Retorne Para Nós escrita por Titia Bloody


Capítulo 4
Na Biblioteca


Notas iniciais do capítulo

Pronto minna!
Mais um Cap para todos vocês!
Eu realmente espero que todos vocês estejam gostando... :3



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Na noite seguinte, Yuna não parava de pensar no quanto os meninos mudaram. A mesma se admirava no espelho de corpo inteiro que havia ao lado de sua penteadeira, tentava e tentava fazer um laço perfeito com a fita rosa, mas não era mais como antes. Ela suspira frustrada desistindo deixando a fita pendurada em volta do pescoço, e então, com a sua audição apurada ouviu vozes no corredor.

— Ainda não está pronta? - Perguntou Reiji impaciente. - Aperte o passo mocinha, não quer se atrasar no seu primeiro dia de aula, ou quer? - Ele abriu um pequeno sorriso para a menina que se virou para ele.

— Gomen, Reiji-kun... - A loura sorriu para o adolescente. - Não consigo fazer o laço.

Reiji suspirou voltando a ficar sério, se aproximou da menina se curvando um pouco pegando cada lado da fita com ambas as mãos, não demorou muito para um laço perfeito estar formado no pescoço da menina.

— Pronto, agora vamos. Já estão todos te esperando lá em baixo. - Ele se virou e em um piscar de olhos já havia desaparecido.

Os meninos podem ter mudado... Mas Reiji continua o mesmo garoto frio de sempre. Pensou a loura enquanto pegava sua pasta preta de couro a onde se encontrava seu caderno e livros.

Enquanto andava pelo enorme corredor silencioso pensava sobre todos. Subaru não aparenta estar muito agressivo como antigamente, mas não tenho certeza, nós apenas nos falamos realmente no início da noite de ontem e depois não o vi mais. Nem no café de hoje ele apareceu.

Enquanto passava por duas pinturas antigas se lembrou do quão antigo era aquele lugar. Aparentemente da época vitoriana. As paredes pintadas em um tom de azul cinzento assim como o piso e o teto, no chão um enorme tapete vermelho escuro de veludo com pequenos desenhos de curvas francesas se estendia perfeitamente no centro do corredor e parecia não ter mais fim. Móveis de madeira escura com detalhes a mão nos cantos, pinturas aleatoriamente antigas e empoeiradas nas paredes, um ou dois relógios britânicos do século XIX.

Por outro lado, Shuu também mudou. Lembro-me de quando eu conseguia tirá-lo de seus estudos para brincar comigo juntos com Ayato, Kanato e Laito. Yuna abriu um enorme sorriso lembrando-se da época em que eles eram crianças, o quão bom era. Todos nós éramos ótimos amigos, realmente. Mas... Aquilo que Shuu-kun falou na banheira me incomodou um pouco... O coração de Yuna falhou uma batida parando nas escadarias, as bochechas da menina queimava de vergonha.

— Hey! Voltou a ficar doente? - Exclamou Ayato parado na porta de saída e entrada da mansão. Ele estava sério, com os braços cruzados e com as sobrancelhas franzidas. A loura sorriu para o adolescente.

— Já estou indo! - Yuna desceu as escadas apressadamente tomando o cuidado para não cair e se machucar. Atravessando o enorme salão de entrada finalmente chega ao seu objetivo, ao lado do garoto a qual sorria para ela. - Viu? Não estou doente. - Disse ela rindo atravessando as enormes portas de madeira escura da mansão.

Reiji a esperava do lado de fora da limousine que estava com a porta aberta. A garota entrou sem demora, o mesmo entrou sentando-se ao lado de Yuna.

— Olá, Bitch-chan! - Cumprimentou Laito com um enorme sorriso nos lábios maliciosos.

— Oi, Yuna-chan... - Começou Kanato ao seu lado erguendo Teddy. - Teddy também disse oi. - Yuna sorriu.

— Oi Kanato-kun. - Yuna ergueu a mão e fez carinho no alto da cabeça fofa do ursinho de pelúcia. - Olá Teddy-kun. - Finalmente virou-se para Laito. - Olá para você também, Laito-kun, e onegai, pare de me chamar de Bitch-chan. - Pediu ela tentando não ser mal educada.

— Pode desistir disso. - Disse Ayato. - Ele nunca vai parar. - Yuna olhou para Laito, o mesmo continha o mesmo sorriso sádico de sempre. - Depois que você foi embora, ele ficou teimoso que só! - Yuna riu.

— É verdade. - Disse Kanato abraçando Teddy. - Depois que você foi embora, todos nós mudamos. - Ele sorriu. - Né, Teddy? Você concorda comigo não é?

Todos podem ter mudado Kanatno-kun, mas você por outro lado, continua o mesmo. Ainda não largou este ursinho. Pensou Yuna enquanto olhava ao redor, todos com os uniformes escolares, mesmo estando com as mesmas roupas conseguiam se diferenciar perfeitamente.

Ayato com a camisa branca desarrumada, por fora da calça e desabotoada até um pouco a cima do umbigo, o casaco aberto, uma fita vermelha igual a que Yuna usa em um laço perfeito se encontra amarrado em volta do pescoço do mesmo.

Kanato com o uniforme em perfeito estado, porém, o casaco se encontrava caído nas dobras do braço para não caírem mais que aquilo e seu cinto de couro preto estava fora do passadouro da calça e estava acima do colete de veludo da cor do vinho.

Shu com a camisa branca desabotoada até um pouco a baixo do peitoral fora da calça, com um fino casaco de lã bege e o casado se ajeitava em seus ombros. E como sempre, o seu leitor de MP3 envolta do pescoço, utilizava os dois fones de ouvido, provavelmente querendo ignorar a todos.

Subaru vestia uma camiseta branca rasgada na barra, igual a outra camiseta preta e sem estampas, porém, esta era mais curta. Um colar com um pingente de uma pequena chave dourada se encontrava em seu pescoço e o casaco as vezes caia um pouco de seus ombros, as vezes arrumava e as vezes não.

Laito com o seu típico chapéu social na cabeça, com a camisa branca para fora da calça, um casaco aberto de veludo da cor do vinho mas com pelos fofos e brancos e o casaco do uniforme se encontrava caído em seus braços.

E por fim, Reiji com o uniforme impecavelmente arrumado. Sem manchas e sem sujeira.

Quando enfim chegaram no colégio, Reiji lhe instruiu de tudo o que deveria fazer.

— Preste atenção, Yuna. Você irá fazer o exame para ver o seu nível de conhecimento, cairá coisas do primeiro, segundo e terceiro ano colegial. Será três partes e cada uma terá um determinado tempo para ser concluído.

— O que acontece se eu não tirar notas boas?

— Você irá para o nono ando do ensino fundamental, apenas isto. - Yuna engoliu em seco.

— Credo. - Murmurou para si mesma.

— Mas caso você se dê bem, provavelmente irá frequentar uma sala a qual estamos, não estamos todos no mesmo ano, afinal, temos idades diferentes e mentes diferentes. - Reiji olhou de canto para Ayato ao seu lado a qual parecia não estar escutando a conversa. Yuna soltou um risinho de canto. - Para ser sincero, acho que você se dará bem, Yuna. - Disse Reiji. - Afinal... Foi você quem me ensinou a ler. - Sussurrou ele mais para si mesmo, se Yuna não estivesse ao seu lado, provavelmente não teria escutado direito.

Não demorou muito para todos seguirem caminhos diferentes. Reiji a levou para uma sala a onde tinha apenas mais duas pessoas. A sala é igual as suas antigas escolas, carteiras perfeitamente alinhas, janelas abertas deixando o ar da noite entrar, a mesa do professor na frente de todos e um enorme quadro negro atrás de si.

— A prova será feita nesta sala, logo um professor virá para aplicar a prova. - Disse Reiji. - Quando terminar, me encontre na biblioteca.

O tempo se passou rápido demais na mente de Yuna, assim que a mesma terminou as três fazes da prova pode sair. Demorou um pouco para achar a biblioteca, mas assim que achou ficou na lateral da porta de entrada esperando Reiji pois ela sabia que o sinal para o intervalo ainda não tinha tocado.

— Pelo visto, você se deu bem. - Yuna se virou assustada, Reiji se encontrava em pé atrás da mesma.

— R-Reiji-Kun... Você me assustou. - Ele levou o dedo indicador aos lábios pedindo silêncio.

— Fale baixo, estamos em uma biblioteca. - Murmurou ele baixo. - Agora venha. - Yuna o seguiu obediente atrás do adolescente.

— O sinal para o intervalo ainda não tocou, Reiji-kun. Não me diga que está virando um segundo Ayato? - Sorriu ela brincando com as falas enquanto se apoiava em uma enorme mesa utilizada para os estudos. Reiji se virou para ela com o senho franzido.

— Nunca mais fale isso. - Yuna quis rir de sua seriedade e ao mesmo tempo de sua cara de nojo. - Não me compare com aquele verme. - Ele se afastou um pouco tirando dois livros da prateleira lotada. - E uma garota educada não se apoiaria na mesa de estudos como você. - Yuna soltou um risinho. O mesmo de sempre. Pensou ela.

— Reiji-kun, por que pediu para mim vir aqui te encontrar? E por que não está na sala de aula?

— Bom... - Começou ele se aproximando da mesa em que Yuna se apoiava com os braços cruzados. - Eu terminei os exercícios mais cedo, então a professora me liberou do restante da aula. - Ele colocou os dois livros que tinha pego em cima da mesa na frente da cadeira ao lado de Yuna, porém, não se sentou. - E... Eu gostaria de falar com você.

Ele se aproximou mais de Yuna ficando cara a cara. 

— Isto não é de seu feitio, Reiji-kun. - Comentou a loura vendo o rapaz quebrar o circulo de espaço pessoal da mesma. Reiji sorriu malicioso.

— E não é mesmo. - Com facilidade ele a colocou sentada em cima da mesa e se encaixou entre suas pernas.

O rosto de Yuna queimou de vergonha. Ela nunca tinha visto algo assim e nunca tinha imaginado algo assim, principalmente vindo dele. Reiji é dentre todos os Sakamakis o mais controlado, frio, certo, estudioso, curto e grosso quando necessário o que é bem raro.

— R-Reiji-kun! - Murmurou ela. - E-estamos em uma biblioteca. - Continuou sem graça.

— Não tem ninguém aqui. - Disse ele se aproximando do ouvido de Yuna. - Ninguém irá te ouvir gemer. - Sussurrou ele provocador lambendo o lóbulo da garota que soltou um suspiro tremulo. Ela pôs sua mão no ombro de Reiji tentando afastá-lo, porém, seu corpo e sua mente sabia exatamente o que ele queria, uma mordida.

— R-Reiji-kun! - Suspirou ela sentindo a língua do mesmo descer até a curva de seu pescoço liso, Reiji afastou a gola do uniforme da garota. Agora todas as mordidas anteriores já estavam completamente curadas, e seu pescoço, já estava pronto para ser mordido novamente. - E-eu... N-não sei se e-estou pronta para isso... - Ela pode sentir que o adolescente sorria.

— Já está curada, Yuna. Completamente curada. - O mesmo deu um chupão no local a fazendo soltar um gemido baixo. - Já pode ser mordida... - Dito isso, suas preses fizeram contato com a pele da garota.

Yuna soltou um grito baixo de prazer. Seu corpo queimava, sentia seu sangue sendo sugado. A mesma deixou sua cabeça pender para o lado permitindo que Reiji vá mais fundo, com mais força.

— Ah! Reiji! - Sussurrou ela sem ar com um sorriso enorme no rosto agarrando o casaco do uniforme do companheiro, provavelmente ficará amarrotado mais tarde.

— Sei que você está gostando, Yuna... - Sussurrou ele com os lábios ainda no local da mordida, lambeu o sangue que queria transbordar e escorrer em filetes pela pele clara de Yuna manchando o uniforme. - Seu sangue... É perfeito...


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Notas finais do capítulo

Bom, eu espero que tenham gostado!
Kissus!
- Titia Bloody