Nunca Acaba escrita por kaka_cristin


Capítulo 13
Capítulo 13 - Flashback – Parte II




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Uma semana depois...

M: eu vou fugir.

G: mas pra onde?

M: não importa. Vou fugir com você. Eu não posso mais ficar sem você. – e o abraçou. Os dois estavam na igreja conversando. Era o único lugar que seus pais deixavam ela ir sozinha e ela ligou pro Gerard e combinaram de se encontrar lá.

G: Mary, tem certeza de que é isso que você quer?

M: tenho. Ninguém vai separar nós dois Gerard. eu vou morar com você contra a vontade de meus pais.

G: vai precisar largar tudo que você tem. Eu não tenho o dinheiro do seu pai.

M: eu sei, e eu não ligo pra isso. O que importa é que eu te amo. Eu te amo Gerard. – e os dois se abraçaram.

Duas semanas depois, chegara o dia, Mary esperou todos dormirem e desceu com sua mala com roupas e algumas outras coisas dela. Quando chegou do lado de fora da casa, Gerard a esperava no carro.

G: ta tudo bem? – perguntou ao ela entrar.

M: Ta. – os dois se beijaram e depois Gerard os conduziu pra sua casa.

Quando chegaram Mary chorou pela situação de ter que enganar seus pais. Mas não estava arrependida do que fizera. Estava decidida a lutar pelo amor de sua vida. O pai dela chegou a ligar pro celular dela e a mãe chorava no telefone pedindo que ela voltasse, mas Mary não cedeu. Pedia pra que eles aceitassem o amor dos dois, o que era impossível, pois eles nunca aceitaram.

Fazia um ano que os dois viviam juntos. Viviam muito bem. Gerard tinha sempre shows pra fazer e já tinha até uma pequena banda. Com esse dinheiro que ele ganhava, dava pra comprar as coisas pra dentro de casa, sem faltar nada. Eles eram tão bons, que não ficavam sem show pra fazer nem um dia sequer. Mary estava muito feliz com tudo.

Numa tarde os dois assistiam tv quando Gerard passou a mão no rosto dela acariciando-o. Mary olhou pra ele e ele sorriu pra ela.

M: que foi?

G: você é linda. – Mary sorriu e os dois se beijaram deixando a televisão de lado. - eu te amo, sabia? – disse com um olhar apaixonado colocando o fio de cabelo que caia sobre o rosto dela atrás da orelha. - Ele a beijou novamente. ela então sorriu feliz ao ouvir isso dele pois ela o amava também.

G: tenho uma surpresa pra você.

M: é? – perguntou surpresa.

G: está no meu bolso.

M: no seu bolso?

G: é.

Ela colocou a mão no bolso da jaqueta dele e encontrou uma caixinha e ao abrir viu que era um anel.

M: ó meu Deus! É lindo. – disse admirando o anel que tinha na caixa e o pegando na mão.

G: Mary... – ele pegou o anel da mão dela e o colocou em seu dedo. –...você quer se casar comigo?

M: gee! – disse ela emocionada tapando a boca com as mãos. – mas é claro. É tudo o que eu mais quero nessa vida. – e o beijou emocionada com o pedido. Algumas lágrimas caíam sobre seu rosto de emoção.

No mês seguinte, Mary não se sentia muito bem e resolveu ir ao médico, foi então que ficou sabendo da surpresa, estava grávida de dois meses. Quando chegou em casa correu pro quarto onde Gerard escrevia algumas musicas sobre a cama e o abraçou forte.

G: o que houve? Está tudo bem com sua saúde?

M: tudo ótimo. Melhor impossível. – disse de joelhos na cama.

G: e o que eram os enjôos?

M: estou grávida.

G: o que?

M: você vai ser papai gee.

G: oh meu Deus! Mas isso é maravilhoso. – disse a abraçando.

Os dois estavam muito felizes com a notícia. Gerard juntou um bom dinheiro e resolveu levá-la pra um passeio num hotel de frente pra praia para uma “lua de mel”. Iriam à semana seguinte.
Fazia frio e Mary preparava um chocolate quente pros dois enquanto Gerard tocava na sala. Depois de pronto ela foi levar a caneca dele até ele. Do corredor ela podia ouvi-lo cantando uma das músicas que ele estava compondo. Ela levava em suas mãos duas canecas de chocolate quente. A música ia ficando cada vez mais perto até que ela chegou na sala e lá estava ele sentado no sofá cantando. Ele piscou pra ela com um jeito sexy que ela adorava e parou de cantar e colocou o violão de lado e ela estendeu a caneca a ele.

G: obrigado. - ele agradeceu e colocou a caneca na mesinha ao lado do sofá e pegou a caneca da mão dela e colocou ao lado da dele, depois a abraçou beijando a barriga dela. Depois se levantou e a beijou. – eu te amo.

M: também te amo.

G: vamos ser muito felizes com nosso filho. Eu te prometo.

M: você já me faz feliz Gerard, muito mesmo. – e fez um cara triste.

G: o que foi?

M: estava lembrando dos meus pais...como será que estão?

G: por que ainda se importa com isso? Eles não se importam com você.

M: sinto saudades dele Gerard. talvez com essa notícia de que vou ter um bebê, mude a cabeça deles.

G: eu acho que não. Mas se acha isso, devia ir visitá-los.

M: você me leva lá?

G: ok. – concordou, mesmo achando não ser uma boa idéia.

No dia seguinte Mary resolveu ir enfrentar seus pais. Gerard não achou uma boa idéia, mas mesmo assim a levou de carro até a casa dos pais e esperou do lado de fora. O segurança da casa a reconheceu e a deixou entrar. Quando ela abriu a porta de casa, sua mãe lia uma revista na sala quando a viu chegar.

R: meu Deus! Isso é real? Minha filha! – disse correndo até ela. As duas se abraçaram emocionadas. – está tudo bem com você?

M: tudo ótimo mãe.

R: você está bem mesmo? Está sendo bem tratada? Está feliz minha filha?

M: sim mãe. Estou muito bem.

R: você voltou pra casa é isso? Vai morar conosco novamente.

M: não. Eu só vim ver como vocês estão e dar uma notícia.

J: Rita, quem chegou? – disse Jonas descendo as escadas e parou na metade ao ver Mary ali. – o que faz aqui?

M: pai.

J: não sou seu pai.

R: Jonas, deixa de palhaçada. É hora de parar com isso. Não fica feliz em vê-la?

J: * ele não respondeu *.

R: em Jonas?

J: eu admito que fico feliz em vê-la novamente.

R: ó querida! – e a abraçou novamente e seu pai veio até elas e beijou-lhe a testa. – mas o que tem pra nos contar?

J: largou o pé rapado?

M: não. E nem vou largar nunca mais. Nossa felicidade está completa agora.

R: mas por que?

M: mãe, pai... – e botou a mão na barriga. – ...eu estou grávida.

R: oh! – disse levando as mãos à boca.

J: grávida?

R: meu Deus!

M: não vão dar os parabéns? – Rita e Jonas se olharam e assentiram a cabeça.

J: parabéns minha filha. – e a abraçou.

R: meus parabéns. Eu vou ser avó, que emoção!

M: é vão ser avós.

J: acho que já é hora de acabar com essa rincha da nossa família. Onde está o pai da criança?

M: está aqui em frente no carro à minha espera.

J: mande-o entrar. – Rita o olhou surpresa.- está grávida dele, temos que conhecer o pai, certo? - Marry sorriu inocente e o abraçou. O segurança pediu que Gerard entrasse. Ele entrou todo desconfiado.

M: pai, mãe, esse é Gerard, meu futuro marido e pai do meu filho. – disse ela quando ele entrou pela porta da casa.

G: muito prazer. – disse estendendo a mão no qual Jonas apertou bem firme.

J: o prazer é meu.

R: prazer em conhece-lo.

G: encantado. – disse ele pegando na mão dela que puxou e fingiu arrumar o cabelo.

J: vamos comemorar e almoçar.

G: eu tenho coisas a fazer agora.

M: Gerard! precisa conhecer seus sogros.

J: é, precisa conhecer seus futuros sogros. – disse sério.

Gerard percebia toda ironia dos pais dela, mas Mary estava cega e na maior inocência sorria por estar feliz e achar que tudo estava às mil maravilhas e seus pais estavam sendo sinceros.

Na semana seguinte Gerard e ela foram fazer a tal viagem planejada. Ficaram hospedados num hotel em frente pra praia. Estava tudo bem até Mary receber uma ligação de seus pais. Foi então que tudo começou.

G: o que queriam? – perguntou quando ela desligou o telefone.

M: convida-lo pra um almoço, quando voltarmos.

G: eu não vou. – disse ele se levantando da cama e caminhando até o armário.

M: mas por que não?

G: Mary, me desculpa, mas eu não acredito nessa gentileza toda de seus pais.

M: o que? mas como pode dizer uma coisa dessas Gerard? depois deles terem te tratado tão bem? Te receberam com o maior carinho naquele dia.

G: ahan, seu pai quase quebrou minha mão e sua mãe com nojo nem apertou minha mão direito.

M: isso é mentira! Eu estava lá. Eles te receberam muito bem.

G: amor, eu sinto muito. Você é muito inocente e não sabe das coisas.

M: não sei das coisas?

G: eles estão planejando algo pra nos separar, pode ter certeza disso.

M: está louco Gerard. o que acha que meus pais são?

G: duas cobras.

M: eu não acredito que estou ouvindo isso de você!

G: me desculpa, mas é a pura verdade.

M: o que houve com você? Não é o mesmo pelo que me apaixonei. – disse saindo do quarto.

Entrou no elevador e ao chegar no Hall, correu até a piscina do hotel que estava vazia. Mary chorava e suas lagrimas se misturavam à água da piscina. Estava muito magoada com tudo que tinha ouvido da boca de Gerard. não conseguia enxergar a verdade. Estava muito triste. Ela começou a sentir umas pontadas de leve na barriga que foram aumentando.

M: o que é isso? – disse colocando a mão na barriga e sentia uma forte dor. – ai! – ela se encolheu de dor e acabou se desequilibrando e caindo na piscina. Ela tentou nadar pra borda mas algo não deixava ela ir. Seu pé estava preso, o salto da sua bota prendeu no ralo. Mary ficou desesperada, esqueceu da dor que sentia e só tentava sair dali. Sacudia a perna, mas o salto não desprendia. Começou a se debater cada vez mais com força até que foi perdendo seus sentidos e ficando fraca e apagou.

[...]
J: o que você fez com ela?

G: eu não fiz nada. Ela caiu na piscina, quando eu cheguei, ela estava lá, estava com a bota presa no fundo da piscina. Eu pulei e consegui tira-la, mas ela não acordava.

J: se minha filha morrer a culpa vai ser sua seu desgraçado.

R: ela não vai morrer! – gritou Rita desesperada.

J: querem parar de brigar? – disse Josh chorando.

R: o que aconteceu pra ela tentar suicídio?

J: ela não tentou suicídio. Foi ele Rita, ele a afogou na piscina. Tentou matar nossa filha.

G: nós brigamos no quarto e ela saiu correndo.

R: por que brigaram?

J: você bateu nela?

G: não! Eu só disse pra ela que não queria almoçar com vocês. Ela ficou chateada por eu ter dito que não confiava em vocês.

J: nossa! Você é um rapaz esperto.

G: ela foi inocente em acreditar em vocês dois com toda aquela falsidade de me receber na casa de vocês.

J: percebeu isso sozinho?

G: eu sabia que por trás disso, vocês queriam me tirar ela, de algum jeito. Eu não sabia como, mas essa era a intenção. Admitam.

R: e era mesmo. – disse Rita.

G: sabia!

O médico entrou no quarto calando eles e veio dar-lhes a triste notícia.

Me: tenho uma má notícia.

R: ai meu Deus! Doutor fala logo.

Me: Infelizmente, a criança não resistiu. Sinto muito. ela perdeu o bebê.

R: Deus!

Gerard olhou para o médico perplexo suplicando com o olhar que aquilo fosse mentira. Começou a chorar feito uma criança sem sua mãe. Chorando bem alto. O médico saiu deixando-os a sós novamente.

J: fora daqui!

G: não! Eu quero ficar com a Mary. – disse aos prantos indo até Mary e pegando na mão dela.

J: se não sair agora eu chamo a polícia.

G: não faria isso.

J: você duvida?

Josh: não está ouvindo meu pai? Suma daqui ou te arrebento.

J: eu nunca mais quero ver sua cara de novo. Quero que suma das nossas vidas pra sempre. Se voltar, eu acuso você de tentar matar minha filha.

G: não pode impedir que eu a veja. É a minha esposa.

J: suma daqui! Suma de nossas vidas! Suma já ou eu ligo pra polícia.

G: você pode nos separar agora. Mas quando duas pessoas se amam de verdade, ninguém pode separa-las pra sempre.

J: se um dia ela voltar a vê-lo, eu mesmo faço justiça com minhas próprias mãos. Eu juro por Deus que te mato.

Gerard os olhou com desprezo e olhou pela ultima vez pra Mary que dormia profundamente e saiu do quarto. Mary ouvia tudo que se passava naquele quarto. mesmo não podendo falar, ela podia ouvi-los.

R: foi melhor assim. – disse Rita abraçando Jonas.

Josh: o que?

R: essa criança ter morrido. Mary não podia ter essa criança.

Josh: e por que não?

R: por que era dele. Seu pai e eu combinávamos de dá-la pra uma adoção quando nascesse.

Josh: o que?

J: essa criança foi uma maldição que caiu sobre nossas vidas. Assim como esse indivíduo.

Josh: não acredito que estão falando isso de uma criança inocente. Vocês são uns monstros. Ainda bem que Mary não está consciente e não pôde ouvir isso. – disse ele saindo do quarto.


-- Fim do Flashback --

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