Ultimate Power escrita por TaeSong Moon


Capítulo 1
Planium'K


Notas iniciais do capítulo

Uma nova história!

Uma história que sempre quis escrever, romance e fantasia.

A outra história terá a sua continuação em Social Spirits, já que iniciei a fanfic lá.

Espero que gostem!

Boa leitura.



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— Olá, bom dia! - Nana bateu à porta super cedo... Eram 07h30 da manhã... Espera, 07h30?!


— Como só pudes-te vir agora?! As aulas começam daqui a nada, Nana! - subi rapidamente as escadas e fui trocar de roupa. Sweater cinzenta, leggins pretas e sapatilhas brancas. Pentear o cabelo, passar perfume e Done!


— Foste rápida, Koharu. Só acho que podias-te por mais bonitinha, é o primeiro dia de aulas afinal - piscou-me o olho.


— Sim, sim, eu vou estudar, não vou engatar ninguém. - fechei a porta de casa.


— Não levas nada para comer? - perguntou enquanto caminhávamos.


— Neps, nada mesmo. - coloquei o capûs da camisola - Acordei nem à 10 minutos atrás, nem a cara lavei.

— Nota-se, essas olheiras dizem tudo - riu.

— Não me zoes - dei-lhe um empurrão de leve e rimos as duas - e já agora, bom dia.


— Ah, acho bem, estava a ver que não me cumprimentavas como deve ser! E estou tão ansiosa - juntou as suas mãos - Vamos para uma escola nova, 12º! Nova vida, novo mundo!


— Escola de meninos riquinhos, é isso que estás a falar?


— Awn, mas eu estou tão feliz! No meio de tanta gente, nós - cruzou os nossos braços - conseguimos uma bolsa de estudo! Como tu dizes, estou ultra-happy!!


— E eu ficava mais "ultra-happy" se andássemos mais depressa! - Olhei para o relógio - O autocarro chega daqui a nada e estamos aqui as duas, feitas bestas, a andar como um caracol!


— Quem acordou tarde? - Nana perguntou começando a correr e eu corri com ela também.


— O despertador não tocou! - disse rindo, quando eu rio, estou a mentir.


— Ai, ai, deves pensar que só te conheço há 2 dias.


Cheguemos à paragem mesmo à horinha certa.
Mas... Meu Deus. Mal entremos no autocarro, nem tínhamos espaço para onde colocar os nossos pés. Cheirava mal, cheirava já a suor e o dia mal começou... Parece que será esta a minha rotina todos os dias, a partir de hoje. Suspirei e Nana reparou.


— Que achas de usarmos este perfume? - disse rindo.


— Ahah - ri - Nova fragrância 2016! Já agora... onde o autocarro pára mesmo?


Ela olhou para mim e eu olhei para ela.


— Oh Nana Yumeno, se tu me vens dizer que não f... - ela interrompeu-me.


— Eu não vi! Koharu desculpa! - deu um sorriso preocupado - e agora?


— Ai, ai - suspirei - A culpa não é tua, eu também deveria ter visto neh.


— Mas como és uma cabeça de vento - riu.


— Ei! - ri - Vê lá se queres ir alone.


— Tu nunca me deixarias. - abraçou-me.


— Tenho vontade de ir à wc... porque não há wc em autocarros? - olhei em volta.


— Sei lá, ainda vais a tempo de construir um.


— Quando um dia tiver muito dinheiro, Koharu ainda vai mudar o mundo! - disse num tom de voz de líder, a qual Nana riu.


Liguei os dados móveis e acedi a um documento PDF, que me mostrou as paragens de autocarro.


— Bem - mostrei-lhe o telemóvel para que pudéssemos ver em conjunto - Academic Planium, certo?


— Mas isso é o nome da escola que...wow ok, tem uma paragem com esse nome.


— Aqui diz que chega lá às 08h10 - olhei para as horas - 08h05, não falta muito. - Nisto, olhemos em volta e vimos um grande monumento bem, era o que pensávamos, afinal aquilo era uma escola. Só quem era rico o suficiente, podia lá estar. Jovenzinhas com bolsas ou que não pode dar 10 mil euros de estadia (por mês, sim, leram bem), têm de ficar em apartamentos que fica a 35/45 minutos se formos a pé e 15 minutos se formos de autocarro.
O autocarro abriu as portas, e só eu, Nana e mais um rapaz com óculos de fundo de garrafa, é que saímos de lá. Três pessoas no meio daquelas cem (não estou a exagerar, o autocarro estava mesmo cheio, para não falar que o cheiro não fazia nada bem à saúde), é que saíram e bem, todos da mesma escola porque o rapaz levava a farda vestida e tinha o mesmo logótipo.


— Eu pensei que me tinha candidatado para uma escola, não para um museu. - Afirmei.


— Koharu! - juntou as mãos, ela parece uma menina que saiu de um anime - Isto é lindo! - os seus olhos brilhavam.


— Não digo o contrário, mas cabeça de vento como sou, eu vou-me perder. - disse rindo de leve ao observar a escola.


— Ah! Admitis-te que eras cabeça de vento - disse dando-me cotoveladas.


— Mas tu não gravas-te por isso não tens provas - disse numa voz divertida a qual, ela fez beicinho, mas a brincar, claro.


Caminhámos as duas ouvindo música juntas, ouvíamos "Love me like you do" enquanto entrávamos por aqueles enormes portões cinzentos, em direção à imensa escola que estava à nossa frente. Observei o lugar, jardins bem cuidados, guarda-sol, p-p-piscina? COMO? Olhei para o outro lado e pessoas chegavam em limusines ou carros de boas marcas e claro, sempre atualizados como, por exemplo, as matrículas eram já deste ano e deste mês. E eu estou aqui, praticamente a nadar sem água.


— Isto é um pouco constrangedor. - Nana teve o mesmo pensamento que eu.


— A quem o dizes...


— Oi, oi, plebeias - deu ênfase na palavra plebeias e cruzou os seus braços, juntamente com mais uma amiguinha. - Vou só vos avisar - deu um sorrisinho de lado - Ou ficam ricas num instante ou vai-vos acontecer como aquele nerd - olhou para ele, e eu segui o seu olhar juntamente com a Nana e a outra amiguinha dela. Lembram-se daquele menino de óculos fundo de garrafa que vos tinha falado? Ele estava a ser humilhado, as suas calças estavam para baixo estando apenas de boxers. Eu não pensei duas vezes, e fui a correr em sua direção.


— Parem! - Coloquei-me à frente do rapaz - Que mal ele vos fez?


— Se os Planium'K dizem que é esta pessoa que devemos humilhar, será ele quem vamos humilhar. - Um rapaz disse com um ovo na mão.


— Sim, porque se não, a escola não é divertida - disse outro rapaz com um saco de farinha na mão - Agora saí da frente para que nós possamos terminar o nosso trabalho!


— Mas vocês estão parvos ou são uns inconscientes sem cérebro algum? - disse espantada com o que acabara de ouvir.


— Ouve lá mocinha - o primeiro rapaz que falou comigo respondeu - ou saís da frente imediatamente ou... - ele olhou para o meu logótipo - plebeia hm... - sorriu de lado.


Como ele sabia? Olhei para o meu logótipo e percebi, abaixo das letras com as asas douradas a dizer Academic Planium, estava um coração pequeno que devia simbolizar caridade ou lá o que porque o deles, em vez de um coração, era uma estrela.


— E o que tem de ser plebeia? Pelo menos eu esforcei-me para ter o que tenho, vocês não passam de meninos mimados que são consolados por mesadas de 1000 euros.


— Que horror, imagina a nossa vida com mil euros... nem dá para ir às compras de semana a semana! - ouvi uma rapariga a comentar, afinal, todos estavam em roda e parece que perdi toda a minha timidez... Quando é para defender alguém, eu sou assim, mas tirando isso, sou bem tímida.


— O que se passa aqui? - ouvi uma voz masculina se aproximando.


— P-Planium'K! - fizeram uma vênia e eu fiquei normal, juntamente com Nana que estava no meio da roda a assistir mas pouco a pouco ela se foi aproximando.


O rapaz que perguntou isso tinha uma pele não muito morena com cabelos castanhos escuros ou até mesmo pretos, não consegui perceber bem, mas o seu corte era curto dos lados e maior em cima, estrutura média, magro e com olhos castanhos escuros, quase negros. A seu lado estava um rapaz um pouco mais alto, tinha cabelos e olhos castanhos e outro rapaz, loiro, moreno de olhos verdes. Era de estrutura média também.


— A-Adrien, desculpa! Ela intrometeu-se e não conseguimos fazer o que pediu! - Porque o rapaz estava tão nervoso e até lhe fez uma vênia? O tal "Adrien" olhou para mim e aproximou-se.


— Ei - colocou o seu dedo indicador na minha cabeça - Nós não costumámos fazer isto com meninas, por isso, tem amor ao emprego dos teus pais. - disse numa voz de chantagem. Mas quem ele pensa que é?


— E tu, meu menino - coloquei o meu dedo indicador na sua cabeça tal como ele me fez, e ouvi comentários "como ela pode fazer isso?!", "mal chega, e já tocou nele e eu ando aqui há 2 anos e ainda só toquei no mesmo livro que ele" - É melhor teres amor aos dentes, se não ainda ficas sem eles. - peguei na mão de Nana - vamos sair daqui, mas primeiro temos que lhe ajudar.


— Certo. - ela concordou e ajudámos a levantar o pobre rapaz que já estava de lágrimas nos olhos por causa de humilhação.


        Eu não sou assim... só mesmo para quando é para defender alguém, é que mostro este meu lado. Ainda por cima, hoje está pior porque só dormi umas 3 horas.

Ao sair nem olhei para a cara desse Adrien, mas não deixei de ouvir comentários.

(...)

Esta escola é um puro labirinto!


— Tenho impressão de que já passamos por aqui... - Nana disse meia desesperada, estávamos a carregar o pobre rapaz que tinha algumas feridas pelo corpo, notemos isso quando lhe ajudemos a levantar à pouco.


— Segues em frente, na penúltima porta a contar do fundo, é a enfermaria. - Os tristes olhos do rapaz metiam-me pena juntamente com a sua voz rouca.


— Obrigada - eu e Nana agradecemos em uníssono.


A enfermaria era maior que o meu quarto, cozinha e sala juntas! Como é possível até ter alguns detalhes de decoração em ouro? Isto mete-me dó, uns com tanto e outros com tanto pouco. Com algum esforço, eu e a Nana conseguimos deitar o pobre rapaz na cama. Nana foi buscar a mala dos curativos, ou melhor, procurar. Ela tem mais jeito para isso. Logo ela voltou.


— Encontrei! - Puxou uma cadeira e começou a tratar lentamente das feridas do rapaz. Ela tem jeito para enfermeira.


— Inclina-te só um pouco. - O rapaz assim obedeceu, inclinando-se um pouco para a sua direita enquanto Nana tratava de pequenas feridas que ele tinha nas costas. Sim, ele tirou o seu uniforme, apenas a parte de cima, nada de mais.


— Eu acho que temos de fazer queixa daquele rapazito. - disse decidida.


— Deixa-me só terminar que vamos já as duas. - Nana concordou.


— Vocês querem ser expulsas? - a voz rouca do rapaz respondeu.


— C-Como assim? - perguntei.


— Aqueles malditos três, Adrien, Josh e David pensam que só por terem as maiores companhias de sempre... - fechou o seu punho de raiva - O pai do Adrien é o fundador desta escola, alguma queixa contra o seu filho será inadmissível.


Eu candidatei-me para uma escola normal, claro que sabia que era de gente de uma classe social... um pouco mais alta mas nunca me passou pela cabeça vir para esta escola, ou melhor, inferno disfarçado de museu.


— Mas isto não pode ser assim! Se eles fazem isto contigo, o que se irá passar com os outros alunos com a mesma classe do que nós? - Nana perguntou revoltada.


— Todos até agora, saíram... - baixou a cabeça

.
— Sem dizer algum motivo? - Eu ouvia apenas a conversa atentamente.


— Houve gente que teve coragem e disseram que era por causa dos "Planium'K", porque eles estão sempre juntos, neh. Como nos Planium'K, Adrien está incluído, eles disseram para os rapazes "abusados" pararem de dizer besteira, sendo imediatamente expulsos e no dia seguinte, pelo que consta, a família fica desempregada.


Eles continuaram a falar e eu "desliguei" depois de ouvir tanta parvoíce. Parabéns sociedade, pelo que a maioria de vós se estão a tornar. A única coisa que sei, é que odeio aquele rapaz e não vai levar a sua avante, eu não desisto.


A campainha começou a tocar, que estranho, não era aquele famoso som "TRIIIIIM!" mas sim... "ding dong" ? Um som calmo e suave.


— Com tanta coisa, nem vimos as turmas! - exclamei.


— Elas estão disponíveis online. - o rapaz respondeu e tirou o telemóvel que estava um pouco quebrado do bolso - Quais os vossos nomes?


— O meu é Nana Yumeno.


— TaeSong Koharu.


— O meu é Louis Anderson. Prazer em conhecer-vos - olhou para o telemóvel enquanto nós respondemos " o prazer é nosso em uníssono" - Encontrei-vos! Estão na minha turma, então eu posso-vos guiar.


— Obrigada - agradecemos as duas.


— Consegues levantar-te? - Nana perguntou preocupada e depois ajudou-o a levantar.


— Muito obrigada, foi muito simpático o que fizes-te por mim e agradeço também a ti, Koharu. - sorriu.


— Só fiz o que achei que devia de fazer. - retribuí abrindo a porta da enfermaria, deixando eles passarem e depois fechei.


Andemos devagar porque Louis estava magoada, ele andava um pouco a mancar e também o seguimos até à sala de aula, onde muitos já nos olhavam com um olhar de desprezo.

Continua (...)

 


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