The Reason I'm Still Here escrita por Clever Girl


Capítulo 3
Capítulo 03 – I'm Not Going Anywhere


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores!!! Demorei um século pra atualizar, mas agora a fic esta de volta. Se vcs acompanham minhas outra fics, sabem que minha vida virou uma loucura nos últimos meses. Mas agora que voltei, farei o melhor possível pra atualizar com frequência. Esse é o primeiro capítulo depois do nosso hiatus gigante, então espero que gostem.
Beijinhos...



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(Caitlin)

 

 O homem a minha frente ficou me encarando estaticamente por um longo período de tempo, seus olhos arregalados em surpresa e confusão. Aquele silêncio já começava a me incomodar; o que era um tanto irônico se fossemos levar em consideração o tempo em que o silencio foi meu mais fiel companheiro. Passei a mão em frente a seu rosto para acorda-lo de seu transe; o que ao que aparenta teve efeito, pois ele chacoalhou a cabeça e esfregou firme os olhos antes de olhar pra mim novamente.

 Hesitantemente ele estendeu o braço e tentou tocar meu ombro, como se isso você fazer algum efeito. Mas eu meio que entendo, acabei de atravessar uma placa, se fosse ao contrario no mínimo eu estaria curiosa. Quando sua mão atravessou direto por meu braço o cara pirou de vez e começou a correr; mas se ele acha que o deixarei escapar assim, esta muito enganado. Estou a três anos sem falar com ninguém, e agora que achei alguém que possa me ouvir, tenho muito o que dizer.

 Conforme ele vai correndo, vou simplesmente me teleportando para mais a sua frente. E caramba, como ele é rápido. Será que é algum tipo de atleta ou coisa do tipo? Pois juro que se tivesse um corpo, já teria ficado pra trás a muito tempo; mas pensando por outro lado, se eu tivesse um corpo, por que diachos estaria correndo atrás de um cara aleatório no meio da rua?

— Dá pra parar com isso, esta começando a me irritar — Reclamo, mas parece não adiantar em nada.

 — Eu tenho o dia inteiro, sabia? Você não pode fugir de mim — Aviso, antes dele passar correndo por mim mais uma vez.

 Ele corre por vários quarteirões, até parar na frente de uma delegacia; o que me faz dar uma pequena risada.

— Você não esta indo me denunciar, certo? O que vai dizer: Hey...Então tem uma mulher me perseguindo, mas ela meio que é invisível? Porque eles totalmente vão acreditar em você.

— Da pra calar a boca. — Ele gritou, mas ao perceber que as pessoas na rua o olharam torno, diminuiu a voz pra quase um sussurro. — Você não real. É apenas um efeito de sabe se lá que alucinógeno eu tomei sem meu conhecimento, mas logo o efeito vai passar e você vai desaparecer.

— Yeah... Vai sonhando.

 Ele se dirigiu a entrada da delegacia, e eu o segui, ainda não acreditando no que ele ia fazer. Esse homem é louco, só pode. La dentro, para minha surpresa, ele não pareceu perdido, pelo contrario, parecia saber exatamente pra onde ia. Isso  me fez perceber que  provavelmente já esteve naquele lugar antes.

 " Oh... Não. Por favor, que ele não seja algum tipo de criminoso maluco? Não é possível que o único homem capaz de me ver seja um fora da lei. O universo não me odiaria tanto assim, certo?"

 — Allen! — Um homem de terno o cumprimenta surpreso — Chegou cedo hoje. Espero que torne isso um hábito.

 Então é ai que o conhecimento cai sobre mim.

— Você trabalha aqui... Mas não tem cara de policial, então o que faz exatamente? — Pergunto aliviada por não estar falando com um meliante.

— Não é da sua conta! — Ele me respondeu irritado.

— O que você acabou de dizer? — O outro homem o encarou furioso.

 Eu me sentia no meio de um espetáculo agora, só faltava a pipoca.

 Allen, como o cara do terno o chamou, engoliu em seco. Seu rosto ficando tão branco que eu achei que ele ia desmaiar.

— Não...Nada. Não foi com o senhor que falei. Eu sei que é o único na minha frente, mas na verdade eu pensei ter ouvido algo, então não é com o senhor...Pois meu horário é totalmente da sua conta, capitão.

— Escute aqui...

— Barry! Chegou cedo hoje! — Um homem mais velho os interrompeu, aparentemente salvando o couro do Allen, pois o tal do capitão lhe deu apenas um olhar mortal e se retirou sem dizer mais nada.

 "Barry Allen" repeti o nome em minha mente. "Nada mal...Nada mal mesmo."

— É... — Ele olhou pra mim de relance — Joe, eu tenho algo muito importante para analisar, então depois conversamos.

 Acho que Barry estava com pressa de sair de perto das outras pessoas, pois estava com medo de dar outro deslize como o do capitão, ou vai ver só estava com pressa mesmo. O quê? Sou um fantasma, não uma telepata.

 Ele subiu as escadas indo em direção a sabe se lá onde, e eu obviamente o segui.

— Analisar...hum. Então você é um cientista forense, estou certa? — Pergunto e sou ignorada.

— Não é nada legal ser a única pessoa falando aqui.

  Barry olha em volta, certificando-se que não tem ninguém por perto antes de me responder.

— Então é só você parar de falar e pronto...Simples assim.

 Ele entrou em uma sala e eu fui logo atrás. Se tratava de um pequeno laboratório cheio de prateleiras, algumas aparelhagens para análise de evidências, e uma mesa simples de madeira, bem desorganizada por sinal.

— O que esta fazendo? — Pergunto curiosa, ao notar que ele esta colhendo uma amostra do copo de café que carregou por todo o caminho, apesar de não tomado nenhum gole desde que nos encontramos.

—Não que seja da sua conta, mas tenho que descobrir que tipo de substância misteriosa eu ingeri para estar vendo...Você. Se por acaso eu preciso correr pro hospital ou algo do tipo.

— Não é o café!

— Mas é claro que é! Ou é isso, ou estou ficando louco...E eu não estou louco!

— Você não esta louco, nem chapado, e eu não sou uma alucinação. Essa não é uma situação usual, mas você tem que acreditar em mim.

— Isso seria admitir que sou louco...Então não.

  Quando o resultado do teste ficou pronto e ele pegou o papel, seu queixo quase caiu no chão.

— Não é o café. — Admitiu em um sussurro incrédulo.

— Eu te disse!

— Oh...Não! Eu estou ficando maluco.

— Não, não esta. Quantas vezes vou ter que dizer?

 Ele virou as costas pra mim, colocou suas duas mãos na cabeça, fechando seus olhos firmemente.

— Isso é um pesadelo. Eu estou na minha cama dormindo e assim que abrir meus olhos tudo isso vai ter desaparecido — Pronunciava em voz alta, na tola esperança que fosse surtir algum efeito.

 — Agora sim esta parecendo louco.

— Vá embora! — Ele quase gritou, ainda na mesma posição — Eu vou abrir meus olhos agora e nada disso vai ter acontecido. — E então ele o fez.

 Pude ver sua expressão mudar de esperança para puro desapontamento assim que constatou que ainda estou aqui.

— Oh não! Não! Não, não, não... Isso não esta acontecendo! Isso não é real!

 Que ótimo, ele entrou em negação. Já vi que isso vai demorar, mas... Bom, eu tenho tempo mesmo.


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Notas finais do capítulo

E ai meus lindos? O Barry não vai se livrar da Cait tão fácil... E acredite, ele vai tentar kkkk
Deixem-me saber o que acharam, até mais pessoal.
Beijinhos...