My Impossible Girl escrita por Doctor Alice Kingsley


Capítulo 15
Ciúmes? Essa palavra existe?


Notas iniciais do capítulo

Espero que tenham gostem tanto quanto gostei de escrever e obrigada pelos comentários. Nos vemos lá embaixo.



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P.O.V Matt

Quando paramos de rir, meu irmão e eu decidimos que é hora de irmos embora. Rose também diz que está com sono e damos carona para ela. Meu irmão pede para que eu me sente no banco de traz, já que agora Rose é oficialmente sua namorada e ela tem o direito de ir ao seu lado. Concordo meio contrariado, afinal continuo sendo irmão dele e amo ir na frente, no banco de traz parece que não tenho a mesma sensação de viagem. É complicado de se explicar.

— Agora entre nós, o que acharam do novo vizinho da Clara? – Rose perguntou.

— Não sei, não conseguimos conversar com ele, porque alguém teve um ataque de ciúmes. – John disse me acusando.

— Um cara sem educação, metido, idiota e que não vai andar com a gente. – falei com a cara emburrada.

— Matt não seja ridículo, você sabe que ela realmente gosta de você, não precisa ficar com ciúmes. Clara é uma garota de opinião forte e já decidiu que quer ficar com você. Não precisa se importar com o vizinho novo dela. – Rose concerta meu comentário.

— Não é ciúmes, eu só não gostei do cara. – digo cruzando os braços e fechando cada vez mais minha cara.

Ciúmes, onde já se viu. É claro que fiquei bravo com ele por ter chegado se achando o dono do pedaço e cantando ela, mas tinha certeza que se eu não dissesse nada, ele também daria em cima das outras, foi só um aviso. Isso, um aviso.

 A quem estou querendo enganar? É claro que estou com ciúmes dela, mas não é pra menos o cara mal chegou na cidade, já se acha o dono do pedaço e acha que tem o direito de dar em cima das garotas da cidade. Que ele procure a turma dele.

Fechei os olhos e tentei relaxar, só abri em dois momentos, quando deixamos a Rose na casa dela e quando John desligou o carro e pegou a chave da porta de casa, descemos juntos e eu subi para meu quarto. Me joguei na cama e peguei um livro de física qualquer para ler e passar o tempo, só queria dormir, ir para escola e encontrar minha futura namorada no dia seguinte.

Tomo um banho antes de descer para jantar e subo novamente para meu quarto, ainda está cedo então resolvo mandar uma mensagem para Clara perguntando se ela está bem e me desculpando pelo meu mau comportamento.

Ela: Sem problemas e estou ótima e vc?

Eu: Bem tbm, amanhã precisamos nos encontrar para conversar sobre a montagem da festa e da TARDIS.

Ela: Com certeza, tenho que ir que estão tocando a campainha.

Eu: E quem está chegando a essa hora na sua casa?

Ela: Acho que não vai gostar da resposta. Danny Pink e sua família, meu pai resolveu fazer um jantar de boas-vindas a eles.

Eu: Não gostei muito da ideia, mas não posso ficar bravo. Tem o direito de ser amiga dele se quiser, mas se ele passar dos limites eu não vou responder por mim.

Ela: Se ele passar dos limites, eu é que não vou responder por mim hahah. Beijos, te amo e até amanhã.

Eu: Hahah não duvido. Boa noite amor e até.

Vou dormir um pouco mais sossegado ao saber que ela não sente nada por ele e deu a entender que nem quer ser amiga dele por enquanto. Talvez eu pague a língua e ele seja o melhor amigo que alguém poderia pedir, mas isso só o tempo dirá e ainda estou um pouco bravo com o comportamento dele mais cedo.

Mas parte de mim ainda se sente incomodado com o fato de saber que nesse momento ele está sentando com a família dela jantando e ouvindo aquela risada gostosa que sempre ouço. Fico imaginando se Jack o está tratando bem ou não, espero que Danny não tenha comentado com os pais sobre minha reação mais cedo.

Tenho certeza de que se ele disser algo na mesa, o pai de Clara vai ficar furioso comigo e não me deixará mais vê-la, vai dizer que não sou a pessoa certa para namorar sua filha e que prometi que não a magoaria. Discurso de um pai preocupado com sua filha e que usará qualquer desculpa para que não me deixe namorá-la, não posso pisar fora da linha.

Ótimo, já estou começando a ficar ansioso com toda essa situação, minhas mãos estão suando frio e estou hiperventilando, imagina quando será a partir do momento que começar a namorar ela de verdade. Acho que vou morrer de enfarto até ou parada respiratória. Me viro para um lado e para outro, levanto e pego um livro, não consigo ler então pego outro, nada também, as palavras não entram em minha mente.

Levanto e fico sentado na cama balançando a perna, tenho certeza de que vou ter um ataque a qualquer momento. Maldita ansiedade que tinha que aparecer justo agora. Tento respirar, nada funciona. Lembro do que meu médico me disse e expiro mais do inspiro, mais uma vez não adiantou.

— Matt, o que está havendo? – John diz entrando em meu quarto.

— Crise de ansiedade.

— Isso estou vendo, quero saber o motivo. – insiste.

— Não tem um motivo em específico, sabe disse.

— Acho que tem e se chama Clara ou seria Danny? – arqueia a sobrancelha e me olha fixo. Odeio quando faz isso.

— Só me deixa quieto. – bufo e ele continua a me encarar. — Está bem, você venceu. Estou pensando no futuro, se eu e a Clara teremos algo ou se ela irá escolher o Danny, odeio quando fico inseguro e fico ansioso.

— Sabia! Fica tranquilo, ela já mostrou que gosta de você, não tem o que se preocupar, mas vê se não fica agindo que nenhum babaca para não estragar tudo. Esse relacionamento está nas suas mãos. Espero ter ajudado e boa noite. – se retira do meu quarto.

Grande ajuda. Só piorou minha situação, porque se algo der errado de ambos os lados ficarei me culpando dizendo que estava em minhas mãos, nunca mais vou abrir a porta para quando estiver no meio de uma crise de ansiedade, ele só piora meu estado.

Mas tem razão em um detalhe, ela me escolheu e vou fazer de tudo para mostrá-la que não fez a escolha errada e que sou a pessoa certa para ela. Deito novamente, me viro para o lado esquerdo e durmo.

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, não se esqueçam de comentar e nos vemos no próximo capítulo. Beijos com gosto de cupcakes azuis.