Juliette já estava na cidade com a bolsa que um ladrão roubou nas mãos, pronta para devolver para a senhora que havia sido assaltada. Quando de repente, outro ladrão passou pegando outra bolsa "O que esses ladrões veem tanto numa bolsa?". Se despediu da senhora e já foi logo atrás do outro, quando um vulto preto passou por ela e conseguiu ouvir apenas sua voz:

— Deixa esse comigo - E depois foi parando de correr aos poucos e ficou observando ele pegar facilmente a bolsa de volta e devolver para a outra senhora assaltada. Voltou para o lado da heroína - Acho que não nos conhecemos, eu sou o...

— CHATNOIR - Um grupo de pessoas gritou - Meu Deus! Meu Deus! Eu pensava que você só trabalhasse a noite, se escondendo nas sombras, como um gato preto! Você pode me dar um autógrafo?

— Você enfrenta sempre coisas assim, Ladybug? - O garoto disse enquanto escrevia sua assinatura de herói no papel que a pessoa havia pedido pra registrar sua marca - Como heroína, acho que não deve ser tão difícil.

— As vezes, como o novo herói deve saber pelo o que eu passo - Respondeu dando um sorriso de lado - Acho que não precisamos de apresentações, certo? Você me conhece, e eu te conheço como ChatNoir.

— Pode me chamar apenas de Chat se quiser, Lady - E depois deu uma piscadela pra heroína, algumas garotas que viram aquilo gritaram. "Do tipo galanteador", pensou Juliette, "totalmente diferente do meu amigo" - Então, os policiais chegaram!

— Ladybug! ChatNoir! Mais uma vez mantendo a paz na cidade, acho que já posso me aposentar - Os três riram, e então o guarda voltou a ficar sério - Bom, eu acho que eu me aposentaria, se não tivesse um problema sério acontecendo - Os heróis se encararam e depois olharam novamente para o policial, que pediu para se encontrarem com ele na delegacia às 15h. Os heróis concordaram e foram para caminhos diferente.

Juliette chegou em sua casa e tirou a máscara de seu rosto e entrou no banheiro e se encarou no espelho:

— Agora, você é Juliette, não é Ladybug - Disse para si mesma e logo foi para o banheiro tomar um banho para acalmar os pensamentos - Quem era aquele garoto? Um herói com orelhas de gatos... Interessante. Até que ele é bem bonito... Juliette, concentre-se, você gosta do Adrian, apenas do Adrian... E algum dia, você vai encontrar coragem o suficiente para se declarar pra ele - A heroína desligou o chuveiro e vestiu sua roupa normal do dia a dia. Foi para a cozinha e encontrou Tika pedindo por comida, logo deu um biscoito para a cadela, que adorou, como sempre - Vou ter que ir pra delegacia depois, Tika, como Ladybug! Parece que o policial quer me contar alguma coisa, junto com aquele... ChatNoir.

— Au - Tika "respondeu" e Juliette riu.

— Bom, eu vou sair agora pra comprar alguma coisa, você quer que eu compre o quê pra você? - Tika ficou de ponta de pé e pegou um pacote de biscoitos vazio - Okay, já entendi, tchau, meu amor.

Agora, estava andando pelas ruas de Paris. O mercado era o mesmo para ambos os bairros, ricos e pobres, se encontravam todo o tipo de pessoas lá, e as vezes algumas brigas por puro preconceito. A garota estava procurando por biscoitos e frutas, encontrou seu local preferido e comprou algumas coisas que eram o suficiente para apenas ela, já que seus pais dificilmente paravam em casa, olhou para o lado e percebeu seu amigo vendo a loja de tecidos, se aproximou dele:

— Olá, Adrian - Disse com um sorriso no rosto e com seu coração batendo mais rápido - Então, nossa, o que veio fazer aqui?

— Resolvi comprar alguns tecidos - Adrian respondeu curto e grosso, mas depois sorriu e começou a rir - Desculpa, ham, meu pai pediu pra eu comprar alguns tecidos para ele. Você sabe, não é? Ele quase nunca sai de casa.

— É, eu sei bem como é esse comportamento dele. Não me leve a mal, as vezes tenho medo de seu pai - Juliette falou isso e em seguida pegou suas maçãs de sua sacola e deu uma pro seu amigo - Eu sei que você não comeu hoje, você nunca come.

— Obrigada - Ele sorriu aceitando a oferta do alimento.

— EXTRA! EXTRA! LADYBUG E CHATNOIR TRABALHAM JUNTOS? EXTRA! - Juliette comprou rapidamente um jornal do garoto que passava por ali e logo viu na capa sua imagem como Ladybug ao lado do novo herói.

— Quem é esse? - Adrian perguntou - Novo herói em Paris?

— Eu acho que sim, ele apareceu hoje... - A garota ficou lendo até achar algo que preferiu ler em voz alta - Não, calma, "O novo herói, que se identificou como ChatNoir, salvou na noite passado um velho de ser espancando por agressores, que por sinal, tinham quase o dobro de tamanho do nosso herói. Mas ele não se rebaixou, e com sua agilidade impecável em lutas, conseguiu deixá-los inconscientes". Então, ele é bom em lutas? Lembro de ter visto ele apenas pegar a bolsa de volta, nunca vi ele lutar.

— Você estava hoje nos assaltos? Não te vi lá - Adrian lembrou.

— Ham! E-eu e-estava olhando pelo m-mercado, quer dizer, p-pela janela - Juliette gaguejou qualquer coisa, mas sabia que não havia ajudado muito, já que sua casa nem era perto da rua onde aconteceu o assalto, mas por sorte, seu amigo ainda não sabia disso - N-nem eu te vi por ali.

— Eu estava no meio da multidão, tinha muitos garotos loiros, acho que dificilmente você me reconheceria - Adrian falou dando um sorriso.

— Eu te reconheceria no meio de milhares garotos iguais a você - Sussurrou Juliette.

— O que disse?

— N-nada! Bom... Hãm, puxa, está tarde, e-eu tenho um compromisso as 15h, bom... E-eu te vejo depois. Tchau, Adrian - Falou e logo saiu correndo de perto do seu amigo, se misturando na multidão.

— Engraçado... Eu também tenho um compromisso 15h - Falou e depois tomou o caminho contrário da amiga.

Os dois heróis já estavam dentro da delegacia esperando algo do policial que já estava andando de um lado para o outro a alguns minutos. Quando finalmente se sentou e convidou os heróis a se sentarem também:

— Tem um novo caso aqui, que não sabemos de jeito nenhum resolver, e como eu vejo algumas ações de vocês, percebi que são bons em encontrar pistas e qualquer outra coisa melhores que nós - O policial falou sorrindo e os heróis agradeceram.

— Bom, o que estamos enfrentando?

—Parece, que tem um novo criminoso na cidade, e ninguém sabe como ele é. Só sabemos que suas vítimas são afetadas psicologicamente. Ele aproveita que sua vítima está ou triste ou brava, e dobra esse sentimento, deixando-a como uma marionete, ele comanda elas, e elas obedecem apenas ele. É estranho - O policial terminou a explicação e voltou a falar - Tem que conversar coisas positivas com os afetados para eles voltarem a ficar com os sentimentos normais. Vocês tem que nos ajudar.

— Pode deixar, eu irei ajudar - Juliette respondeu rapidamente - E você, ChatNoir?

— Se a Ladybug vai, eu também irei ajudar - Falou com um sorriso aparecendo em seus lábios - Qual o nome desse humano que estamos enfrentando?

— Cada vítima que ele faz aparece com um colar de borboleta, por causa disso as pessoas dessa cidade começaram a chamá-lo de HawkMoth.