Caminhantes escrita por Serin Chevraski


Capítulo 93
A arte da Preguiça




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/685286/chapter/93

Lucy POV

Os dias que se seguiram, foram como um lindo sonho. Depois de tanta bagunça, tantos problemas. Era as férias que precisava.

Brincamos no jardim de flores coloridas. Ali, Rogue cochilou preguiçosamente. 

E eu me deitei ao seu lado, enquanto assisti as nuvens passar lentamente. Frosch mexeu nos meus cabelos espalhados, me deixando sonolenta.

Acabei dando um cochilo. Ultimamente, ando dormindo bastante.

Então o sol se escondeu lentamente, uma fria brisa me fez estremecer levemente.

Com isso, senti meu corpo ser levantado. Pisquei lentamente, com os olhos desfocados, uma pessoa me ergueu no colo.

Quando consegui distinguir o homem de cabelos negros cheio de flores coloridas presas na cabeça, ele sorriu para mim.

— Durma um pouco mais -disse, me carregando em direção à casa.

Olhei fixamente para seu cabelo. Para cada uma daquelas flores. Oh, Frosch que fez essa obra de arte?

— O que foi? 

— Pff... -acabei rindo.

— Hmm? -seu rosto se curvou para mim. 

Nesse momento, uma flor amarela caiu da sua cabeça enfeitada. Os olhos rubis de arregalaram surpresos.

— Hahahah -tampei minha boca.

Ergui minha mão e peguei uma flor rosa.

— Você está lindo, Rogue -tive que debochar dele.

Seu rosto congelou ligeiramente. Continuei a rir. Então escutei seu suspiro.

Ignorando, fomos para dentro da casa e eu não consegui parar de sorrir, olhando para as flores da sua cabeça.

Ele gentilmente me colocou na cama redonda.

— Você não vai parar de rir? -perguntou.

— Oh Roguinho. Você parece uma fada.

Nesse momento, os olhos dele brilharam perigosamente, se sobrepondo sobre mim.

— Eu sou uma fada?

— Ehm... O que você está fazendo? -meu rosto congelou.

Ele aproximou o rosto do meu ouvido e sussurrou:

— Tem certeza que não sou um tigre?

— Rogue... Ainda é de dia... -coloquei as mãos no seu peitoril- E Frosch está lá fora.

Os olhos dele foram para a enorme janela, dando a visão de um jardim de flores, um lago e uma floresta no fundo. Sua atenção pousou no exceed cochilando entre as plantas coloridas. Seu dedo estalou.

Frosch foi embalado em uma bolha transparente e negra.

— Agora ele não vai acordar -o moreno sorriu para mim.

Seus lábios foram para o meu pescoço, como um vampiro guloso. As flores na sua cabeça foram caindo uma por uma no lençol limpo.

Sua carícia cheia de paixão, queimou o meu corpo como uma brasa. A cada segundo pude sentir seu desejo desenfreado. Toquei cada uma de suas cicatrizes nos seus músculos firmes. Lembrei que alguma delas são mais recentes por minha culpa. Ao mesmo tempo que metade de mim chorou por isso, ele sussurrou:

— Eu te amo.

Rogue, por que você se importa tão pouco por você mesmo?

Por causa disso, não pude rejeitar às suas demandas de jogar comigo por muito tempo na cama.

E quando percebi, o sol já tinha se posto, enquanto a mim, estava mais do que cansada. Me senti morta e queria ficar imóvel. Para sempre.

 

Rogue POV

Estive de bom humor nesses últimos dias. 

Balancei a frigideira no fogo à lenha, peguei a colher de madeira e mexi a mistura de carne desfiada com ervas. Joguei o vinho para flambar. O fogo subiu, junto com um cheiro sedutor.

Acho que ontem eu exagerei?

Me senti culpado novamente. Pelo canto do olho espiei pela porta aberta e a loira ainda estava adormecida na cama.

Mesmo que o sol tenha saído novamente, iniciando um dia novo.

— Fada-san está bem? -Frosch sussurrou preocupado.

— Sim, ela está só dormindo -respondi gentilmente para o gato.

Ele sentou obedientemente na mesa quadrada.

— Frosch, você quer ir pescar? 

— Hmmm...

Ele ficou pensativo, olhei pela janela aberta na minha frente. O lago na verdade é bastante limpo e tem alguns peixes deliciosos. Então tenho algumas varas de pesca encostadas no lado de fora da casa.

— Fro vai pescar! -ele invocou aera e saiu pela janela.

Continuei a jogar um pouco de sal na comida, remexendo a frigideira. Assisti como o exceed foi emocionado com uma vara na mão, se sentou pacientemente na beira do lago. Suas costas estavam cheias de aura séria.

Acabei rindo com essa visão pacífica.

— Está cheirando bem... -uma voz sonolenta surgiu às minhas costas.

— Vai estar pronto logo -peguei um prato limpo para colocar a mistura frita.

— Hmmm... 

A loira se aproximou e ficou ao meu lado, espiando os ovos que peguei para descascar depois de cozidos.

— Parece muito bom -ela sorriu.

Me abaixei para beijar sua bochecha, enquanto seus olhos se fecharam preguiçosos.

— Precisa de ajuda?

— Estou terminando já.

— Oh... E aonde foi Frosch?

— Pescando lá fora.

Ela então saltitou para a porta. Deu um sorriso.

— Estarei lá com ele!

— Bem -assenti.

Me aproximei da caixa e peguei a farinha. Jogando leite e ovos, misturei para fazer uma massa.

Vamos fazer um pão recheado para hoje. Amassei com bastante facilidade, porque já fiz isso várias vezes antes.

Peguei o saco de farinha para polvilhar na mesa. Nesse segundo escutei um grito.

— Frosch! 

Me virei assustado, dando tempo de ver Lucy segurar o gato que estava sendo arrastado pela vara de pesca.

Larguei a farinha, fazendo fumaça para todo lado e corri para fora.

— Lucy! Frosch!

SPLASSH!

Os dois caíram no lago. Arregalei os olhos.

Me apressei e assim que ia saltar na água cristalina, duas cabeças apareceram.

— PFF -a loira cuspiu água- Coff coff...

— Brrr -o gato balançou os pelos.

— Vocês estão bem? -perguntei nervoso.

— Sim, Sim -então os olhos dela pousaram em mim, logo começou a rir- O que aconteceu com você? Por que seu cabelo está assim?

— Huh? -olhei para as minhas mãos cheias de farinha, peguei o meu cabelo comprido e estava pintado de branco.

Ah... que acidente. Suspirei.

— Venham, antes que peguem um resfriado.

Ergui a minha mão cheia de farinha. Uma para Lucy e a outra para Frosch.

— Certo... -seus dedos molhados se sobrepuseram as minhas.

— Aye! -a pata do exceed também se estendeu para mim.

Então os olhos da garota brilharam travessos.

— Mas eu acho que você precisa de um banho, meu Bunny Boy sujo!

— Whoa!?

Fui puxado, me inclinei e caí no lago.

— Hahahah -ela riu, enquanto a água espirrou para todo lado, criando um leve arco-íris pelo sol forte.

— Pfff -cuspi a água.

Senti a farinha grudar de forma mais nojenta no meu cabelo, se misturando à água. E fiquei com a cara de peixe morto, enquanto Lucy ria. 

— Haha... Não faça essa cara -ela se aproximou, estendendo um lenço encharcado e esfregou gentilmente no meu rosto.

As crostas de massa foram caindo. Olhei para sua expressão concentrada, que foi incrivelmente atraente.

Acabei sorrindo.

— Eu tenho que terminar de fazer a comida -falei.

— Você está fugindo? -ela agarrou meu braço, me impedindo de dar um passo se quer.

Mas a peguei pela cintura.

— Wha!? -ela exclamou.

A levantei para fora do lago.

— Está ficando frio.

— Hmm -fez beicinho, inflando as bochechas.

Peguei Frosch e coloquei o gato nos braços dela. Encarei como seu pelo ficou todo colado.

— Frosch... -senti dor para a sua aparência lamentável.

— Aye? -mas seus olhos brilharam inocentes.

Apenas balancei a cabeça.

Coloquei minhas duas mãos na beirada e me levantei, sentindo a roupa mais pesada pela água. Estendi a mão para ela se levantar. Lucy me seguiu até dentro de casa. Lhe entreguei uma coberta, enquanto me dirigi para o banheiro.

— Vou esquentar o banho -falei antes de sair- Seja obediente, Lucy.

— Okay... -ela ficou sentada na cama, pacientemente. 

A banheira já estava cheia de água, então precisava apenas usar a lácrima de calor para esquentá-lo. 

Enquanto isso, passei uma toalha na minha cabeça, secando mais ou menos. Mas a farinha não quis desgrudar.

Quando a temperatura ficou boa, a chamei:

— Lucy? 

— Hmm...?

Os olhos dela estavam quase se fechando. Ela ficou sonolenta de tanto esperar. 

— Venha, você vai se resfriar.

Ela ergueu os braços lentamente. O sol ainda está no alto, constando a tarde pacífica. 

Eu a peguei no colo e levei para a banheira. Isso me lembrou o dia que Lucy pegou uma febre. Naquele tempo, quem a ajudou foi Minerva. Mas dessa vez, eu posso fazer isso, certo? 

Dei um sorriso.

— Frosch, venha aqui você também.

— Fro está indo!

Me sentei num banquinho e a coloquei na minha coxa. Desvesti a loira. E algumas marcas vermelhas no seu corpo se revelaram. 

— Hmm... -ela murmurou, com um rosto feliz e olhos fechados.

— Acorde -dei um beijo em sua bochecha.

Mas ela não acordou. Em vez disso, se aconchegou no meu pescoço, com uma cara satisfeita. Ao lado da banheira, deixei uma bacia para Frosch e ele já estava dentro, brincando com um patinho de borracha.

Até mesmo um gato consegue ser independente, enquanto Lucy parece uma criança mimada.

Me levantei e tentei colocá-la na banheira, já desnuda.

— Lucy -tentei acordá-la.

Mas ela me agarrou mais fortemente.

— Hmm... Não vá.

Suspirei e acabei entrando na banheira junto a ela, eu de roupa e tudo. A água transbordou, felizmente esse retângulo é grande o suficiente para nós dois.

— Frosch, me passa a esponja, por favor.

— Aye! -sua patinha se estendeu para mim.

Gentilmente esfreguei os braços da loira, limpando-a. Junto com suas costas, os seios e desci. Quando encostei nas duas coxas, ela estremeceu.

— Rogue, isso faz cócegas.

— Aguente um pouco mais -tentei acalmá-la com um beijo em sua testa.

— Hmm... -sua cabeça esfregou no meu ombro.

Quando terminei, a levantei. E fui para o quarto.

Então entrei em um novo dilema. Como vou enxugar Lucy comigo com a roupa toda encharcada?

Olhei para o triste rastro de água que fiz no chão da casa, agora com uma enorme poça. 

— Frosch... -chamei o gato- Me traz a toalha, por favor?

O exceed estava se enrolando para se secar e invocou aera, trazendo uma toalha nova.

— Aye!

Ele cobriu Lucy que está nos meus braços em estilo princesa. A desci até a cama, a sequei gentilmente e peguei a colcha, colocando em cima dela. Não peguei roupas novas para ela, porque eu estou encharcado e seria difícil fazer isso sem molha-la de novo.

— Fada-san está bem? -o exceed perguntou, se sentando ao lado da loira.

Na verdade eu também estou meio preocupado. Lucy não anda dormindo demais?

Olhei para a garota imóvel.

Será que é minha culpa?

As cenas aonde judiei dela e a pressionei na cama, passaram pela minha cabeça. Fiquei mais arrependido.

— Está tudo bem -esfreguei as orelhas preocupadas do gato.

Como hoje ainda é uma tarde calorenta, e já a esquentei em um banho, então me virei sem pensar muito, me desvestindo. 

A camisa molhada caiu com um som pesado. Depois as calças coladas deram um pouco de trabalho para serem retiradas.

Entrei na banheira ainda quente. Me encostando na borda e olhei para o teto de madeira.

Sempre que vinha aqui, era quando estava cansado das pessoas. 

Pensar que dessa vez, fugi para estar com Lucy para ninguém me atrapalhar, foi como um sonho nunca imaginado.

Dei um sorriso, passei a mão no meu cabelo meio longo. Senti os restos de farinha empelotada e comecei a desfazer a sujeira.

Belisquei levemente minhas sobrancelhas.

Olhei para a porta aberta e daqui pude ver o exceed verde fazer trancinhas no cabelo loiro dela.

Por que ela está dormindo tanto?

Fiquei embriagado pelo calor da banheira cheia de vapor.

Bom, pensar nisso não vai adiantar muito. Logo me levantei, com a água escorrendo pelos meus músculos. 

Como estou me sentindo com calor, coloquei apenas uma calça e uma toalha na cabeça. Lucy ainda está dormindo, com o gato entretido em fazer penteados em seus cabelos.

Sorri e fui direto para a cozinha. Voltei a pegar na massa que deixei de lado. Está ficando tarde e a fome estava vindo. 

Acendi o forno de barro com as lenhas, o deixando esquentar. 

Sovando a massa branca, não demorou muito para o ponto perfeito se formar. Separei em bolinhas pequenas, abri a massa na mesa e peguei a mistura de carne que deixei ao lado. Pareceu bastante suculento. Com uma colher espalhei o recheio, embrulhei em um bolinho beliscando com os dedos.

E os alinhei em uma forma, depois pincelei com ovos. 

Quando abri a tampa, um sopro quente saiu, coloquei a forma dentro e fechei.

Mas não pude abandonar o forno, porque ele é a lenha e precisava cuidar para que o fogo ficasse no calor certo.

Com uma pinça grande de ferro, cutuquei as brasas. Me sentindo com mais calor ainda.

Um pequeno suor se formou na minha testa e passei o dorso da minha mão.

Acho que está bom. Me afastei e me deparei com a trilha de água novamente. Catei o pano e rodo, passando pelo quarto. Pude ver pelo canto do olho a garota se virar de posição, rolando levemente. Assisti um pouco o seu rosto pacífico dormir.

Assim que terminei de limpar, conferi o fogo novamente, colocando mais algumas brasas. Então me virei para ir vestir Lucy que está só de cobertor. Escolhi uma camisola confortável e ela me deixou vesti-la, sonâmbula.

Peguei as roupas molhadas e as levei para ficarem de molho em uma bacia fora de casa.

Ao redor de quarenta minutos depois. O cheiro subiu delicioso. Abri a tampa do forno e os bolinhos estavam dourados. Sorri satisfeito.

Apaguei as brasas e com cuidado para não me queimar, tirei os pãezinhos para montar em um prato.

Voltei para o quarto.

— Lucy, vamos comer? -chamei.

Ela despertou preguiçosa, coçou os cílios e murmurou:

— Eu dormi de novo? -então se sentou, confusa- Por que estou com tanto sono ultimamente?

— Eu não sei, talvez seja melhor ir para o médico? Vamos voltar amanhã de qualquer forma.

— Não -ela balançou a cabeça lentamente- Não me sinto doente, acho que estou só cansada...

Então os olhos dela que estavam sorrindo, se ergueu para mim e ficou paralisada.

Eu me aproximei com o prato de bolinhos na mão.

— Você está com fome? -perguntei, mas os olhos dela se arregalaram- Lucy?

— V... Você...! Por que está só de calça!?

Huh? Por que ela está tão chocada? Não nos vimos nus já, ultimamente?

Ah, as cicatrizes aumentaram novamente. Olhei para baixo, analisando. A diferença de Lucy que tem sua pele lisa, a minha está cheia de marcas.

Nunca fui uma pessoa vaidosa, mas será que um corpo assim, seria considerado feio?

Uma nova percepção surgiu em mim. 

Estremeci levemente e coloquei o prato na cama redonda.

Então me virei rigidamente para ir nas malas e pegar uma camisa.

— Espera -ela pegou minha mão.

Sua camisola folgada revelou o ombro.

Mas não tive coragem de encara-la.

— Por que você está fazendo essa cara de chateado? -ela se levantou, segurando meu pulso.

— ... -olhei para baixo, e duas patinhas de Frosch estavam na minha perna, me olhando preocupado- É por que eu sou feio?

— O... Quê? 

— E... Eu sou feio? -perguntei novamente.

Senti estava morrendo por dentro. Cheio de falta de confiança.

— Como foi que você chegou à essa conclusão!? -ela exclamou, surpresa.

Sem responder, olhei novamente para o meu próprio corpo. Exibindo uma cicatriz mais assustadora que a anterior. Me senti constrangido. Eu sou o quê? Um homem moído?

Fiquei mais deprimido.

— Rogue? -ela chamou, se colocando na minha frente.

Mas desviei o olhar para longe. Envergonhado.

— Como você pôde dizer isso!?

— Mas eu... -abaixei mais a minha cara, tentando me esconder no meu cabelo.

— Claro que não! -suas sobrancelhas trincaram- Eu gosto de como você é alto! Eu amo como seu cabelo é fofo de tocar! Eu sou apaixonada pelos seus olhos cor de rubi! Eu acho lindo quando seus sentes pontiagudos aparecem quando você sorri! -a cada palavra seu rosto foi ficando mais vermelho- E essa voz baixa e grave, que sempre que escuto parece que vou morrer de parada cardíaca de tão bonita que é! Eu acho incrível como seus músculos são fortes! Cada cicatriz do seu corpo é tão sedutor! Principalmente a do nariz é muito charmoso! Você é super lindo!

Ela explodiu, falando muitas coisas embaraçosas de uma vez só. 

E eu congelei espantado. 

— Agora entendeu!? -ela ficou mais furiosa. Arfando um pouco.

Senti meu rosto queimar em chamas. De repente a abracei. A enfiando nos meus braços, impedindo que ela visse minha expressão agora.

— Rogue? -ela chamou.

Mas não consegui responder.

Fechei meus olhos, respirando fundo, mergulhando em seu cheiro. Com uma felicidade avassaladora no meu coração.

— Ei... Rogue...? -ela deu tapinhas nas minhas costas.

— Espera... Espera um pouco... -gaguejei, bastante envergonhado.

— ...

Ficamos assim por dois segundos. 

— Fro também acha Rogue bonito! -o gato exclamou.

Pisquei.

Quando olhei para baixo, o exceed estava sorrindo. Me recompondo, soltei Lucy lentamente, e a loira se abaixou para pegar o gato.

— Você também acha, certo Fro? -ela riu alegremente.

— Fro acha!

Ao ver essa dupla de maga e gato, meu coração ficou entupido.

— Realmente -eu os abracei- Vocês dois são o meu tesouro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Caminhantes" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.