Estava num sono profundo quando começo a sentir pequenos beijos serem depositados por todo o meu pescoço. Eram lábios frios que me davam descargas elétricas como se entre nós existisse energia. A sensação era maravilhosa até que percebo que não estou a sonhar. Eu oiço aquela risada arrogante e abro os olhos a tempo de ver Alec me encarar com aqueles olhos rubi e depois sair de cima de mim deitando-se ao meu lado com os braços a apoiar a cabeça.

—Mas o que é que estás aqui a fazer?-pergunto-lhe eu sentando-me na cama.

—Queria ter o prazer de te ver acordar com a ressaca por causa de ontem à noite.-disse ele olhando para mim.

—Se foi isso que vieste cá fazer perdes o teu tempo. Eu posso beber muito mais do que um humano e não fico bêbada.-disse-lhe eu com um sorriso cínico.

—Sendo assim o que achas de continuarmos aquilo que começamos ontem?-perguntou ele sentando-me em cima dele.

—Alec podes ir...- sou interrompida pelo meu telemóvel. Quando olho no visor vejo o nome do Jacob e no momento em que ia desligar o Alec tira-me o telemóvel da mão.

—Olha só se não é o cachorro. Bem achas que ele vai gostar de saber o que se passou ontem, talvez se eu atender a chamada ele fique interessado em ti outra vez só mesmo pelo ciúme.

—Dá cá isso.-ele não oferece resistência e dá-me o telemóvel.- Oi Jacob o que é que queres?

—Nessie é tão bom ouvir a tua voz. Os teus pais estão muito preocupados contigo e eu também amor. Se esses italianos te obrigaram a ir para aí eu vou aí buscar-te.

—Nem penses nisso Jacob, e não me chames Nessie, eu odeio esse nome. Se te atreves a aparecer aqui eu própria te mando de volta para Forks com um chute.- de repente o Alec começa a beijar-me o ombro, e faz o caminho até ao pescoço e eu desconecto-me da conversa com o Jacob.

—Nessie estás a ouvir? Nessie? Tu estás com alguém?

—Nãaao.

—Nessie se eu sei que estás com algum desses sanguessugas italianos eu...

—Tu o quê Jacob. Nem que eu dormisse com todos os Volturi deste castelo não era da tua conta, mas se queres tanto saber à Volturis capazes de me fazer sentir coisas que tu nunca conseguiste.

Depois disso desliguei o telemóvel e só quando vi o Alec a olhar para mim com um ar satisfeito mas ao mesmo tempo espantado é que percebi o que tinha dito. Ele rapidamente sorriu e disse:

—Para quem não queria continuar a conversa de ontem estás sentada em cima de mim há muito tempo não achas?

Eu rapidamente me levantei e corei violentamente.

—Veste-te e vem ter comigo à sala de treinamentos.-quando ele saiu eu apercebi-me que tinha estado no colo dele com uns mini calções e uma camisola que mostrava até ao umbigo meio transparente e de alças. Ainda bem que o Alec não estava ali porque acho que naquele momento as minhas bochechas estavam da cor do meu cabelo ou pior.

Depois de me vestir fui andando o mais lento possível até à sala de treinamentos. Infelizmente cheguei lá mais rápido do que queria e para meu azar a sala estava deserta. O Alec encontrava-se perto da aparelhagem. Eu só desejava que ele não pusesse música porque da última vez isso não correu muito bem.

—Finalmente Cullen, estava a ver que te tinhas perdido.-disse ele caminhando até mim e parando à minha frente.

—Então o que é que vamos treinar hoje?

—O teu dom. Não és grande coisa no ataque físico, mas se conseguires desenvolver o teu dom talvez tenhas possibilidade de não seres morta em batalha.

—Alec, eu só consigo passar pensamentos quando toco nas pessoas.-disse eu com um ar derrotado.

—E nem isso sabes controlar.-disse ele com aquele sorriso de gozo.

—Como é que é?-disse eu cruzando os braços .

—Renesmee ontem enquanto estavamos a...

—Sim, Alec, eu sei o que estavamos a fazer, continua.-disse eu um pouco irritada.

—Bem deixaste-me ouvir que os meus beijos te faziam sentir muito melhores do que os daquele cachorro, que claro não é surpresa nenhuma. E esta manhã quando estavas ainda sonolenta deixaste-me ver que estavas a gostar dos beijos e quando eu te beijei durante a chamada do cachorro tu mostras...

—OK, ok eu já percebi. Não tenho controlo. Diz lá, ó senhor todo controlado, como é que eu consigo controlar o meu poder.

—Primeiro tens de te abstrair de tudo o que está à tua volta e tentar bloquiar a tua mente.

—Eu não sei fazer isso.

—Se não tentares nunca saberás.

—Ok.- tentei fazer o que ele pediu e imaginei que um escudo estava à volta da minha mente e eu achava que estava a conseguir. O Alec agarrou a minha mão e pela falta de comentários acho que consegui. Tudo estava a correr bem até que ele me beijou.

—Mas o que é que estás a fazer?-disse tentando empurrá-lo.

—Numa batalha vais ser surpreendida pelos teus oponentes e eles vão fazer de tudo para perderes o foco. Quando te segurei na mão não vi nada, mas assim que te beijei perdeste o controlo.

—Tenta outra vez.- disse ele num tom autoritário

Fiz o que ele me pediu e durante meia hora não tive progressos, mas quando ele me beijou pela quinta vez, o beijo demorou mais tempo. Quando acabou ele olhou para mim e sorriu.

—Muito bem Cullen conseguiste.

—A sério?-disse eu super feliz.

—Sim, talvez tenhas demorado e talvez tenhas tido...- interrompi o discurso dele e beijei-o. Foi um beijo calmo no ínicio, mas rapidamente se tornou um beijo selvagem cheio de desejo e luxúria. Não sei o que se passava comigo afinal de cada vez que eu o beijava ficava mais feliz, e quando o beijo acabava eu queria sempre mais. Para não interromper o beijo desbloqueei a minha mente e transmiti-lhe pensamentos, mas desta vez foram os que eu quis.-Não foi sorte como ias dizer, foi talento natural.

—Mas o que é que estás a fazer Nessie agarrada a esse sanguessuga italiano?- eu conhecia aquela voz e com certeza não queria ver a pessoa a quem ela pertencia.

—Jacob?