— Então quer dizer que o porco sobrou pra mim? — desdenhou Piccolo.

— Pode brincar à vontade, oinc! Vai aprender uma lição que nunca teve antes.

— Ah, o leitão quer me ameaçar. Pois bem. — Ele retirou a sua capa branca com ombreiras e a jogou para longe. O mesmo fez com o turbante.

Don Pig utilizou a sua bengala como hélice e saiu voando. Piccolo tentou se aproximar dele, porém as plantas carnívoras ficaram no seu caminho. Elas cresceram assustadoramente e ficaram violentas. O namekuseijin conseguiu destruir algumas, mas elas rapidamente cresciam novamente e com duas cabeças.

— Droga. Isso não vai ter fim. Preciso me concentrar para achar aquele cara.

O verde viu o oponente atrás de uma árvore, tentou alcançá-lo, mas os vários cipós o agarraram nas pernas. Ele os destruiu e voltou a sua atenção para o oponente.

— Covarde. Lute de frente.

— Como queira.

Don Pig apareceu sobre uma grande planta carnívora. Ele inchou bastante até soltar um gás roxo pela boca. Os olhos de Piccolo ficaram ardendo. Pig explicou que era uma substância tóxica que age como pimenta em contato com os olhos. Todo o ambiente ficou nublado. Apenas Piccolo teve a desvantagem, pois as plantas naquela cúpula eram totalmente imunes.

Don Pig avançou, deu um soco no verde. Ficou dando vários golpes no guerreiro z com a sua bengala. Piccolo recebia as investidas à queima-roupa, sem conseguir se proteger. Contudo, segurou o objeto do vilão e não largou.

— Como ainda tem forças para se defender, oinc?

— Maldito. Eu já enfrentei inimigos muito mais poderosos que você e saí vivo. Esses truques não vão funcionar comigo! — gritou dando um soco poderoso no rosto de Pig. Ele foi parar bem longe.

A bengala quebrou na mão de Piccolo, que ainda sofria devido ao veneno. Seu punho direito estava queimado devido a corrosão em contato com a pele venenosa do vilão. Pig se levantou atordoado com o golpe que levara.

— Maldito! Maldito, oinc. Vou te matar!!!

Os olhos de Pig ficaram vermelhos. Do chão surgiram plantas com espinhos vermelhos. Piccolo tentou abrir bem os olhos, mas as lágrimas não deixavam.

Um som estranho. Um espinho de vinte centímetros acertou na árvore ao seu lado. O caule apodreceu.

— Merda.

— Oinc-oinc! Não vai adiantar se esconder. A porta de saída foi completamente obstruída pelas raízes fortes das plantas carnívoras e não pode destruir a cúpula, pois os únicos que vivem no espaço são aqueles os Snow. Mas isso não importa, porque eu não vou deixar que escape.

Enquanto isso, os irmãos Snow desafiaram Képler para um combate, mas o líder dos piratas espaciais não levou muito a sério. Mesmo assim permitiu que os dois atacassem primeiro.

Frozen foi o primeiro a atacar. Seus golpes eram bastantes rápidos, além de usar o rabo também como arma.

— Que decepção, Snow. Pensei que fosse mais rápido do que isso — disse irônico.

— Não ria, maldito. Eu vou acabar com você.

— Que medo. — Képler desviou dos golpes de Frozen e deu um soco em seu estômago. O Snow sentiu uma forte pressão e parou de atacar.

— Irmão! — gritou Hail, puxando uma espada.

— Se desafia um oponente com espadas, certifique que ele terá uma espada — falou Hanzo ficando na frente de Hail.

— Saia da minha frente!

Hanzo puxou a sua espada. Não permitiria que o caçula dos irmãos Snow atrapalhasse a luta do seu capitão.

Képler se divertia com a dor que causou no seu oponente. Seu nível de luta era bem maior do que o daqueles dois. Não teria dificuldade alguma para acabar com Frozen.

— Já ficou de joelho? Também, é dureza ter que enfrentar o meu soco. O mais forte do universo. Muahahahahahaha!

...

Lado Oeste da Base

Kuririn corria a toda velocidade após ouvir uma explosão. Estava perto de onde Piccolo fora lutar. O corredor estava limpo até surgir um chão grudento, que começou a sugar os pés do careca.

— Que é isso? — ele tentou tirar a perna dali, mas o seu braço também ficou preso. — Só pode ser brincadeira.

Kuririn usou a potência do seu ki para tentar destruir aquela gosma que surgiu. Mesmo utilizando toda a força, não conseguiu mover um centímetro.

— Isso é mau. Ahhh!

— Kishishi! Nos reencontramos, carequinha — disse Mr. W, aparecendo apenas a sua cabeça.

— Quem falou isso?

— Lembra de mim? O palhaço que você encontrou na Terra.

— Você?! Solte-me! O que é isso?

— É a extensão do meu poder. Posso chamar isso de super cola. Nem com toda a sua força vital conseguirá escapar dela.

— Droga.

— Acha mesmo que a derrota de Phantinna seria o primeiro passo da vitória de vocês? Kishi. Ledo engando. Os outros tripulantes são tão fortes quanto ela.

— Preciso sair daqui ou algo de ruim vai acontecer comigo.

Uma bexiga vermelha surgiu ao lado do mímico. O objeto encostou na parede e explodiu em seguida. Mr.W sorriu com a cara de espanto do seu oponente. Sempre brincava antes de matar suas presas.

— Meus balões possuem três níveis. Os vermelhos são mais fracos, os azuis são duas vezes mais potentes que os vermelhos, os brancos são quatro vezes mais potentes que os azuis. Será que eu pulo logo para um branco? — O palhaço segurou a bexiga branca muito perto de Kuririn.

O alarme em toda a base fez com que os Droyds fossem alertados da invasão. Os robôs deveriam fazer o seu trabalho, porém a maioria deles teve a infelicidade de cruzar o caminho de Vegeta. Em poucos minutos, o sayajin destruiu os droyds e abriu caminho. O que restou dali foi apenas destroços.

Goten e Trunks também resolveram se aventurar dentro da base lunar. Estavam no mesmo caminho que Kuririn havia pegado. Os droyds, porém, não facilitavam.

— O que faremos agora? — perguntou Goten.

— Uma boa hora para lutar — respondeu Trunks.

Os dois garotos se transformaram em Super Sayajins na mesma hora.

Os únicos que ainda não encontraram resistência foram Goku e Gohan. Goku, por exemplo, estava bastante perdido nos corredores. Ele mal sabia o caminho para o salão principal.

— Ah, cara. Como vou encontrar o caminho certo? Não consigo sentir o ki de ninguém para poder usar o teletransporte.

E de fato, a base de Képler possuía uma tecnologia impressionante, que impedia que a presença do ki seja sentida.

...

Piccolo ainda sofria com os ataques venenosos de Don Pig. O fato de não poder sentir o ki e os olhos estarem sendo afetados pela fumaça tóxica,complicava ainda mais a situação do verde. Para piorar mais a situação, alguns espinhos perigosos, controlados por Pig, tinham o poder de matar tudo o que tocavam.

— Não tente resistir. Vai ser o melhor morrer mais rápido, oinc.

Piccolo voou para longe dos espinhos, mas Pig alcançou-o e o empurrou de volta para o chão. Um dos es espinhos atingiu o braço de Piccolo, causando-lhe uma grande dor. Seu braço foi secando cada vez mais até ficar extremamente fino. Pig ficou satisfeito ao ver que o oponente fora pego.

— A vitória é minha. Oinc!

— Não cante vitória, seu monte de banha. Ainda não acabou comigo.

— Hã?

Piccolo utilizou o Makankosappo para atingir Don Pig. Ele fez isso sem levantar suspeitas, por isso teve a chance de atacar. Pig foi arrastado por vários metros até bater no domo, ser perfurado na barriga e cair logo em seguida.

— Idiota. — O Piccolo arrancou o braço esquerdo e depois o regenerou.

Don Pig estava com um buraco no meio do estômago, mas ainda assim estava vivo. Piccolo era um oponente formidável e jamais seria derrotado por truques primários. Resolveu então deixar de lado as preliminares e partir logo para a sua verdadeira forma. Seu corpo aumentou de tamanho, rasgando a roupa que usava. Duas presas surgiram iguais de um javali. Seu aspecto ficou muito mais perigoso, musculoso. Agora tinha uma cauda. O corpo dele ficou totalmente roxo, com uma caveira desenhada nas costas. Os olhos ficaram vermelhos. Gases saíam pelo seu corpo constantemente.

— Essa é a minha verdadeira forma. Agora estou várias vezes mais forte — disse numa voz bem grave.

— Entendo. Essa luta não vai ser fácil — concluiu Piccolo.

Continua...