Outra manhã estava começando na cidade de Nova Nitza. Todas as crianças estavam indo para a escola, incluindo Serio, Azul, Paco e Pilar que estavam indo para a classe, sem perceber que Destroctos os observava por um prédio.

    - Preciso achar uma forma de derrotar essas crianças. Mas como? O que eu já aprendi sobre os quatro? – Destroctos começou a pensar. – O “garoto touro” possui uma grande força, mas quase nada de inteligência. A “garota iguana” possui uma forma bem estranha de pensar, que estranhamente me lembra o Grinto. O “garoto tigre” possui a habilidade da velocidade e também tem uma grande energia. E a “garota águia” possui uma grande esperteza e determinação. Grinto realmente foi bem esperto escolhendo-os. Juntando todas essas características deles, os quatro conseguem vencer todos os divinos que eu liberto. Eu preciso achar um jeito de vencer-los. Mas como? – Destroctos ficou pensativo por um tempo até ter uma idéia. – Já sei. Eu apenas preciso fazer com que eles sejam atacados de uma forma que eles nunca suspeitem. E acho que já sei como.

  Mudando de cena:

  O recreio já estava começando. Todas as crianças já tinham saído, exceto Serio, Azul, Paco e Pilar.

   - Vamos pessoal! – Disse Paco um pouco impaciente.

   - Já vamos. – Disse Serio arrumando as suas coisas. Depois olhou para o lado e viu Azul ainda sentada estudando – Você não vem Azul?

   - Podem ir na frente. Eu já vou. – Disse Azul sem parar de estudar.

   Pilar, Serio e Paco resolveram ir e Azul ficou na sala estudando por mais uns dez minutos, depois resolveu sair para encontrar os outros, mas no meio do caminho, Azul viu uma sombra passando e resolveu ir ver o que era.

   - Quem está aí? – Azul perguntou, mas não viu ninguém por perto. Suspeitando que pudesse ser um divino, ela colocou sua mascara e se preparou. De repente algo a amarrou totalmente e a puxou para o telhado da escola.

   Seu corpo foi completamente coberto do pescoço para baixo por uma gosma estranha.

   - Ola garota. – Azul olhou e viu Destroctos a sua frente e viu que a gosma saía de uma das mangas dele.

   - Me larga agora seu divino idiota! – Disse Azul se debatendo.

   - Não perca o seu tempo. Nenhum golpe seu pode te soltar. Agora você é minha prisioneira. O que acha disso?  – Disse Destroctos aproximando o rosto dela.

    - Em primeiro lugar: É bom você cuidar desse bafo. E em segundo lugar: Você acha mesmo que meus amigos não vão vir atrás de mim? – Disse Azul sem demonstrar medo.

   - Eu acho que eles nem vão sentir sua falta. – Disse Destroctos sorrindo. Depois caiu uma gosma da outra manga dele. A gosma começou a se remexer, depois começou a tomar uma forma até tomar a forma da Azul e depois foi transformando sua cor até ficar com a aparência exata da Azul. – Minha pequena amiga vai garantir que seus amigos não sintam a sua falta.

   Destroctos deu um sorriso maligno, depois tampou a Azul completamente com a sua gosma.

   - Já sabe o que fazer, não é? – Disse Destroctos olhando para, o que agora é um clone da Azul.

   - Sim mestre. – O clone sorriu malignamente.

   Depois disso saiu uma gosma de baixo de Destroctos e ele afunda nela, desaparecendo. E o clone pulou para dentro da escola, de repente, Paco aparece atrás dela.

    - Onde você estava Azul? – Paco perguntou enquanto Serio e Pilar se aproximavam. – Esquece. Vamos! A aula já começou. Você perdeu o recreio.

     - Claro. Vamos... É... – O clone começou a procurar na memória que Destroctos colocou nela e encontrou o nome de todos os Combo Niños. –... Paco! Vamos.

    Os quatro foram para aula, sem que nenhum dos três percebesse.

     Mudando de cena:

    Destroctos chega à caverna e vai até uma parte onde estavam Gómez e Diadoro.

    - Olá mestre. Chegou cedo. – Disse Gómez parando de trabalhar e recebendo Destroctos

    - Onde está a jaula que mandei que você construísse? – Destroctos perguntou irritado.

    - Bom... Estamos trabalhando nela até agora. – Disse Gómez um pouco assustado. – Sabe... O senhor nos mandou começar a construir-la há duas horas, mas fizemos o que pudemos.

   - Deixe-me ver. – Disse Destroctos e Gómez o levou até lá e mostra uma jaula de dois metros de altura e dois metros de largura e com correntes presas ao chão para prender os pés, apenas com o teto quase sendo colocado por Diadoro que estava se acabando com tanto peso. – Vai servir.

   - Mas para quê essa jaula? – Diadoro perguntou enquanto terminava de colocar o teto da jaula e Gómez começava a parafusar.

   - Apenas para um certo prisioneiro. – Destroctos disse mostrando que estava segurando uma gosma nas costas, que pelo formato parecia até uma mochila.

    - Capturou um divino? – Gómez perguntou terminando de parafusar e abrindo a porta da jaula.

    - Melhor. – Destroctos pegou a gosma que estava em suas costas, colocou a mão lá dentro e jogou a Azul, que estava um pouco desacordada, dentro da jaula. – Um combo Niño.

   Gómez e Diadoro ficaram impressionados enquanto Destroctos entrava na jaula e prendia os dois pés da Azul com as correntes e amarrava as duas mãos dela juntas com uma corda que Gómez entregou para ele.

   - Me tire daqui! – Azul gritava, recobrando a consciência.

   - Como eu te disse, você é minha prisioneira. – Disse Destroctos sorrindo enquanto saía da jaula e trancava a porta.

   - E o que você pretende fazer agora? Que plano idiota você tem em mente dessa vez. – Disse Azul tentando fazer Destroctos revelar o seu plano.

   - Eu não te devo satisfações! Não pense que seus truques funcionarão comigo. – Disse Destroctos escondendo a chave em sua manga. – Vigiem ela. Espero que pelo menos isso vocês saibam fazer direito. – Destroctos falou para Gómez e Diadoro, saiu de perto deles e foi até outra parte da caverna.

   Mudando de cena:

   A aula tinha acabado, estavam todos estavam saindo da sala, incluindo Serio, Pilar, Paco e o clone.

  - É melhor corrermos. – Disse Paco.

  - Para onde vamos mesmo? – Perguntou o clone e todos os outros ficaram estranhados.

  - Nós sempre temos treino depois da aula, lembra Azul? – Disse Paco confuso.

  - Certo! Claro! Eu... Tinha esquecido. – Disse o clone tentando disfarçar.

   Os quatro seguiram até a biblioteca e lá encontraram com o Grinto.

   - Bem na hora. Vamos para o treino. – Disse Grinto batendo com o bastão no chão e os transportou para o campo de treinamento deles.

   Chegando lá, o clone ficou impressionado então começou a contatar Destroctos mentalmente.

   - “Mestre. Estou no campo de treino deles. Fomos transportados até aqui, ainda não sei como”. – Disse o clone mentalmente para Destroctos.

   - “Ótimo. Continue o bom trabalho”. – Disse Destroctos para o clone, também mentalmente.

   De repente Grinto chamou.

   - Você não vem Azul? – Grinto perguntou.

   - Claro! Já vou. – Disse o Clone se desconcentrando e então se juntou a eles e começaram a treinar.

   Mudando de cena:

   Destroctos estava em outro pedaço da caverna, meditando para conversar com seu “espião”, enquanto isso, Gómez estava trabalhando em outra invenção enquanto Diadoro ficava sentado, sem nada para fazer.

    - Por que vocês estão trabalhando para esse divino? – Azul perguntou. – Normalmente não são vocês quem tentam fazer-los trabalhar para vocês?

   - Isso é verdade. Mas na verdade, nós estamos aqui contra a nossa vontade. – Disse Gómez.

   - É verdade. – Diadoro complementou. – Ele nos mantém aqui presos, sem podermos ter contato com o mundo exterior. Já faz semanas que estamos aqui! Faz semanas que eu não posso relaxar no meu apartamento. – Diadoro começou a chorar.

   - Por que vocês não me tiram daqui, assim eu levo vocês a um lugar seguro. – Disse Azul.

   - Tem apenas dois problemas nisso. – Disse Diadoro. – Primeiro: Ele está com a chave. E segundo: Se ele nos vir te ajudando a fugir, ele vai arrancar nossas peles e quebrar nossos ossos!

   - É verdade! – Gómez complementou. – Palavras do Divino.

   - E mais: Esse divino já está dando um jeito em meus maiores problemas que são vocês. E quem sabe, se eu ajudar-lo, ele me deixa ser prefeito no final das contas. – Disse Diadoro, ainda com alguma esperança.

  Depois disso, Azul apenas se sentou na jaula e ficou pensativa.

   Mudando de cena:

   O treino tinha acabado e Grinto os transportou de volta para a biblioteca. Depois os quatro se despediram do mestre Grinto e foram andando.

   - Bom pessoal. Temos um dia inteiro pela frente. – Disse Paco se virando para os outros. – O que vocês querem fazer?

   - Eu vou ir comer um sorvete. – Disse Pilar.

   - Eu e o Paco vamos treinar Novanock pelo resto do dia. – Disse Serio.

   - E eu vou... – Disse o clone pensativo. – Treinar Novanock com vocês.

   No momento em que o clone da Azul disse isso, todos ficaram confusos.

   - Você vai treinar com a gente? – Paco perguntou. – Mas você não ia estudar para a sua prova de amanhã?

   - Eu... Acho que já estudei demais. – Disse o clone tentado disfarçar.

   - Mas você falou hoje de manhã que iria estudar o resto do dia. – Disse Serio confuso.

   - É... Tem razão... Então eu já vou indo estudar. – Disse o clone indo embora.

   Os três ficaram confusos com isso, mas Serio foi quem ficou mais e resolveu ver o que estava acontecendo, então foi atrás da “Azul”.

    - Ei Azul! – Serio gritou se aproximando do clone, que parou de andar e se virou para ele. – Está tudo bem com você? Desde o recreio você tem agido de forma estranha.

    - Está tudo bem. Só estou um pouco mal hoje. – O clone tentou dar uma desculpa.

    - Tem certeza? Primeiro você se esquece do nosso treino diário, depois você resolve não estudar para uma prova amanhã, que normalmente você estuda sem parar no dia anterior de uma prova.

   - Não se preocupe. Eu estou bem. – Disse o clone um pouco nervoso com o que Serio já estava percebendo, mas Serio viu o nervosismo dela e resolveu tentar algo.

   - Azul! Tem um inseto no seu ombro! – Disse Serio com uma expressão de assustado apontando para o ombro da “Azul”.

   - E daí? – Respondeu o clone, sem perceber que acabou de provar sua fraude.

   Com essa resposta, Serio tentou dar um chute no clone, que conseguiu desviar e depois imobilizou o clone na parede.

   - Como eu pensei. Você não é a Azul? Ela, no mínimo, gritaria quando ouvisse a palavra “inseto”. – Disse Serio imobilizando o clone contra a parede.

   - Parabéns. Você é esperto. – Disse o clone, vendo que não tinha ninguém por perto e parando de fingir.

   - Onde está a Azul? – Disse Serio com uma expressão irritada.

   - Ela está com o meu mestre, Destroctos. – Disse o clone lançando o Serio para trás, revelando sua verdadeira força.

   - Eu vou alertar o mestre Grinto, então o seu plano vai acabar. – Disse Serio começando a correr em direção a biblioteca, mas de repente viu que o clone da Azul estava na sua frente.

   - Eu não faria isso se fosse você. – Disse o clone andando em direção ao Serio. – Saiba que eu tenho uma ligação mental com o meu mestre. E se eu quiser, eu posso apenas pedir para ele através da minha mente e ele pode acabar com a sua amiga.

   No momento em que ouviu isso, Serio ficou espantado e irritado ao mesmo tempo.

   - Então vamos fazer um trato. – Disse o clone cara a cara com o Serio. – Apenas fique de boca calada e me ajude a manter o meu disfarce e eu garanto que a sua amiga vai continuar bem.

   - Certo. – Disse Serio com uma expressão irritada.

   - Muito bem. Então vamos até o seu amigo Paco para jogar um pouco. – Disse o clone e os dois foram andando até o Paco.

   Mudando de cena:

   Azul estava presa na jaula estudando, com uns livros que estavam na sua mochila quando foi capturada, enquanto Diadoro dormia em um canto e Gómez trabalhava em outro. De repente Destroctos aparece.

   - Lacaios. Saiam. – Disse Destroctos. Gómez saiu na hora, mas Diadoro continuou dormindo, então Destroctos o segurou pela cabeça, fazendo-o acordar e o lançou para trás, fazendo-o cair encima do Gómez e os dois saíram de lá de perto.

    - O que você quer? – Disse Azul, vendo que Destroctos vinha em sua direção, mas sem tirar os olhos dos livros.

   - Estou aqui apenas para te informar. – Disse Destroctos do lado da jaula. – Parece que um dos seus amigos percebeu que não era você quem estava lá com eles.

   - Quem? – Azul perguntou curiosa, abaixando o livro que estava lendo.

    - Qual era o nome dele? O “garoto tigre”... – Disse Destroctos pensativo.

    - O Serio? – Azul perguntou fechando o livro.

    - Isso. Ele mesmo. – Disse Destroctos olhando para ela. – Mas isso não importa. Na verdade, agora ele está ajudando o clone que eu criei, a se disfarçar melhor.

    - Eu não acredito em você. O Serio não faria algo assim. – Disse a Azul virando o rosto.

   - Faria sim. Se soubesse que a sua vida corre perigo. – Disse Destroctos, chamando a atenção da Azul. – Agora que ele sabe, é bom que ele faça tudo conforme o meu espião quer, senão eu serei avisado e darei um jeito em você.

   - Eu ainda não acredito em você. – Disse Azul virando a cabeça de novo.

   - Como queira. Mas de qualquer forma, agora o seu destino está nas mãos do seu namorado. – Disse Destroctos se virando e andando.

   - Ele não é meu namorado. – Disse Azul um pouco incomodada.

   - Que seja. – Disse Destroctos saindo.

   Depois que o divino saiu. Azul ficou pensativa. E agora, preocupada.

   Mudando de cena:

   Na manhã seguinte Serio teve uma idéia de como alertar o mestre Grinto sobre o clone e ainda sim, não arriscar a vida da Azul. Os quatro foram para um treino antes da aula e durante o treino, ninguém percebeu nada de diferente na “Azul”.

   No final do treino, estavam todos lutando uns contra os outros, então Serio começou a pular de um lado para o outro, dando mortais. Enquanto isso, em um desses saltos, Serio encostou a mão atrás do Cabeça Velha, colocando um pedaço de papel lá, sem que ninguém percebesse.

   - Para de se exibir Serio. – Disse Paco pegando a mochila colocando nas costas. – A aula já vai começar.

   - Certo. – Disse o Serio e todos foram transportados por Grinto de volta para a biblioteca.

   - O que é isso? – Grinto perguntou, depois de transportar a todos, vendo um papel atrás do Cabeça Velha.

   - Aquele exibido deve ter deixado cair enquanto pulava de um lado para outro. – Disse o Cabeça Velha vendo o Grinto pegar o papel.

   - Eu não acho. – Disse Grinto abrindo o papel e lendo e depois mostrando para o Cabeça Velha.

   - O que é isso? – O Cabeça Velha leu o que estava escrito. – “Quem estava conosco não era a Azul. Procurem a verdadeira Azul, ela corre perigo.”

   - Parece que temos um grande problema. – Disse Grinto pensativo. – O Serio não faria tudo isso a toa. Precisamos saber o que houve com a Azul.

   - Mas como vamos achar-la, nem sabemos por onde começar. – O Cabeça Velha perguntou também pensativo.

   - Não. Mas eu sei de alguém que pode nos ajudar. – Disse Grinto pegando seu agogô dourado e tocando. De repente aparece o divino Caçador saindo de lá. – Olá Caçador.(divino do capítulo 2: confiança)

   - Olá Grinto. Por que me chamou? – O Caçador perguntou confuso.

   - Preciso de uma ajuda sua. – Disse Grinto com uma expressão seria.

   Mudando de cena:    

   Destroctos foi até a cidade e entrou em um beco, e lá viu um desenho pegando a parede inteira de um prédio, um desenho de um divino.

   - O divino Gigantos! Ele pode servir para os meus planos. – Disse Destroctos sorrindo. Depois de um golpe na parede e uma luz saiu de lá.

   Mudando de cena:

   Todas as crianças estavam na sala de aula, quando de repente, Grinto abre a porta da sala.

    - Me desculpe senhorita Soledad. Mas parece que antes da aula, o Serio, a Azul, o Paco e a Pilar acabaram bagunçando algumas coisas na minha biblioteca e agora eles precisam ir lá arrumar. – Disse Grinto e a senhorita Soledad permitiu que os quatro saíssem. Depois Grinto fechou a porta e falou baixo para os quatro. – Pedi que vocês saíssem porque um divino está à solta, vão para o centro da cidade.

   Paco, Pilar e “Azul” se prepararam e Serio olhou para Grinto com uma expressão preocupada, mas Grinto olhou para ele de volta e deu um sorriso, mostrando que não precisava se preocupar e os quatro foram atrás do divino.

    Enquanto corriam, o clone recebeu uma mensagem de Destroctos, mentalmente.

   Mudando de cena:

   Azul estava sentada dentro da jaula, entediada, enquanto Gómez mexia em suas invenções e Diadoro também ficava sentado e entediado.

   - Olá. – Disse uma voz estranha na entrada do local onde estavam. Os três olharam e viram o divino Caçador, que levantou uma espada na direção deles. – Manter uma garota prisioneira, isso é muito baixo.

   - Calma senhor. – Disse Diadoro enquanto os dois se afastavam andando de costas. – Por favor, não me machuque.

   - Nem a mim. – Gómez complementou.

   O divino foi andando em direção a eles, até os dois encostarem em uma parede e ficarem cercados. Os dois ficaram apavorados, então, de repente o Cabeça Velha cai encima da cabeça dos dois, fazendo-os desmaiar, sem sequer saberem o que os atingiu.

   - Cabeça Velha! – Disse Azul alegre. – Como me achou?

   - O Caçador é excelente em seguir pistas e seguiu desde o telhado do colégio até aqui. – Disse o Cabeça se aproximando da jaula. – Quando vimos os dois cabeças-ocas vigiando, o Caçador me jogou lá em cima sem que vocês percebessem e preparamos essa armadilha para eles.

    Depois o Caçador cortou as barras com sua espada e o Cabeça Velha mordeu as correntes que prendiam os pés da Azul e a corda que prendia as mãos dela, soltando-a.

    - Agora é melhor irmos. Destroctos deve estar vindo – Disse o Cabeça e os quatro foram embora da caverna.

   Mudando de cena:

   Paco, Pilar, Serio e “Azul” chegaram ao centro da cidade e lá viram um divino enorme feito de borracha, que estava destruindo alguns prédios.

   - O que o seu caça-divinos diz sobre essa coisa Azul. – Paco perguntou.

    - Bom... É... – O clone ficou tentando achar alguma desculpa, olhando para o Serio para ele ajudar.

    - Não precisamos do caça-divinos para acabar com esse divino Paco. Vamos apenas enfrentar-lo. – Disse Serio tentando ajudar o clone.

   - Então vamos nessa! – Disse Paco correndo em direção ao divino. Com os outros três logo atrás dele.

   Os quatro ficaram desviando dos golpes que o divino dava. Depois Paco tentou dar um chute no divino, mas o seu pé afundou e depois foi lançado para longe (como uma cama elástica). Serio e Pilar tentaram atacar por outros pontos do divino, mas dava no mesmo.

   Depois Paco achou o símbolo do totem nas costas do divino.

   - Pilar! É o seu totem! – Paco gritou enquanto desviava de golpes do divino. Depois Pilar pulou em alguns prédios e conseguiu tocar no totem.

   - TOTEM TOCAR, TRANSFORMAR. – Pilar gritou e ela, o Serio e o Paco se transformaram. E o clone mudou sua forma para a forma da Azul transformada.

    - Agora vamos lá! – Disse Paco confiante se jogando contra o divino, mas deu no mesmo de antes. Depois Serio tentou cortar o divino com suas garras, que nem arranharam o divino. Pilar tentou amarra o Gigantos, que fez com que seu corpo aumentasse, impedindo a Pilar de amarrar-lo.

     Enquanto os três tentavam atacar o divino, o clone ficava observando e de repente ouviu a voz de Destroctos.

    - Começar a segunda fase do plano. – O clone ouviu a voz em sua cabeça e se preparou.

    - Sim mestre. – Disse o clone revelando um sorriso maligno.

    Nesse momento, Serio pulou para atacar o divino, mas quando estava no ar, algo segurou sua perna e o lançou contra o Paco e os dois bateram contra um prédio. Depois a Pilar viu os dois caídos e foi até lá para ver se estavam bem, os três olharam e viram que quem os atacou era a “Azul”.

    - O que você está fazendo Azul? – Paco perguntou confuso, vendo que ela estava dando um sorriso maligno.

    - Ela não é a Azul. – Disse o Serio se levantando. – É um clone! A verdadeira foi seqüestrada ontem.

    - O que? – Paco exclamou. – Desde quando.

    - Provavelmente foi desde a hora do recreio, que foi quando ela começou a agir estranho. – Disse a Pilar se preparando.

   - Exatamente. – Disse o clone voando do lado do divino e se virando para ele. – Pode voltar a destruir as coisas. Eu cuido desses quatro.

   O divino sorriu e voltou a destruir os prédios, enquanto Serio, Paco e Pilar se preparavam para enfrentar o espião.

   Paco tentou se jogar em direção ao novo inimigo, mas esse inimigo usou uma velocidade incrível e parou atrás dele e o chutou contra o prédio. Depois Pilar tentou amarrar o clone, que conseguiu escapar, voou para cima dela e a atingiu por cima, jogando-a no chão.

    Por último, Serio tentou atacar com suas garras, mas o clone conseguiu perceber seus movimentos, então segurou o braço dele e também o jogou contra o chão.

    - Não adianta. – Disse Pilar tentando se levantar. – Sem a Azul não temos muita chance contra um adversário aéreo.

   O clone então olhou para o Serio e começou a voar em direção a ele para dar um ultimo golpe. Mas quando estava a poucos metros de atingir-lo, algo atingiu esse inimigo, jogando-o alguns metros para frente, quando todos olharam, viram que era a verdadeira Azul.

   - Como você escapou? – O clone perguntou irritado.

   - Não é fácil manter um Combo Niño preso. – Disse Azul pousando ao lado de seu clone e as duas começaram a lutar.

   - Precisamos ajudar a Azul. – Disse o Serio se levantando.

   - Certo. – Disse Paco chegando ao lado dele junto com a Pilar. – Mas qual delas é a verdadeira?

    Os três ficaram confusos enquanto as duas lutavam, de repente uma gritou.

    - Rápido, me ajudem! Ataquem essa impostora! – Disse uma das duas.

    - Não! Ela é a impostora. Eu sou a Azul! – Gritou a outra.

    Depois uma se lançou contra a outra e as duas começaram a lutar enquanto voavam para outro pedaço da cidade.

    - Vamos até lá ajudar! – Disse Paco. Ele e o Serio se prepararam para ir, mas Pilar os impediu.

    - Eu lamento incomodar rapazes. Mas e quanto ao nosso amigo ali? – Pilar perguntou apontando para o divino.

   - Eu vou até lá! – Disse o Serio. – Vocês cuidam do divino!

   Pilar e Paco concordaram e foram até o Gigantos, enquanto Serio ia atrás das duas.

   Enquanto isso, Azul estava enfrentando o seu clone até as duas caírem em um ferro velho da cidade e começaram a lutar lá. Então Azul deu um chute em seu clone, lançando-a, mas o clone a segurou e a puxou junto e as duas caíram dentro de um compactador. Quando caíram lá, um monte de ferro caiu sobre elas, prendendo-as no chão e quando viram, o compactador começou a se fechar e elas não conseguiam se soltar.

   De repente Serio chegou lá e viu as duas presas.

   - Serio! Socorro. – Uma delas gritou.

   - Me ajude Serio. – Gritou a outra e Serio ficou confuso. Sem saber quem ajudar, enquanto isso, o compactador se fechava.

   Serio ficou olhando para cada uma sem saber como escolher. Então ele resolveu confiar em seu amor pela Azul. Ele olhou para os olhos das duas e apenas uma fez com que ele visse que realmente era ela.

   Então ele pulou dentro do compactador, tirou o monte de ferro de cima dela. Segurou-a pelos braços e pulou de lá de dentro bem a tempo. Depois os dois olharam lá dentro e a Azul que ficou presa começou a perder a forma e virou uma gosma, revelando ser o clone e foi esmagado pelo compactador.

   - Obrigada Serio. Você me salvou. – Disse a verdadeira Azul nos braços dele.

   - Tudo bem. – Disse Serio um pouco corado. – Essa não! Precisamos ajudar os outros.

    - Então vamos. – Disse Azul descendo dos braços dele e os dois seguiram até onde Paco e Pilar estavam.

    Paco e Pilar não estavam conseguindo vencer o divino, de repente eles vêem Serio e Azul chegando.

   - Azul! Que bom que você voltou! – Paco exclamou com alegria.

   - Obrigada. Mas agora vamos acabar com esse divino. – Disse Azul e os quatro atacaram.

   Primeiro Azul fez um furacão, que tirou o divino do chão, depois Paco se jogou contra a barriga do divino, que como não tinha nenhuma base, foi jogado para trás, depois Serio segurou Pilar pelos braços e a usou para amarrar as pernas e os braços do divino ainda no ar, fazendo-o ficar imobilizado e batendo contra um prédio.

   - COMBO NIÑOS, GRANDE EXPLOSÃO! – Os quatro gritaram, fazendo a explosão e prendendo o divino em um pneu que tinha dentro de um beco.

   Os quatro voltaram ao normal e Pilar pegou o pneu e eles foram para o campo de treino e lá entregaram o pneu para o mestre Grinto.

   - Realmente é ótimo você estar de volta Azul. – Disse Grinto depois de guardar o pneu.

   - Obrigada mestre Grinto. – Disse Azul com um sorriso.

   - E onde você esteve Azul? – Paco perguntou curioso.

   - Fiquei presa dentro de uma caverna por aquele divino assustador. – Azul respondeu.

   - Deve ter sido uma aventura e tanto. – Disse Pilar.

   - É. – Azul concordou e depois se virou para o Cabeça e o mestre Grinto. – Ainda bem que vocês me salvaram a tempo.

   - Não deve nos agradecer. – Disse Grinto sorrindo. – Foi o Serio quem deu a idéia.

   - Bom é que eu... – Serio ficou todo corado, sem saber o que responder.

   - Obrigada Serio. – Disse Azul dando um beijo na bochecha dele, fazendo-o ficar completamente vermelho.

   - Ei mestre. – Disse Paco. – Por que não aproveitamos que agora sabemos onde aquele divino está escondido e vamos até lá enfrentar-lo.

   - Você acha mesmo que aquele divino é tão idiota assim? – Disse o Cabeça Velha.

   - O Cabeça Velha tem razão. – Disse Grinto. – Destroctos, além de poderoso, é muito inteligente, ele já deve ter mudado de esconderijo.

   - Não importa. Pois, se ele voltar, vamos dar um jeito nele. – Disse Paco confiante.

   - Mas eu só tenho uma pergunta. – Disse Azul olhando para o Serio.

   - Qual é? – Serio perguntou curioso.

   - Como sabia que eu era a verdadeira lá no ferro velho? – Azul perguntou bem curiosa.

   - Bem... Eu... É... – Serio ficou totalmente sem saber o que dizer. – Bom... A sua prova não é daqui a pouco?

   - É mesmo! Até mais. – Azul nem percebeu que Serio apenas disse aquilo para mudar de assunto e ela começou a correr.

   Depois Paco, Pilar e Serio foram para a aula aproveitando o resto do dia, depois de uma grande aventura.

                                         Continua...