A Herdeira (HIATUS) escrita por Little Vit


Capítulo 2
Chapter One.


Notas iniciais do capítulo

Oie *-*

Vou explicar uma coisinha.
Não, o capitulo não está sendo postado outra vez, é que o anterior foi postado errado(coisas da minha cabeça de vento) então eu arrumei os capítulos hoje, logo, o anterior é um Prólogo(Quem puder e quiser voltar a ele e ler *-* e comentar seria incrível) e este sim é o primeiro, se já leu, pode só marcar como lido, se não leia e comente.

Boa Leitura:



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América, 3201.

Insistentes raios de sol teimavam em adentrar no grande quarto pelas brechas das faustosas cortinas. Na igualmente grande cama, adormecida, encontrava-se uma princesa, que começara a remexesse por conta de insistentes batidas e chamados na porta.

Quando conseguiu vencer os teimosos olhos pesados, que ainda insistiam em voltar a se fechar, a princesa se sentou em sua grande cama e bocejou.

— Pode entrar – Quase que instantemente, a porta se abriu, e uma mulher entrou no recinto sorrindo.

— Bom dia, vossa alteza – A mulher sorriu esbanjando animação.

— Bom dia, Elise. – A princesa respondeu em um tom não tão animado.

— Deve levantar-se rápido, seus pais já estão de pé, e querem sua presença no desjejum – Elise argumentou ao observado a princesa se espreguiçar na cama.

— Oh sim – A princesa admitiu e levantou-se.

— Banhe-se que prepararei suas vestimentas – Elise informou enquanto a princesa sumia entre as paredes do grande quarto.

Minutos depois, ao sair do banho, a princesa passou o olhar para a cama, onde um lindo vestido a esperava.

— Elise, o que eu faria sem você? – Ela brinca e Elise sorri.

Depois de arrumar-se com a ajuda de Elise, a princesa caminhou, pelos longos e escuros corredores do castelo em direção a sala de jantar, onde sua família fazia todas as refeições.

— Charlotte – Uma voz masculina ecoo-a por todo o salão assim que a princesa passa pela majestosa porta.

— Papai – A princesa sorriu e senta-se em seu lugar, ao lado do irmão. ­– Bom dia – Charlotte sorriu.

— Bom dia querida – Sua mãe, a Rainha Selene murmura.

— Bom dia maninha – Victor, seu irmão, que estava do seu lado, sorri.

— Como estão os preparativos para o grande aniversario? – Rei Markus pergunta.

— Tudo sob controle – A rainha responde.

— Mamãe – Victor começa, mas levou um serio olhar repreendedor da rainha – Quer dizer, Rainha – Ele concerta – Todas as famílias reais estarão presentes?

— Logicamente – Rainha Selene responde – Menos a família africana, pois a rainha está meio adoentada e o rei não quer deixa-la sozinha – Ela explica.

— Ainda bem – Charlotte murmura, porém, alto suficiente para sua mãe ouvir.

— Charlotte não deve falar assim – Sua mãe a reprende.

— Rainha, a família real africana é muito chata – Charlotte continua – O rei Zaki é controlador e sério e o príncipe Habib é rebelde, só porque será rei, acha que pode mandar em tudo e em todos – A princesa explica sua indignação.

— Querida você não precisa gostar deles, só aturá-los e respeita-los – O rei interviu.

Charlotte lança um longo e pesado suspiro.

— Charlotte, os escolhidos chegaram aqui domingo – Rainha Selene lança de uma vez. A princesa que se mantinha com a cabeça baixa focada em seu prato, fita a rainha rapidamente e com uma assustada feição.

— Porque não me soube antes? – A princesa indaga esbraveja.

— Não era necessário antes – A rainha revela.

— Não era necessário? – Charlotte repete como se não acreditasse – É a minha vida. Meu futuro. O próximo rei deste castelo e o meu marido. – Ela fala indignada.

— Eu sei disto – A rainha fala calmamente.

— Quem são eles? Já que eu não posso nem escolher os meus pretendentes – Charlotte ironiza.

— Charlotte, não fale assim. Sabe que é a tradição – O rei declara.

— Eu sei que é a tradição, só não entendo porque tenho que me casar com um completo estranho – Charlotte pondera.

— Charlotte, a muito tempo, depois que o planeta foi dividido em cinco reinos e as pessoas finalmente encontraram a paz, foi decidido que todos os herdeiros, de todos os reinos, se casariam com alguém do povo. Apenas para mostrar que não somos melhores que eles, que nos escolheram para governa-los. – A Rainha explica pela milésima vez. – Francamente, quantas vezes serão necessárias que eu lhe conte essa história para você entender.

— Mamãe eu sei está história de traz para frente, eu até a intendo, mas não seria melhor receber aqui no palácio apenas aqueles que são do nosso reino – Charlotte falou.

— Eles serão do nosso reino – Rei Markus falou – você não sabia porque esquecemos de contar, mas o próprio povo pediu que fosse assim – Ele concluiu.

— Serão pretendentes apenas daqui? Da América? – Os olhos de charlote se iluminaram.

— Sim serão, apenas porque nosso povo aceitou – A rainha fala.

— Parabéns maninha, agora invés de se casar com um completo estranho de fora do reino, vai se casar apenas com um completo estranho de dentro do reino – Príncipe Victor brinca e recebe um olhar severo da mãe, porém ele dá de ombros.

— Muito engraçado – Charlotte suspira ao olhar para o irmão – Mas Victor está certo, não importa que seja do reino, a pessoa ainda será uma completa estranha. – Ela conclui melancolicamente.

— É para isso que eles ficaram aqui durante seis meses, assim você irá conhecê-los – O rei murmura animado.

— Como poderei conhecer e me apaixonar por alguém em apenas seis meses? – A princesa indaga mais triste ainda.

— Lembre-se em menos de seis meses eu conheci e me apaixonei por sua mãe, e somos muito felizes. Você também terá essa sorte – O rei sorri encorajando a filha.

— Papai está certo – Victor interviu – Charlotte dê ao menos uma chance para os pobres coitados que viram para este castelo. – Ele completa – Talvez você tenha a grande sorte de encontrar alguém exatamente igual a mamãe – Ele brinca, Charlotte ri discretamente enquanto o irmão recebe um olhar severo da rainha.

— Você fala isso porque terá todo o tempo do mundo para conhecer alguém e se casar, e ainda poderá ser com quem quiser – Charlotte fala.

— Com quem ele quiser não. Com quem for digna – A rainha interviu.

Rei Markus ao percebendo o clima tenso naquela mesa falou:

— Bom preciso me retirar, terei algumas reuniões – O rei levantou-se – Charlotte você virá comigo. – Charlotte assente e acompanha o pai desaparecendo entre os corredores.

— Bom eu vou subir para meu quarto – O príncipe fala.

— Victor – Sua mãe o chamou.

— Sim vossa majestade – Ele ironiza.

 – Preciso de sua ajuda par arrumar umas ultimas coisas para o aniversário de Charlotte amanhã.

— Preciso mesmo? – Ele pergunta preguiçoso e a rainha lhe lança um olhar severo e doce ao mesmo tempo.

O restante da manhã passara rápido demais, após o almoço o rei tivera outra reunião, porém, a presença da princesa não seria precisa, cansada e ainda triste demais com a decisão repentina de seu casamento, Charlotte fora caminhar entre os jardins, onde encontrou seu irmão Victor, que tivera se livrado dos desmandos da rainha.

— Oi – Ele chamou e Charlote sorriu.

— Oi, como foi passar a manhã com a mamãe mandando em você? – Charlotte ri e o irmão fez uma carrancuda.

— Você tem sorte de passar mais tempo com o papai – O príncipe pondera.

— Sorte? Não sei se é sorte. Sou a herdeira – Charlotte lembra ao irmão.

— Eu sei que é a herdeira. É só que você já tinha um futuro todo pronto a partir do momento que nasceu. Todos já sabiam como seria sua educação, as pessoas já sabiam até com quantos anos você se casaria. Isso chama-se estabilidade Charlotte, e eu juro que faria qualquer coisa para ter isso. – Victor revela de cabeça baixa.

— O problema é que eu não pedi para ser a herdeira. Mas eu sei do meu dever com o nosso povo.  Não me sinto preparada para escolher um marido entre quatro estranhos como você mesmo disse mais cedo. E se eu escolher errado? E se os pretendentes acharem mais valioso minha coroa do que meu coração? – A princesa indaga completamente desnorteada.

— Eu sei que vai escolher alguém que ame seu coração, não sua coroa. Você vai saber diferenciar. E eu posso te ajudar a mandar para longe aqueles que vierem apenas por aquela coroa enorme que está no cofre – Victor brinca.

— Eu sei disto. Eu te amo maninho. -  A princesa murmura abraçando o irmão.

— Também te amo, Herdeira – Victor brinca e Charlotte ri.

Ao anoitecer a ceia é servida, e como normalmente, Rainha Selene falava sobre os preparativos para a grande festa.

— Charlotte amanhã será sua festa, lembre-se acorde cedo pois teremos muitas coisas para fazer – A rainha a alerta.

— Ela já sabe disto Rainha. Por favor pode parar de importuna-la com coisas que ela sabe e que tenho certeza que não quer lembrar – Victor pede calmamente.

— Olha a maneira de como falar comigo Victor – A rainha fala severa.

— Querida, amanhã será muito importante, anunciaremos os pretendentes para todo o reino e mundo. Esteja preparada – O rei intervém gentil.

— Estarei sim – Charlotte murmura tentando acreditar nas suas palavras.

Ao término da ceia, todos foram recolher-se, Charlotte andou até a varanda de seu quarto, fechou os olhos e por alguns segundos, apenas sentiu a leve brisa da noite balançar seu robe e seus cabelos.

— Se ao menos eu tivesse certeza de que encontrarei um amor verdadeiro – Ela murmura para si.

Charlotte olhou mais uma vez para as estrelas e foi se recolher, quando finalmente dormiu, sonhou que era apenas uma camponesa, uma pessoa normal que poderia encontrar o amor onde quisesse.

Charlotte sorriu inconscientemente.

Mal sabia a princesa que a chegada de quatro completos estranhos no seu castelo e na sua vida poderiam trazer tanta confusão quanto trouxeram.

Se ela soubesse, se ao menos desconfiasse, lutaria com todas as forças para impedir que estas pessoas ousassem colocar os pés dentro daquele imenso castelo. Porém algumas coisas já estão predestinadas, e infelizmente algumas destas mesmas coisas podem trazer um sofrimento imensurável.


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Notas finais do capítulo

Comentem, para eu saber que tenho leitores e o que acham da história.

—Vick



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