Pra que mudar? escrita por Manusinha Mayara


Capítulo 17
Capítulo 16: Explicação


Notas iniciais do capítulo

Oii pessoal!!
Desculpem a demora pra postar! Minha vida ta uma correria!
Espero que gostem do capítulo!



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— Dá pra você simplesmente sumir daqui? – Pergunto irritada. Não quero que Diego perceba o tanto que sua presença me deixa nervosa, mas automaticamente me encosto na parede dos fundos do elevador. Ele está entre mim e a porta, e apertou o botão de emergência para travar o elevador.

— Não. – Ele diz tomando a bandeja de minhas mãos e colocando ela de lado. Ele se aproxima e sinto todo calor do seu corpo, ele aproxima seu rosto do meu e desvio automaticamente meu olhar para o chão.

Não resisto a oportunidade e dou um de meus melhores chutes entre suas pernas. Diego grunhe de dor e se afasta automaticamente. Eu aperto o mesmo botão e o elevador volta a subir. Quando a porta se abre me apresso para sair. Diego me puxa pelo braço.

— Vai ser assim agora? – Ele pergunta em um tom suplicante.

— Sim. – Respondo pegando minha bandeja e saindo dali.

Não me atrevo a olha pra trás e nem a deixar que minhas lágrimas caiam.

****************************************************

O aniversário de Roberta começou como um almoço e logo se transformou em um churrasco que estava durando a tarde toda. Fomos para o pátio e nos sentamos na grama, conversando e rindo.

Ser nora do diretor tinha muitos benefícios para Roberta. Ele nos emprestou o aparelho de som e até almoçou conosco. Rodrigo estava parado muito próximo ao ponche, de forma suspeita.

— O que está fazendo ai? – Pergunto curiosa olhando por sobre seu ombro.

— Animando essa festa. – Ele responde mostrando que estava batizando o ponche. Eu ri e me afastei. Ficar bêbada seria ótimo, mas nem animo pra isso eu estava tendo.

O pôr do sol vinha com tudo e lindo. Afastei-me do pessoal e me senteI debaixo de uma arvore próxima. Fiquei ali quietinha somente admirando a paisagem.

— Alexia? O que está fazendo ai sozinha? – Roberta pergunta. Seu tom de voz estava esquisito, Desviei meu olhar da paisagem e coloquei sobre ela. Estava meio descabelada e com as roupas um pouco sujas.

— O que aconteceu com você? – Perguntei preocupada. Ela olhou pra mim e começou a rir igual louca. Se agachou e envolveu meu pescoço com seus braços. Senti o cheiro forte de álcool e percebi que o plano de Rodrigo havia sido um sucesso. Ela estava bêbada e conseguiu me deitar no chão com seu peso.

Tenho certeza que se alguém estivesse assistindo essa cena patética estaria morrendo de rir. Roberta sentou-se em cima de mim e aproximou sua boca da minha orelha.

— Amiga. – ela sussurrou e parou dando uma risadinha. – Eu vou transar.

Fico meio sem entender essa revelação. Ela e Gustavo estavam juntos a um tempo, já deviam ter feito isso antes.

— Isso é novidade para você e seu namorado por acaso? – perguntei sem entender.

— Eu sou virgem. – ela sussurra ainda mais baixinho em meu ouvido.

Isso sim que era surpresa. Roberta parecia tão moderninha quanto eu, nunca poderia imaginar. E vendo como ela estava fora de si, não podia deixar ela fazer isso. Primeira vez tem que ser especial e você tem que estar bem lúcida pra curtir com seu parceiro.

— Então não vai ser hoje que vai resolver essa sua questão. – Giro meu corpo e fico por cima dela dessa vez.

— Por que? – ela pergunta chorosa.

— Porque tem que ser especial, e como você nesse estado nem vai se lembrar de nada. – Respondo repreendendo-a. Roberta faz menção de reclamar, mas é interrompida por uma voz masculina que me faz gelar.

— Ela tem razão Rô. – Diego se intromete. O que ele fazia ali afinal?

— Amigo, você veio! – Roberta dá um gritinho de satisfação e joga-se em seus braços. Olho aquela cena enojada e prometo a mim mesma a matar Roberta amanhã enquanto começo a me afastar.

— Temos que conversar. – Sinto a mão de Diego segurando meu braço. Dou um puxão, mas não consigo livrar-me dele, tento de novo e novamente sou vencida por sua força. Ele segura meu corpo contra o seu e parece determinado a não me largar.

— Me solta! – Rosno pra ele.

— Vamos conversar por bem ou por mal. O que você prefere? – Ele pergunta sereno, como se não estivesse me matando de raiva.

— Algum problema por aqui? – A súbita pergunta de Gustavo nos assusta. Ele tem um brilho estranho no olhar e parece bem irritado.

— Nada que seja da sua conta. – Diego responde.

— Se está perturbando minha amiga, então é da minha conta. – Gustavo retruca se aproximando.

— Devia cuidar da sua namorada e não da sua amiga. – Diego diz em um tom gelado. Fazendo com que Gustavo ficasse tenso de preocupação. Ele obviamente estava procurando por Roberta quando nos encontrou ali desse jeito.

— Ela está ali Gu. Acho que bebeu demais, mas você precisa tomar cuidado, ela está meio fora de si! – Oriento-o enrubescendo levemente, desvio meu olhar para o chão. Era esquisito demais me intrometer nas relações sexuais dos meu melhores amigos.

— Como assim? Ela está irritada? – Ele pergunta sem entender.

— Ela está tarada. – Diego responde sem nenhuma cerimônia, e eu piso com força em seu pé. – Ai! – ele reclama, finalmente me soltando um pouco.

Olho para Gustavo que de repente ficou vermelho como um tomate. Ele olha para Roberta que está sentada embaixo da arvore que antes era somente minha. Me aproximo dele, com Diego grudado em minhas costas igual a um segurança, sussurro em seu ouvido:

— Não faça nada com ela hoje, ela bebeu demais, e a primeira vez tem que ser especial.

— Eu jamais faria com ela assim, não se preocupe. – Ele responde e sei que está sendo sincero. Ele olha pra mim e para sua namorada, depois olha para mim de novo.

— Vai com ela, com esse aqui eu me entendo. – Digo lendo seus pensamentos. Ele olha agradecido para mim e lança um olhar zangado sobre meu ombro (para Diego com certeza). Se afasta em direção a Roberta.

Observo os dois e percebo o quanto ele é paciente com ela. É obvio que a ama. Dou um suspiro profundo e me preparo para mais um round com Diego. Viro-me para encara-lo e ele está me olhando surpreso.

— Que foi? – pergunto curiosa.

— Você gosta desse imbecil? Que olhar foi esse? – ele pergunta irritado.

— Em primeiro lugar: Eu não te devo satisfação, nos terminamos. Em segundo: Ele é meu amigo e namorado da minha melhor amiga. E em terceiro: Esse olhar, é de admiração, porque um namorado devia se comportar daquela forma e não ficar traindo e mentindo! – Respondo ele irritada por sua insinuação de que eu desejava o namorado da minha amiga.

— Desculpe A. Eu sei que você não é assim, mas estou inseguro e com saudades, você não conversa mais comigo! – Ele diz com em um tom suplicante.

— Por que será que eu não converso mais? – Pergunto irônica.

— Eu vou te explicar aquele beijo, vem comigo. – Ele diz segurando minha mão e me puxando para uma parte mais afastada da festa. Tento resistir, mas ele continua me levando.

Caminhamos para bem longe da festa, até ficarmos a sós. A música da festa continua ao fundo bem longe.

— Ok, já estamos longe o suficiente. Explique-se!


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Notas finais do capítulo

Por favor comentem!
Até a próxima!



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