Pov Hope

Hoje é sexta feira, o dia do baile, Chamei Luna e Gina para o meu quarto, vamos nos preparar aqui mesmo. O baile começa ás 7h00m, temos 3 horas para ficarmos prontas.

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São 7h30m e eu estou á espera do meu chamado, para me apresentarem. Vieram-me chamar e eu preparo-me para entrar, entro e todos olham para mim, a minha família está espalhada pela escada, eu estou no início dela, vejo Gina e Luna lá em baixo, elas preferiram ficar lá, vejo um grupo de pessoas, mais afastadas e suponho que seja aquele o grupinho de Mystic Falls, Marcel está perto da escada esperando por tia Bekah. Meu pai dá início ao discurso:

— Senhores e senhoras, esta é Hope Mikaelson, minha filha com Hayley e minha herdeira, regressou a casa faz pouco tempo, todos pensávamos que ela estava morta, esta é a vossa princesa e quero que vocês nos ajudem a protegê-la.- e meu pai deu início á dança. 

Após meia hora eu já tinha dançado com o meu pai, tio Lijah, Kol, Marcel e alguns convidados que se atreveram a pedir-me diretamente.

Já não aguentava mais tanta dança, por isso juntei-me a Gina e Luna que estavam sentadas numa das mesas.

— E aí?- perguntei, queria saber o que tanto elas olhavam.

— O quê?- elas finalmente desviaram o olhar para mim.

— O que tanto olham?- perguntei e elas indicaram o grupinho que não parava de me encarar desde que fui apresentada.- Isto já cansa.- Fui para perto para ver se eles tomavam a iniciativa. Felizmente isso aconteceu, e vieram todos juntos.

— Falem.- disse quando eles se sentaram na mesa em que eu estava.

— Como é que é possível?- perguntou a morena que reconheci ser Elena Gilbert.

— O quê? O facto de eu ser filha de quem sou, ou o facto de eu estar viva?- perguntei já que essa deveria ser a pergunta de todos.

— A primeira opção.- falou a morena bruxinha.

— O meu pai pode ser vampiro, mas nasceu lobisomem.- falei e fui para o jardim, para ser seguida visto que eles não se contentaram com a minha resposta.

— Porque é que todos pensaram que estavas morta?- perguntou o namorado de Elena, Stefan se não estou em erro.

— O meu pai não é o monstro que vocês dizem ser, ele faz de tudo para proteger a família em primeiro lugar, ele cometeu erros? Sim, cometeu, mas errar é humano, e isso prova que ele tem humanidade, ele deu-me a tia Bekah, para ME proteger, eu estava em risco de vida, os inimigos dele queriam a minha morte, ninguém se importou se era um simples bebé inocente, era filho de Klaus por isso deveria ser morto, todos dizem que ele é um monstro, mas entretanto quem iria matar um bebé inocente eram aqueles que diziam ser bons, eram aqueles que o chamavam de MONSTRO, quando eram eles que faziam uma MONSTRUOSIDADE destas. Agora respondam seriam vocês capazes de matar um bebé, sendo ele filho do vosso inimigo?- perguntei, pois apesar de tudo eles também diziam que o meu pai era um monstro.

— Não, estamos a falar de um ser vivo, inocente, um bebé, que apesar de ser filho de quem é continua a ser um bebé.- Elena respondeu e todos concordaram.

— Eu fui raptada dias após ser entregue a tia Bekah, nem mesmo ela viu quem era, fui deixada á porta de um casal em Londres, os Granger's, eles adotaram-me, e deram-me o nome de Hermione Granger, cresci sem saber a verdade, aos 11 anos, recebi uma carta, de uma escola de bruxaria e magia, mas são bruxos diferentes daqueles que vocês estam habituados, eles necessitam de uma varinha, para fazer um feitiço, fui para lá com esperança de ter amigos, colegas que não te chamem de aberração a cada coisa anormal que fazes, mas nada foi como eu pensei, não tinha amigos, fui chamada de várias ofensas, no fim do 1ºano, fiz 2 amigos, que mais tarde se tornaram melhores amigos, ao longo dos anos, eu pensei ter os melhores amigos, mas foi nestas férias que eu descobri, eles apenas estavam comigo, por eu ser inteligente, para eles terem boas notas, aproveitando-se de mim, e o pior, foi que eu descobri isto quando estava no hospital, devido a um acidente que não quero relembrar. O meu pai sofreu demasiados abandonos no passado, o meu rapto apenas piorou tudo.- falei com lágrimas não derramadas nos olhos, virei-me pronta para ver a rejeição e a pena, mas tudo o que vi foi carinho e amor, este último nos olhos de Damon, irmão de Stefan, estranhei, mas não comentei.

— Sentimos muito.- Elena falou sinceramente. Mas eu não aguentei calada.

— Não preciso da pena de ninguém, vi isso mesmo que indiretamente nos olhos das pessoas durante anos.- falei.

— Não temos pena de ti, apenas quero ser tua amiga, vi em ti, uma grande confidente.- falou Caroline sincera, eu podia sentir.

— Hope, o teu pai está á tua procura... oi- Gina falou olhando para mim e depois para eles.

— Oi, tu és demasiado parecida comigo e com Katherine.- Elena falou.

— Sim eu sei, li isso num livro que a minha amiga tem, mas não faço a menor ideia, porque me pareço com vocês.- Gi falou.

— Mas eu sei.- falou uma voz atrás de nós, olhando para Gina emocionada.

— Katherine.- os rapazes disseram rosnando e afastando as raparigas dela.

— Como assim?- Gi perguntou confusa e eu estou de acordo com ela.

— Eu não irei fazer mal a ninguém, prometo.- ela falou e eu sentia a sinceridade emanando dela.

— Ela está a dizer a verdade.- falei. Ela olhou para mim.

— És mesmo igual á tua mãe.- ela falou e eu fiquei confusa. Parece que ela notou visto que tratou de me responder.- Sou amiga de infância da tua mãe. Gina não é?- perguntou e Gi acenou.- O teu nome verdadeiro é Demitria, apelidado de Demi.- falou e todos nós nos chocámos.

— Quem... quem são os meus pais?- Gi perguntou chorando.

— Tu és filha de... Elijah Mikaelson- choquei, isso faz dela minha prima.- comigo, preciso que ouças, eu não tenho muito tempo, tu és a minha primeira filha, e quando eu soube que estava grávida de ti transportei-me no tempo, com a ajuda de uma bruxa poderosa, Esther Mikaelson, vossa avó, ajudou-me através de seu espírito, trouxe-me até ao futuro e eu deixei-te naquela casa estranha, tinha muito pouco tempo e aquela foi a primeira que vi, voltei no passado e continuei a minha vida, eu não podia ficar contigo, o meu pai deserdaria me se soubesse e eu não poderia cuidar de ti, por isso foi melhor assim. Tu tens uma irmã, Nádia, ela tem 7 anos morreu num acidente, preciso que a tragas de volta e não, eu não estou viva, morri faz pouco tempo, mas ao que parece o portal foi aberto e eu saí para te procurar, faz-me esse favor... eu te amo filha.- ela desapareceu e Gi... isto é Demi desabou no choro, já eu e o resto estávamos demasiado chocados.