Ultimate Power escrita por TaeSong Moon


Capítulo 2
Sombras


Notas iniciais do capítulo

* Alguma coisa que não entendam é só perguntar.
* O capítulo foi revisado mas, mesmo assim, qualquer coisa me avisem por favor.
* Comentários&Favoritos são sempre bem-vindos.
* Boa leitura!



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Observei todos atentamente, pulseiras e relógios de ouro, tudo de boas marcas, acessórios com diamantes...


— Está aqui uma folha no quadro, acho que estão a dizer os lugares. - Nana disse dirigindo-se até ao quadro, enquanto eu fiquei dando apoio ao Louis.


— Somos lado a lado! - sorriu feliz - Oh, ficas-te à beira da janela... Queres trocar?


— Nops - sorri, enquanto ela fez beicinho, coisa que foi em vão.


— O Louis fica à minha frente. - Nana aproximou-se dele - eu ajudo-te - ofereceu o seu apoio e Louis cedeu, e eu peguei nas mochilas deles.


Por pura curiosidade, antes de me ir sentar fui ver um certo nome. Ainda bem que não aparecia na lista. Obrigada Deus, uma coisa boa nesta escola.


Os olhares continuavam, juntamente com alguns risinhos, o alvo não éramos nós, continuava a ser o pobre Louis que estava cabisbaixo.


O professor entrou e todos ficaram em silêncio. Um homem de fato, sapatos que até brilhavam no fundo da sala e cabelos todos bem penteados para trás.


— Bom dia a todos.


— Bom dia, senhor professor! - respondemos em uníssono.


— Espero que este ano seja do vosso agrado, no ano passado estivemos muito atormentados por causa daquela maldição que nos tinham lançado e, por isso, tivemos de fechar as portas um pouco mais cedo. A situação foi abriguada, tivemos acompanhamentos de profissionais a qual nos confortou dizendo que já não havia nada. Assim, dou início a um bom ano letivo para os que cá estavam e para os sortudos que cá estão hoje.


— Obrigada. - respondemos.


— Vamos começar a lição lendo a introdução do livro de português, para eu dar uma breve explicação sobre a matéria que iremos dar.


Todos fomos às mochilas buscar o nosso livro. Enquanto fui buscar o livro, não pude deixar de reparar nas imensas câmaras de vigilância espalhadas pelo redor da sala. Quer dizer, uma ou duas é aceitável, mas tantas... É um novo mundo Koharu, mundo dos ricos. Quando olho para o outro lado, vejo Louis a ser atingido por pequenas bolas de papel sopradas por uma palheira e alguns aviõezinhos.


— Mas que lixeira é esta? - O professor, depois de acabar de escrever no quadro, virou-se para trás.


— Foi o Louis! - um rapaz exclamou.


— Louis, já lá para fora! - o professor ordenou, apontando o dedo para a porta.


— M-Mas eu... - Louis tentou defender-se mas é interrompido pelo professor.


— Sabe quantas pessoas querem estar no seu lugar? Um bolsista como você devia ter mais respeito! Se não nos paga, não tem direito de fazer algo! - risinhos constantes fizeram-se ouvir - Entendeu?! Pense duas vezes antes de meter um pé nesta escola.


— ESTOU FARTO! - Louis atirou a mesa para o chão.


— Meu Deus! A princesa irritou-se. - Um rapaz disse numa voz de gozo enquanto todos riam. Louis só chorava de raiva e não sei como, eu vi uma sombra sair dele. Eu fiquei muito assustada, mas essa sombra parece que foi sugada por algo...


— V-Viste? - comentei com Nana.


— Como todos o estão a desprezar? Ainda estou a ver...


Ela não viu... Certamente, estou a imaginar coisas... Eu não suporto nem uma unha que seja esta escola, rivalidade, mercenárias... Que horror.


— Louis, você quer ser expulso desta escola?! - o professor bateu com as suas mãos na mesa.


— Que escola? - riu - manicómio.


— Louis! Considere que esta será a última vez que você irá pisar esta sala de aula! Sinta-se expulso!


Louis arrumava as suas coisas com uma mistura de raiva e de calma. Nana olhava-o com pena. Eu queria intervir, mas eu fiz um esforço muito grande para estar aqui por orgulho da minha melhor amiga, por orgulho dos meus pais. Só não sei quanto tempo irei ficar calada.


DE NOVO! Eu vi outra sombra a sair de Louis! Estou a ficar super assustada!


— VISTE? A SOMBRA!! - Eu falei atrapalhada e alto, mas ouço me ouviam, já o que o suposto silêncio da sala de aula estava abafado de risinhos cínicos e provocações para Louis.


— Q-Que sombra? - Nana gaguejou.


— SAIU DO LOUIS! É a segunda vez!!


— E-Eu não vi nada! - exclamou preocupada.


Fiquei perplexa. Acho que foram das poucas horas de sonho que tivera.

A cena estava a deixar-me cada vez mais perturbada... Não me segurei.


— Porque não deixámos Louis falar? Porque é pobre? Eu coloco as minhas mãos no fogo por ele, porque eu sei que ele batalhou muito para aqui estar, mais do que muitos aqui.


Todos começaram a rir-se da minha figura, por estar a defender um rapaz pobre.


— Diz isso a Adrien, tu vais ver o que é bom para a tosse mocinha. - uma rapariga disse com uma voz cínica, olhando para as suas grandes e vermelhas unhas.


— O Adrien não passa de um estudante como todos nós. - Respondi.


Naquele exato momento, eles pararam de falar. Ficaram a olhar uns para os outros, espantados com o que eu tinha acabado de dizer. Louis exibiu o seu sorriso, finalmente.


— Já que gosta assim tanto de Louis, vá embora junto dele. Você, novata, acabou de chegar, por isso não tem direito nenhum de falar assim! - O professor irritou-se.


Os professores eram totalmente comprados, de certeza. A única coisa que eles viam era o dinheiro, nada mais. Nada de defender o aluno, nada de distinguir o bom e o mau lado, nada de proteger... apenas dinheiro.


— Não entendeu? Não digo que você esteja a ser expulsa, mas faltou-me ao respeito. Saía imediatamente da sala! - resmungou o professor.


Comentários sarcásticos escutei. Não liguei e saí da sala juntamente com Louis. Mal coloquei o pé na sala de diretor, estavam lá 3 cadeiras viradas para a janela (a porta era do lado contrário).


— Boa tarde. - Louis falou.


Eu insisti entrar com Louis, mesmo que seja missão falhada, pelo menos vou ter em consciência "eu tentei!".


— Ora, ora, menino Louis. - Aquele rapaz irritante virou a sua cadeira, juntamente com os outros dois. Adrien no gabinete?


— Adrien! - Louis falou num tom grosso.


— Calma... O que eu te fiz para tu estares ... - ele silenciou olhando para mim - hm... - riu - porque estais aqui, minha dama?


— O Louis não pára de ser torturado, pára por favor! - respondi.


— Mas nós não fizemos nada. - disse num tom de voz de quando um amigo tira o lápis a outro, e depois diz que não foi ele.


— Deixa de ser idiota e tem respeito! Nem sei porque estás num gabinete como este, mas fica a saber que tu e os teus coleguinhas não passam de meros estudantes como todos os outros! Nós estamos aqui para estudar, não para mostrar o quanto dinheiro temos!


Ele arregalou os olhos, talvez não estava de uma resposta destas.


— E é por isso que pobres não devem estar em escolas como estas... Bando de mal-educados. - começou a "picar".


— O quê? Mas tu pelo menos sabes entender o significado das palavras que estás a dizer? - comecei a exaltar-me - Pára de ser assim! Olha mais ao teu redor! Olha para ti! - ele olhou para as suas roupas - Sim, exatamente. Trabalhas-te para teres isso que tens aí vestido? Foi com o teu suor e lágrimas que atingis-te objetivos de vida? Pára de perturbar os outros por se esforçarem-se tanto! - ele irritou-se, levantou-se da cadeira e bateu com as mãos na mesa.


— Chega! Quem tu pensas que és para chegares e dares logo lição de moral? - eu olhei para os seus amigos, eles riam da situação baixinho - Se gostas de defender tanto as pessoas pobres, vamos ver se te vais defender a ti!


— Mas nós nunca fizemos nada a raparigas... - o mais alto comentou.


Eu percebi que eu agora iria ser o jogo deles.


— É, eu entendo... - respondi e ele ia responder algo quando continuei - Que sejas demasiado triste. A tua melhor refeição é a tristeza dos outros. Mas bom aproveito, porque de mim nada te alimentarás. Anda Louis, não vale a pena ficar com crianças aqui... é por isso que a taxa de natalidade está a baixar em Portugal, crianças como tu pensam que já são grandes o suficiente para andar numa secundária.


Nem vi a expressão dele. Virei-me e saí com Louis.

A única coisa que vi depois foi... a sombra! Depois de fechar a porta, outra voltou a aparecer!
— L-L-L-L-L-L-L-LOUIS! - Eu gaguejei tanto, esta tinha forma. Olhos vermelhos, com um fato de treino azul. Pele branca e cabelo castanho pelos ombros. - V-Viste?


— V-Vi... - desta vez, a sombra tinha forma e eu vi duas ainda sem nada... eram como esqueletos apenas. Do nada, saíram os alunos gritando pelas salas.


— MANTENHAM A CALMA! - Os professores tentavam fazerem-se ouvir, mas a gritaria era muita.


Fomos dispensados e voltamos para casa durante uma semana, para voltarem a examinar a escola.


Despedi-me da Nana, ela iria aproveitar para ver a sua família naquele curto prazo. A minha família não está em Portugal, por isso, fiquei no meu pequeno apartamento. Liguei a TV e apareceu a minha escola.


"NOTÍCIA DE ÚLTIMA HORA!
Academic Planium assombrada?
São vistas pela 3 vez, sombras misteriosas arrondando a melhor escola portuguesa. Uma equipe profissional já se dirigiu para lá, mas ainda sem algum sucesso. Eles conseguiram apanhar um rapaz, olhos vermelhos, pele branca, magro, cabelo castanho médio e com equipamento esportivo, mas ele só fala em "encontrar a felicidade" e "encontrar as "jewels", cujo tais objetos ainda não foram identificados. Continue ligado para mais informações! "


Eu mudei de canal para a Disney Channel, aquilo estava a assustar-me. Eu vi dois a saírem de Louis... algo aperta em meu coração. Levantei-me do sofá e fui abrir a janela para o ar da casa circular melhor, visto que estava um pouco abafado.
Voltei a sentar-me, peguei num caderno e comecei a escrever e a desenhar coisas aleatórias, precisava de aliviar a raiva daquela escola maldita, precisava de aliviar o meu coração depois de ver aquilo tudo. E do nada, ouço uma voz muito fininha. "Kyaaaaa". Olho arredores e estava a entrar pela minha janela, e veio ter contra a minha cara.

Continua (...)


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Notas finais do capítulo

* Alguma coisa que não entendam é só perguntar.
* O capítulo foi revisado mas, mesmo assim, qualquer coisa me avisem por favor.
* Comentários&Favoritos são sempre bem-vindos.



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