Teen Love escrita por Noel Em Fevereiro


Capítulo 7
Ironic


Notas iniciais do capítulo

Heey! Voltei!



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 Já faz um mês. Um mês e nada da Operação Lovebirds andar.

 Francamente!

 Estamos quase no Natal e nada aconteceu! Senhor amado, eles são muito lentos! Aquele abraço – que por sinal foi dois meses atrás – foi um passo enorme, mas só pra depois estacionarem numa friendzone permanente!

 - Riley! Ande logo, se não vai se atrasar! – gritou minha mãe.

 - Já vou! – respondi.

 Peguei um vestido verde-água estampado com tule preto aparecendo embaixo. Coloquei também um cinto preto com tachinhas douradas e uma jaqueta de couro preta. Podia não nevar na região de São Francisco onde eu morava, mas ainda assim era frio.

 Peguei uma maçã na cozinha, me despedi de minha mãe e desci para a garagem do prédio. Brian já me esperava, usando jeans, camisa branca e uma camisa xadrez por cima.

 - Está bonito! Cher vai adorar! – comentei entrando no banco do carona.

 - Não enche! – falou entrando no do motorista e ligando o carro. E então acrescentou:  – Mas obrigado. Você também está bonita. Owenn vai gostar.

 Lancei-lhe um olhar mortal, e em resposta ele começou a rir.

 - Vai te catar. – retruquei. Saímos do prédio e fomos conversando normalmente até a escola. Pouco antes de estacionarmos liguei meu celular. Imediatamente vi que havia milhares de ligações perdidas e mensagens, todas de Annie.

Riley! Por que você não atende? Estamos com problemas no paraíso!/Annie

CADÊ VOCÊ? É URGENTE! Por favor, me atende!/Annie

Por que você nunca liga o celular? Por tudo o que é mais sagrado, atende logo!!!!!!!/Annie

 Saí correndo do carro, procurando minha amiga desesperadamente. O que será que aconteceu? E, problemas no paraíso? O que ela quis dizer com isso?

 - RILEY! – gritou uma voz que reconheci como a de Angie. Ela e Annie vinham correndo o mais rápido que seus saltos e all star permitiam. Quando me alcançaram, foi Annie quem falou:

 - A Operação Lovebirds corre sérios riscos!

 - Como assim? – perguntei, estática.

 - É melhor ver você mesma! – disse Angie, já me puxando para mais perto da entrada. Lá havia uma pequena multidão envolta de alguma coisa que não consegui identificar até chegar bem mais perto. Oh, não...

 Todos estavam envolta de Sasha Peterson, que ninguém menos era – ou melhor, foi – do que a primeira namorada e o primeiro amor de Brian. Eles namoraram quando tinham entre treze e catorze anos. Ela teve que se mudar para Boston e eles terminaram uma semana antes da viagem.

 A vida é irônica, não é? Quando tudo está indo maravilhosamente bem, ela faz tudo virar um desastre em questão de segundos. E quando você pensa que nada pode ficar pior, SURPRESA! Com apenas algumas palavras ou ações (ou chegadas inesperadas) você descobre que pode, sim, piorar. Pura ironia.

 Sasha estava totalmente igual e ao mesmo tempo totalmente diferente da última vez que a vi. Os cabelos dourados haviam ficado mais cacheados do que antes, mas os olhos continuavam tão azuis ao ponto de serem comparados ao fundo do oceano. O queixo continuava levemente marcado, mas não do tipo que fica esquisito. E ela continuava alta. Devia ter quase 1,70. Usava uma blusa rosa florida, mini-saia jeans e sandálias de salto que a deixavam ainda mais alta.

 Ela olhava a multidão a sua volta com uma expressão satisfeita que eu nunca havia visto. Seus olhos pararam em mim e um sorriso malicioso se formou em seu rosto, como se estivesse tramando alguma coisa. Um instante depois seus olhos focaram em algo atrás de mim. Ela abriu um sorriso animado eveio correndo na minha direção. Ou melhor, na direção da coisa que ela viu atrás de mim.

 - Brian! – exclamou e pulou no pescoço do meu irmão, que estava em choque.

 - S-Sasha?! O que faz aqui? – perguntou, se afastando delicadamente da garota.

 - Meus pais se separaram e agora estou morando com a minha mãe e meu padrasto aqui em São Francisco! Mas e você? Como anda? – perguntou chegando cada vez mais perto do garoto. Me segurei para não dizer que ele já estava nos meus planos junto com outra garota.

 - Ahn, meu pai e a mãe da Riley vão se casar! – soltou, chegando cada vez mais para longe dela.

 - O quê? – e então ela olhou pra mim. – Riley! Quanto tempo! – ela praticamente gritou, fingindo que não tinha me visto. E então veio me abraçar, mas antes que ela encostasse em mim uma voz irritantemente conhecida a fez parar.

 - Ah, vocês estão aí! Procuramos na escola toda! Tudo bem que é difícil achar alguém tão pequenano meio de tanta gente, mas ainda assim eu pensei que...– Owenn parou de falar quando viu a loira.

 - Owenn! – exclamou, surpresa.

 - Sasha... – ele disse, parecendo não muito feliz em vê-la.

 - Vocês se conhecem? – perguntou Harold, que se encontrava atrás do garoto junto com Cherise e Charlie. Oh, não...

 - É... É uma longa história. – respondeu o garoto. – Mas como vocês conhecem ela?

 - Ela... Bem, ela é... – Angie começou a explicar.

 - Sou ex-namorada do Brian. – anunciou Sasha. Owenn pareceu surpreso e Cherise pareceu extremamente desconfortável com aquela “revelação”.

 Naquele momento, o sinal tocou. Todos entramos na escola e nos separamos, cada um indo para sua aula. Owenn e eu caminhamos lado a lado e vi que Sasha nos observava atentamente quando subimos as escadas. Neste momento ele segurou minha mão. Olhei-o como se perguntasse o que pretendia, e sua resposta também venho em forma de olhar: Eu sei o que estou fazendo. Confie em mim, Dawnson.

 Apertei sua mão com força, e ele devolveu com a mesma intensidade. Ao chegarmos na sala de química, soltamos nossas mãos. Não queríamos mais um professor nos enchendo a paciência. No meio da aula, porém, recebemos uma notícia totalmente inesperada:

 - Alunos! Sabemos que o trabalho do semestre de química será feito em duplas. Para facilitar a vida de vocês, estas duplas serão para o resto do ano e para todas as matérias!

 Eu e Owenn nos entreolhamos. Ele estava sentado ao meu lado, afinal desde o dia em que o trabalho foi anunciado, as duplas deveriam se sentar juntas.

 Aparentemente, estávamos pensando a mesma coisa: que não iríamos nos livrar um do outro tão cedo.

 Muitas coisas acontecendo num dia só.

 Ironia.

 Doce ironia.


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Notas finais do capítulo

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