Coffee Breaks escrita por Kira Queens


Capítulo 14
Remember When


Notas iniciais do capítulo

Séculos sem postar e eu resolvo escrever justo na véspera da fuvest, vai entender kkkkkkkkkkkk bom gente, aposto que dessa vez vocês pensaram que eu estava morta, mas eu prometi que não iria abandonar a fic e um lannister sempre paga suas dívidas, não é mesmo?? Aqui estou, achando que a fic ta meio mais ou menos e com certeza bem abandonada, mas eu gosto de escrever ela. Eu quis de verdade ter escrito antes, mas esse segundo semestre foi muuuito cheio pra mim e no meu tempo livre eu tinha que priorizar algumas coisas e aí priorizei livros e séries (desculpa) e não sobrou tempo pra eu poder escrever.
Masss, vamos ao capítulo agora!!



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Vermelho intenso e brilhante. Intenso como os batons vermelhos com os quais eu gostava de pintar os lábios. Brilhante como as esferas decorativas de uma árvore de natal. Era essa a cor do tomate que Rue de Vries jogara na parede atrás de mim quando eu me recusei a cantar mais uma música.

Deixei escapar um grito para efeito de drama e desci do palco ao som de risos pelo tomate e aplausos pela performance de Cherry Bomb. Tomei o meu lugar à mesa e peguei uma batata frita enquanto outra pessoa ocupava a posição diante do microfone.

— Esplêndida! — exclamou Finnick, sorrindo para mim — Era assim que você passava seu tempo livre na adolescência?

— Parte dele — confirmei, assentindo.

Grande parte dele, na verdade. Foram tardes e tardes depois da escola gastas naquele palco. Noites e noites em que alguém da turma estava passando por um momento ruim e buscava refúgio na Cash’s. Não fazia tanto tempo, mas parecia que mil anos haviam se passado. Olhei de relance para Rue, cuja pele escura não estava mais coberta por acne, mas sim brilhante e sedosa. O sorriso de Wiress estava livre do aparelho. Johanna Mason não usava óculos mais, mas usaria um véu sobre os cabelos na manhã seguinte. Gloss, o irmão mais novo de Cashmere, iria estar esperando por ela no altar.

Podia ser poucos anos, mas o tempo realmente havia passado e pela primeira vez eu podia perceber isso.

— Queria que Johanna estivesse aqui — comentei, atraindo novamente o olhar de Finnick e de minha mãe.

— Ela estaria, se não fosse o casamento amanhã — garantiu-me minha mãe e, por mais que eu tenha sorrido em concordância, eu não tinha tanta certeza disso.

Johanna e eu não éramos próximas mais. Uma parte de mim iria para sempre considerá-la a minha melhor amiga. Talvez por conformidade ou por costume. Talvez por consideração pelos longos anos de amizade. Mas já não era a mesma coisa há um bom tempo.

— Annie — a voz de Cashmere me tirou de meus devaneios — Tem alguém lá fora querendo falar com você.

Levantei-me num pulo, ansiosa para saber qual colega antigo havia finalmente encontrado tempo para retornar à nossa pequena Derry para manter contato. Mas quando eu passei pela porta dupla de vidro, meu sorriso se desfez e eu senti minhas pernas fraquejarem. Apenas por um momento, mas senti. Mesmo ele estando de costas, eu o reconheceria em qualquer lugar. Os fios lisos e loiros num tom frio pelos quais eu, um dia, gostara tanto de correr os dedos.

— Logan — eu o chamei, inexpressiva. Quase cinco anos haviam se passado desde a última vez em que nos víramos e eu fui atingida por um misto de emoções tão forte que eu queria apenas poder sentar para digerir que ele estava ali. Depois desse tempo, ele estava mesmo ali.

— Anne — ele se virou exibindo seu sorriso de lado que conquistara tantos corações, inclusive o meu. Os olhos azuis combinavam com seu cachecol, como naquela primeira vez em que nos beijamos no parque da cidade. Mas ele estava mais velho agora, mais maduro. Seu semblante ainda era brincalhão e sedutor, mas agora possuía um ar cansado, evidenciado pelas olheiras arroxeadas sob seus olhos.

Ele abriu os braços e não foi preciso um convite formal para que eu jogasse meu corpo contra o seu, envolvendo-o em um abraço e deixando que ele me envolvesse também.

— Talvez você não acredite, mas eu pensei tanto em você nesse tempo — sua confissão saiu abafada, porque seu rosto estava pressionado contra a curva do meu pescoço, de forma que eu podia sentir seu hálito batendo contra a minha pele enquanto ele falava.

— Eu também — admiti em voz baixa — Todo outono.

Afastamo-nos e nos acomodamos no banco de madeira posicionado embaixo de uma das janelas. Havia tanto que eu queria perguntar, tanto que precisava ser dito, mas eu não conseguia encontrar as palavras apropriadas.

— Onde foi que a gente errou? — ele perguntou por fim.

Dei de ombros.

— Eu me desesperei quando você me pediu em namoro — relembrei — E você levou a Katie Wilson no seu baile de formatura.

— E eu me arrependi dessa decisão por tanto tempo — Logan riu sem humor — Foi tudo bem ridículo, né?

— Acho que sim — concordei — Mas nós éramos novos, tudo sempre é ridículo quando se está no auge da adolescência.

— Eu sei, mas é que tudo podia ter sido tão diferente.

— Não podia, não — abaixei a cabeça, fixando o olhar nas minhas próprias mãos para fugir dos olhos dele — Eu pensei muito em tudo isso na época e acabei concluindo que nós teríamos terminado de qualquer jeito. Você tinha que ir pra faculdade e eu tinha que continuar aqui por mais dois anos e terminar a escola.

Ouvi seu suspiro e engoli em seco, sem coragem para encará-lo. Eram tantas memórias do meu primeiro e até então único amor. O beijo no parque e minha touca cor-de-rosa. Os primeiros flocos de neve caindo sobre nós numa noite de dezembro em que nos sentamos na rua só para esperar nevar. O primeiro dia, aquele cinco de agosto em que nos conhecemos. O último dia, na primavera, quando nenhuma palavra saiu da minha boca quando ele virou as costas para mim e foi embora. O primeiro dia depois do último, quando eu quis ligar mas não liguei, quando ele podia ter ido atrás de mim mas não foi.

— Eu sinto muito por tudo.

— Você quis ligar? Depois que a gente brigou — não pude evitar fazer a pergunta que durante tanto tempo havia martelado em minha mente.

— É claro que sim. Desesperadamente. Mas você não queria usar um anel de compromisso então eu pensei que não me amasse. Hoje eu entendo, mas na época que fiquei muito magoado e tive medo de te procurar e ser rejeitado.

Joguei a cabeça para trás, apoiando-a na janela e fechei os olhos. Feridas que eu pensava estarem completamente cicatrizadas voltavam a sangrar. Não por mim, porque eu, naquele momento, estava feliz, satisfeita, apaixonada por outra pessoa. Mas sim pela Annie que eu fui aos quinze anos, quando eu sofri por ele ao ponto de ficar trancada vários dias no quarto, intercalando entre escrever e chorar. Foram meses que eu levei para seguir em frente, apenas para estar ali, mais de quatro anos depois, escutando que durante cada dia que eu sofri, ele havia sofrido também.

— O que aconteceu depois? — ergui a cabeça para fitá-lo — Depois da formatura, quando você foi embora.

— Eu me empenhei bastante na faculdade, tentando ocupar minha cabeça. Formei em Publicidade e arranjei um emprego numa cidade grande.

— Qual cidade? — perguntei por curiosidade, mas ao notar que ele desviara o olhar e comprimira os lábios, minha voz adquiriu um tom de urgência: — Logan, qual cidade?

— A sua — entreabri os lábios, mas ele não deixou que eu falasse — Calma, eu fui pra lá pelo mesmo motivo que você: as boas oportunidades nas áreas de escrita e criatividade. Eu sempre quis retomar contato, mas não sabia como, até que Gloss me mandou o convite do casamento e eu sabia que você viria. E aqui estamos nós, Anne.

— Eu não sei o que dizer.

— Não precisa — Logan colocou um braço ao meu redor e com a outra mão afastou uma mecha de cabelo que caía em meu rosto. Mas eu era incapaz de mostrar qualquer reação. Estava assustada, magoada e ao mesmo tempo contente por finalmente ter as respostas para as perguntas que eu tanto me fiz.

— Logan, eu não sei se eu quero retomar contato. Foi muito doloroso pra mim.

— Ei, “só me dói morrer se não for de amor” — era o que ele havia me respondido quando eu perguntei naquela noite de dezembro se ele não se preocupava em ficar doente por exposição ao frio. E agora ele estava ali tão próximo, com seu sorriso tão doce, que era difícil discordar.

— Gabriel García Márquez.

— Nós sempre tivemos o mesmo gosto pra literatura — e nisso ele tinha razão — E não se preocupe, você não precisa retomar contato se não quiser. Só lembre-se de que eu estarei lá, ao seu alcance se você precisar.

Balancei a cabeça positivamente e ele depositou um beijo no topo da minha cabeça. Foi logo em seguida que Cashmere nos interrompeu.

— Desculpa atrapalhar, mas é que todo mundo lá dentro quer te ver, Logan — avisou Cash — Eu sei que a festa é da Annie, mas a culpa é sua por ter sumido e agora aparecer do nada.

Ele suspirou e abriu as mãos na frente do corpo, como se dissesse que não havia escapatória. Despediu-se de mim apenas com um olhar que não foi realmente uma despedida e então seguiu Cashmere adentro.

Fiquei sentada, sem coragem ou ânimo para retornar ao estabelecimento. Havia muito o quê absorver. Eu me sentia com quinze anos novamente e constatei que a sensação era agradável. A última coisa da qual eu precisava era ser arrastada de volta à realidade, uma realidade na qual eu não sabia se meu amor era correspondido, estava brigada com uma de minhas melhores amigas e sentia-me distante da outra. Uma realidade onde simplesmente nada na minha vida estava definido. Só que Finnick apareceu, não me dando escolha alguma.

— Parecia ser sério — ele disse apenas, com o semblante preocupado.

— Era sobre ele aquele texto que você leu no meu diário ontem. Logan Prost.

Finnick ergueu as sobrancelhas como se, assim como eu, estivesse processando que Logan estava ali.

— Você vai entrar? — Finn me perguntou.

— Agora não — e vendo que não iria arrancar muitas palavras de mim, ele entrou, possivelmente até curioso para conhecer o cara que inspirou tantos textos meus que daria um livro.

Eu não só não entrei, como fui para casa, sentindo-me menos assustada, mas não menos emocionada. Procurei uma página em branco no meu velho diário e a preenchi com tudo o que eu estava sentindo, respondendo a todas as dúvidas escritas nas outras páginas. Não por mim, mas pela Annie que eu fui aos quinze anos.

~*~

Johanna entrou em um deslumbrante vestido de noiva. Seu cabelo estava preso em um coque baixo e coberto por um longo véu. Ela olhava fixamente para Gloss, mas nenhum dos dois estava sorrindo. Foi uma cerimônia completamente formal e que só me fez perceber que nós não éramos melhores amigas mais. Eu não havia sido convidada para ser madrinha; Rue e Wiress foram. E por mais que eu desejasse de todo o coração que Johanna fosse feliz, não era assim que eu teria imaginado o seu casamento.

Virei-me para a fileira de trás, onde Logan estava sentado com seus pais.

— Você acredita nisso? — sussurrei.

— Nem por um segundo — ele respondeu no mesmo tom.

Finnick e minha mãe me olharam com reprovação, mas eu não sabia se era por eu estar falando durante a celebração ou por estar duvidando dos motivos daquela união.

Minha mãe havia ficado radiante por rever Logan. O coração dela se quebrara junto com o meu quando eu e ele terminamos, mas nenhum rancor foi guardado. Ela concordava que ele era uma pessoa especial e iria ficar contente se nós nos tornássemos amigos agora.

Por sua vez, Finnick fizera várias perguntas as quais eu procurei responder o mais vagamente possível. Eu gostava da ideia de que ele estivesse com ciúme. Talvez isso o ajudasse a descobrir como se sentia verdadeiramente em relação a mim.

A cerimônia de casamento acabou com todos nós jogando arroz nos noivos e nos reunindo do lado de fora para cumprimentá-los. Na primeira oportunidade que tive, desvencilhei-me de minhas companhias e arrastei Johanna para uma área mais reservada.

— Eu não acredito que você está casada! — exclamei, após soltá-la de um abraço — Não faz assim tanto tempo que você usava coturnos e clamava ódio mortal a todo tipo de namoro.

— Não faz mesmo tanto tempo, não é? — ela disse com um olhar nostálgico — Mas eu estou feliz que as coisas mudaram. Feliz por ter trocado o coturno pelos sapatinhos de cristal — Johanna brincou rindo.

— Está mesmo? Feliz? — perguntei prestando atenção nela o bastante para perceber quando ela trocou seu sorriso por um revirar de olhos mal-humorado.

— Você precisa mesmo fazer isso até no dia do meu casamento? — encolhi os ombros diante de sua ira repentina — Annie, você não me conhece mais! Você acha que sabe do meu relacionamento, mas não sabe.

— Johanna, eu só quero o seu melhor! Só quero ter certeza de que você está feliz, só isso. Gloss é tão seco com você...

— Nós somos assim! Eu nunca gostei de demonstrações públicas de afeto, Annie, eu posso ter mudado, amadurecido, mas eu ainda sou a mesma pessoa, ninguém muda assim tão drasticamente. Gloss e eu tivemos nossas dificuldades, nós estamos morando juntos e não é fácil, mas nós nos amamos, agora, por favor, permita que eu aproveite o melhor dia da minha vida sem tentar me chatear! — eu não pude nem tentar consertar as coisas antes que ela corresse de volta para o seu marido.

No mesmo lugar onde eu estava eu me sentei. Não me preocupei em sujar o vestido de grama e terra, apenas deixei que algumas lágrimas escorressem enquanto eu lidava com o fato de que eu conseguia estragar todos os relacionamentos que eu tinha. Primeiro Logan, e agora mais recentemente, Katniss e Johanna. Perguntei-me quanto tempo demoraria para que eu conseguisse fazer Finnick me odiar. Alguém se sentou ao meu lado e eu pensei que fosse ele, mas na verdade a pessoa tinha cabelos loiros e olhos azuis.

— Eu sou tão estúpida — balbuciei, passando a mão no rosto para enxugar as lágrimas e o nariz.

— Não — ele negou, prologando a sílaba para dar ênfase — Você pode ser várias coisas, mas estúpida você nunca foi.

— Sempre fui! — discordei — Eu estrago tudo e depois fico chorando que nem uma criança — ri ironicamente.

— Ei, Anne, não fala assim — Logan desamarrou a gravata do pescoço e usou-a para secar meu rosto.

Eu tive a impressão de que ele iria continuar me consolando por quanto tempo eu precisasse, mas minha mãe não permitiu que isso acontecesse.

— Sai, Logan, vaza — ouvi a suave mas firme voz de Courtney, batendo palmas para mostrar que estava realmente expulsando-o — Espere lá no carro com Finnick, por gentileza.

Logan riu, mas fez o que lhe foi mandado. Minha mãe tomou seu lugar ao meu lado e me envolveu em seus braços carinhosos. Encolhi-me em seu colo como uma menina quando machuca o joelho pela primeira vez. Não saberia dizer por quantos minutos nós ficáramos sentadas naquele chão sob o céu nublado.

— Você fez bem, sabe? Em sair daqui.

Levantei o rosto para olhá-la e pigarreei na tentativa de firmar a minha voz.

— Não sei. Eu sinto muita falta e perdi todas as minhas amizades daqui. Nunca vai ser a mesma coisa.

— É, é — ela disse sacudindo as mãos e a cabeça para mostrar que aquilo não importava — Essa cidade prende as pessoas. Se você ficar muito tempo, você nunca sai e quando percebe sua vida é vazia e você nunca fez nada do que queria ter feito. Mas você nunca foi assim, Annie. Desde muito nova você sempre quis voar, sempre quis outros horizontes. Você nunca se encaixou aqui, querida. Minha chance foi quando eu conheci seu pai, eu podia ter ido embora com ele, mas não fui, eu estava conformada. Eu tenho orgulho de você por nunca ter se conformado.

Sorri para ela, a pessoa mais importante e especial da minha vida. Notei que agora eu já me encontrava completamente tranquila.

— Você não lembra mesmo o nome do meu pai? — perguntei sem expectativas, já ciente da resposta.

— É claro que lembro. Charles Berger — desvencilhei-me de seu abraço para encará-la boquiaberta.

— Você está brincando! — acusei, mas seu rosto se encontrava impassível.

— Não — ela respondeu, como se estivéssemos discutindo um assunto totalmente irrelevante.

— Por que você mentiu pra mim todos esses anos? — indaguei incrédula e ofegante, aumentando inconscientemente o tom de voz. A vontade de chorar me atingiu novamente, mas eu me controlei.

— Ah, Annie, você sempre parecia tão nova aos meus olhos, eu nunca quis que você tivesse que decidir o que fazer com essa informação. E depois que você começou a se relacionar com o Logan eu percebi o quão crescida e madura você estava, já era uma pequena adulta, mas nós nunca tocamos nesse assunto novamente até agora.

Apoiei os cotovelos no meu joelho e, segurando meus próprios cabelos, gritei o mais alto e durante o maior tempo que consegui. Quando terminei, senti-me alguns quilos mais leve.

— Isso, querida, desabafa, coloca tudo pra fora. Melhor pra fora do que pra dentro — aprovou minha mãe, com sua calmaria inabalável de sempre, dando tapinhas em minhas costas.

Logan e Finnick chegaram até nós correndo e aparentando estarem espantados.

— O que aconteceu? Está tudo bem?

Disse a mim mesma que iria me levantar daquele chão como outra pessoa, deixar todas aquelas mágoas dispensáveis enterradas naquele mesma terra e, por fim, levantei-me, recompondo-me de uma só vez. Com certeza eu estava descabelada, com os olhos inchados e o nariz avermelhado, mas fiz questão de manter o queixo erguido.

— Tudo bem agora, vamos embora. Finn, você e eu temos um avião pra pegar em breve. E Logan, seus pais devem estar ansiosos para passar um tempo com você. Eu sei que vocês tiveram uma relação custosa no passado, mas eles são seus pais, você não pode sumir que nem você fez. Você não tinha esse direito. Nem de sumir deles e nem de ninguém dessa cidade, você é muito querido para todos nós aqui.

Não esperei resposta e caminhei de mãos dadas com minha mãe em direção ao lugar onde o carro estava estacionado. Não contive o sorriso ao escutar Logan murmurar:

— Aí está a Anne que eu conheço.

Eu não sabia o que fazer com a informação fundamental que era o nome do meu pai. Sempre tive curiosidade em relação a ele, mas muito tempo havia se passado e eu não sabia se valeria a pena tentar qualquer coisa. Logan era outro assunto no qual eu teria que pensar. Agora que era possível mantermos contatos eu não imaginava as coisas acontecendo de outra forma, mas também tinha medo de me decepcionar ou decepcioná-lo – afinal, eu não sabia quais eram suas intenções e ele ainda não tinha ciência de que eu estava apaixonada por Finnick.

No entanto, pela primeira vez eu não estava sofrendo diante do incerto. Era reconfortante saber que existia em mim a capacidade de me alegrar pelas possibilidades.


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Notas finais do capítulo

Vamos tentar ignorar que eu shippei fortemente Annie e Logan nesse capítulo (mas calma gente a fic é fannie, por mais que eu goste de lannie ksdfskfsjk). Pra quem não lembra ou não ligou os pontos, o Logan foi mencionado (não pelo nome, mas era ele o tempo todo) no capítulo anterior e no 9.
Bom, só vou na aula até terça que são minhas últimas provas e como to apenas no 2º ano o único vest que eu vou prestar é a fufu amanhã mesmo, entãoooo, sobrará mais tempo porque vou estudar menos nas férias (ngm é de ferro né migos), o que significa que provavelmente vou postar mais. Odeio ser chata, mas tenho que dizer: eu não posto por comentários, mas eles me estimulam a escrever rápido porque aí eu sei que tem gente esperando capítulo novo e me sinto pressionada. Just saying.
É isso mesmo, besitos e até o próximo, migos ♥



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