me pega de surpresa. Em questão de segundos, minhas costas estavam contra a parede e sua boca sobre a minha.

Minha primeira reação foi espalmar minhas mãos sobre seu peito e tentar empurrá-lo para longe, mas obviamente ele era muito mais forte do que eu, nem pareceu sentir minha tentativa de tirá-lo dali. O cheiro de seu perfume começou a bagunçar minha lógica, o gosto familiar de seus lábios também. Separei levemente meus lábios e entendendo isto como uma autorização, Diego invadiu minha boca com sua língua. As faíscas começaram a nos incendiar e meus braços envolveram seus cabelos.

— Nossa! Que assanhamento! – Roberta se joga sobre nós interrompendo.

Diego olha irritado para ela, mas não se afasta de mim, mantendo-me presa entre ele e a parede.

— Desculpem. – Gustavo diz desconcertado puxando a namorada pela cintura.

— Problemas? – pergunto, tentando ignorar seu olhar confuso, provavelmente se perguntando aonde tinha ido parar todo meu ódio pelo garoto ali à minha frente.

— Estou tentando levar ela para o quarto, mas é só encostar-se a mim que ela tenta tirar minha roupa. – ele diz bem no momento em que Roberta tentava tirar o sinto de sua calça.

— Vou ajudar. – digo determinada, afastando Diego.

A situação era engraçada e constrangedora. Diego e Gustavo carregaram com dificuldade a garota descontrolada. Eu fui à frente, verificando se o diretor ou os monitores estavam em nosso caminho. Se Roberta fosse pega neste estado seria expulsão na certa.

Quando chegamos ao quarto, eu reboquei minha amiga para o chuveiro e liguei á água gelada sobre sua cabeça.

— Minhas roupas. – choramingou.

— Queria dar um show para os garotos? – digo apontando para os dois que estavam parados na porta do banheiro nos observando.

Depois do banho, troquei as roupas molhadas de Roberta por seu pijama habitual, os meninos me ajudaram a colocá-la em sua cama.

— Nem parece que estava louca a uns minutos atrás. – Diego comentou com um sorriso maroto.

— Eu que o diga. – Gustavo concordou.

— Agora saiam daqui, que as garotas precisam descansar. – Eu os expulso, empurrando-os em direção a porta.

Gustavo não discute, parecia exausto. Diego por sua vez para de frente para mim e pergunta:

— E nossa conversa?

— Que conversa? – me finjo de desentendida.

— Alexia? – ele pressiona.

— Vamos continuar amanhã, depois das aulas que tal? – proponho. Podia não admitir, mas seu beijo já havia amolecido um pouco meu coração.

— Onde? – ele pergunta.

— Me encontre na sala de Francês, depois do jantar e eu te levo em um lugar discreto que conheço. Ok? – digo me afastando dele.

— Combinado. – ele responde. Antes de ir embora, me dá um beijo doce em minha testa.

Deitada em minha cama, estava pensando em como conseguiria esquecer o beijo dele com outra garota. Era muito orgulhosa, mas também gostava mais de Diego do que de qualquer outro garoto com quem já tinha ficado.

Decisões... Decisões...

               *************************************

Acordei no mau humor costumeiro na segunda, Roberta ainda roncava baixinho em sua cama. Arrumei-me e a acordei antes de ir tomar meu café da manhã.

— RO! Levanta logo! Vai perder o café da manhã! – digo a cutucando de leve.

— Ai, porque grita tanto assim? – ela reclamou, colocando o cobertor sobre sua cabeça.

— Não estou gritando, você que ta sofrendo ressaca. – retruco.

— Ressaca? Ah sim o ponche batizado. – ela diz, parecendo se lembrar das gafes do dia anterior.

— Você deu o maior trabalho para mim, seu namorado e Diego ontem. – digo me sentando na beirada de sua cama.

— Sério? – ela pergunta, descobrindo o rosto para me encarar.

— Basicamente você tentou abusar sexualmente do Gustavo. – digo, sorrindo maliciosamente.

— Meu Deus! – ela diz se lamentando.

— Mas passado é passado. Se levante e tome um banho, a primeira aula começa em meia hora. – digo caminhando em direção a porta. Quando olho para trás para conferir se Roberta não voltou a dormir, encontro-a me encarando com um sorriso. – Que foi? – pergunto parando junto a porta, com a mão na maçaneta.

— Você está diferente, mais responsável, mais cuidadosa. – ela diz levantando-se da cama.

— Você pode dizer isto a meus pais quando vierem me buscar? – questiono irônica.

Nos duas rimos.

— Obrigada A. Por cuidar tão bem de mim. – ela diz com sinceridade, olhando em meus olhos.

— Amigas são pra isso. – retruco e saio em direção ao refeitório.

Era bom perceber como este lugar havia me mudado, meus amigos eram importantes para mim e finalmente sentia fazer parte de algo verdadeiro.

 O restante do dia passou tranqüilo. Roberta conseguiu enrolar a enfermeira e foi liberada das aulas naquele dia. No almoço informei a Gustavo, como ela estava constrangida pelo ocorrido do dia anterior.

— Vou acalmá-la. – ele disse com um sorriso doce.

— Vai aprontar o que? – pergunto.

— Nunca a pedi em namoro, preparei uma surpresa ontem, mas não deu pra fazer por causa de tudo que houve. Hoje então vou surpreendê-la. – ele responde misterioso.

— No seu esconderijo? – pergunto, lembrando-me do meu encontro com Diego mais tarde.

— Não, nos jardins. –ele responde – Nem pense em aparecer por lá! – ele ordena.

— Não tinha vocação para segurar vela mesmo. – retruco – Posso te pedir um enorme favor? – emendo.

— De que precisa? – ele pergunta.

— Do seu esconderijo, hoje à noite. – digo desviando meu olhar para minha comida.

— Você e Diego? – ele questiona de forma acusadora.

— Ele diz que teve um bom motivo para fazer aquilo, além do mais foi você quem me disse que eu devia ouvi-lo lembra? – digo irônica.

— Sim, só vai com calma, ok? Não quero recolher sua calcinha amanhã por lá. – ele diz surpreendendo-me. Gustavo geralmente era tão formal, estava sendo má influência para ele. Dou um soco leve em seu braço.

O sinal toca, indicando o fim do horário do almoço e vamos caminhando pelo corredor para ás aulas da tarde.

Este tempo todo, senti uma sensação estranha de estar sendo observada, mas não percebi quem era que o estava fazendo.

Uma sensação estranha me deixou ansiosa, não havia visto Diego em nenhuma aula hoje ainda, nem sua irmã. Teria acontecido algo com eles?


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Notas finais do capítulo

O que acharam??
Vejo vocês nos reviews



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