Mister Satan ficou incrédulo, e com razão! Conseguiu acertar um soco em Phantinna, a mesma que derrotara até os guerreiros mais poderosos. Um pingo de meleca escorreu do seu naris, seus olhos estavam arregalados, e balbuciava frases desconexas. Tommy, por outro lado, comemorou o feito histórico do falso campeão. Fora um golpe de sorte, dado num momento oportuno que sequer o artista marcial entendia.

Phantinna, atordoada, lambeu o filete de sangue que insistia em escorrer da boca. A princípiou ficou confusa, haja vista sua técnica secreta jamais fora quebrada numa luta. Até mesmo conseguia se sobressair numa luta contra Képler. Logo depois, ficou pensando muito acerca do ocorrido.

— Eu... fiz... isso?

— Parabéns, velhote!

— Não cantem vitória antes do tempo, humanos. Foi um golpe de sorte. Acontece que eu devo ter me sobrecarregado muito depois que fiz esse trabalhão todo para transformá-los em bonecos. Desta vez não darei chances.

O semblante da mulher fantasma retornou a ficar calmo, sereno. Para ela, Satan apenas dera um golpe de sorte, sem alguma importância para o resultado daquela luta. Tornou a usar os seus poderes místicos, agora o poder de manipulação por meio de fios de ki. Agarrou Mister Satan com os fios e tentou fazê-lo se mexer.

— Como assim?

— Eu não fui controlado?

— Acerta ela, velhote. Acerta.

Satan desvencilhou-se dos fios, correu, deu uma voadora, acertou o estômago dela. Bateu as costas na parede.

— Ele está conseguindo acertar a moça? — indagou Goten atrás de umas caixas.

— Aparentemente sim. Aquela mulher tem um poder muito estranho — respondeu Trunks.

Phantinna não se abalou muito, sorriu. Levantou-se, limpou a poeira da roupa e olhou psicótica. Gargalhou feito uma louca, para o medo deles.

— Já entendi. Entendo como consegue me acertar. A verdade é que você é um fracote.

Tomy bocejou. Aquela informação era mais velha que a idade da Terra.

— Sei disso, porque meus poderes funcionam melhor contra pessoas poderosas. Quanto mais fortes, mais forte eu fico; quanto mais fracos, mais fraca eu fico.

Goten e Trunks também não ouviram nenhuma novidade.

— A questão é que você teve um pouco de sorte por ser fraco. Parabéns, eu também sou fraca numa luta corpo a corpo, mas terei que abrir uma exceção.

— Do que você está falando, moça?

— Os outros viraram bonecos, mas você vai ter que morrer.

— QUÊ?!!!

Um droyd entregou o guarda-chuva à moça. Ela retirou uma espada do cabo. Correu na direção de Mister Satan com a arma e tentou golpeá-lo. O sogro de Gohan desviou o máximo que poderia aguentar, conseguiu acertar mais um soco no rosto dela. Phantinna limpou o sangue do nariz, sorriu e deu um chute nas partes baixas do homem. A dor foi tanta que sua voz ficara fina por alguns segundos.

— Agora percebeu que não adianta, humano. Eu tenho experiência em luta.

Ela deu um chute no rosto dele, e mais alguns golpes com os pés. Mister Satan bateus as costas numa pequena nave. Goten queria ajudar, mas Trunks o segurou pois entendeu que não seriam páreos para um poder estranho como o daquela mulher.

— Chegou a hora de acabar contigo de uma vez por todas. Sinta-se honrado de ser um dos poucos que morrem diretamente por minhas mãos.

Ela pisou na garganta de Satan e apontou a espada. Perguntou a ele qual era o último desejo. Antes de matá-lo, porém, Tomy acertou a moça com um tiro de choque que vira dentro da nave momentos antes. Phantinna caiu na mesma hora.

Os droyds tentaram atacar os dois, mas Trunks e Goten destruíram todos.

— Obrigado, criança.

— Velhote, vai ter que me dar algo em troca.

— Vou pensar no seu caso. Oh,Trunks e Goten! Então Goku e Vegeta vieram?

— Papai e os outros. Viemos resgatá-los — respondeu Goten.

— Pensava que uma base na Lua fosse emocionante, mas não curti muito — disse Trunks entediado.

Phantinna abriu imediatamente os olhos e avançou na direção deles. Viu o balde cheio de insetos e deu um grito de desespero.

— Ai que nojo! Não, isso deve ser aranhas e vermes... Eca! Coloque isdo longe de mim.

Trunks e Goten se olharam. Derramaram os insetos sobre ela. Coberta de bichos rastejantes, a vilã desmaiou pela primeira vez.

O poder da moça fantasma fora neutralizado completamente assim que desmaiou. Todos os guerreiros Z, além dos irmãos Snow, voltaram ao normal.

...

O capitão Képler sentiu o ki de Phantinna ficar neutralizado e logo sentiu o poder dos outros surgir. Pela primeira vez o homem ficou surpreso, jamais sua tripulação fora derrotada; um membro sequer.

— Acione o alarme — deu a ordem para Hanzo.

O espadachim anuiu e foi fazer o que o seu capitão ordenou. Avisou aos demais membros sobre o riscos da derrota de Phantinna e que os intrusos haviam voltado ao normal.

O alarme tocou por toda a base lunar. Os membros dos piratas Képler ficaram em alerta a qualquer intruso.

— Quanto a você ficará comigo até ver o meu plano de extinção em massa acontecer. Acha mesmo que só porque os seus amiguinhos derrotaram um dos meus parceiros, conseguirão acabar comigo? Isso será inútil.

Képler segurou Vladis e a levou para que Hanzo a prendesse. O espadachim colocou algemas nos pulsos da mulher e a deixou acorrentada ali mesmo, perto do canhão.

Goku se levantou depois de retornar ao normal. Ficou desorientado, não sabia o caminho correto. A mesma coisa com Gohan, Kuririn, Vegeta e Piccolo.

Os irmãos Snow deixaram de ser bonecos.

— Hail, acorde. Acorde!

— O que foi que houve?

— Não sei o que aconteceu, mas parece que a garota fantasma foi derrotada.

— Como sabe disso?

— Voltamos ao normal — respondeu Frozen.

Hail ficou se tocando, teve um surto de alegria. Frozen deu um cascudo no mais novo para fazê-lo voltar ao normal. Ambos saíram daquela sala e foram para o salão onde o canhão estava.

Képler observava a Terra da abertura no teto onde parte do canhão ficava de fora. Ele fumava um charuto enquanto via o planeta azul.

— Engraçado que eu nunca imaginaria que dois sujeitos medíocres como vocês ajudariam um planeta contra a extinção. O que é isso? Um tipo de redenção?

— Viemos acabar com você — disparou Frozen.

— Muahaha. Tentem se for capazes.

...

Bulma ficou irritadíssima com o fato dos dois garotos estarem lá como penetras.

Após Phantinna ter sido derrotada, eles se mostraram para a mulher e para o Jaco. Este não perdeu tempo, amarrou a criminosa e a impediu que usasse os seus poderes. Phantina ainda estava desacordada.

— Sinceramente, meninos, precisam parar de agir às escondidas. Goten, você não pensa na sua mãe não, menino?

— Desculpa, tia Bulma.

— E Satn, que história é essa de entrar na nave dos inimigos, hã? Trouxe até uma criança junto com você! Quanta irresponsabilidade.

Jaco achou Bulma bastante histérica. Realmente a mulher estava diferente daquela criança que conhecera tempos atrás.

Pilaf, Mai e Shu entraram na nave, para a surpresa deles. Bulma só queria entender como um muitas pessoas entraram na base.

— Trunks, meu filho. Quero que... — tanto ele quanto Goten saíram.

— Pra onde eles foram? — perguntou Jaco.

— Sumiram.

Piccolo livrou-se da maldição de Phantinna. O namekuseijin caminhou por um corredor até achar uma porta. Entrou naquele recinto cheio de plantas carnívoras enormes. O lugar parecia uma selva densa.

— Oinc! Oinc! Esperava outra pessoa, mas vai valer à pena acabar com um alienígena verde como você — disse Don Pig.

— É o que veremos.

Continua...