The Reason I'm Still Here escrita por Clever Girl


Capítulo 2
Capítulo 02 - Be Careful What You Wish For


Notas iniciais do capítulo

Hey meus amores, cheguei com um capítulo fresquinho pra vocês. Espero que gostem. Beijinhos...



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(Barry)

 

 As vezes eu acho que falta emoção em minha vida. Acordo todos os dias, e é como se já soubesse exatamente o que irá acontecer. Eu iria acordar; correr para não chegar atrasado ao trabalho; receberia um olhar irritado do meu chefe e se tivesse sorte, não iria ter muitas cenas de crimes para analisar.

 Não que minha vida fosse totalmente previsível, pois ela não foi. Quando eu era pequeno, minha mãe foi assassinada. Alguns bandidos invadiram nossa casa de madrugada, e ela os surpreendeu, sendo assim morta. Meu pai foi preso por isso. Justo ele; um homem que não teria coragem de ferir sequer uma mosca. Tudo isso, pois existia um detetive com a mínima vontade de fazer o seu trabalho direito, e péssimos peritos.

 Depois que meu pai foi para a cadeia, fui entregue aos cuidados de Joe West; um antigo amigo dele, e foi aí que tudo começou. Iris West, esse é o nome dela. Iris foi simplesmente a menina mais incrível que já conheci. Ela era bonita, legal. E...Acho que nem preciso dizer que me apaixonei perdidamente. Ela foi minha primeira paixão, e curiosamente a única. Não que eu não tivesse ingressado em outros relacionamentos, mas nenhuma delas era Iris, e isso também é outra história.

 O fato é: Ela nunca me amou. O único posto que consegui, foi de melhor amigo. Não me entendam mal, eu realmente gosto dele, mas ainda assim, queria poder ser mais. Nunca quis perder sua amizade, portando mantive minha boca calada, e ela nunca desconfiou de meus sentimentos.

 Agora, Iris arranjou um namorado; um homem que a maioria das mulheres sairia babando assim que o visse. Eddie Thawne não é uma cara ruim. Para sermos sinceros, ele até que é legal; porém ainda não gosto dele.

 Voltando ao assunto do meu pai; ele foi solto cinco anos após sua prisão. O caso acabou sendo reaberto por outro detetive; e sua inocência provada. Eu tinha quinze anos quando o tive de volta. Foi o melhor dia da minha vida. Ele ficou comigo em Central City até minha maior idade, mas então recebeu uma incrível proposta de trabalho em Chicago e simplesmente não pôde recusar. Ele vem para a cidade em todas suas férias, ou feriados que não se encontra preso no hospital. Também nos falamos sempre por telefone e via skype. Seu assunto preferido no momento é: Quando irei encontrar uma namorada. Segundo ele, não posso ficar preso minha vida inteira em um amor não correspondido. Eu concordo com meu pai nesse quesito, porém nunca encontrei uma garota que fosse capaz de me fazer sentir algo especial.

 Não quero usar ninguém como estepe. Não quero magoar uma pessoa legal, só por quê não sou capaz de ama-la como amo Iris. Não seria justo com ninguém. Então talvez seja melhor continuar como estou, sozinho.

 Nesta manhã em especifico, levantei mais cedo. Hoje estou decidido á lutar contra meus maus costumes, e chegar cedo no trabalho sem precisar quase me matar de correr por estar em cima da hora.

 Vou ao Jitters e peço um café extraforte. A manhã esta fria, então a maioria  das pessoas anda apressada para sair logo das ruas. Eu seria uma dessas pessoas, se algo, ou melhor, alguém não tivesse chamado minha atenção. Não sei porquê fiquei tão intrigado com a estranha na rua. Talvez seja pela sua aparente falta de frio, ou o fato dela estar andando calmamente no meio de um fluxo apressado de pessoas. O fato é: Ela parecia tão triste e...Perdida.

 Passo por ela decidido a seguir meu caminho, mas simplesmente não consigo ir muito longe. Ela parece precisar de ajuda, e que tipo de pessoa eu seria se não fizesse nada? Então dou meia volta e vou falar com ela.

— Moça você esta bem?  É que você parece um pouco perdida. —Pergunto preocupado

  Ela olha para trás, como se não acreditasse que eu estava realmente me dirigindo a ela.

— Vo...Você...Pode me ver? Você pode me escutar? — Diz como se isso fosse uma grande surpresa.

 Ela definitivamente não estava bem. Que tipo de pessoa em sã consciência faz uma pergunta dessas?

— Sim — Respondo hesitante —Você esta se sentindo bem?

 E então ela ri... Ri muito... Como se eu tivesse acabado de contar a piada mais engraçada do universo. Na verdade é até surpreendente o fôlego que  tem pra continuar rindo e rindo. Devia ser algum tipo de recorde. Talvez o Guinness devesse dar-lhe um prêmio.

 — Eu acho que nunca estive melhor — Me responde, assim que para de ter seu ataque de riso histérico.

 Ela ainda tem uma sorriso largo nos lábios, e um olhar de alguém um pouquinho desequilibrada psicologicamente. É oficial, eu encontrei uma louca de pedra...Louquinha da silva.

 " O que você tinha que fazer parando para conversar com gente maluca? É nisso que da"  A vozinha da minha consciência me repreende no fundo da minha mente, então eu tento uma saída sutil e estratégica.

— Que...Bom ? Sabe o que? Eu tenho que ir. Um bom dia pra você — Digo e saio andando apressado, o mais longe daquela maluca possível.

 Eu trabalho como perito; sei o que pessoas sãs são capazes de fazer. Doidos então? Sei que talvez seja apenas paranoia da minha cabeça, mas sabe o que não é paranoia?  Quando essa pessoa esta te seguindo.

" Que isso Barry? Ela não vai te matar no meio de uma rua movimentada...Eu espero. E se tentasse, você é ainda é mais forte para impedir...Eu acho" A razão me tranquilizava e me impedia de correr.

— Hey espera! — Ouço a moça gritar atrás de mim, mas finjo que não e continuo andando.

— Eu pedi pra esperar — Ela diz novamente, só que dessa vez escorada em um poste a minha frente.

 Como foi que ela chegou ali tão rápido?

—Olha, eu sei que parece estranho, mas você tem que me escutar — Afirma me acompanhando enquanto eu continuo andando

— Não pode ser outra hora? Eu tenho que trabalhar, então passo aqui mais tarde e falo com você — Minto descaradamente na tentativa de me livrar dela.

 Sei que irei evitar essa rua por um bom tempo

— Não! — Ela exclama entrando na minha frente.

 Paro bruscamente antes que trombe com ela. Já estou começando a ficar irritado, mas respiro fundo, não estou afim de discutir com ninguém. Contorno a moça e continuo o meu caminho.

— Nós podemos fazer do jeito simples, ou do difícil, mas você precisa me escutar —Ela continua

— Olha, eu vou chamar a polícia — Aviso

— Chame! Não é como se eles possam fazer alguma coisa mesmo

— O que você quer? — Falo um pouco mais alto do que pretendia — As pessoas já estão olhando — Aponto para as pessoas que passam na rua, nos olhando como se fossemos loucos.

— Não é pra mim que estão olhando. Isso você pode ter certeza

— Okay...Trinta segundos. Fale o que quer dizer, e depois eu vou embora — Cedo parando e a encarando diretamente

— Eu não estou aqui...Não realmente. Sou uma espécie de fantasma, ou sei lá, e ninguém pode me ver...Exceto você, ao que parece. Eu só não consigo descobrir o porquê, mas eu preciso da sua ajuda. É isso — A moça responde em um fôlego só.

— Hum... Você fugiu de algum lugar? Sabe...Com médicos? Ou, você tomou sua medicação hoje?

— Eu não sou louca! — Grita irritada — Se alguém é o louco aqui, é mais provável que seja você.

— Já chega! Eu não estou ouvindo mais nada — Resolvo voltar a ignora-la

— Você sabe que não vou parar de te seguir, certo? — Avisa ela, andando de costas para poder manter contato visual comigo

 " Nós estamos indo para uma delegacia mesmo" Respondo mentalmente, e continuo andando, tomando meu café tranquilamente como se nada estivesse acontecendo

 — Não pode me ignorar pra sempre

 " Ah, eu posso!"

 Nós continuamos com isso por alguns minutos, até ela quase trombar com uma placa de metal no meio da calçada. Eu posse querer que ela vá embora e siga seu caminho, mas também não sou cruel a ponto de deixa-la se machucar.

— Cuidado! — Eu grito avisando, mas é tarde demais.

 Faço uma careta já imaginando a pancada, mas ela nunca acontece. A mulher simplesmente atravessa a placa, como se ela nunca tivesse estado ali.

— Mas que... — Não tenho palavras para explicar o que acabei de ver.

— Agora acredita em mim? — Me pergunta cruzando os braços em uma posse vitoriosa.

 Eu olho pra ela, para a placa, e para ela de novo.

— Que p**** tinha nesse café?


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? Espero ler seus comentários daqui a pouco. Beijinhos...