Imperium Lan - A Queda de Um Império escrita por Accord2


Capítulo 14
Olly: O grande final




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— Isso é inadmissível! Não devíamos estar a apoiar rebeldes, senhor primeiro ministro!

            - Deixe o rapaz falar, senhor Mateus. – disse calmamente o primeiro ministro, dando permissão a Olly para falar.

            - Não estamos a pedir material de ponta, pedimos material velho que já não precisem que, embora seja velho para vocês é para nós muito avançado. Não estamos a pedir todas as informações que os vossos serviços secretos possuem, apenas algumas sobre a localização e quantidade das tropas da Força.

            - Isso é inadmissível! – voltou a insistir o ministro da agricultura.

            - E porque devemos colaborar com vocês? – perguntou curiosa a ministra da justiça.

            - Porque lutamos pela nossa igualdade, tal como vocês fizeram à quinze anos. Queremos concretizar o sonho de uma nação igual e justa para todos. Pretendemos acabar com o governo tirano que usa e abusa, literalmente, dos habitantes da periferia. Conheço a vossa história, tal como vocês lutamos pelos nossos direitos.

            - Mas são rebeldes!

            - Também vocês foram rebeldes e hoje são uma nação! – Olly sentiu que foi longe demais, não devia ter gritado com o ministro Mateus, mas o homem já o estava a enervar.

            - Penso que devemos apoiá-los – confessou o ministro da guerra e paz, que esteve a conversa inteira apenas a ouvir.

            -Vamos iniciar a votação? – sugeriu o primeiro ministro, levantando-se e indo buscar a urna que estava sobre um móvel.

            Olly sentia o estomago às voltas, parecia que ia vomitar. Sentia as pernas a tremer que nem canas ao vento. Estava a aproximar-se o ponto mais importante da sua vida. Tinha que conseguir o apoio daquela nação, era importante para terminarem de uma vez por todas a guerra. Será que ia desiludir Ugs? Estava prestes a saber.

            Os ministros levantaram-se um a um e colocaram com toda a calma do mundo os seus votos na urna. Nova Oxlon era conhecida pela sua democracia em excesso, tudo era feito democraticamente. Embora muitos gozassem, o rebelde acreditava que uma democracia nunca é em excesso. Naquela nação o voto do povo era o mais importante e sempre que havia decisões importantes a tomar eram realizados referendos, ao contrário do Império Lan, em que um só homem e um conjunto de senadores possuíam todo o poder.

            Todos votaram e depois de todos se voltarem a sentar o primeiro ministro derramou sobre a mesa os votos. Abriu um a um e foi anotando em silêncio os resultados, mostrando sempre o voto a todos. Para felicidade de Olly os sins iam superando os nãos. Apenas houve três nãos e desconfiava que um deles tinha sido do ministro Mateus.

            - Olly, os votos estão contados. – A ansiedade do rebelde aumentava a olhos vistos. Será que consegui? Era a única coisa que estava na cabeça do rapaz. Sentia sobre os seus ombros a enorme pressão de formar uma nova aliança. Sentia-se a ser esmagado sob o peso da responsabilidade. – O concelho de ministros votou sim! – Ficou tão feliz que era quase capaz de beijar todos os ministros naquela sala.

            Regressou ao seu quarto depois de se despedir de todos e ter agradecido mil vezes pelo apoio. Uma aragem fresca dançava pelo quarto. As paredes tinham um tom rosa devido ao pôr do sol, que naquele planeta era magnifico. Pegou no telefone e foi-se sentar na varanda, donde podia contemplar toda a cidade. Ligou a Ugs.

            - Boa tarde, como estão aí as coisas?

            - Vamos indo. Os imperiais estão longe e temos tido paz. Como correu a reunião?

            - Consegui! Eles vão-nos apoiar com armamento e informação.

            -Eu sabia que ias conseguir, rapaz! Vou avisar os outros e esta noite vai haver festa. Amanhã vou enviar uma nave para te ir buscar. Já me esquecia, houve um golpe de estado no Império Lan.

            Olly ficou curioso.

            - Um golpe de estado? Como assim?

            - Um tal general Julius fartou-se da “democracia” e tomou o poder. Ainda não sabemos muito, são os mercadores que trazem as notícias e estas são escassas e confusas.

            O rebelde não sabia se havia de ficar feliz ou triste. Não conhecia o general Julius. Por um lado podia-se acelerar o processo de queda do império, por outro, o império podia começar a ganhar a guerra. Tudo dependia do general. O jogo estava a atingir o ponto alto e estava a aproximar-se a altura de definir o vencedor. Passado esse ponto, quem estar em vantagem ganha e esmaga o perdedor.

            O hino rebelde soava bem alto na praça. Os estandartes vermelhos eram beijados com carinho pela brisa fresca do amanhecer. Os homens estavam todos alinhados na enorme praça da cidade e vestiam o uniforme de honra e cantavam em uníssono, em conjunto com a banda.

            Cantaremos aos céus,

            Com toda a nossa voz,

            De peito bem cheio

            A igualdade que nos une.

 

            Lutaremos lado a lado

            Pela igualdade dos nossos irmãos

            Vamos camaradas!

            Pela nação marchar!

 

            Chegou a hora da batalha!

            Daremos a vida pelo grande sonho

            De uma nação justa

            Em que posso andar

            Lado a lado com o meu irmão!

 

            Lutaremos lado a lado

            Pela honra dos nossos irmãos

            Vamos camaradas!

            Pelo sonho marchar!

 

            Vamos camaradas!

            Realidade o sonho tornar!

 

            Olly estava entre os melhores amigos. Com o peito inchado de orgulho cantava com toda a sua força. O sol nascia a este e os longos raios de luz engoliam a escuridão. As naves, limpas, polidas e acabadas de pintar de um vermelho vivo esperavam os homens para mais uma batalha. Ugs subiu o enorme palco de madeira ao mesmo tempo que os cânticos de guerra ecoavam pelas ruas.

            - Camaradas! Foi para este grande dia que todos nós nos andámos a preparar! Beijem as mulheres uma última vez antes de partirmos! Abracem os filhos uma última vez antes da grande batalha. Camaradas! Vivemos há anos na miséria, perseguidos, escorraçados, perdidos. Hoje encontramos o caminho para a liberdade, para a justiça, para o sonho de uma nação justa e igual. Sabem uma coisa? Ao longo da minha vida aprendi muitas coisas e uma delas foi que, se não perseguirmos os nossos sonhos, estes nunca se tornam realidade. Se não nos movermos nada acontece. Não são os deuses, ou o destino, ou a ironia da vida que torna os nossos sonhos realidade. Somos nós, apenas nós e unicamente nós. Eu sonho, eu quero e eu torno realidade! Irmãos! Hoje lutamos para que o nosso sonho se torne realidade! Lutamos para que as nossas mulheres sejam livres, para que os nossos filhos tenham pão na mesa, para que sejam educados nas escolas lado a lado com os imperiais. Não queremos ser melhores que ninguém, queremos ser iguais a toda a gente! Nunca se esqueçam disso! Camaradas! Hoje partimos para a nossa última batalha, partimos para aquela que definirá o caminho da derrota ou da vitória. Não rezo a deuses ou a homens, rezo a mim mesmo e hoje rezo para que eu consiga alcançar o grande sonho. Rezem também vocês a vós mesmos e alcancem o grande sonho! Não tenham medo irmãos! Não temam! Damos a vida pela nossa pátria, pela nação, pelo sonho. Cada vida perdida é perdida para que os nossos filhos e netos tenham um futuro melhor. E atenção camaradas! Não seguimos um sonho oco como muitos pensam! Não queremos instaurar uma nação oca como muitos dizem! Seguimos um sonho belo e honroso. Queremos uma nação com se orgulha da sua história e de todos os seus cidadãos. Hoje que seja nossa a glória! Hoje que seja nossa a vitória! Camaradas! Sejamos honestos, hoje e sempre. Morrerão muitos de nós. Mas lutaremos para que não morram em vão! Lutaremos dia após dia, noite após noite, daremos a vida por todos e todo darão a vida por um. Peguem nas armas e lutem! Peguem nas naves e voem! Peguem em vós e façam o melhor que conseguirem. Pela glória! Pela nação! Pelo sonho! Camaradas! Hoje é nossa a glória e para sempre será nosso o trabalho de levar a luz a todos. Libertem-se das correntes! Meus irmãos, libertem-se da escuridão e abracem a luz!

            O exército rebelde gritou numa só voz:

            - A UGS, O REI REBELDE! Pela glória! Pela nação! Pelo sonho!

            - Vamos irmãos!

            O rebeldes correram ordeiramente para as naves. Olly seguiu os colegas para a sua nave. Hoje iam usar todas as naves, as velhas, as novas, as suas e as deles. Sentou-se e colocou o cinto. Vestiu a luva direita e depois a esquerda. Pegou no caderno de voo e começou a seguir as instruções. Puxou esta e aquela alavanca, ligou este e aquele botão. A nave estava pronta. Esperou pela autorização para descolar. As naves partiam em pequenos grupos e despediam-se, talvez para sempre, das mulheres e homens e crianças que sacudiam no ar pequenos lenços brancos. Chegou a sua vez, e partiu. Para trás ficou uma terra que o acolheu, amigos e amigas. Para trás ficou o velho Olly, uma vida, um sonho que nunca se tornou realidade. O momento decisivo estava-se a aproximar e, por mais estranho que parecesse, não se sentia nem feliz nem triste, nem ansioso nem calmo. Sentia-se novo. Era um novo Olly, um Olly adulto, sensato. Tinha-se tornado numa nova pessoa, e ainda dizem que as pessoas não mudam.

            Saiu da atmosfera e entrou na formação. Iam navegar no híper salto e atacar de surpresa a metrópole. Era a segunda vez que atacavam a metrópole mas, diferente da primeira vez, iam tomar o senado e o poder. Ugs tinha dado ordens para não matarem ninguém, por mais poderoso ou rico ou isto ou aquilo que fosse.

            À frente deles abriu-se o buraco no espaço-tempo, estava tudo prontos. Olly rezou a si próprio como Ugs dissera para fazer. Rezou para sobreviver, para voltar a ver Garci. Rezou para que a missão fosse bem sucedida. Acelerou a nave e entrou no buraco em conjunto com todos os outros rebeldes. As paredes lilases não o assustavam, muito menos os estranhos gritos do espaço-tempo. Pareceram-lhe minutos, horas, uma verdadeira eternidade. Os colegas e amigos seguiam sérios, nem gracejavam como era costume. Via-se nas suas caras o medo, o terror de perder a vida. Eram poucos os que sorriam e esses muito provavelmente estavam bêbados. Embora o capitão proibisse, era comum beberem antes das batalhas, acreditavam que afastava os maus espíritos.

            Ao longe um pequeno ponto azul marinho aumentava de tamanho. Depois daquilo estamos na metrópole. Seguia vazio de sentimentos, vazio de pensamentos, totalmente vazio. O ponto foi-se aproximando, e aproximou-se mais ainda. Primeiro tinha um milímetro, depois ficou com dois, minutos depois já tinha um centímetro, um decímetro, um metro. Tornou-se enorme e entraram nele.

            À sua frente apareceram enorme edifícios em reconstrução, espaços verdes que interrompiam a imensidão cinzenta. As sirenes de guerra gritavam em pânico. Não podiam atacar civis, nem edifícios a não ser que fossem militares. Voaram em formação V por entre os enormes prédios que pareciam ter saído de um filme de ficção cientifica. Não havia sinal da Força. Seguiram para as coordenadas que o capitão do esquadrão lhes deu. Passaram por um velho castelo e um enorme jardim, por uma ponte e um rio, por uma praça e dois arranha-céus gémeos. Estavam quase lá. O ponto para onde se dirigiam era o senado. Os rebeldes começaram a tirar força às naves e começaram a aproximar-se do solo. Iam aterrar e tomar o senado e a residência do imperador, agora de um tal de general Julius, logo ali ao lado.

            Olly saltou da nave. Correu lado a lado com os camaradas de luta e, de arma em punho, entrou no senado. Era um edifício imponente. As altas paredes de mármore branco brilhavam sob o sol da tarde. No átrio principal duas escadas, uma de cada lado, terminavam num arco sobre um corredor que seguia em frente. O chão era de mármore rosa e as paredes estavam cheias de frescos com figuras da história do Império. Ateus, o rei vingador empunhava uma espada. Hulius, o reis sol emanava raios de luz da sua cabeça. Atilus, o guerreiro, lutava contra um mamute-três-chifres. Os homens dividiram-se. Um terço seguiu em frente, os restantes subiram as escadas. O objetivo era capturem todos os homens do poder. Olly seguiu em frente.

            Entraram na sala do plenário, uma enorme sala em semicírculo coroada com uma cúpula cheia de frescos dos deuses. A cúpula era sustentada por enormes colunas em estilo romano, um estilo roubado aos humanos. O general Julius esperava-os na cadeira do imperador, na parede reta da sala, bem por cima de todos os outros lugares.

          - Bem vindos à metrópole, caros amigos. Apresento-vos a sala do senado, onde antigamente eram “votados” os decretos-lei do imperador. Vou-vos apresentar as estátuas. Esta é Mirza, a rainha da honestidade. A segunda é Fanas, a santa dos pobres. A terceira é Europa, uma deusa humana. A quarta é Áfriva, a senhora das rosas. A quinta e a sexta são a mesma pessoa, a constelação da Mãe. A sétima é a Justiça. A oitava é a Honra. A nona é a Victória. A décima é a Sapiência. A décima primeira é a República e a última é, obviamente, a Imperial.

            - Estamos aqui para te prender, sacana. – Disse um dos rebeldes.

            - Claro que estão. Agora que vos apresentei as estátuas vou-vos apresentar os meus colegas. Na primeira galeria temos o general Rufus. Na segunda temos o general Ious e na terceira temos o general Rodolfus.

            - Capturamos os restantes rebeldes e matámo-los. – disse um dos generais.

            - Claro que sim, não podia esperar menos de vós. Amigos rebeldes, estão cercados. Podeis entregar as armas e poderão partir em paz, caso contrário morrerão.

            -Nunca. – gritaram em uníssono.

            - Generais, capturem-nos.

 Lá fora ouviam-se tiros. A batalha tinha começado em ambos os sítios. Os rebeldes dentro do senado correram para se proteger dos imperiais que disparavam sobre eles.

            - Tentei não disparar, estais a estragar o lugar mais belo da pátria.

            - Sim, senhor.

            Os soldados da força saltaram das galerias e iniciaram a perseguição pelos corredores. Os rebeldes corriam em direção do exterior, mas, na impossibilidade de lá chegar, barricaram-se numa das salas.

            - Daqui esquadrão 23, escuto.

            - Digam, escuto.

            - Pedimos reforços para o senado, escuto.

            - Esperem um pouco, os soldados na praça em frente do senado já chegaram aí, estão apenas combater um pequeno grupo de imperiais, escuto.

            - Não demorem, escuto.

            Do outro lado da porta ouviam-se os imperiais.

            - Nunca devíamos ter iniciado este ataque.

            - Desde do início que sabíamos que isto ia acontecer. – Disse Olly. – É só esperar que os reforços cheguem, vai correr tudo bem.

            - A nossa missão já falhou, o objetivo era capturar o imperador, mas ele em vez de estar na residência oficial está aqui. Como todos já perceberam, nós não o capturamos.

            - Shhh! Eles vêm aí.

            Calaram-se todos. Eram cinquenta, mas estavam em desvantagem para os muitos mais rebeldes. Na sala apenas se ouvia a pesada respiração, que todos tentavam conter.

            -Aqui! Eles estão aqui!

            Um dos militares da Força arrombou a porta e todos entraram disparando contra os rebeldes. No outro lado do corredor começaram-se a ouvir tiros. Os reforços!  Os rebeldes na sala começaram a disparar e os imperiais viram-se cercados. Alguns dos imperiais tentaram fugir correndo corredor fora, mas foram abatidos e caíram mortos no chão rosa.

            - Até que enfim que chegaram. Já não era sem tempo.

            - Sempre às ordens, irmãos.

            Olly tentou-se levantar de debaixo de uma das secretárias mas percebeu que algo estava errado. Doía-lhe o peito, como se algo o tivesse perfurado. Jogou a mão e quando a olhou encontrou-a vermelha. Percebeu que um dos tiros perdidos o tinha acertado.

— Malta, fui baleado.

            - Gaita, só nos faltava esta. – Um dos rebeldes inspecionou lhe a ferida.

            - É má?

            O rebelde não sabia o que lhe responder. Pediu-lhe para fazer pressão no local.

            - É má?

            - Malta, vêm aí mais imperiais, temos que ir.

            Olly cuspiu sangue.

            - É má?

            - Olha rapaz... – A voz do rebelde tremia. Tentou procurar com os olhos a palavra certa. – É má, sim. Temos que te levar já ou não vais sobreviver. Perfurou-te um dos pulmões e por pouco que não te acertou no coração. Consegues-te por de pé? Vamos ter que ir e tens que ser rápido.

            Olly que até então não tinha sentido nada, sentiu tudo de uma vez só. Os olhos encheram-se de lágrimas e voltou a cuspir sangue. A boca sabia-lhe a ferro e a cada minuto a tornava-se mais difícil de respirar. Reuniu todas as suas forças e pôs-se de pé. Seguiu os rebeldes pelos corredores. Tentavam ir depressa, mas Olly sentiu que era devagar demais. Tinham que estar atentos às movimentações imperiais, havia mais de duzentos membros da Força ainda no interior do senado.

            Perdeu as forças e caiu.

            - Vá rapaz, põe-te de pé.

            - Ok. – Olly tentou com toda a sua força, mas voltou a cair. – Não consigo.

            - Vá rapaz, temos que ir. Tu, ajuda-me a pegar nele.

            - Obrigado. – disse Olly voltando a cuspir sangue.

            Dois dos rebeldes, que não conhecia, pegaram nele e levaram-no pelos corredores. Pouco depois estavam de volta à entrada. No exterior o silêncio reinava. No chão da praça vários corpos estavam espalhados. Correram pelo espaço aberto e colocaram Olly numa das naves.

            - Já chegamos à nave. Eu vou levar-te agora a casa.

            - Eu não vou conseguir.

            - Claro que vais, é só sair da atmosfera, entrar no híper salto e já está.

            - Toma. – Olly tirou do bolso das calças um papel dobrado. – Vai a ... a... Libertus e entrega isto à Garci.

            - Tu vais conseguir. Vais ser tu a entregar-lhe isso.

            Voltou a cuspir sangue, os olhos reviram-se e fecharam-se.

Era tão belo, o sonho. Agora conseguia ver com clareza o sonho que Ugs falara. Um vento fresco brincava com a erva da planície, que se movia como o mar.

            - Pai! Mãe!

            Várias crianças brincavam à apanhada. Cheirava a alfazema. Olhou à sua volta e estava rodeado de milhares de alfazemas que tornavam o mar roxo.

            - Filho! Que bom é ver-te.

            Olly abraçou-os.

            - Anda filho, senta-te connosco. Estávamos a ter um piquenique.

            Sobre uma toalha vermelha estava uma torta de laranja, o saboroso bolo de mel da mãe e o arroz doce da avó.

            - Quem são aqueles? – Perguntou apontando para um grupo que chegava carregando cestas de vime.

            - São imperiais. Vais gostar de os conhecer. Aqui somos todos irmãos.


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